Give It Up escrita por Niin


Capítulo 15
Happy Halloween


Notas iniciais do capítulo

Heeey gente!
Tudo bom?
Espero que sim, preparadas pro capítulo de hoje?
Espero que sim.. muahahah...
O Cap é beeeem grande! Espero que gostem, até semana que vem!
Enfim, boa leitura!



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Acordei com um humor melhor, hoje era o dia de decorar a casa pro Halloween, uma das pouquíssimas coisas com as quais meu amado papai não implicava.
Desci as escadas e encontrei minha mãe com John, eles estavam tirando as caixas de decoração dos armários.
– Bom dia.
– Bom dia filha, já teve alguma ideia para a decoração desse ano?
– Não muitas, mas estava pensando em colocar um túmulo do lado de fora.
Ela piscou algumas vezes e sorriu estranho - Ah, que legal.
– E como vamos fazer isso? - John perguntou animado
– Não sei, papel machê?
– Ok, depois da sua escola a gente vai na rua e compra algumas coisas.
– Beleza.

Peguei meu carro e fui pra escola cantando metallica no último volume, tinha um atestado falso dizendo que tinha passado mal para entregar aos professores das aulas extras, as quais matei anteontem, então estava tudo bem.
Desci do carro e encontrei Nina saltitante.
– Bom dia Jade! - Ela disse alegre
– Bom dia Nina.
– Hey Jade! O Knox me disse que vocês terminaram. É verdade?
Suspirei - É.
– O que ele fez?
– Nada, não quero conversar disso ok?
– Ok! Hey, o Halloween é amanhã!
– É…
Ela começou a rir e bater palmas - Viva!
Sorri, a garota era lunática. - Viva. Vamos pra aula ok?
– Ok.

Caminhei pra aula de inglês com Nina saltitante ao meu lado, mas ela foi pra aula de Espanhol.
Matt e Zacky estavam na sala, porém Gates não.
– Bom dia. - Eles disseram quando eu cheguei.
– Bom dia.
– O que aconteceu ontem? - Matt perguntou com um sorriso sacana
– Eu tentei matar o Gates, mas ele é muito mais forte.
– Sei...
Eles ficaram conversando sobre coisas aleatórias e eu encarei a porta até ele aparecer, depois desviei o olhar pras minhas unhas.
– Bom dia. - Ele disse se sentando atrás de mim.
– E ai cara! Achei que a Vampira tinha te matado.
– Não vou dizer que ela não tentou.
Sorri involuntariamente, mas lembrei que eu não faço essas coisas e voltei o sorriso.

A aula passou calma e sem problemas, mas quando o sinal para as aulas extras tocou, me lembrei que seria a primeira aula que teria com Knox, a primeira vez que o veria depois de ter terminado.
Caminhei lentamente e um tanto quanto hesitante, entrei na sala e sentei na frente logo ao lado de Ron.
– Boa tarde Jade.
– Oi.
– Não te vi esses dias.
– Não foi acidental.
Ele fez uma cara de triste e eu rolei os olhos.

Logo o mendigo chegou e começou a falar sobre a arte de atuar, mas então parou na minha frente e sentou no degrau do “palco” me encarando.
– Posso saber por que não veio à minha última aula Jade?
– Porque estava passando mal.
– Aham, então hoje você vai fazer um monólogo.
– Anh? Mas eu nem...
– Aqui está o seu papel, vá lá pra fora e leia-o, vou chamar você daqui a pouco.
Bufei pegando o roteiro que ele me estendia e saí da sala, encostei na parede e comecei a lê-lo, mas alguns segundos depois o papel foi tirado de minhas mãos.
– Hey! - Reclamei, mas então o vi e arregalei os olhos - O que você quer?
– Conversar.
– Não Knox, acabou e… - Comecei, mas ele colocou um dedo sobre meus lábios
– Sinto muito ok?
– Eu…
Knox não me deu direito de resposta, colou seus lábios nos meus e eu, sem pensar, correspondi.

Quando voltei a consciência, empurrei-o e peguei meu papel de volta.
– Eu tenho que ler e apresentar isso agora. Vai embora Knox.
Ele piscou e me olhou um pouco decepcionado, mas obedeceu e entrou na sala.
Acabou que era um monólogo que eu já tinha apresentado antes, então me saí bem e não precisei ler durante a apresentação.
Na aula de música, Brian, pai, não me questionou sobre minha falta, não pareceu se importar muito, só me disse o que tinha passado na aula anterior e continuou normalmente.

