Me chamo Rebecca Nichols, tenho 18 anos e eu sou a tipíca adolescente revoltada com tudo, é. Meus pais se separaram, minha mãe ficou totalmente louca e por isso fui obrigada a morar com meu pai em uma cidadezinha de pouco mais de 3 mil habitantes. Tive que abandonar tudo, escola, as pessoas que eu chamo de amigos, e fui embora pra essa bendita cidade. Vou fazer minha faculdade de design de interior e viver feliz pra sempre. E é isso que eu pretendo fazer da minha vida, ser uma design de interiores totalmente louca, psicótica e querendo inovar sempre. Por isso meu pai deixou eu ajeitar meu quarto do jeito que quiser, eu peguei tudo do quarto antigo, eu tinha milhões de posters do Slipknot, do System of a Down, Metallica, Iron Maiden, enfim, eu amo rock isso se percebe né? 

- Chegamos ! - disse meu pai tentando me animar e me cutucando para acordar.

Revirei  os olhos e disse:

- Já? - sorri falsamente.

- Vamos filha! Vai ser "maneiro"! Os vizinhos daqui esperam pela gente, olha que legal!

- É pai, que legal. - falei descendo do carro.

- Beca! - falou a coisa que ele chama de "amor" , ela estava tão maquiada que parecia um pinheiro.

- Oque? Já é Halloween? - falei rindo bem alto.

- Oque? Não entendi. - disse ela, que aliás se chama Katy.

- Esquece mozi. - falou meu pai fazendo bico.

Esqueci de citar que a -pinheiro-  Katy tem dois filhos. Josh de 19 mas com uma mentalidade de 15 e Anthony de 15 com mentalidade de 19. Estranho né? Mentalidades inversas. Enfim, continuando.

- Pai onde é meu quarto? - falei rindo ainda.

- Segundo andar a esquerda, ao lado do banheiro.

- Poxa justo do lado do banheiro? Eu poderia ficar com a suíte né?

- Não, foi por isso que colocamos você naquele quarto! - respondeu.

-  Posso ficar no quarto de baixo? Não gosto de subir escadas! - fiz bico.

- Ok, mas tem um problema. - falou ele.

- Oque? - esperava que fosse um mal cheiro no quarto, uma cratera no teto.

- Fica colado no jardim do vizinho. - ele falou.

- Ah, sem problemas ... - falei levando uma caixa que tinha meus posters, meus desenhos idiotas, meu notbook, e os carregadores do meu celular. Começei colando eles na parede, acho que eu tinha uns 50 poster's do Slipknot eu era totalmente viciada por eles. 

- I push my fingers into my Eyes

 It's the only thing that slowly stops the ache

 But it's made of all the things I have to take

Saí colando e cantando ... 

 ----------------- Corey ------------------

Me acordei com um puta barulho de caminhão e conversas e uma retardada cantando Duality, que merda, agora chegou mais uma fãzinha minha, nem poder sair mais de casa vou. 

- Que saco! - bufei ao acordar.

------------- Rebecca ------------

- Que saco! - alguem bufou alto da casa do vizinho.

Ótimo, meu vizinho deve ser um bebado.

Liguei o meu not, e fui escutar música, coloquei Before I forget.

Fui ajeitando aquele cubículo que eu chamo de quarto enquanto saboreava um pacote de Doritos.

----------- Corey ------------

Fui ver que algazarra estava acontecendo fora da minha casa, e saí pela porta dos fundos. Tinha uma menina ajeitando uns poster's nossos na parede do quarto. Ela escutava before i forget e cantarolava junto. Não posso negar, mas era linda. Tinha os cabelos cor de prata, e usava uns piercings, e tinha algumas tatuagens e ... sei lá, era a vizinha mais linda que eu já tive - ri sozinho -. Ela usava uma camiseta preta também do Slipknot, e um short azul escuro, e um par de coturnos. 

Claro, resolvi dar um "oi" para a vizinha, provavelmente ela iria se assustar, ah não sei, mas vou tentar.

- Hey. - falei da cerca.

Ela se virou e arregalou os olhos.

-------------- Rebecca -------------

- Hey. - escutei da minha janela.

Me virei e não acreditei. Corey Taylor está na minha janela.

- O-o-oi . - falhou a voz.

- Haha, eu não esperava essa reação sua. - ele riu.

- Claro, acho que você esperava que eu fosse correndo e te desse um abraço até faltar seu ar e depois tentasse te beijar? - arqueei uma sobrancelha.

- Talvez. - ele riu.

- É, mas eu sei que ninguem gostaria. - eu ri.

- Eai, tudo bem? - Ele sorriu de canto.

Eu ainda não acreditava Corey Taylor estava falando comigo.

- T-tudo e você? .- perguntei.

- Tô bem. Ei, parece que você gosta de Slipknot. - ele disse olhando meu quarto.

- Nossa, eu não gosto. Eu vivo por vocês. - olhei pra baixo envergonhada.

- Que isso não se envergonhe. Ei, que tal conhecer eles? - ele sorriu.

- Eles ? - meus olhos brilhavam.

- É, o "Slipknot". Eu posso te conceder esse desejo.

- Oh meu Deus, eu aceito, é claro! - pulei janela a fora.

- Se vocês querem ver como a Rebecca é, olhem nas notas finais! Enfim, depois eu continuo! *---* 

Espero que tenham gostado! :)