No Divã Com Os Marotos escrita por Munike


Capítulo 3
Jovem Gafanhoto




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James suspirou cansado, aquela pergunta pairava em sua mente há tempo, mas ele nunca a faz. Não como faria agora.

- Por que ela não acredita em mim? – ele, que estava encarando o teto, virou-se repentinamente para a sua “conselheira”. E na sua voz era notável o quão importante a resposta era para ele. – Por quê? Merlin! Será que é pedir de mais que ela, ao menos, pare de me tratar como se eu fosse um caso perdido? É tão difícil assim para ela me dar uma chance? Umazinha que seja?

- James, você já tentou ver o lado dela?

- Como assim? – indagou o rapaz com o cenho franzido

- Eu vou tentar te dar uma visão geral das coisas. – isso vai ser longo, pensou Lindsay. – Vocês sempre se odiaram desde o primeiro ano, correto? – ele assentiu – Agora eu quero que você que seja a Lily. Você vê aquele garoto metido e arrogante aprontando por aí com seus amigos, como se fosse o dono de tudo, e ainda por cima o alvo principal desses garotos é seu melhor amigo. O tempo vai passando e, além das “marotices”, agora é praticamente rotina consolar uma ou outra garota que é vítima do mais novo talento da dupla imbatível, Black e Potter: A Arte de Partir Corações. De uma hora para a outra, aquele garoto insolente e prepotente, resolve te chamar para sair e não desiste da idéia. Mas você não uma garota que entra nesse tipo de relacionamento, se é que pode chamar isso de relacionamento, você quer algo sério, verdadeiro, duradouro e não diversão ou ser mais um desafio vencido. James, você tá conseguindo entender?

- Eu... sim... acho... é – murmurou ainda atordoado pelo que acabara de ouvir. – A Lily pensa isso tudo de mim?

- Sim. E isso tudo, você sabe, é verdade. Tirando a parte do desafio. O único problema é; Lily Evans só enxerga os teus defeitos. Para ela, James Potter não passa de um infantil que nunca vai crescer e nunca terá uma qualidade sequer. Eu sei que é duro ouvir isso, James, mas você tem mostrar que realmente mudou, se você a amar de verdade.

- Mas... Como eu faço isso?

- E que pensei que você nunca fosse perguntar. – falou sorrindo marotamente – Olha, eu tenho um plano, mas tudo vai ficar nas suas mãos...

#-#-#-#

- Pads – Remus chamou gentilmente

- Precisa de alguma coisa? Água? É o travesseiro? Tá com fome?

- Não, Sirius, não nada disso. – respondeu com seu tom ameno

- O que é então?

 - Será que da, por favor, pra me deixar sozinho? Um minutinho que seja? – deixando de lado toda a gentileza, ou mais próximo disso que o Lupin conseguia

- Como assim, Moony? – perguntou o Black com a cabeça inclinada para o lado e as sobrancelhas franzidas.

- Sirius, acho que o Remus quis dizer isso: “ Black, saia logo daqui. Eu não sou mais nenhuma criancinha, sei me cuidar muito bem. Então, some da minha frente, antes que eu use o braço que me resta para de matar.” – Peter estalou o pescoço lentamente e olhou para o Lupin. – Acertei, né?

- Ainda bem que você me entende, Pete. – deu um sorriso singelo ao garoto – E você, Sirius, não precisa ficar o tempo todo em cima de mim só porque quebrou o meu braço com aquela droga de feitiço.

- Eu já disse que foi sem querer. E você só não na Pomfrey porque não quer. – ele não sairia do lado do jovem lobisomem tão cedo.

- Sirius, eu já expliquei mais de dez vezes. Se formos até à ala hospitalar Madame Pomfrey pode desconfiar de alguma coisa e nos não queremos que ninguém, ninguém, descubra, não é verdade?

- Certo, mas eu fico aqui. Que tal Xadrez de Bruxo, Wormtail? – disse caminhando para pegar o jogo no seu malão.

- Beleza, mas o Moony fica de olho. Eu não confio em você jogando, nem que seja par ou ímpar.

- Ok, comecem. – Remus não tinha escolha, e sempre bom impedir o Sirius de trapacear.

Depois de longos minutos e quatro partidas, Sirius e Peter estavam empatados e jogariam mais uma partida para ver quem venceria. E era sábado, eles não iam passar o dia todo no dormitório.

- Delinquentes, vocês estão aí? – ouviram uma voz bem familiar chamar do outro lado da porta.

- Não. – disseram os três em uníssono

- Ah, que pena! Logo agora que eu encontrei o feitiço para o braço de certa pessoa, mas tudo bem, eu vou embora. – a porta foi aberta no mesmo instante, por Remus.

- Quando esses dois estão jogando, acho que nem um duelo com o Snape faz eles pararem.