Saí da escola e fui comprar as coisas com John, passamos muito tempo na rua e voltamos pra casa e fizemos túmulos e cruzes, escolhemos as melhores e colocamos no jardim, colocamos a mulher/espírito de sempre saindo do telhado perto da escada pra varanda e, contra a minha vontade, decoramos uma das árvores.
Eu achei a última parte idiota, mas enfim…
Depois de terminarmos de espalhar abóboras e aranhas e caveiras e etcs, fomos decorar a sala, colocando teias de aranha falsas por todo o lado, inclusive no lustre.
Colocamos uma decoração que mamãe odiava e espalhamos velas, que só seriam acesas amanhã depois das sete.

Depois de pronto, olhei nosso trabalho e apertei a mão de John - Foi um bom trabalho.
– Ano que vem agente podia tematizar de espíritos, o que acha?
– Claro.

[http://0.tqn.com/d/poolandpatio/1/0/3/U/-/-/tWgirlscream.jpg ]

[http://borubudur.com/wp-content/uploads/2011/10/halloween-decoration-5.jpg ]

[http://uniquecostumeideas365.com/wp-content/uploads/2011/10/Cheap-Halloween-Decorations-01.jpg] [Links de decoração de Halloween que eu achei legais e coloquei ai pra vcs imaginarem]



Meu pai entrou em casa e olhou em volta. - Halloween é uma data idiota, mas ficou interessante a decoração de vocês.
– Obrigada. - Eu disse sorrindo e ele me encarou
– Tire esses metais da cara.
– Não.
Ele rolou os olhos e foi pra cozinha, John riu e bagunçou meu cabelo - Eu gosto dos teus piercings.
– Obrigada.

Fui dormir e, quando acordei no outro dia, sorri instantaneamente, o dia estava lindo, nublado e chovendo fino.
Levantei e me arrumei calmamente, gastando bastante tempo na maquiagem preta, estava de tão bom humor que até pintei meu cabelo de preto com um spray que saia com água, depois usei o mesmo spray para fazer mechas verdes e azuis.
Coloquei um corpete roxo e uma calça jeans preta, um salto preto e peguei minha bolsa e fui para a escola.

[ http://www.polyvore.com/cgi/set?id=40483544&.locale=pt-br ]
Acelerei pra escola e quando cheguei lá, descobri que muita gente aqui não sabe que o Halloween é pra ser assustador.

Desci do carro sob olhares, alguns de terror, outros de admiração, e caminhei pra sala de aula, Matt sorriu pra mim no segundo em que me viu.
– Isso ai Vampira! Espirito de Halloween macabro.
– Obrigada. O que exatamente você está usando?
– Amh, acho que estou fantasiado de mim. - Disse rindo
Rolei os olhos e me sentei na carteira atrás da sua, Jimmy logo apareceu com roupas pretas e lápis nos olhos.
– Maquiagem Jimmy?
– Só no Halloween Vamps, gostei da sua roupa.
– Obrigada.

A aula passou rápido e logo saímos dela, não fui pra casa, fui comer algo com Jimmy numa lanchonete, ele me disse que ia pra festa com Gates e me disse que ia me dar carona, eu insisti que não, mas não da pra brigar ou discutir com ele.
Fui pra casa e separei minhas roupas pra mais tarde, como imagino que Knox não irá a festa, poderei aproveitá-la mais.

Quando deu seis horas, tomei meu banho, lavando a tinta preta do cabelo, encarei-me no espelho e pensei que devia pintar as mechas de vermelho dessa vez, depois de divagar sobre isso, me arrumei pra festa e liguei pra Jimmy.
Não queria ser a senhorita óbvia, mas estava sem tempo pra pensar em uma fantasia então, adivinha? Estou indo de vampira, tenho até caninos falsos.


O carro parou na frente de casa e eu entrei no banco de trás.
– Oi Vamps!
– Oi Jimmy, Gates.
– E ai…?
– Ta gata Vamps! - Jimmy disse dando um tapinha na minha perna.
– Obrigada.
Gates ligou a música alto e nós fomos pra festa sem conversar muito, além de os comentários sobre a decoração das casas no caminho.

