Diário De Sakura escrita por SyaoranLoLKun


Capítulo 7
Ultimo Dia - (23/ 01/ 1500)


Notas iniciais do capítulo

Aqui esta o ultimo capitulo, na minha opinião é melhor que os outros porque eu me envolvi muito com ele, espero que gostem.



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Acordei quando o céu ainda estava escuro, era uma madrugada silenciosa, com apenas o som dos grilos, eu estava em uma cama pequena e empoeirada, em um quarto escuro com cheiro de mofo, havia uma vela acesa do meu lado iluminando uma estante com vários livros, meu corpo estava dolorido e coberto de ferimentos, porem todos tratados. Sai da cama, e fui mancando até outro cômodo, não era um local muito grande, logo escutei vozes familiares. Abri uma porta e vi um local bastante conhecido, Kurogane e Fay estavam cercados de velas, e pareciam jogar um jogo de cartas, eu então me aproximei. Fay sorriu para mim e eu me sentei perto deles, eu estava confusa com o que tinha acontecido... Eu não ainda não estava acreditando que aconteceu. Depois de um tempo em silencio eu falei:
- Obrigada por terem cuidado de mim, serei eternamente grata, mas tenho que ir, meu pai deve estar preocupado...
- Acho melhor você não sair daqui _ Disse Fay olhando pras cartas encima da mesa
– Porque não? _ perguntei preocupada
- Não são só as crianças da cidade que querem te machucar, ir até La pode ser muito arriscado, aqui você esta em segurança _ Fay disse calmamente ainda observando as cartas, eu me ajoelhei no chão e pensei na possibilidade de nunca mais ver meu pai, comecei a chorar, os dois me observaram calmamente e pediram para mim ir dormir para que os ferimentos melhorassem. Eu então perguntei como meu pai estava, Fay juntou as cartas e então as embaralhou, novamente colocou algumas encima da mesa e observou, fiquei o encarando a espera de uma resposta que então não veio, ele juntou as cartas e me mandou deitar, eu levantei e olhei tristemente para ele, não sai do local e perguntei se meu pai estava bem, Fay abaixou a cabeça e pediu para eu me sentar, eu então fui até ele e sentei ao lado, ele segurou minha mão e disse:
- Seu pai esta sendo muito bem visto pela população local, esta sendo considerado um pai irresponsável e inadequado, alguns ainda diz que ele é fraco, por ter uma filha ligada com a bruxaria e seu irmão fugiu de casa, você não deve voltar pra La, Kurogane vai encontrar com um amigo que esta indo pra uma cidade no litoral, e você vai com ele, é o único jeito de te manter segura _ Eu me afastei e fui até a porta, aquilo tudo era uma mentira, tinha que ser, Fay não poderia saber disso, ele não era um bruxo, era? Eu então abri a porta e sai, Kurogane me gritou dizendo que era perigoso, mas ignorei e saí correndo, minhas pernas estavam doendo muito, mas minha vontade de ir para casa e encontrar meu pai eram maior que minha dor física, logo cheguei à cidade, estava tudo calmo como sempre, mas as casas estavam estranhamente vazias, corri em direção a praça para chegar mais rápido em casa, assim que cheguei próximo de La reparei que todas as pessoas da cidade estavam reunidas lá, todos vestidos de branco e de frente a uma grande fogueira, um clérigo estava perto dela falando em auto e bom som coisas como expurgar o mal, queimar as bruxas, trazer a paz novamente para a cidade, etc. eu não estava entendendo aquilo, resolvi então dar a volta para não encarar aquelas pessoas, será que estavam atrás de mim? Corri pelas ruas até chegar em frente a minha casa, havia uma Luz fraca vindo dela, fui até a porta e reparei que estava aberta, então eu entrei, a sala estava sendo iluminada apenas com a luz de uma vela, meu pai estava sentado no sofá, abraçado com uma imagem da família toda reunida, feita antes da morte da minha mãe, eu me aproximei e toquei na mão dele, ele me olhou assustado e me deu um forte abraço.
- Sakura... Eu pensei... Que você tinha fugido de mim _ os olhos dele estavam cheios de lágrimas, eu retribui o abraço e falei pra gente fugir dali, mas me surpreendi com uma pessoa que estava em outro ponto da sala, onde a vela não iluminava, era a Sra Nadesco que se aproximou com um sorriso infantil no rosto.
- Como é bom ver você de novo Sakura _ ela disse sorrindo, eu me afastei e perguntei o que ela estava fazendo ali, ela simplesmente sorriu e falou que estava amparando meu pai, pois ele logo iria perder seu bem mais precioso, eu não sabia o que ela estava falando e então pedi para que ela saísse de casa, ela se aproximou de mim e do meu pai e falou:
- È uma pena que uma menina tão jovem tenha se desviado para o caminho das trevas, venha comigo Sakura, a igreja te espera, todos sabem que o destino das bruxas é queimar para serem purificadas, e vamos te purificar.
