Give It Up escrita por Niin


Capítulo 18
The thing 'bout friendship


Notas iniciais do capítulo

Heey guys, bão?
Espero que sim, e o carnaval?
O meu foi bem proveitoso... Espero que o de vocês também...
[Proveitoso = Fiquei no sítio, longe das músicas ruins]
Todo mundo Happy?
Então vamos ao próximo cap.. Médio, mas com algumas reviravoltas...
Beeijo



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Levantei e fui pra cozinha, aonde imaginei que ele estaria.
- Acordou? - Perguntou sorrindo sacana
- Não, sou sonâmbula.
- Eu sei que não é. Lembra?
Rolei os olhos e fui até a geladeira, peguei um pouco d’água e bebi.
- Já cansei dessa história, será que dá pra esquecer?
- É justamente porque você não gosta que eu continuo falando.
- O que você quer com isso a final de contas? - Perguntei me encostando no balcão de frente pra ele.
- Além de te irritar? Nada.
- Não precisa fazer nada, além de existir, pra me irritar Brian.
Ele levantou da cadeira onde estava e veio andando pra perto de mim - Eu sei que não, mas é divertido.

Sorri cínica e comecei a andar pra porta, mas antes de dar o segundo passo, ele agarrou meu braço e me empurrou pro balcão de novo.
- Me solta agora Brian. - Disse irritada o olhando mortal
Ele deu um sorrisinho e ficou a milímetros de mim. - Eu não sou seu namoradinho idiota que te obedecia Vampira.
- Me solta!
- Lembra daquela música que você cantou? Sei que era pra mim. Mas errou a letra.
- Nunca cantei nada pra você.
Ele riu e cantarolou - Give it up you can’t win ‘cause I know where you’ve been… Não te lembra nada?
- Não cantei pra você.
- Claro que não… - Disse irônico - Apesar de que concordo com uma parte, nunca conheci ninguém como você.
Sorri cínica - Claro que não. Sabe por que?
- Não.
- Porque eu sou a única pessoa que foi má o suficiente pra ser mandada pro inferno que é conviver com você.
Ele riu pelo nariz e chegou a boca perto da minha orelha - Já que está no inferno, sabe que vai ser torturada.
- Mais? - Perguntei cínica - Conviver com você e sua namorada já não é o bastante?
- Muito mais… Por mais que seja torturante pra você me ver com ela, eu ainda posso fazer pior.
- Dessa vez admito que o erro foi meu em construir a frase, mas precisa ser muito burro pra entender isso aí.
- Será? - Perguntou erguendo uma sobrancelha.
- Tenho certeza.
Ele abriu a boca pra responder, mas Jimmy estava nos gritando da sala.

Empurrei o peito dele e sai com passos rápidos até a sala.
- Que cara é essa Vamps?
- Cara de, se não fosse pelo Matt eu já tinha colocado aquele imbecil pra fora.
Jimmy ergueu as sobrancelhas e Gates passou por mim.
- Não conseguiu me por pra fora de uma cama, acha que vai me por pra fora da sua casa?
- Policia existe pra isso.
- Vocês dois podiam parar de brigar pelo menos por um minuto. - Jimmy reclamou - Parecem duas velhinhas.
Andei até o sofá e sentei ao lado dele. - Controle seu gigolô que ficamos bem.
Gates rolou os olhos e sentou no outro sofá.
- Acho que o Matt não acorda hoje.
- Pois é. - Eu disse me levantando - Então tchau Brian. - Disse apontando pra porta, ele ergueu uma sobrancelha e cruzou os braços - Acho que vou esperar pela polícia.
- Parem! - Jimmy disse se levantando - Cansei de vocês. Vem Gates, vamos ver se o Shadows ta vivo. E você Vamps, devia trocar de blusa, lembra que a Michelle jogou álcool nela?
Concordei, subi as escadas e fui pro quarto, resolvi tomar banho e me trocar, quando saí pro corredor, Jimmy e Gates estavam sentados na frente da porta do quarto de hóspedes.