A festa já estava cheia quando chegamos, a música a mil, Highway to hell, do AC/DC, estava começando.
Andamos os três pelo meio das pessoas, chamávamos a atenção das pessoas, provavelmente pela beleza de Gates ou altura de Jimmy.
Fernanda nos recebeu animadamente e me puxou pra um canto.
– Knox não vem. - Disse sorrindo maliciosa
– Sim, e?
– Não acha que é uma ótima oportunidade pra curtir com o Gates?
– Você é uma maluca Fernanda.
– E você também.
Ri com ela e fomos pro bar, hoje estava afim de ficar bêbada, muito bêbada.


Passei a maior parte da noite com Fernanda, já estava no milhonésimo copo de vodka e curassau blue quando encontrei Matt, Zacky e Johnny.
– Oi gente! - Eu disse feliz e eles riram pra mim ou de mim, não importa.
– Oi Vampira! - Eles responderam e eu abracei cada um
– Você viu o Gates e o Jimmy? - Matt perguntou na minha orelha
– Vim com eles, mas a Fer me sequestrou.
– Me ajuda a procurar?
– Claro!
Eu e Matt saímos andando entre as pessoas, alguns caras me cantavam e etc, mas ele me puxava pra perto, tanto faz também… Eles nem eram tão bonitos.

Vi uma criatura alta e apontei pra lá.
– JIMMY! - Gritei e Matt olhou na direção dele
– Vem. - Ele disse e me rebocou naquela direção
Chegamos perto e eu vi uma cena que me irritou um pouco.
Gates estava sentado e Michelle estava quase em cima dele, enquanto Jimmy falava coisas, provavelmente idiotas, pra uma garota loira.
Valary viu Matt e fechou a cara, sussurrou algo pra Michelle e saiu de lá, Matt fechou a cara também.
Puxei seu pescoço pra baixo e perguntei em sua orelha - Brigaram?
– Aham, mas deixa isso baixo ok?
– Ok.

Jimmy contou mais uma piada, porque Gates quase engasgou de tanto rir, eles nem tinham nos visto ainda, então Matt puxou o ombro dele, que se virou pra nós e sorriu.
– SHADZ! VAMPS! - Ele disse alegre e me puxou para um abraço, que eu correspondi rindo.
– CUIDADO JIMMY! Meu copo!
Ele gargalhou, estava ainda mais bêbado que eu.
Jimmy e Matt começaram a conversar e eu fui me sentar no sofá onde Gates não estava.
A garota loira, a amiga de Jimmy, sentou do meu lado e sorriu pra mim.
– Qual é o seu nome?
– Jade! Mas todo mundo me chama de Vampira.
– Prazer, Leana.
– Prazer.
A garota conversou comigo por um tempo, antes de eu captar Michelle com a visão periférica, ela já estava sem o gesso e andando normalmente, mas quando Gates chegou perto ela fingiu quase cair e ele a pegou no colo e trouxe pro sofá de novo.

Rolei os olhos e Leana riu.
– Ela é tão má atriz que eu me pergunto se ele está acreditando ou se está com pena.
– Deve estar acreditando, Brian é um idiota.
– Mas ele é lindo.
Ri e rolei os olhos - Não muda o fato de ser burro, ou está muito bêbado pra perceber.
– Talvez.
Levantei para pegar mais vodka e foi quando ele me viu, sorriu alegre e veio me abraçar.
– Oi Vampira!
– Você já me viu hoje! - Respondi abraçando-o
– Eu sei.
É, estava mesmo bêbado...
Olhei por trás do ombro dele e vi Michelle vermelha de raiva, só para ser mais maligna, beijei a bochecha de Gates e mordi-a de leve.
– Incorporou bem o personagem. - Ele disse rindo e me soltando
– Na verdade eu gosto de morder. - Disse rindo - Agora deixa eu ir me embebedar mais.
Ele gargalhou e piscou pra mim, virei as costas e fui pro bar, não fiquei surpresa quando a clone veio me encher o saco.

– Eu já não te disse que ele é meu? - Perguntou irritada
– Já disse isso pra ele?
– Olha aqui garota…
– Não, olha aqui você. Primeiro, você sabe que se não fosse uma trouxa de colocar o Knox contra mim, possivelmente ainda estaríamos namorando, segundo, eu pego quem eu quiser e você não interfere nisso, terceiro, se você quer tanto assim, vai pegar. - Eu disse rindo - Afinal, você corre atrás dele que nem um cachorrinho, é claro que ele te quer.
Ela me olhou muito irritada e eu sorri erguendo o copo em um brinde com o ar.
– Você está cavando sua cova garota.
– Não tem problema, só o Van Helsing pode me matar, e você está fantasiada de coelinha da play boy… Vê a diferença? - Perguntei sorrindo e saí andando de volta pra onde estávamos antes.