- Vocês vão me queimar? _ então aquelas pessoas da praça estavam me aguardando? Eu não tinha feito nada, como uma coisa assim foi acontecer?
- Vá Sakura, é para seu bem, você vai agradecê-los por ter te salvo no ultimo instante_ disse meu pai chorando, como ele poderia ter concordado com uma barbaridade dessas?
- Pai... Você concorda com isso? Eu não sou uma bruxa, você sabe disso _ eu o segurei com firmeza.
- Eu não sei de nada minha filha _ as lágrimas dele derramavam no chão, e então a Sra Nadesco o abraçou dizendo que estava tudo bem, porque meu irmão estava salvo.
Eu sai de casa assustada, eles fizeram uma lavagem cerebral em meu pai, tudo estava muito diferente desde que acordei, corri pela rua até que avistei meu irmão, fui até ele e o segurei pela mão, eu estava assustada e tremendo, ele olhou para mim assustado e me agarrou e começou a me arrastar para praça, então eu gritei:
- O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM VOCE?
- eu vou te levar para a fogueira, eu irei te purificar irmãzinha _ eu comecei a me debater, todos estavam loucos, eu não estava podendo confiar na minha própria família, eu estava chorando auto enquanto estávamos indo até a praça, meu irmão encontrou alguns homens no meio do caminho que o ajudaram a me segurar, aquilo era tudo tão insano que eu não poderia acreditar que era real, chegamos ao ponto principal da praça, todos levantaram as mãos para o céu enquanto eu estava sendo levada para a fogueira, todas as pessoas estavam La me observando, tudo que eu queria era fugir dali, mas naquele momento, eu só conseguia chorar, vários homens estavam me amarrando, enquanto o clérigo orava com a mão erguida para mim, eu pensava que seria o fim, eu conseguia avistar meu pai chegar perto das outras pessoas acompanhado pela Sra Nadesco, meu irmão agia como se tudo aquilo fosse pelo meu bem, eu fechei os olhos e deixei tudo acontecer como deveria, não havia nada que eu deveria fazer.
Logo escutei gritos, parecia de fúria, tristeza, ou então de morte, eu estava sentindo o cheiro da morte. Abri os olhos e vi um homem alto na minha frente segurando uma espada ensangüentada, era Kurogane, um sorriso saiu da minha boca, ao meu lado o clérigo estava caído com as costas perfuradas, estava obviamente morto, as pessoas gritavam, algumas saiam correndo, outras pegavam pás, e outras coisas para nos atacar, Fay cortou as cordas com uma faca e me ajudou a me levantar, ele me mandou correr, dessa vez obedeci, apensar de estar com algumas dificuldades por causa dos ferimentos, eu fugi o mais rápido que pude, Fay foi logo depois com Kurogane, vários homens foram armados atrás de nós, porem algo em especial me chamou a atenção, entre os homens, meu pai estava gritando, me mandando esperar, pois ele queria ir comigo, eu parei, fui na direção dele, o que deixou Fay e Kurogane preocupados, eu estava feliz, minha alegria por ver meu pai ali era indescritível, eu então o abracei, até que uma cena me chocou, Toya estava com uma enorme faca em mãos, e a enfiou nas costas do meu pai, com a intenção de me acertar, meu pai me segurou forte, e caiu morto, eu olhei bem para ele e gritei desesperada, outras pessoas estavam tentando me atingir, mas Kurogane estava os mantendo ocupados e me mandou continuar correndo, naquele momento, olhei para meu irmão sem entender, eu não sentia meu corpo, era como se eu estivesse morta, Fay me pegou pelo braço e me ajudou a fugir, os homens não correram atrás de nós, pois Kurogane lutava contra eles violentamente, Toya ajoelhou e abraçou meu pai enquanto chorava. Fay era rápido então minhas pernas não conseguiam acompanhar a velocidade dele, o sol estava nascendo e nós estávamos exaustos, conseguimos encontrar uma estrada e fomos andando nela, Kurogane reapareceu depois de um tempo com ferimentos, parecia que a cidade estava em pânico e então pararam de nos perseguir, ficamos calados e andamos até um local perto de um rio para descansarmos, logo iríamos nos encontrar com o amigo de Kurogane que iria nos levar para longe dali, limpamos nossos ferimentos e aproveitamos as sombras das arvores, eu deitei, apoiei a cabeça no colo de Fay e comecei a chorar, foi uma coisa extremamente intensa, prometi a mim mesma que depois daquele dia minhas lagrimas secariam, minha vida seria nova novamente, em um local onde as pessoas eram livres pra dizer e pensar o que queriam, junto com minha nova família, pois, tem que terminar uma historia para começar outra.


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Notas finais do capítulo

bem, então é isso, obrigado a todos que acompanharam até o final e principalmente pelos reviews que motivaram em momentos que eu penssei em desistir, logo iriei postar novas historias =D



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