My Little Mermaid escrita por Jane Maddison


Capítulo 4
Stuck With Tom Riddle.




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Assim que terminei de nadar, saí da água e minha cauda desapareceu, dando lugar as pernas. Peguei minhas coisas no chão e andei em direção do castelo, até que alguém me puxou pelo braço.



– Ai! - Falei, sentindo a pressão no meu braço.



Era um garoto. Era um pouco maior que eu, loiro, com olhos acinzentados. Devo confessar que era lindo, muito lindo. Ele estava com os olhos arregalados, e então percebi a besteira que fiz. Tentei, acima de tudo, agir com indiferença e muita calma. É, eu tentei.



– Você está me machucando, sabia? - Falei ríspida. Ele continuava me olhando com aqueles olhos fixos, assustado.

– V-V-Você é uma... Uma... Uma sereia? - Ele perguntou incrédulo

– Sim, e você é quem? O papai noel? - Bufei



Ele piscou algumas vezes, como se esperasse que aquilo fosse um sonho. Já estava ficando impaciente, devo admitir.



– Ahn... Não, eu sou... Eu sou Abraxas Malfoy - Ele disse



Malfoy? Abraxas Malfoy... Então, ele era o avô de Draco!



– Ah, olá Malfoy. Poderia me soltar agora? Acho que não seria nada legal ter um roxo no meu braço!

– Ahn... Desculpe - Ele me soltou, mas continuou com os olhos arregalados - Como você pode ser uma sereia?

– Minha avó era uma sereia, então ela encontrou um bruxo e nasceu minha mãe. Aconteceu a mesma coisa, até eu nascer. Olha, você não pode contar isso para ninguém, me entendeu? Ninguém!

– Por que? Você seria admirada por todos!

– Ou seria tratada como um monstro. - Ele assentiu pensativo - Olhe, Abraxas... Não sei por quê, mas eu confio em você. Se não confiasse, apagaria sua memória nesse exato momento. Prometa que não contará para ninguém. - Pedi

– Ok, ok. Eu prometo. Agora me diga, é verdade que sereias hipnotizam os homens com seus cantos? - Perguntou animado

– É, mais ou menos isso. Não são todas que nascem com isso, é como se fosse um dom.

– E você possuí?

– Se não se importa, não quero falar sobre isso. Você ficaria assustado em saber que tudo o que sabem sobre sereias, é mito.


Ele assentiu com a cabeça, se levantando. Estendeu sua mão para me ajudar a se levantar, e aceitei a ajuda. Andamos em direção do castelo, conversando sobre coisas tolas e sem noção.


– Finalmente te encontrei, Malfoy.


Ouvimos uma voz fria e sarcástica bem atrás de nós, e nos viramos bem ao mesmo tempo. Era Tom Riddle.


– Ah, desculpe Milord. Eu... Eu encontrei essa garota e ficamos conversando. - Abraxas falou desesperado

– Pare de ser tolo, Malfoy. Vejo que você e a Srta. Sunshine estão se dando muito bem... - Riddle comentou, sarcástico.


Lancei um olhar nada amigável para Tom, e voltei para perto do lago. Percebi que eles estavam vindo atrás de mim também.


– O que querem? - Perguntei irritada

– Tivemos um mal começo, Srta. Sunshine. Podemos começar novamente? - Tom perguntou, sorrindo elegantemente. Respirei fundo

– Tudo bem. Sou Selene Sunshine - Estendi minha mão

– Tom, Tom Riddle. Prazer em conhecê-la - Ele estendeu a mão também, e me pegou de surpresa, beijando o topo de minha mão. Aquele toque arrepiou minha pele, e ele deve ter percebido.

– Já que somos todos amigos, conte para ele Selene! - Abraxas disse alegre

– Contar o quê? - Tom perguntou interessado

– Não, não é nada. Ahn... Tenho que ir agora. E Abraxas, lembre-se. Você prometeu!


Sorri para os dois, e voltei para o castelo. Segui direto à sala de Dumbledore. Ele poderia me dizer exatamente se Abraxas ter descoberto meu segredo, era algo ruim ou bom. Procurei Dumbledore por todo o lado, mas não encontrei-o. Dippet disse-me que talvez ele esteja passeando pelo castelo, ou algo parecido e disse que se encontrasse-o, diria que eu estava o procurando. Claro que seria bem mais fácil eu mesma encontrá-lo, do que Dippet sair de sua sala para ajudar uma aluna.


– Precisa de ajuda?


Ouvi a voz de Tom, e me virei. Ele tinha um meio sorriso no rosto.


– Se você tiver visto Dumbledore, e pudesse me informar aonde ele está, seria uma grande ajuda!

– Não vi Dumbledore, mas posso te ajudar à achá-lo – Ele propôs

– E por quê faria isso? - Cruzei os braços, desconfiada

– Bom, eu conheço vários lugares do colégio que você, provavelmente, não conheça. O que acha desse argumento?