O sofá estava vazio e foi lá que eu me sentei, olhando tudo em volta com um interesse próximo ao nulo.
– Curtindo sua vodka Vampira? - Ele perguntou se jogando ao meu lado no sofá
– Sim. E você? Está curtindo sua… - Parei para olhar para o copo dele - Gasolina?
Ele gargalhou e virou um pouco da bebida na boca - Não é gasolina, mas sim, estou curtindo.
Gates passou o braço direito por trás dos meus ombros e ficou mais perto de mim, senti olhos cravados em mim e me virei pra ver, encontrei Michelle nos olhando vermelha de raiva.
– Hey Syn, sua namorada não está gostando dessa sua proximidade toda comigo. - Eu disse rindo e ele olhou na direção de Michelle.
– Já te disse que ela não é minha namorada. - Ele disse bem perto da minha orelha.
A voz rouca e o hálito, que misturava as bebidas com menta e algo que identifiquei como cigarro, me fizeram arrepiar, mas tudo isso era em decorrência do álcool, com certeza.
– Aham, não foi o que ela me disse mais cedo.
– E você liga pro que ela diz? - Perguntou passando a ponta de seu nariz na pele perto da minha orelha.
– Não dou a mínima.
– Então… Esquece que a Michelle existe. - Ele disse e arranhou os dentes no meu maxilar.
– Acho que isso vai ser difícil.
– Por que? - Ele perguntou, mas logo obteve a resposta.

Michelle chegou como um furacão e chutou a canela dele de leve.
– Umh? Que foi Chelle?
– Posso conversar com você?
– Agora? - Perguntou apoiando sua mão direita no meu ombro e me puxando mais perto.
– De preferência.
– Algo importante?
– Syn! - Ela disse com a voz mais aguda que normalmente e eu fiz careta, odeio vozes muito finas.
Ele me pediu para esperá-lo e foi com ela uns passos pra longe de mim, rolei os olhos e voltei a beber, como se pra mim fizesse diferença, continuaria ali simplesmente porque era onde eu estava e pretendia ficar bem antes de ele chegar.

Jimmy surgiu e sentou comigo - Heeey, finalmente vai rolar entre você e o Gates?
– Pode parar ok Jimmy? Nada a ver.
– Sei, e ele estava esfregando a cara em você porque achou seu cabelo cheiroso?
– Por que não pergunta pra ele?
– Ok. - Ele disse e começou a se levantar, mas eu o puxei de volta - Que?
– Michelle.
– Ah… Garota chata.
Gargalhei e me levantei, puxando Jimmy comigo - Vem!
– Pra onde?
– Dançar!
– Você dança?
– Aham, quando estou bêbada danço!
Ele sorriu e me puxou pra pista, eles já tinham mudado a tematização da música pra aleatórias de festa, logo já estávamos dançando loucamente, ou pelo menos ele estava louco, eu estava na minha, dançando bem o suficiente pros caras me encararem e sorrirem maliciosos.

Senti alguém me segurar e me virei de cara fechada, mas descobri ser Gates e acabei nem ligando, só tirei as mãos dele de mim e continuei dançando.
Ele chegou mais perto de mim e sussurrou no meu ouvido.
– Você é um saco sabia?
– Faço questão de ser. - Disse sorrindo e prendendo meu cabelo com a mão esquerda, enquanto apoiava a outra no braço dele e dançava olhando pro chão.
Gates passou o braço pela minha cintura me imprensando nele - Não devia ficar dançando assim.
– Agora eu sou solteira Gates, e não faz diferença pra ninguém o jeito que eu danço.
– Faz sim.
– Tem mais. - Eu disse parando de dançar, o que na verdade foi mais parar de passar meu corpo pelo dele, já que o mesmo estava me prendendo contra ele - Eu não ligo pro que você pensa Gates. - Disse sorrindo e empurrei seu peito
Ele deu um passo pra trás e me deixou dançar por mais alguns, sei lá, segundos, então simplesmente passou os braços por mim e me carregou pra fora da pista.
Se eu não estivesse bêbada, teria reclamado, mas como estava, comecei a rir loucamente enquanto ele me levava de volta pro sofá.

