- Tom, quem é essa? - A mulher loira que estava sentada com suas longas pernas de fora no carro de Tom perguntava. Ela era muito bonita, seus olhos eram cor de esmeraldas, e seus cabelos eram amarelos, o que dava um contraste perfeito contra sua pele. Ela me olhava dos pés a cabeça, e da cabeça aos pés. E não parecia nem um pouco incomodada, se caso eu percebesse. 

- Tom... - meus olhos encharcaram-se de lágrimas. - Me desculpe. Eu... eu... eu preciso ir. 

- Anikka, espera. - Ele segurou meu pulso, forçando-me a ficar. As lágrimas escorriam pelo meu rosto, uma vez que não consegui conte-las. Eu nem sabia quem ela era, mas o ciumes que senti era incontrolável, e eu sabia que ela significava problema. Notei quando nossos olhos se chocaram rapidamente. 

- Anikka? Então essa é a tal de Anikka? - Ela esbanjava suas pernas num micro vestido, e seus seios num enorme decote. Colocou-se de pé frente a mim apontando seu dedo indicador em meu rosto. - Escuta aqui garota, Tom não precisa que você o faça sofrer ainda mais, por que agora ele tem a mim. 

- Tom, por favor me solta. - Tentei libertar meu pulso, mas sua mão permanecia rígidaapertando o mesmo. 

- Chantelle! O que você está fazendo? - Tom gritava em direçãoa ela. Então aquela era a tal de Chantelle, a mais nova amiguinhade Tom, a perfeita amiguinhade Tom, que não gostava nem um pouco de mim, e estava fazendo com que Tom me esquecesse. Como ela era vulgar, não entendo como um ser humano podia suportar um frio desse com uma roupa tão curta. Devo admitir que ela era linda, porém vulgar. 

- Tom, ela precisa saber que você não precisa dela. - A voz dela suavizou ao falar com Tom. Eu não suportava mais aquilo. 

- Me solta! - Gritei correndo quando senti um pequeno vacilo na força que Tom depositava em meu braço. Corri o mais rápido que pude para longedali, para longe daquilo, e agora, eu devia correr para longe de Tom, e permanecer longe. 

- Anikkaespera! - Tom corria atrásde mim, mas eu estava decidida, não voltaria nunca mais. 
Por sorte encontrei um táxi. Mergulhei o mais rápido que pude para dentro dele. 

- Pra onde vai senhorita? - o homem negro que dirigia me perguntou. 

- Para qualquer lugar, mas ande logo. Gritei em meio aossoluços. 
O taxista atendeu ao meu pedido rapidamente. Olheipara trás e vi Tom, com as mãos na cabeça chutando a neve.