Please, dont drift away from me! escrita por KaulitzT


Capítulo 12
Não estou com fome!




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Perdi a noção do tempo. Assustei-me quando uma mão puxou meu braço e meu envolveu cuidadosamente num abraço quente e aconchegante.

-          Me solta seu idiota. – disse tentando me afastar sem muitos resultados.

-          Eu não estou te segurando-disse Tom segurando entredentes uma gargalhada.

Ele não estava mesmo, eu que o segura pela cintura com toda a minha força, Deus o que deu em mim? Senti que as maças do meu rosto começavam a ganhar uma cor extremamente vermelha, tanto que até queimavam.

-          Droga Tom, você me assustou. – disse tentando encontrar uma desculpa.

-          Bom – disse ele ignorando meu comentário. – sua avó pediu que eu a chamasse.

-          Diga a ela que eu não estou com fome. – disse virando-me para o lago.

-          Sinto, mas não posso fazer isso, se é isso que você quer, diga a ela mesma. – Tom afastou-se de mim, deve ter ido embora.

Meu corpo estremeceu e um grito mal controlado saiu de minha garganta arranhando-me a mesma. Meu corpo saiu do chão e eu me debatia numa desesperada e inútil tentativa de liberta-me. Tom me pegou no colo, deixando-me de costas para ele, como se eu fosse uma boneca. Segurava-me com só um dos braços, e por mais que eu me debatesse nada parecia acontecer.

-          Tom é sério me solta. – disse batendo em suas costas.

-          Só quando estivermos na porta da frente.

-          Tom, me solta agora. AGORA Tom Kaulitz – gritei.

Tom simplesmente riu.

Meu Deus, eu estava de saia, e vocês já devem imaginar o motivo da minha preocupação.

-          Ah, e pode deixar que eu não estou vendo nada demais. – disse Tom com deboche.

Lembra que eu tinha agradecido a Deus por ele não ter dado para nós humanos o poder de ler mentes? Pois bem, eu começava a desconfiar.

Cansada de lutar contra Tom, deixei que ele me levasse. Eu sentia raiva e ao mesmo tempo queria rir. Será que era isso que eu causava em Tom? Ao mesmo tempo em que ele era sério ele queria parecer um bobo e me fazer ficar com raiva?

Tom pousou-me delicadamente no terceiro dos cinco degraus da pequena escada na varanda que levava para a porta da frente.

-          Agora você mesma pode dizer a sua avó que está sem fome. – Tom sorriu e passou por mim, deixando-me lá fora.

-          Droga. – murmurei.

Eu preciso confessar, Tom era encantador, mesmo que eu não quisesse ele tinha um forte poder sobre mim. Ele fazia com que eu sentisse as mais diversas sensações, raiva, alegria, tristeza, confusão...  Eu já começava a sentir sua falta, mesmo sabendo que ele provavelmente estaria sentado a mesa com meus avós. O que estava acontecendo comigo? Eu nunca fui do tipo durona, mas quando estava com Tom eu tinha a necessidade de ser, ou pelo menos parecer.

Minha barriga roncava, eu não queria comer perto de Tom, eu tinha vergonha, ou algo parecido. Mas a voz que reclamava comigo e vinha de dentro de mim era mais forte. Caminhei até a cozinha e chegando lá vi meu avô, minha avó e ele sentado exatamente no meu lugar. Deixei pra lá, não queria parecer infantil, sentei-me ao lado de meu avô e comemos todos. Não pude deixar de notar que Tom olhava para mim o almoço todo, e quando eu olhava para ele, o mesmo desviava o olhar.

-          Então Tom, o que está achando daqui? – minha vó sorria com uma simpatia que vinha naturalmente dela.

-          Ah, é maravilhoso, e grande, mas ainda conheci pouco. Anikka prometeu que me mostraria o resto depois do almoço. – Quase me afoguei com o suco que bebia, quase o cuspindo para fora. – Tom segurou o riso ao ver minha reação.

-          Que ótimo querida, vejo que vocês já se tornaram grandes amigos. – minha vó disse com os olhos brilhando.

-          É vó. – disse sem empolgação.

-          Tom, você mora aqui pelas redondezas? – perguntou meu avô.

-          Não senhor, para falar a verdade eu moro atualmente em Los Angeles, eu e meu irmão viemos apenas passar as férias aqui, é um país bem aconchegante.

-          É verdade, Belize é um ótimo lugar para se apaixonar, não é querida? – meu avô pegou na mão de minha avó sorrindo e com um olhar apaixonado.

-          Sim meu querido. Tom deixe-me lhe contar. Bob e eu não nascemos em Belize, mas nos conhecemos aqui, e nos apaixonamos. Eu nasci numa pequena cidade do Texas e Bob em Lisboa. Como foi aqui que nos vimos pela primeira vez, aqui resolvemos morar.

-          É uma linda história senhora. – Tom sorriu.

-          Oh meu querido não precisa me chamar de senhora, pode chamar-me de Linda.

Tom riu e balançou a cabeça num sinal positivo.

-          Com licença, mas eu já acabei Tom quando acabar estarei lhe esperando lá fora. – resolvi entrar no joguinho de Tom.

-          Tudo bem Anikka. – Tom olhou-me com perversidade. 


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