Gates me colocou no chão e, eu não sei se foi minha vontade ou se caí, mas logo já estava no sofá.
Ele sentou do meu lado e me puxou pra perto - Fica viva Vampira.
– Eu não posso. Vampiros são criaturas mortas.
Ele riu e rolou os olhos - Você me entendeu.
Sorri concordei com a cabeça - Só porque você é minha carona pra casa.
Ele chegou perto e mordeu de leve o lóbulo da minha orelha - Bem mais que só sua carona pra casa.
Vi o olhar mortal de Michelle de novo e sorri sacana pra ela.
– Ah, legal. - Eu disse sorrindo um pouco forçado - Eu vou ali e… - Comecei me levantando, mas ele me segurou
– Não Jade, fica aqui. - Ele me puxou de volta e pra ele
– Eu quero vodka Syn, vou pegar vodka. - Disse um pouco mais firme do que devia e ele ergueu uma sobrancelha. - Já volto ok?
Ele se esparramou mais no sofá e sorriu - Estou te esperando.

Saí de lá sorrindo sacana pra Michelle, Gates era muito fácil e irritá-la era ainda mais.
– Eu te disse que ele é meu!
– Foi isso que você disse pra ele aquela hora?
– Isso não é da sua conta!
– Ok. - Eu disse me encostando no bar, o barman me atendeu e foi pegar minha vodka com curaçau.
– Me escuta aqui Vampira, se eu vir você perto dele de novo…
– Diz Michelle. - Eu desafiei pegando meu copo e bebendo um pouco - Quero ouvir você me desafiar, porque a primeira coisa que eu vou fazer vai ser beijar seu namorado.
O olhar dela ficou ainda mais mortal e eu tive certeza de que ela queria me matar.
– Você vai pagar muito caro por tudo isso.
– Sei, por isso o que, exatamente?
– Tudo… Espere pra ver.
– Então, basicamente, você vai se vingar de mim se eu pegar ele? - Perguntei apontando pra Gates, que estava bebendo e rindo com Johnny.
– Vou matar você.
Sorri e me desencostei do balcão - Vampiros já estão mortos e você não pode acabar comigo, já não te disse isso?
Ela grunhiu de raiva e deu um passo mais pra perto de mim. - Acredite em mim Vampira, você vai se arrepender...
– Vamos ver você tentar. - Disse sorrindo e virei de costas pra ela, andando até o sofá.

Gates ergueu os olhos pra mim sorrindo de forma maliciosa, o que Johnny percebeu e se levantou.
– Vou ali falar com o Jimmy. Vejo vocês depois.
– Tchau Joh. - Eu disse rindo e abraçando-o forte, enquanto Gates continuava com os olhos cravados em mim, e tenho certeza que Michelle também.

Johnny saiu andando e Gates me puxou pro sofá, fácil assim ele já está na minha mão.
– Demorou. - Ele disse me puxando e colocando o braço sobre meus ombros
– Michelle…
Ele rolou os olhos e eu ri, consegui ver os olhos de Michelle, Matt, Fernanda, Jimmy, Johnny e Valary nos encarando.
Gates voltou a tentar alguma coisa comigo, mas eu estava distraída com uma coisa…
Fernanda e Matt não estavam perto de mais um do outro?
– Jade? - A voz rouca dele no meu ouvido me fez acordar
– Umh?
– Não me ignora droga.
– Ah, desculpa eu… - Comecei, mas ele não me deixou terminar, colocou uma mão na minha nuca e me puxou para um beijo, que eu correspondi só pra ver a cara de Michelle depois.
Mas então quando sua língua passou pela minha, eu esqueci disso tudo, das clones, da proximidade de Fernanda e Matt e tudo mais.
Quem diria que o comedor de areia beija bem?

Quando nos separamos ele me encarava sorrindo malicioso e eu estava um pouco atônita, ele chegou mais perto pra me beijar de novo, mas eu me afastei.
– Que foi? - Perguntou rouco
– Ah… Eu…
Fiquei sem palavras porque na verdade não sabia o que dizer, pensei em Knox, mas ele não era exatamente a razão pra eu me afastar de Gates, era o fato de eu ter deixado ele me beijar e acabar me apaixonando por ele… Simplesmente não podia repetir isso.
– Vampira?
– Umh?
– Que foi?
– Ah, nada... Eu acho.
Ele sorriu e me beijou de novo, segurei seu cabelo, mas isso me lembrava Knox, então desci a mão pro pescoço dele.

