Give It Up escrita por Niin
Notas iniciais do capítulo
Heey gente!
Postando cedo, me dêem um beijo. Néh, não...
Enfim, estou postando hje porque amanhã começa o bentito colégio... 3 ano, desejem me sorte e força de vontade para estudar esse ano...
Anyway, o cap não ta muito grande, mas ta fofo.. OOOWN
Vocês não sabem o quanto foi difícil escrever esse negócio... Fofura não é comigo, muito menos com a Vamps.
Boa leitura!
Ele riu e encostou a cabeça no tronco do coqueiro, peguei o celular de suas mãos e rejeitei a chamada de Matt, depois desliguei o telefone e coloquei-o ao lado do meu na areia.
- Então, quer conversar ou só ficar aqui gastando tempo? - Perguntei imitando-o e fitando o céu.
- Não sei.
- Você é uma moça.
Ele riu e socou minha pena de leve.
- Nunca pensei que você pudesse ser legal.
- Eu tenho meus momentos.
Ficamos em silêncio por um tempo até ele quebrá-lo
- Você sabia que conseguimos marcar com um produtor pra ouvir nossas músicas?
- Não. Que legal.
- Pois é.
- Eu gosto das músicas, acho bem escritas, bem cantadas e bem tocadas.
- Agradeço pelo “bem tocadas”.
- Você é muito bom, embora eu não vá repetir isso quando tiverem mais pessoas perto de mim.
Ele riu de novo, mas o sorriso morreu e ele suspirou.
- Eu posso ser péssima em social, mas você consegue ser ainda pior em fingir que está tudo bem.
- Consigo não é? Que bom que não pretendo ser ator.
Sorri e tentei ser amigável de novo, tocando seu braço de leve - Certeza que não quer conversar? Porque estou me sentindo inútil e chata, tentando te forçar a falar e vendo que é o que você precisa.
- Talvez você não seja assim tão ruim no social no fim das contas. - Ele disse se virando pra mim e sorrindo, eu correspondi e lhe dei um soco de leve no braço.
- Você fica estragando meus momentos de sabedoria.
Ele me encarou por um tempo e depois voltou-se pro mar.
- Você não é o tipo de pessoa que parece se preocupar com a vida alheia.
- Mas eu sou legal as vezes, já disse que tenho meus momentos. Aproveite.
Gates suspirou e mastigou a própria bochecha, ele parecia querer falar, mas não conseguia.
- Quer uma ajuda pra começar? - Perguntei tentando ser o mais gentil e legal possível
- E o que você vai fazer? Me ameaçar até eu contar?
Ri e sacudi a cabeça, virei meu corpo pra ele e apoiei meu braço em seu ombro, me encostando pra frente.
- É sobre a Michelle? - Perguntei e ele sorriu
- Vai tentar adivinhar?
- É! Responde!
- Não, você acha que eu ia ficar mal por ela?
- Sei lá, você pode gostar da garota.
- Não é sobre ela.
- Umh, é sobre sua banda?
- Não.
- Seus amigos?
- Não.
Fiz careta e chutei a última coisa que eu podia pensar e a última que eu queria que fosse.
- Sua família? - Ele ficou quieto e olhou pro mar de forma perdida. - É, não é? - Ele assentiu e eu coloquei a testa no meu braço. - Ó droga, meu curso ainda não chegou nessa parte. - Disse e ele riu.
- Pelo menos você me faz rir.
- Eu sou um poço de risadas. Mas só nos meus momentos.
- Eu estou aproveitando o máximo que posso, juro.
Sorri - Bom. Mas então… - Comecei e engoli seco - O que tem sua família?
Ele suspirou e dobrou uma perna apoiando o braço nela. - Eu tenho uma família complicada.
- Famílias são complicadas, bom, eu talvez não seja a melhor pra te dizer coisas relacionadas a isso, seu pai é muito mais legal e pai que o meu… Não sou boa com social e nem com coisas de família. Talvez eu devesse ter te deixado lá pra conversar com os caras.
Gates virou o rosto pra mim sorrindo. - Se seu pai não é muito bom então não está tão longe de saber o meu problema.
- Seu pai parece ótimo.
- Ele é, mas é a única parte ótima.
- Sua mãe?
Ele assentiu e eu sorri forçado em algo que, eu tenho certeza, pareceu meio triste.