- Tudo bem ai? - Perguntei especificamente para Jimmy
- Tudo. - Ele respondeu
- Então o que estão fazendo sentados aí no chão?
- Nada de mais. - Ele disse dando de ombros e se levantando - Acho que ele não acorda mais. Vamos embora Gates. - Ele disse e chutou a coxa do amigo.
- Qualquer coisa liga pra nós. - Ele disse se levantando.
- Ok, levo vocês na porta.
Andei pela casa sendo seguida pelos dois, abri a porta e Jimmy me abraçou e saiu, Gates olhou pra mim por uns segundos e sorriu sacana.
- Quer um beijinho de boa noite? - Perguntei cínica
- Por que não? - Perguntou também cínico chegando perto de mim.
Beijei a palma da minha mão e com ela bati com alguma força na cara dele - Pronto. - Disse sorrindo e ele fechou a cara pra mim. - Tchau Gates.
Ele girou nos calcanhares e saiu, eu fechei a porta e fui pro meu quarto dormir.


Acordei e me arrastei pra fora da cama, já era muito tarde pra ir pra escola, tomei meu banho e troquei de roupa, depois fui ver se Matt estava vivo.
- Grandão? - Perguntei abrindo a porta.
- Bom dia Vamps. - Ele disse sorrindo da cama
- Perdemos a escola. - Eu disse sentando na cama ao lado dele
- Sem problemas. - Ele disse sentando também. - To com fome, o que tem pra comer?
- Sei lá. Vamos descobrir.
Matt me seguiu até a cozinha, eu comi uma maçã e ele, tudo que achava pela frente.
- Quer minha maçã Matt? Porque eu acho que tudo que tem na minha geladeira e nos armários não vai suprir o que você precisa.
Ele gargalhou e sentou na mesa, começando a construir um prédio, que ele devia chamar de sanduíche, quando a campainha tocou e eu fui atender.

Abri a porta e dei de cara com Fernanda - Olá ranzinza.
- O que você ta fazendo aqui?
- Imaginei que você tivesse matado aula também.
- Sei… E?
- Bom, vim aqui matar o tempo e te chamar… - Ela começou, mas Matt saiu da cozinha com o prédio/sanduíche.
- Oi Fer! Hey Vamps, você sabe se tem mais presunto?
- Acho que tinha o que tava na geladeira Grandão, mas tem uns bifes de ontem que você pode esquentar e enfiar aí no meio.
- Ok. - Ele disse e voltou pra cozinha
Fernanda me lançou um olhar horrível - Que foi?
- O que o Matt ta fazendo aqui?
- Ele tava mal ontem a noite e nós trouxemos ele pra cá.
- Por que?
- Porque sim. E você nem pode estar irritada assim. Ou agora você é a Valary e eu me perdi?
Ela semicerrou os olhos pra mim - O que quer dizer?
- Que você não é a namorada dele. Mas antes que você surte, “não sou fura olho.” - Disse imitando sua voz
- Bom mesmo.
Rolei os olhos e dei passagem pra ela. - Entra irritante.

Fernanda entrou e sentou no sofá e Matt saiu da cozinha.
- Hey Vamps, acho que vou pra casa, mas…
- Umh?
- Como eu vou chegar lá?
- Ah é, você não veio de carro. - Olhei pra Fernanda e reprimi o sorriso sacana - A Fer só veio me entregar um negócio, ela pode te dar carona.
A garota me olhou com as sobrancelhas erguidas. - Anh?
- Não é Fer?
Ela sorriu pra mim e se levantou - Claro, vamos Matt?
- Vamos sim. Valeu Fer. E Vamps, você é a melhor. - Ele disse sorrindo me abraçando.
- Muito contato físico! - Eu reclamei, mas ele me ignorou e beijou minha bochecha.
- Mesmo que você seja uma chata, é minha melhor amiga sua irritante.
- Sou sua única amiga Matthew. - Disse erguendo a sobrancelha e limpando o lugar onde ele beijara.
- Talvez isso seja verdade, mas não é o meu ponto.
- Ok Matt, agora vocês podem ir para eu poder dormir mais.
Ele gargalhou e me beijou de novo. - Vamos Fer! - Disse abrindo a porta e esperando a garota passar.
- Tchau ranzinza, valeu.
- De nada.
- Valeu pelo que? - Matt perguntou confuso.
- Coisas de mulher. - Respondemos juntas e ele ficou ainda mais confuso.
Eles foram embora e eu voltei pra cama, pretendia morrer lá até amanhã, mas era óbvio que nunca daria certo.