- Aham, Remus, senta lá. – disse Lindsay indicando a cama. – E vocês dois, não saiam, eu tenho que conversar com os três.

- Sim, Senhora Capitã. – disseram Sirius e Peter batendo continência.

- Rem, se eu não disser o feitiço direito... você... er... vai ficar sem alguns ossos.

- Tudo bem, eu confio. – falou Moony, ainda que ele temesse pelo pior.

- Seja o que Merlin quiser. Braquium Remendo – ela fechou os olhos com força e torcendo para que tivesse funcionado. – Remus, desculpa. Eu errei, né?

- Griffin*, meu braço ficou perfeito. Bom trabalho, garota. – disse passando o braço que estava quebrado pelos ombros dela.

- Acho que vou ser Medibruxa. Agora vamos conversar sério, o assunto é: O plano para juntar James Potter e Lily Evans. Nome: Operação Fada Madrinha.

- Por que ‘Fada Madrinha’?

- Sirius, quando quiser falar levante a mão. – repreendeu a garota

Sirius ergueu a mão e fez a pergunta novamente.

- Porque eu pensei no plano, no nome, a Lily disse que quando ela se casar eu vou ser a madrinha e nas histórias trouxas as fadas madrinhas ajudam o casal. Alguma objeção quanto a isso, senhor Black.

- Não, senhora capitã.

- Foi o que eu pensei, agora vamos ao detalhes.

#-#-#-#

POV – James Prongs Potter

Cara, quando a Griffin me contou o plano pareceu tão fácil. Na teoria era mais simples que irritar os centauros. Agora aqui estou eu, na biblioteca. Não, você entendeu perfeitamente, mas tudo é parte do plano. E eu acabo de avistar o meu alvo.

- Oi, Evans – cumprimentei baixinho – Será que você poderia me passar aquele livro Poções?

- O que você esta fazendo aqui na biblioteca, Potter – essa minha ruivinha é desconfiada, mas ela entregou o livro. – Você por acaso fez alguma coisa e precisa de um álibi para provar sua “inocência”? – ela fica tão sexy quando arqueia a sobrancelha desse jeito... Foco, James, foco.

- Claro que não, Evans. É que o Peter não esta tão bem assim na matéria, então nós vamos ajudar. – quase ri da cara de surpresa que ela fez, mas era verdade, o Wormtail provavelmente receberia um Trasgo no NIEM de Poções – Mas não fala para ninguém que você me viu aqui, ok? – o que? Eu ainda uma reputação à zelar U_U

- Mesmo se eu falasse, ninguém acreditaria, Potter. – pela primeira vez em anos Lily Evans não esta gritando comigo ou dizendo coisa na intenção de me ofender. Aleluia Irmãos.

- Acho melhor eu ir, antes que a Madame Pince me expulse. Até mais, Evans.

- Adeus, Potter – ela disse com um sorriso. Um sorriso para MIM

Cheguei à sala comunal cantando aos quatros cantos do castelo que Lily Evans sorriu para James Potter. Acho que tô devendo um favor – dos grandes – para a Lindsay. Falando no diabo.

- Olá, minha fada madrinha preferida – dei um abraço apertado, a ergui no ar e comecei a girar com ela.

- James, me põe no chão. – ela tentou parecer irritada, mas ela rindo também. Depois que eu a coloquei ela e os Marotos ficaram me encarando, não sei porque. Será que alguém me azarou e não percebi?

- Ô ouriço, por que sorrisinho é esse?

- O que? Não tem sorrisinho nenhum, pulguento.

- Você fez o que eu aconselhei? – minha fadinha mais afirmou que perguntou. Eu apenas assentei – E aí, como foi?

- Ela não gritou comigo, não me tentou me ofender e me deu um sorriso. Eu não a chamei para sair, nem disse nenhum dos apelidos, apenas Evans. – eu sou muito eficiente

- Muito bem, gafanhoto. Ah, sobre a festa de Halloween, eu acho que seria melhor fazer na sala da Torre norte, ela não é usada mesmo. -

- Mas e a sala precisa? – seria bem mais prático

- Fala sério, cara. Praticamente todas as festas da Sonserina, quando não são nas masmorras, são na sala precisa. – ela falou como se fosse obvio. Era um pouco obvio mesmo

- Espera aí, o braço do Moony não estava quebrado? – eu juro que estava

- A nossa futura medibruxa deu um jeitinho nele. – falou o próprio, dando uma piscadela para a 'diaba-madrinha'. Ela apenas revirou os olhos e falou:- Gente hora do jantar, vamos logo – a Lindsay chamou e nós fomos.

*Griffin: Animal com cabeça de águia e corpo de leão. Ela recebeu esse apelido no quarto ano, pois dizem que ela tem a mente de um Covinal (águia), mas de resto é completamente Grifinória (leão).


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