- Ela foi embora quando eu era pequeno.
Torci os lábios e apertei seu braço de leve - Sinto muito. Mas, com todo o respeito, por que pensar nisso agora?
Ele sorriu meio triste. - Faz dezesseis anos hoje.
Mordi meus lábios, sentindo um arrepio nada legal descer pela minha espinha e uma vontade totalmente anormal de abraçá-lo tomou conta de mim. Claro que não o fiz, mas mesmo assim tive o impulso.
- Sinto muito. - Disse passando a mão de leve por seu braço
- Valeu.
Ficamos um tempo em silêncio, até eu ouvir um grito estridente.
- BRIAAAAAAAAAAAAAAAN! - O grito era de Jimmy e nós nos viramos pra vê-lo correr pela rua, ainda não tinha nos visto.
- Que gazela. - Eu comentei e ele riu
- Vem. - Ele disse se levantando e catando os celulares na areia
- Pra onde?
- Vamos pegar o carro. - Ele disse me puxando, andamos abaixados atrás dos coqueiros que costeavam a rua, vimos Matt e Fernanda passarem, ambos com telefones, Zacky passou de carro umas três vezes.
Chegamos a lanchonete e Gates praguejou.
- Que foi?
- O anão ficou pra ver se a gente voltava.
Ele disse olhando através do vidro.
- Tive uma ideia, vem.
Puxei Syn e liguei seu celular, que pouco depois chamou.
- Atenda e diga que você está preso no banheiro da lanchonete. Eles vão ligar pro Johnny te tirar.
Ele concordou e atendeu, fez o que eu disse e, não muito depois, Johnny correu pro banheiro e nós pro carro.
Entramos no veículo rindo, ele deu a partida e acelerou pra longe do lugar.
- Que merda! - Eu disse rindo. - Matt só pode ser idiota de acreditar nisso.
- Com certeza. Quem fica preso no banheiro?
- Hey! Você ficou, pare de se zoar.
- Achei que ver eu me zoando fosse um sonho seu.
- Ah, não hoje.
Ele sorriu de canto e reduziu a velocidade, estávamos numa parte bem afastada, mas ainda perto da praia.
- Você corre muito.
- Não lembro de você reclamar antes.
- Não reclamei agora, só comentei.
Ele estacionou o carro quase na areia e desceu, reconheci o lugar como o mesmo do dia em que ele tinha ficado estressado depois de deixar as clones em casa.
Gates foi no porta mala e abriu-o, tirando uma caixa de lá e levando até a praia, desci do carro e andei devagar até ele.
Ele tirou uma cerveja da tal caixa e abriu-a bebendo um longo gole.
Nunca pensei que fosse sentir esse impulso de abraçar alguém, me sentia totalmente envenenada e pensava seriamente em me bater.
Minha falha habilidade social me disse pra ir até lá e eu obedeci, sentei de seu lado e ele se virou sorrindo pra mim.
- Quer? - Perguntou estendendo a garrafa que acabara de abrir
- Obrigada. - Disse pegando-a dele, mais pra ter algo em que me concentrar, comecei a arranhar o rótulo da garrafa e ouvi ele abrir outra. - Você é mesmo um alcoólatra, anda com caixa de cerveja no carro.
- Só nos meus piores dias.
Sorri fraco e mordi o lábio inferior, acho que vou mesmo procurar um curso pra ficar melhor no social.
Ficamos em silêncio, os únicos sons eram o do mar, da bebida dele se mexendo enquanto virava a garrafa e minhas unhas batendo no vidro da minha própria garrafa.
- Acho… - Comecei e ele se virou pra me olhar - Acho que vou te deixar sozinho. - Disse e ele sorriu meio triste e eu franzi a testa. - Não é o que você quer?
Gates sacudiu a cabeça em negativa e eu fiquei ainda mais confusa do que já estava.
Ele virou mais cerveja na boca e depois de engolir suspirou.
Já estava escuro, a lua já era visível no céu e eu a encarava pensativa.
Em geral, pessoas gostavam de ter apoio nos problemas, mas meu apoio?
Quero dizer, estou tentando ser amigável, mas duvido que esteja conseguindo, e outra, estamos “fugidos” dos outros. Jimmy deve saber disso, eles são melhores amigos afinal.