Algumas horas depois a campainha tocou e eu com todo o meu bom humor desci para ver quem era.
- O que você quer? - Perguntei ao dar de cara com Fernanda
- Te contar uma coisa. - Disse passando por mim
- Quer entrar? - Perguntei cínica
- Quero, obrigada. - Disse se sentando no sofá
Andei até lá e sentei com ela. - O que quer me contar?
- Primeiro, obrigada por me fazer dar carona para o Matt, isso me rendeu a história que eu vim te contar.
- De nada.
- Enfim, eu levei seu amigo gostoso pra casa, a gente ficou conversando e tal, porque ele tava chateado por conta da vadia.
- É, ele me falou.
- Então, ele me chamou pra almoçar lá…
- E você logo aceitou, já que não rejeita comida.
Ela fechou a cara pra mim, mas continuou - Nós almoçamos e fomos assistir um filme.
- Aposto que você comeu muita pipoca.
Ela continuou me ignorando - E ele falou uns lances sobre achar que eu era legal e estranhou isso porque eu sou amiga do Syn.
- Eu também, Syn é um saco…
- Que eu sou diferente da maioria delas e que ele gostou de mim.
- Que bom… - Eu disse cínica. - O que mais? Vocês bordaram e fizeram pulseiras da amizade?
- Só se for com saliva. - Disse também cínica e eu arregalei os olhos - Te peguei não foi?
- Até que sim. - Eu disse sorrindo e chutei-a do sofá - Dois a zero pra mim. Mas explica aí… Como assim vocês se pegaram?

Ela fechou a cara pra mim e sentou-se de novo. - Simples assim, depois de ele falar que gostou de mim rolou um clima e bla bla bla… Nos pegamos.
- Uiaa, parabéns, pegou seu homem dos sonhos. - Eu disse rindo
- Pois é… Peguei uma tarde inteira.
- Uma tarde inteira? Que horas são?
- Ah, seis?
Arregalei os olhos, pulei do sofá e saí correndo pra garagem, oh merda, John não tinha chegado ainda e nossos pais já chegariam.
Peguei meu celular e liguei pra ele, dando uma bronca e mandando-o vir logo pra cá.
Andei até a sala e Fernanda me encarava estranho.
- Que é?
- Nada.
Fiquei andando nervosa pela sala, você deve estar achando que é um exagero enorme, mas acredite em mim, se eles chegarem e John não estiver, vai acabar sobrando pra mim.

Quando ele passou pela porta da garagem, joguei a coisa mais próxima de mim nele, e quem liga se era um vaso de vidro?
John, que já estava acostumado, colocou as mãos pra frente e quando o vaso ia o atingir ele agarrou-o.
- Uau, boa pegada. - Fernanda disse sorrindo
- SEU FILHO DA PUTA! Sabe que se você não estivesse aqui eu ia me foder.
Ele deu de ombros e colocou o vaso no lugar, andou até mim e beijou minha testa.
- Oi irmãzinha linda.
Bufei, mas antes de voltar a brigar com ele, a porta de casa abriu e nós olhamos pra lá.

Meus pais entraram pela porta, com sinceridade, não lembro de algum dia ter visto meu pai fora de roupas sociais, por isso não pareceu estranho a calça e a blusa sociais, minha mãe era uma criatura alegre, que eu também não conseguia entender.
- Olá filhinhos! - Ela disse alegre e nos abraçou, beijando nossas bochechas
- Para. - Eu disse afastando o rosto dela, que sorriu e viu Fernanda
- Olá! Você é uma amiga da Jade?
- Sou sim, prazer.
- Ah, que bom, a Jade nunca trás amigos! E você devia seguir o exemplo dela e tirar os piercings Jade!
- Não! Vem Fernanda. - Eu disse puxando-a pra fora
- Tchau! Foi muito legal conhecer vocês! - Ela disse sorrindo - Aonde vamos?
- Você, vai pra casa. Eu, vou pra praia.
- Por que?
- Porque eu quero! E vou sozinha! - Disse acabando com a discussão e me virando para a rua.


http://www.polyvore.com/cgi/set?id=44214369&.locale=pt-br [Roupa da vampira]