Meu celular vibrou e eu nunca estive tão feliz por isso, peguei-o no meu bolso e vi que John me ligava, levantei e fui andando para um canto longe da música e Gates me seguiu.
– Que foi?
– Pai e mãe disseram que só voltam na quarta, eu vou dormir na casa da Vick essa noite. Tem problema em ficar sozinha?
– Não.
– Beleza, não faça nenhuma merda ou eu mato aquele cara.
– A gente terminou John.
Ele ficou em silêncio por um tempo - Ah, foi mal.
– Tudo bem…
– Quer que eu fique em casa?
– Não! Mas usa camisinha, seu idiota! - Eu disse rindo
– Pode crer mana, não quero ter filhos agora.
– Bom mesmo.
– Quer escolher o sabor? Tem melancia…
– CALA A BOCA JOHN! - Eu gritei e ele riu - Tudo o que eu menos quero é saber o sabor de camisinha que você vai usar!
– Mas eu quero uma opinião!
– Argh, seu nojento!
– Melancia?
– Não! Isso é ruim.
Gates me encarou estranho e risonho. - Está conversando sobre sabor de camisinha com seu irmão?
Sacudi a cabeça confirmando e ele riu mais.
– Deixa eu ver… Ok, temos melancia, morango uva e uma normal… Qual você prefere?
– Qual eu prefiro? - Perguntei sacana
– Ok! Não fala! Pelo amor de Deus não quero saber com qual camisinha você prefere transar.
– Ah John, mas e se eu quiser te contar sobre o meu sabor favorito?
– Argh! Depois eu sou o nojento!
– Você é!
Gates estava rindo sentado em uma poltrona, me puxou e eu sentei em uma perna dele.
– Ok, me diga um sabor ai, e por favor que você não escolha por experiência própria.
– Ok, desses sabores que você disse, eu prefiro suco de uva, então…
– Uva então… Mas você nunca…
– Não John.
Ele suspirou aliviado - Ótimo. Boa noite maninha, juízo.
– Você ta indo dormir com a Vick, quem tem que ter juízo é você!
– Eu tenho! E ele é sabor uva, você que escolheu.
Rolei os olhos e ri - Ok John… Tchau!

Desliguei o telefone rindo e ele me apertou contra seu corpo.
– Você e seu irmão tem assuntos estranhos.
– Fazer o que?
Ele ia me beijar de novo, mas foi a vez do celular dele tocar.
Parecia ser Jimmy, mas quando eu focalizei Fernanda não liguei pra isso, levantei e fui até ela, arrastando-a para um canto.
– Ahhaa!! Eu te disse que ele ia ser seu homem!
– Isso é praga sua sua idiota! E só pra você saber, foi só pra provocar a Michelle.
– Ahaam. - Disse irônica
– Idiota.
Ela riu e olhou algo atrás de mim - Vem!
– Vem pra onde?
Ela me rebocou pra uma mesa onde pessoas estavam tomando cada um uma dose de alguma coisa, ninguém tomava mais de duas.
– Que isso?
– Uma mistura louca que deixa qualquer um bêbado.
– Eu quero!
Ela riu e me entregou, bebi de uma vez e estava bem, não senti nada de diferente…
– Vampira? - Ela me chamou e eu a olhei
– Sim?
– Tudo bem?
– Claro, por que não estaria?
– Não sei, você ficou viajando uns dois minutos.
– Ah… Não, estou bem.
– Ok, ah… O Gates ta te chamando.
Olhei em volta e vi que ele estava olhando pra mim, andei até lá e parecia que pisava em algo muito macio, não estava cambaleando, claro que não, você acha o que?