Olhei pra Gates quando o ouvi tirar outra garrafa da caixa, me levantei e olhei pra lá. Tinham muitas garrafas cheias e algumas vazias. Respirei fundo e tomei a garrafa antes que ele abrisse.
- Toma, não desperdiça essa. - Disse lhe entregando a minha garrafa
- Não vai beber?
- Não quero.
Ele sorriu e pegou minha garrafa, voltando a dele pra caixa, tirou a camisa e fez um bolinho com a mesma, deitou na areia e colocou o bolinho sob a cabeça, apoiou a cerveja no peito e ficou olhando pra cima, não era uma cena que eu gostava de ver, era, na verdade, a pior cena que tinha visto nos últimos tempos.
Numa tentativa mais ousada das minhas habilidade sociais, cheguei mais perto dele e me sentei atrás de sua cabeça, colocando as mãos por trás de sua nuca, ele me olhou estranho enquanto eu o fazia levantar, tirei sua camisa da frente e me sentei onde ela estava, ele se deitou de novo, no meu colo, e me olhou ainda mais confuso.
- Estou tentando ok? Se fizer algo muito idiota ou irritante é só me dizer.
Ele sorriu e fechou os olhos, continuando nas minhas tentativas, acariciei seu cabelo por um tempo.
Naquele momento, Gates parecia muito uma criança, pelo menos pra mim, estava deitado no meu colo e quase dormindo, tinha um sorriso triste nos lábios e apertava a garrafa.
Me senti mal por ser tão idiota com ele o tempo todo, mas por outro lado, eu não gostava da ideia de ser tão legal assim com alguém, da última vez tinha acabado começando a namorar Knox, e a última coisa que preciso é ter uma paixonite adolescente por um cara como Gates.
Brian abriu os olhos devagar e me fitou profundamente, senti uma vontade grande de fazer careta e sair dali, repulso a ideia de ser amável por qualquer motivo.
- Obrigado. - Disse baixo
Eu sorri automaticamente, merda de parte humana que fica me contrariando. - De nada.
Ele ergueu a mão em minha direção e tocou meu rosto, eu quis olhar pra ele como se ele fosse um lunático, mas antes de eu socar seu nariz, pensei no que aquele dia significava pra ele e acabei só o encarando confusa e sem nenhuma agressão física.
Gates não fez nada, só tocou meu rosto de leve e depois de um tempo baixou a mão, fiquei sem saber se aquele era realmente o objetivo ou ele não teve coragem para fazer o que queria.
Mas isso não importa, certo?
Ele se sentou e virou o resto da cerveja, colocou-a na caixa e não pegou mais.
Tirei as botas, me levantei e andei até a beira d’água, molhei os pés olhando pra baixo, cavei a areia com eles e fiquei assim por um tempo, me distraindo com água e areia.
Ele parou do meu lado olhando pra frente, prestando atenção no mar.
- Hey? - Chamei dando ouvidos à minha habilidade social quase exaurida.
Ele se virou um pouco pra mim - Sim?
- Você não está sozinho ok? - Disse e, lutando contra todos os meus pensamentos racionais e comportamento normal, passei os braços por seus ombros e ficando na ponta dos pés para abraçá-lo.
Ele me abraçou de volta, enterrando o rosto no meu pescoço, fiz carinho em seus cabelos enquanto ele me apertava forte contra seu corpo.
Talvez eu não fosse assim tão ruim no fim das contas, sou legal o suficiente para ajudá-lo.
Gates me soltou, o que foi ótimo já que minhas pernas doíam, e sorriu pra mim. - Obrigado Jade, de verdade.
- Que isso, tamos aí. - Disse sorrindo amarelo e socando seu ombro.
Ele riu e jogou sua cabeça pra trás - Acho que você já usou toda a habilidade social de hoje.
- De hoje? Do mês! Acho bom ninguém precisar de mim por um bom tempo. - Disse rindo, mas então me lembrei do que tinha dito - Quer dizer, a partir de amanhã.
Ele riu mais e tirou o cabelo do meu rosto - Eu já usei toda a sua capacidade de ser legal com alguém, não tente arranjar mais.
Sorri e olhei pra baixo chutando areia, mas areia molhada arranha, então fiz careta e ele riu mais.
- Acho que a gente devia voltar, já está escuro.
Ele olhou pro céu e ficou parado por um tempo.
- Tem que ir?