Andei um pouco e quando cheguei à praia, sentei na areia, tirando o celular e os fones do bolso, colocando Cryin’ do Aerosmith, pra tocar.
Chutei areia por um tempo, estava com fome, mas não queria voltar pra casa e ouvir histórias chatas sobre uma viajem chata, mas também, não tinha nenhum dinheiro.
Oh vida…
Eu estava divagando sobre isso, quando uma camiseta branca atingiu minha cabeça, olhei em volta procurando o agressor e vi Jimmy sorrindo pra mim.
- Oi Vamps!
- Oi Jimmy, fazendo o que aqui?
- Viemos comemorar! - Ele disse alegre e eu franzi a testa
- Comemorar? - Perguntei enquanto via Matt e Zacky descerem carregando uma churrasqueira portátil.
- Pois é, acho que não te falei. Conseguimos marcar com um produtor pra ouvir nossas músicas…
- Brian falou.
Jimmy franziu a testa e depois sorriu - Pois é. Ele gostou sabe? - Disse sorrindo e eu sorri de volta, por puro instinto.
Brian e Johnny apareceram, trazendo respectivamente, uma caixa de isopor e espetos, pratos, talheres e uma sacola preta.
- E ai Jimmy? - Perguntei
- Adivinha Vamps! - Disse alegre e me puxou pra cima
- Parabéns! - Disse passando os braços por seus ombros

Zacky e Matt vieram pro nosso lado e eu os abracei também, sussurrando “safado” na orelha do último, que riu e beijou minha bochecha.
Johnny veio retardatário e pulou em cima de mim, o abracei também e depois da algazarra eles se sentaram em tocos no chão, eu fiz menção de ir embora e Matt e Jimmy me puxaram e me sentaram entre eles.
Brian não reagiu a minha presença, continuou mexendo na churrasqueira enquanto os outros faziam algazarra.

As coisas estavam indo todas normais, até Brian falar algo com Matt e sair, comecei uma guerra de água com Jimmy e quando voltamos senti um cheiro conhecido, olhei curiosa a churrasqueira e vi uma grelha acima dos espetos de carne, cheguei perto só pra ter certeza e vi queijo e tofu na mesma.
- Alguém aqui come tofu? - Perguntei pra Matt, que fez careta.
- Claro que não, esse troço é nojento. O Syn comprou pra você. - Disse e foi atingido por um tiro da arma d’água do Jimmy, então saiu correndo atrás do mesmo.

Pisquei perplexa por alguns segundos e olhei em volta, ele estava sentado fumando, longe do resto das pessoas, caminhei até lá e ele levantou os olhos pra mim.
- Algum problema? - Perguntou sério, apoiando a mão com o cigarro em um dos joelhos.
Me abaixei de seu lado e beijei sua bochecha, Brian ficou confuso com meu ato, mas eu não vi real necessidade de explicação.
- Obrigada Syn. - Disse e acariciei seu cabelo curto.
Ele sorriu de canto e levou o cigarro à boca, soprou pro lado e voltou-se para mim - De nada.
Levantei e voltei para perto do resto dos meninos, Zacky estava incentivando um Johnny bêbado a comer um pedaço de tofu cru.
- O que está fazendo garoto? - Perguntei catando o prato de suas mãos - Vai gastar meu tofu assim?
Zacky gargalhou e me puxou para sentar ao seu lado - Foi a única coisa para avacalhá-lo que eu consegui pensar.
- Joh, vai pra água e depois volta pra cá plantando bananeira.
- Mas a calça vai ficar pesada. - Ele disse meio nebuloso
- Pode tirar a calça se quiser. - Zacky disse prendendo o riso
Johnny obedeceu no mesmo segundo, correndo pro mar com a camisa branca e uma cueca samba canção azul bem estranha.