Quando cheguei perto o bastante, ele passou o braço pela minha cintura e nos juntou, eu comecei a rir na hora, é, acho que estou bem bêbada.
– O Jimmy falou que não precisa mais de carona pra casa.
– Que legal! Ele arranjou um carro? - Perguntei animada, mas logo meu sorriso morreu - Jimmy roubou um carro?
– Não! Ele vai pra casa com uma outra pessoa.
– Matt? - Perguntei confusa e ele riu
– Não é um cara.
– Clones?
– Ele vai pra casa com uma garota.
– Mas as clones são garotas. - Eu disse piscando - Não são? Me diz que são ou eu vou vomitar.
Ele gargalhou - São.
– Ah, ótimo… Então se ele não vai com as clones… Ele vai de carona com a Nina? - Perguntei sorrindo um pouco débil, pensando bem, ela nem estava aqui.
– Ele não vai com a Nina, e também não vai “pegar carona”.
– Jimmy vai a pé?
– Não Vampira, ele vai pra casa de uma garota.
– Então…
– Pra transar com ela. - Ele disse erguendo as sobrancelhas como se fosse óbvio, na verdade era óbvio… Mas o álcool não me deixou pensar nisso.
– Ah… Transar com ela. - Repeti e comecei a rir loucamente, apoiando o rosto em seu ombro. - Imagina o Jimmy…
– Não. - Ele disse sacudindo a cabeça em negativa
– Deve ser tãaaao engraçado… Ainda mais se for com aquela garota baixinha…
– Cala a boca… Sério. - Voltei a rir e ele me prensou contra seu corpo - Você ta muito bêbada Jade.
– Só um pouco.
– Vem, vou te levar pra casa.
– Ah… Mas a festa tá legaal!
– Eu sei, mas a gente já está aqui a muito tempo, vem.
– Mas…
– Vem. - Ele disse me puxando pela mão

No caminho ouvi várias cantadas idiotas, mas meu alcoolismo me enganou e eu achei elas bem legais e engraçadas.
– Eu deixava você sugar todo o sangue do meu corpo. - Um garoto disse eu comecei a rir.
– Adorei. - Eu disse rindo e colocando a mão no seu braço - Não tinha ouvido essa ainda.
– Eu tenho muito mais gatinha.
– Vampira! - Gates disse bravo e eu me virei confusa pra ele
– Que?
– Para de dar bola pra qualquer idiota e vem logo.
– Eu não estou dando bola pra ninguém! Estou conversando aqui com o meu amigo… Qual é seu nome mesmo?
– Jason.
– Meu amigo Jason.
– Que legal, bom pra vocês. - Ele disse cínico e voltou a me puxar, dessa vez pela cintura.
– Tchau Jason! - Eu disse rindo enquanto ele me dava tchauzinho

Gates me colocou no carro enquanto eu ria como uma trouxa, deu a volta e deu a partida, tudo isso com uma cara de bravo impagável, que só me fazia rir mais.
– Você fica até bonito bravo, sabia? - Perguntei e voltei a rir, colocando os pés no painel
– Tira os pés daí.
– Ah, mas eu gosto.
Ele bufou e puxou minhas pernas, me fazendo tirar os pés de lá.
– Chato.
– Você age como uma criancinha de dez anos quando está bêbada.
– Eu sei! Você já disse, John já disse, Knox já disse… Apesar de que ele tinha uma opinião um pouco diferente.
– Que bom… Tudo o que eu quero saber é o que seu ex dizia sobre você bêbada.
– Se você quer saber, ele dizia que eu ficava tarada. Mas isso é uma informação que eu não sei te dizer se é correta.
Ele riu pelo nariz - Tarada, como se você pudesse ser tarada Vampira.
– Né? Eu sou uma boa menina… Não sou uma tarada. - Disse cruzando os braços e olhando pra ele - Mas pensando bem, já te disse que você é gostoso?
Ele pareceu surpreso e me olhou, sorte que estávamos parados no sinal. - Anh?
– Que foi?
– Talvez até exista.
– Não existe! - Eu disse fechando a cara e olhando pela janela.

Paramos em frente a minha casa e eu desci do carro andando até em casa e abrindo-a, foi só quando me virei pra fechar a porta que percebi que ele tinha vindo comigo.
– Que é? Eu posso até ficar tarada, mas não vou transar com você idiota.
– Veremos. Mas não hoje, vim com você pra garantir que não vai cair da escada e morrer.
– Tão gentil. - Eu disse cínica e fechei a porta, comecei a subir pro meu quarto tirando as peças de roupa que não me comprometeriam, as partes de teia e o cinto.
Vacilei em um degrau da escada, mas a culpa é toda do salto, e Gates me segurou pela cintura.
– Quer que eu te carregue? - Perguntou preocupado
– Eu tenho cara de paraplégica pra você?
Ele rolou os olhos e me soltou, continuei andando e fui pro meu quarto, joguei a roupa na escrivaninha, os sapatos eu arranquei de qualquer jeito e joguei em algum lugar.
– Quer alguma coisa? - Ele perguntou da porta
– Não obrigada. - Eu disse me deitando de bruço na cama
– Vai trocar de roupa?
– Por que? Quer fazer isso? - Perguntei sarcástica
– Adoraria, mas estou perguntando por perguntar.
– Sei, é pro seu sonho sexual comigo ser mais real.
– Talvez. Não posso te garantir.
– Nojento.
– Foi você quem sugeriu.
– Sonha com sua namorada tosca.
– Ela não é minha namorada. - Ele disse e sentou do meu lado na cama
– Problema de vocês, sorte dela, se não seria uma chifruda.

