Alice se prepara para uma missão desde os 12 anos, agora conseguiu sua chance e não pode falhar.

– Está radiante, Alice – comentou Linna quando Alice entrou no chalé 3 – Será que é por que Will Solace vai nessa missão com você?

– Linna! – Alice olhou para ela revirando os olhos – Ele não tem nada a ver com a minha felicidade. Estou feliz porque depois de quatro anos e meio tenho uma missão de verdade. E nada, nem seus comentários inconvenientes vão me aborrecer hoje.

– Que bom que está feliz – disse Linna. – Boa sorte com o Will, ops, quero dizer com a missão!

Alice revirou os olhos para Linna e pegou sua mochila. Ela saiu do chalé 3 e viu Will no chalé 7 conversando com um de seus irmãos, Guilherme. Alice estava indo na direção deles quando Gabriella, do chalé de Zeus apareceu.

– Ora, ora, veja quem finalmente conseguiu sua missão.

– Deuses, por que ela? – lamentou-se Alice – Eu estava tão feliz! O que você quer?

– Nada, só acho que foi uma péssima ideia colocarem você em uma missão de grande porte – respondeu Gabriella – Afinal, o que você tem a oferecer? Grandes olhos castanhos que fazem todo mundo nesse acampamento se derreter? Menos eu, é claro, pois sou inteligente demais para cair nesses olhos!

– Ela tem muito mais que isso! – Duda e Anna apareceram e juntaram-se a Alice – Ela é ótima amiga, ótima em batalha e agora vai mostrar isso em campo.

– Estamos salvos! – ironizou Gabriella – Poupem-me, quatro semideuses que não tem nada a oferecer, – olhou para o chalé 7 – na verdade três. E três magos, o que magos podem fazer? Estamos ferrados, isso sim!

Gabriella saiu e foi para seu chalé, Anna e Duda trocaram olhares e começaram a rir Alice também não se conteve, mas logo conseguiu parar de rir.

– Ai, ai, vocês viram a cara dela? – disse Anna – Deve estar morrendo de inveja porque a missão não é dela.

– É. Vou chamar Will – Alice disse – vocês podem ir para a van, se quiserem.

Duda e Anna assentiram e foram em direção ao pinheiro que antes abrigava o espírito de Thalia, filha de Zeus. Alice foi até Will que agora também conversava com Amber, amiga de Alice e o namorado de Amber, Connor Stoll, filho de Hermes.

– Olá Amber, Connor, Guilherme – saudou Alice – Will, precisamos ir. Duda e Anna já estão indo para a van e precisamos deixar os magos no Brooklyn ainda e quem vai dirigir é você.

– Verdade – Will disse, rindo. – Afinal você não tem idade para dirigir ainda, não é? – Will bagunçou os cabelos de Alice.

– Ha-ha, muito engraçado – disse Alice, sarcástica – Eu dirijo melhor que você! Só não tenho licença. Agora vamos!

Alice puxou Will pelo braço e com o outro ele se despediu dos amigos. Quando chegaram ao limite da colina Meio-Sangue, Luise brigava com Max por algum motivo e Marina, Anna e Duda assistiam a cena rindo.

– Ei! O que estão fazendo? – gritou Alice.

– Desculpe, mas é Luise. Ela acha que os quatro da profecia deveriam ser magos – explicou Max.

– Mas ele estava tentando explicar a ela que os magos têm que procurar aquele navio, por isso são três, pois na profecia dizia ‘três por mar vencerão’ – completou Marina.

– Não concordo! Acho que nós deveríamos ir em maior número! – disse Luise.

– A profecia determinou quem iria – disse Will – Agora é tarde para discutir isso. Entrem no carro e vamos. No Brooklyn vocês decidem quem e como vão. Agora todos para dentro.

Will abriu a porta e todos entraram, mas quando Alice ia entrar, Will impediu e pediu que ela fosse na frente para que pudessem conversar.

Alice e Will conversaram a viagem até o Brooklyn toda sobre a missão. Anna e Duda conversavam com Marina, Duda falava sobre seu namorado Nico, filho de Hades, e Anna sobre Luke, seu namorado que tinha escolhido ajudar Cronos, Luise e Max discutiam, como sempre.

– Chegamos ao Brooklyn. – disse Will – Luise, Max e Marina essa é sua parada.

Luise abriu a porta e saiu acompanhada de Max, Marina agradeceu pela carona e saiu. Os quatro restantes seguiram em direção Oeste, mais precisamente para Las Vegas, tinham outro assunto em Las Vegas.

– Will, pode ir mais rápido? – perguntou Duda – Queremos chegar o mais rápido possível.

– Posso tentar, mas não prometo – respondeu Will

– É, porque tem limites de velocidade! – disse Anna.

– Eu sei, mas nós temos a Névoa – Duda disse com um sorrisinho.

– Mas não é certo, vamos fazer a coisa certa – disse Alice.

– Ok, ok – disse Duda – vocês venceram, mas saibam que os monstros não respeitam as sinalizações de trânsito.

O resto da viagem foi silencioso, a maior parte do tempo as meninas dormiram e Will dirigia, mas em um momento ele deixou Alice dirigir um pouco, pois estava muito cansado.

– Alice, vá mais rápido! – disse Will – Não precisa ir TÃO devagar!

– Ok, mas não podemos chamar atenção – disse Alice – se nos pararem teremos muito que explicar e usar a Névoa, e eu não quero, muito obrigada!

– Não chamar atenção com você no carro é difícil... – comentou Will olhando para Alice, sonhador.

– O que quer dizer com isso? – perguntou Alice.

– Hã... Nada... É que... Bom, você é uma semideusa, os monstros podem te sentir – respondeu Will.

– Até que se saiu bem, raio-de-sol, haha – disse Anna rindo.

– O que vocês estão querendo dizer? – perguntou Alice, realmente não entendendo.

– Deixe pra lá Alice – disse Anna – você é lerda igual ao seu irmão.

– Lerda? Eu não sou lerda! – defendeu-se Alice.

– Claro que não – disse Anna.

– OK Anna, já pode parar – pediu Will. – Alice, preste atenção ao volante, ou quer que eu dirija?

– O que? Ah, não. Pode deixar, eu continuo.

Will e Anna conversaram um pouco e depois Will dormiu, visivelmente cansado. Alice continuou na direção e Anna logo dormiu também.

Alice deu uma freada brusca que acordou a todos. Will quase bateu a cabeça no vidro da van.

– Alice! O que fo... Deuses! Esse... Esse é o Leão de Neméia?

–SAIAM DO CARRO! – gritou Alice.

Ela não precisou dizer mais nada, todos saíram correndo da van. No momento que saíram aquele leão enorme foi de encontro com a van e pulou em cima dela, amassando totalmente o seu teto. Os quatro começaram a correr.

– O que fazemos agora? – gritou Duda – Não temos poder suficiente para vencê-lo!

– Não temos, mas podemos tentar! – Will disse.

Will pegou seu arco e flecha mágicos, que ganhou de seu pai e começou a atirar flechas no animal, mas não surtiam efeito algum. Alice pegou Velox, sua espada pronta para lutar, Duda pegou a sua e Anna estava pensando em alguma estratégia, provavelmente. Mas antes que pudessem fazer algo o Leão rugiu e uma flecha entrou pela sua garganta, Will aproveitou-se e conseguiu lançar mais uma. O leão caiu e começou a diminuir, até virar apenas uma pele de leão que poderia ser usada como casaco.

– De onde veio a primeira flecha? – perguntou Anna.

– Eu atirei – disse uma voz feminina vindo das árvores que ficavam a beira da estrada.