Catei o vinagrete e o pão que estava na sacola e comecei a molhar o pão e comer, assistindo Johnny tentar vir plantando bananeira. Isso atraiu atenção dos outros, que se juntaram a mim e Zacky para assistir o espetáculo, até que Johnny se cansou e deitou na areia, levantei e fui até lá.
- Pode parar de tentar Joh, vai lá comer.
Ele se sentou alegre e correu para perto da churrasqueira, onde Matt estava cortando carne.
Fui andando com calma até lá e vi Brian se levantar e encarar a grelha um pouco confuso, tentando virar o tofu com cuidado.
- Quer ajuda? - Perguntei parando ao seu lado
- A mulher da loja falou para tomar cuidado na hora de virar se não o tofu podia esfarelar.
Sorri inconscientemente e peguei a espátula e o garfo da mão dele, virei o tofu e depois o entreguei as coisas. - Prontinho.
- Valeu.
Rolei os olhos e soquei seu braço - Até parece que você tem que agradecer, duvido que coma isso.
- Não como, mas quem sabe eu experimente.
- É gostoso.
Ele olhou pensativo o tofu e depois voltou o olhar pra mim - Duvido um pouco.

Ri e saí andando, sentei no tronco ao lado de Zacky, que comia alegre vários pedaços de carne, ocasionalmente ele os virava com o dedo para escolher e depois comia de novo, quando ele se levantou eu olhei o nada, Jimmy não estava mais lá, virei o rosto para procurá-lo e encontrei-o parado ao meu lado com um sorriso pra lá de macabro.
- Tá com calor Vamps?
- Não. - Respondi franzindo a testa - Por que?
- Tarde de mais. - Disse e ergueu um balde, me fazendo arregalar os olhos
- Jimmy, não! - Gritei, mas era tarde de mais, a água gelada bateu na minha cabeça e espalhou, escorreu pelo meu cabelo e rosto, me molhando toda.
Abri os olhos e o olhei da forma mais mortal que consegui, levantei e respirei fundo, Jimmy já estava a uns quinze passos de mim, rindo como uma hiena, todos eles estavam rindo na verdade.
Comecei a andar até ele, mas dois braços agarraram minha cintura e me puxaram pra traz.
- Relaxa Vampira. - A voz divertida só me irritou mais ainda.
- Me larga!
- Vem cá, vamos comer tofu. - Ele disse me erguendo do chão e me levando até a churrasqueira.
Matt faltava rolar de rir, Johnny eu não tenho certeza se prestou atenção no que aconteceu e Zacky estava comendo e rindo ao mesmo tempo.

- Me larga! - Repeti mau humorada
- Vamos comer. - Ele repetiu e me soltou, mas ainda ficou colado em mim
Zacky arranjou um prato limpo e colocou o tofu lá, enquanto Brian impedia minhas tentativas de fuga.
- Me deixa ferir ele, só um pouquinho. - Pedi olhando Zacky que começou a rir me entregando o prato
- Não, vai comer. - Respondeu apontando o prato
Brian me fez sentar no tronco e me arranjou talheres, comi encarando Jimmy o tempo todo.
- Está bom? - Ele perguntou tentando me distrair
- Aham.
- Não estou acreditando. - Disse se levantando e agachando na minha frente
- Problema seu. - Disse arredando para o lado para encarar Jimmy
- Relaxa Vampira, foi só uma brincadeira. - Ele disse apertando minhas panturrilhas
- E eu vou só brincar de “Sexta feira 13” com ele. Eu sou o Jason.
- Come esse troço e fica calma. Ele está comemorando do jeito dele.

Baixei o olhar pra Brian e me lembrei que não tinha o parabenizado ainda.
- Ah é, falando nisso, parabéns. - Disse sorrindo
- Obrigado, agora come.
Rolei os olhos e comi mais. - Hey! Você disse que ia comer!
- Ah é. - Ele disse coçando a cabeça - Então me dá. - Ele disse e abriu um pouco a boca
Eu ergui as sobrancelhas e virei os talheres na sua direção.
- E eu tenho cara de mamãe pra você? - Perguntei irônica, depois lembrei da merda que tinha feito.
- Não. - Ele respondeu sem perder o bom humor - Eu não posso pegar a mamãe, posso?
Fechei a cara e bati o garfo na sua bochecha. - Idiota!
- Anda. - Ele disse balançando minha perna - Dá o troço pra mim. - Disse e abriu um pouco a boca de novo
Rolei os olhos e peguei um pedaço, colocando-o em sua boca.
Brian fez careta, mas engoliu. - Que treco ruim. - Disse baixando a cabeça.
- Eu gosto. - Disse terminando de comer e coloquei o prato de lado
- Você é esquisita.
- Problema meu.
Matt surgiu e trouxe cerveja pra nós. - Tomem crianças. - Disse sorrindo e piscou pra Brian.
- Para de me chamar de criança seu troll pervertido!
Ele gargalhou e saiu de perto, Brian franziu a testa e me encarou. - Pervertido?
- Deixa pra lá.
Ele deu de ombros e começou a beber, eu encarei minha garrafa e depois dei uma golada.
Bufei de raiva me lembrando de Jimmy e meu “banho”. A roupa estava grudando em minha pele e o cabelo também.
Puxei todo o cabelo pra trás e prendi em um rabo bem frouxo, que não iria durar nada.