Ele riu e passou a mão no meu cabelo, fiquei um tempo viajando nisso, estava meio imersa, não dormindo, eu acho que não, quando percebi que ele estava deitado do meu lado.
– Já disse que não vou transar com você, perca suas esperanças.
– Eu posso tentar. - Disse rindo - Mas já te disse pra ficar tranquila, você ta muito bêbada, ia acabar dormindo.
– Então você é muito ruim de cama.
– Quer descobrir?
– Claro, pergunto pra Michelle na segunda.
Gates riu e eu sorri, me lembrando dos caninos falsos, rolei ficando de barriga pra cima e me sentei na cama, tirei-os e fui pro banheiro, guardei os caninos e tirei grande parte da minha maquiagem, principalmente o batom, se tem uma coisa que eu odeio e ficar com batom, escovei os dentes e saí do banheiro.

Quando voltei, encontrei Gates ainda mais achando que podia mesmo ficar comigo, estava sem camisa e sapatos, deitado com os braços pra trás da cabeça.
– Não está calor. - Eu disse deitando de novo
– Eu estou com calor.
– Com calor ou vontade de mostrar seu corpo pra mim? - Perguntei cínica
– Calor, não quero mostrar meu corpo pra você… De nós dois o corpo que me interessa é o seu.
– Sutil como uma caminhonete atropelando porcos.
– Que?
– Nada.
Ele riu e me puxou, deitei a cabeça em seu peito e o abracei.
– Quer que eu vá? - Perguntou acariciando meu cabelo
– Tanto faz. - Respondi e depois sorri - Até que ta gostoso. - Eu disse me aconchegando nele
– Vou esperar você dormir então, ok?
– Ok…
Fiquei um tempo sem nem mesmo me mexer, mas abri os olhos e vi a pele do peito de Gates, lisa e macia, o que me lembrou que eu ainda não tinha mordido ele direito.

Me ergui um pouco e cravei os dentes nele, que ficou confuso e grunhiu.
– O que diabos foi isso?
– Eu te disse que gosto de morder.
– Eu achei que fosse brincadeira ou no momento, sabe, na pegação… Sei lá…
– Gosto de morder e pronto. - Disse rindo e mordi seu ombro.
– Posso ver.
Eu sorri e levantei o olhar pra ele, que sorriu de volta, ressaltando suas bochechas, que eu mordi também.
– Vou te dar outro lugar pra morder.
– Não acho que você ia gostar disso… Doí Gates. - Eu disse séria, mas logo depois comecei a rir loucamente.
– Vale a pena.
– Espere até sentir essa dor então.
– Knox reclamou? - Perguntou provocando
– Não… Não mordi.
– Mas você… Transou com ele?
– Ele era meu namorado ué… Por que não?
Ele me lançou um olhar estranho que eu não entendi, provavelmente por causa do álcool, e então me ajeitou melhor em cima dele.

Fiquei encarando-o por um tempo, ele parecia pensativo e isso me fez voltar a rir.
– Você compensa o mau humor quando está bêbada.
– É que as coisas são muito engraçadas. - Eu respondi deitando a cabeça em seu peito
– Ou você fica mais retardada.
Fechei a cara e mordi-o de novo - Para de me encher o saco ou eu te jogo da janela.
– Ok o mau humor ainda prevalece.
– Sou eu, o que você esperava?
Ele riu e voltou a acariciar meu cabelo.
Dormi imersa no cheiro dele, que misturava muitas coisas, dentre elas cigarro, que eu teria reclamado se, na verdade, não estivesse bom misturado no perfume.



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Notas finais do capítulo

Haha, gostaram do cap?
Nos vemos nos reviews gente, comentem bastante que eu posto mais rápido (y'
Beeijo