- Não, só… - Disse, mas não tinha palavras, dei de ombros e arrastei meu pé pela areia.
- Pode parar de ter pena de mim Vampira. - Disse sério.
Ergui os olhos pra ele - Não é assim.
- É sim, claro que é. Agradeço pela sua compaixão, mas é melhor esquecer o que eu te disse.
Pisquei confusa e abri a boca, mas nada saiu dela, fechei-a e continuei encarando-o.
- Obrigado, de verdade. Mas não quero que você me trate como um coitado só por causa disso. A verdade é que eu gosto de você implicando comigo.
- Não te tratei como um coitado.
- Então só resolveu que eu sou um cara legal?
- Não… Te tratei como um amigo que está com um problema, estou só tentando ser legal com você quando está num dia ruim.
Ele pareceu surpreso - Amigo?
Sorri - Você só pode ser muito idiota mesmo.
- A culpa não é minha. Minha mãe me abandonou lembra? - Perguntou divertido
- Porque é burra, você é um chato, mas é até agradável as vezes. Calado então...
Ele jogou a cabeça pra trás e gargalhou. - Vou considerar isso como você dizendo que eu sou bonito.
Dei de ombros - Só porque está num dia ruim.
Faróis surgiram e nós olhamos para a rua, o carro parou e Jimmy desceu dele carrancudo.
- Sequestrar o Gates assim, não é a sua cara Vampira.
- Hey! Quem disse que eu o sequestrei?
- Foi você que pagou o garçom.
- E?
- O que vocês estão fazendo aqui? - Perguntou me ignorando.
- Eu estava afim de pensar.
Jimmy sorriu e apertou seu ombro, eu estava certa, ele sabia.
- Acho que devia ir embora Gates. - Eles me olharam e eu dei de ombros - Está ficando tarde e você sumiu, eles devem ter falado pro seu pai.
- Ela tem razão, Shadz ligou pra ele há umas duas horas.
- Duas horas? Que horas são?
- Nove.
Arregalei os olhos surpresa, ótimo, estou atrasada pro maldito jantar de família.
- Merda.
- Tem que ir?
- Tenho.
Gates andou até a caixa e levou-a pro carro. - Entra ai.
- Você acha que deve dirigir?
- Estou bem Vampira.
Entrei no banco do carona depois de abraçar Jimmy e pegar minhas botas, ele foi pro próprio carro e foi embora rápido.
Ficamos em silêncio enquanto ele dirigia pra minha casa, quando ele parou lá, gemi de frustração, tinham pelo menos três carros parados ali.
- Festa?
- De família.
- Umh, nada legal.
- Só fica melhor, vou chegar suja e atrasada.
- Eu tenho uma camisa ali atrás, se você quiser… É só arrumar um jeito de caber em você…
Sorri e sacudi a cabeça. - Tudo bem Syn, valeu.
Ele sorriu estranho e eu franzi a testa. - Syn?
- Ah, de novo com isso?
- Você me abraçou, disse que sou seu amigo, que sou bonito e ainda me chamou de Syn, acho que ganhei meu dia.
- Esqueceu que eu sequestrei você e paguei sua cerveja.
- Ah sim, isso também.
Sorri e usei o final das minhas habilidades sociais, matando-as por pelo menos um ano, me inclinei no acento e beijei sua bochecha. - E agora você ganhou um beijo. Melhor que a mega sena uh?
Ele sorriu e sacudiu a cabeça em negativa - Você não existe.
- Então você tem uma imaginação muito fértil e masoquista. - Eu disse descendo do carro - Valeu pela carona e… Sua mãe é uma idiota ok? Você é ótimo Syn, merece muito mais que isso.
Assim que pisei em casa, senti todos pararem pra me olhar, levantei as mãos acima da cabeça e fiz careta.
- To atrasada, eu sei. To suja, eu sei. Mas estava ajudando um amigo.
- Suba e se troque. - A voz dele foi dura, rolei os olhos e subi os degraus rápido, tomei um banho e desci as escadas sem nenhum ânimo, sentei no sofá e vi as pessoas conversarem. Bando de inúteis.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Gostaram?
Decepcionei todo mundo porque eles não se pegaram, eu sei... Mas calma lá galera, ela foi legal, ser legal e ainda pegar ele ia ser outra pessoa, não a Vampira.
Beijo beijo e boa volta as aulas pra quem tem aula amanhã como eu