A regata do Misfits, já estava entrando em mim de tão colada, peguei a ponta e puxei pra cima, levando-a até abaixo dos seios.
- O que pensa que está fazendo? - Brian perguntou e ai eu me lembrei que ele estava abaixado entre minhas pernas.
- Indo torcer minha blusa.
- Ah.
Rolei os olhos e torci a ponta, não que tenha feito muito efeito, mas…
- Merda! - Grunhi quando o tecido voltou a colar em minha pele.
- Que foi?
- Eu odeio roupa molhada! - Disse irritada, puxei a blusa e, lutando contra meu bom senso, dei um nó, deixando-a como um top.
- Quer a minha?
- Não! - Disse irritada e bebi mais minha cerveja.
Olhei para os garotos, Matt estava deitado de lado bebendo cerveja e observando os outros três montarem um castelinho de areia, muito falho por sinal, que caía toda hora.

Assisti aquilo e nem percebi quando Brian tirou minha cerveja de mim e bebeu.
Johnny saiu correndo pela areia para pegar areia molhada para o castelo e Zacky para cima para pegar areia seca, eles estavam em um lugar entre as duas.

Estava concentrada assistindo os garotos montarem o castelo e Matt palpitar sobre tudo, então quando os lábios quentes de Gates tocaram minha barriga de leve tomei um susto, pulando pra trás, só não caí na areia porque ele estava segurando minha cintura e me puxou pra cima de volta.

Fiquei confusa por um momento, enquanto ele me colocava de volta aonde eu estava e voltava a beijar minha barriga.
- Quão bêbado você está? - Perguntei irritada empurrando sua cabeça
- Não sei. Um bocado. - Disse rindo e voltou a tentar me beijar, mas empurrei-o. - Que?
- Como assim Que? ? O que você tem na cabeça idiota?
- Cérebro, cabelo…
- Cabelo pode até ser, mas cérebro? Duvido!
- Quantos piercings você tem? - Perguntou passando os dedos pelo meu umbigo - Só os três ou tem mais algum escondido? - Sua voz se tornou maliciosa e eu bati em sua cabeça - Ai!
- Só os três!
- Eu gosto de piercing no umbigo. - Disse e beijou o tal piercing.
- Ponha um! - Disse empurrando-o
- Não sou gay. Gosto em mulher… Acho sexy.
- Que bom! - Disse irônica e ele sorriu de canto
- Para de ser chata. - Ele disse firmando as mãos na minha cintura e beijando a barriga de novo.
- Eu? Você que está me assediando! - Disse irritada empurrando-o
- E dai? Você gosta.
- Claro. Te empurrar significa que eu quero mais… - Disse irônica - Isso são sinais óbvios de burrice.
- Eu sei, mulher é um bicho muito burro. - Disse rindo e mordeu logo acima do umbigo.
- Ha! - Ri irônica empurrando-o de novo
- Para de me empurrar caralho! - Reclamou levantando a cabeça para me olhar
- Para de me beijar então!
- Você fica complicando, sabe que quer que eu te beije, pare de encher meu saco. Eu já saquei, você é difícil. Legal! Mas corta essa. - Disse soando um pouco irritado se ajoelhando no chão e eu fechei a cara pra ele.
- Não é absolutamente nada… O que você está fazendo? - Perguntei empurrando seus ombros com força, mas ele não largou meu pescoço, passou os braços pela minha cintura, me puxando mais pra perto. - Me larga agora Brian! - Disse entredentes enquanto ele mordia de leve meu ombro.


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Notas finais do capítulo

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Beeeijo



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