Ponto de vista de Tom:

Depois de ter me portado como um verdadeiro idiota, cheguei em casa. Joguei as chaves do carro na bancada e subi as escadas bufando.

-          Tom, o que houve? – Bill perguntava andando atrás de mim.

-          Eu só não sou mais idiota por que não tem mais espaço no meu corpo.

-          O que? O que você fez?

-          Bill – virei para encarar meu curioso irmão gêmeo. – eu conheci uma garota no elevador, e até ficamos presos juntos.

-          No elevador? – Bill perguntava.

-          Não seu idiota, na ficamos presos em outra dimensão. É claro que foi no elevador.

-          Desculpe Tom. – como de costume Bill abaixava a cabeça e mordia o lábio, provavelmente se achando um idiota, como sempre fez, desde quando aprendemos a falar.

-          Tudo bem Bill. – dei um soco de leve em seu ombro. – não é culpa sua, eu que não sei explicar as coisas, mas como eu dizia, eu a conheci no elevador, e ficamos presos lá por alguns minutos. Ela estava cantando Monsoon, acho que não notou a minha presença, e depois de assusta-la, eu ainda quis beija-la.

-          Bom, se ela conhecia uma de nossas músicas ela é uma fã. Então, por que ela não ia querer beija-lo, não é isso que todas as outras querem?

-          Foi isso que eu pensei também, e é isso que eu não entendo. Mas ela não parece ser uma fã alucinada e apaixonada como as outras, ela é diferente, diferente de um jeito que me intriga.

-          Mas e ai, o que mais aconteceu? – perguntava Bill.

-          Eu a assustei e ela saiu correndo.

-           Que droga Tom, mas o que você pensa em fazer?

-          Ainda não sei.

-          Nós poderíamos organizar um show particular para ela. Espere vou falar com o David. – Bill foi em direção ao telefone, mas antes que ele pudesse toca-lo eu o impedi.

-          Não Bill, não vai adiantar.

-          É você pode ter razão. Mas você sabe onde ela mora?

-          Sim eu sei, eu a segui, e acho que a vi chorando perto de um lago.

-          Então, vá atrás dela se desculpar.

-          Você acha mesmo?

-          É claro. Vai ver essa pode ser a garota que enfim colocará rédeas no meu irmãozinho. – Bill gargalhou-se com sua piadinha. E eu também.

-          Mas o que eu vou dizer a ela? – olhei nos olhos maquiados de meu irmão, que eu particularmente detestava, pois o deixava com cara de gay.

-          Ué Tom, seja você mesmo, peça desculpas e diga o que sente.

-          O que eu sinto? – perguntei confuso.

-          É claro, eu sei que você está sentindo alguma coisa por ela. Caso contrário você não se importaria com o que ela iria pensar. – Bill seguiu para seu quarto saltitante.

-          O que eu sinto? – murmurei interrogando-me.