– Não é suficiente. Você não pode simplesmente querer me ajudar de boa vontade. Conheço pessoas como você, Tom. Não fazem as coisas, sem ter algo em troca. - Sorri falso

– Ah, é? Então, tem experiência com pessoas como eu? Diga-me. Como eu sou?

– Você é o tipo de garoto que dá prioridade aos estudos, e preferências pessoais. Infelizmente, eu não posso ler mentes para saber quais são as suas preferências pessoais. Mas pessoas como você, não são pessoas que ajudam somente por ajudar.

– O que você acha que eu possa querer em troca? - Perguntou, parecendo levemente divertido

– Não sei. Como eu posso saber? Te conheci hoje. - Pisquei – Se não se importa, tenho que procurar Dumbledore. Com licença – Fiz uma divertida reverência e saí.


Ouvi passos firmes bem atrás de mim, mas não me importei em pará-lo. Se Tom Riddle queria me seguir, deixarei. Isso poderia ser bom para a minha ''missão”. Só parei quando estávamos de frente para uma grande porta de madeira, nas masmorras.


– Vai continuar me seguindo, Riddle? - Perguntei, olhando-o.

– Só estou me certificando de que está bem. Dumbledore não ficaria nada feliz se a precisa aluna dele se perdesse no primeiro dia.

– Oh, certificando? Obrigada pela ajuda, Tom. Mas acho que não precisaria disso. Conheço esse colégio na palma da minha mão.

– E como? Que eu saiba, esse é o seu primeiro dia... - Ele comentou, interessado.


Desviei o olhar, tentando achar alguma desculpa. Eu conhecia cada sala daquele colégio, pois Dumbledore, sempre que me visitava dizia tudo sobre o castelo. Contava as incríveis aventuras que já passara naquele lugar, sobre como as salas de aula podem se tornar fascinantes se prestarmos bastante atenção à pequenos detalhes e outras coisas.


– Eu recebi uma ajuda especial de Dumbledore. Sabe, para não me perder. - Sorri amarelo. Percebi que Tom ainda não acreditara.

– Dumbledore ajudou-lhe? Pensei que ele não faria isso com uma simples aluna. Ou será que você não é uma simples aluna? - Perguntou, arqueando a sobrancelha

– O que está insinuando, Riddle? - Perguntei, entredentes.

– Nada, nada.


Ele levantou as mãos, em forma de defesa e deu algumas batidinhas na coxa, como se quisesse passar o tempo. Ele estava com o olhar distante, e parecia muito entretido com uma grande rachadura na parede cinza e sem graça.


– Acho melhor voltarmos. Certamente Dumbledore não está aqui.


Tom assentiu com a cabeça, e foi se distanciando. O corredor estava um pouco escuro, então tive que acender minha varinha com o feitiço ''Lumus''. Assim que sussurrei, percebi que Tom deu um pulo para trás. Ele não esperava que eu lançasse algum feitiço, então deve ter se assustado um pouco, mas recuperou o susto rapidamente.


– Por que fez isso? - Ele apontou para minha varinha – O corredor nem está tão escuro assim.

– Eu... Eu não gosto de escuro


Dei de ombros, e passei minhas mãos nos meus braços freneticamente. Ele soltou uma gargalhada alta, e logo depois, voltou à sua inexpressão comum.


– Como uma garota como você, pode ter medo de escuro? - Perguntou, confuso.

– Eu realmente espero que isso tenha sido um elogio, sabe. Eu só tenho medo de escuro, não é nada que me faria sair correndo por aí berrando o máximo possível – Dei de ombros

– Mas eu não entendo... Você parece ser tão corajosa, tão forte. O que te faz ter medo de escuro? Algum trauma?

– Ahn... Mais ou menos isso. Se não se importa, Tom, prefiro não falar sobre isso.


Lutei contra as lágrimas que tentavam escorrer pelo meu rosto, e felizmente consegui. Observei Tom entrando numa sala escura, e o vi me puxando junto. Era algo pequeno e quente. Passei as mãos ao redor, tentando identificar aonde estaria. Derrubei algumas vassouras e esfregões trouxas. Só então percebi que estava trancada numa sala de vassouras totalmente escura, com um futuro assassino chamado Tom Riddle. Era uma coisa que eu deveria me preocupar, certo? Então, porque não estava preocupada?



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Notas finais do capítulo

Vamos repassar o que aconteceu:
- Abraxas descobriu o segredo de Selene, que ela é uma sereia
- Tom Riddle está desconfiando de algo
- E Selene está presa numa sala de vassouras com Tom.
O que será que pode acontecer com esses dois, heim? ^^
Revieeeeeeeeeeeeeeeeeews?



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