As Sailors Lunares (lunar Senshi) escrita por Janus


Capítulo 7
Capítulo 7




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- Bem majestade, a economia continua estável, mas, está dando mostras de estar estagnada – disse Luna – talvez seja mesmo hora de investirmos mais em intercâmbio com outros mundos.
- Os outros governos tem algum posição sobre isso? – perguntou o rei.
- Ainda não. Estão esperando primeiro para saber qual é a nossa opinião a respeito. Todos temem um longo período de recessão mundial, mas temem mais ainda mundos alienígenas.
- Podemos salvar o mundo e enfrentar as criaturas mais negras do Universo, mas não conseguimos controlar nossa própria economia. – Comentou a rainha.
- Bem, Haruka e Michiro voltam na semana que vem com a resposta do planeta Kinmokusei e, espero, com alguma informação sobre Hotaru.
- Ainda tem esperanças de encontra-la? – perguntou o seu marido.
- Nunca vou perder as esperanças – disse ela com o olhar sério.
- Hum... parece que teremos uma pausa – disse Artemis ao ouvir as passadas rápidas – as crianças chegaram.
Já estavam acostumados àquela cena. A Sereninha, assim que voltava da escola, ia correndo abraçar a mãe e o pai, e contava como tinha sido o seu dia. Geralmente, isso durava cerca de quinze minutos. Quando haviam chefes de estado com eles, eles aproveitavam para tomar café. Já era quase que rotina.
Mas não foi Sereninha quem irrompeu pelo salão. Tinha sido Diana. Esta foi voando para a mãe - que ficou apavorada. Ela a agarrou e apertou com força no peito.
- AI mãe! Foi ótimo! Foi uma maravilha! Obrigada por deixar, obrigada!
Luna não podia dizer nada. Seus pulmões estavam vazios e sendo comprimidos. A rainha e o rei apenas olhavam a cena com um pequeno sorriso.
Duas mãos apareceram e forçaram Diana a soltar Luna.
- Filha – disse Artemis em sua forma humana – eu não estou pronto para ficar viúvo ainda. Controle-se!
- Xiiiiii! Desculpa! Não estou muito acostumada a usar as mãos.
- Querida – disse pegando a sua esposa que arfava com força, para recuperar o ar – você está bem?
- Nada que Amy não consiga resolver em duas semanas – disse ela ofegante.
- Mãe – ela olhava com um olhar de quem sabia que tinha feito coisa errada – a senhora está brava?
- Estou muito dolorida para ficar brava – disse ela no colo de Artemis – mas estou contente de que seu dia foi bom. Agora, que tal tomar um bom banho? Estou um pouco ocupada no momento.
- Eu sei. É que eu queria perguntar se posso ir com Marina no shopping. Ela está me esperando lá fora.
Luna olhou para o seu marido. Este apenas sorriu.
- Tudo bem, mas comporte-se. E NÃO TIRE O LENÇO DA CABEÇA!
- Obrigada! – disse ela lhe dando um beijo. E saiu correndo.
Logo depois, chegava a Sereninha, pulando no colo da rainha.
- Espero que não seja assim todos os dias – disse Luna deixando o corpo mole.
- Talvez seja melhor ficarmos em nossa forma humana quando ela estiver para chegar. Vai doer menos.
- Boa idéia – disse ela, já se recuperando o bastante para sair de seu colo.
Sereninha teve o seu quinhão com os seus pais e depois saiu, indo direto para o seu quarto. Queria brincar com seus bichinhos de pelúcia um pouco, antes de sair para o pátio do castelo brincar com os seus amiguinhos.
- Bom, onde estávamos? Há sim.
- Mãe! – disse Serena entrando – posso... falar com você?
- É urgente? – perguntou ela.
- Não. Se está ocupada, posso falar mais tarde.
- Hum... querido, pode cuidar disto aqui?
- Claro...
- Ótimo – disse ela pegando a filha pela mão e saindo pela porta – eu volto logo.
- Ela nunca vai perder essa mania de fugir de assuntos maçantes... – disse Artemis, já de volta a sua forma felina.


- Eu não sei filha. Apesar de estar abandonado, pode ser perigoso. Aquelas ruínas tem muitas pedras soltas que podem rolar e cair em cima de alguém.
- Eu sei. Mas não estou falando para irmos sozinhas. Apenas quero saber se você deixaria a gente ir, com toda a segurança necessária, claro.
- Eu não vejo porque não. Se mantivermos estes termos. Podemos chamar um arqueólogo para acompanhar vocês. E eu pedira as sailors para ficarem por perto também.
- Verdade? Eu te amo, mãe! - Serena a abraçou.
- Agora, tem mais alguma coisa que quer falar?
- Não... você vai ter que voltar para lá.
- Que chato! Bem, acho que não tenho escolha. Quando eu tinha a sua idade, vivia minha juventude sendo perturbada pelas obrigaçoes. Agora, minha tranqüilidade é atrapalhada por estas coisas maçantes. Bom, vamos lá.
- Tchau mãe! Vou sair com Rita.
- Não volte tarde – disse ela.
- Eu chego antes das nove – disse ela correndo.
Aonde será que elas iriam para voltar tão tarde?
A rainha Serena voltou para a sala de reuniões e, aliviada, viu que já tinham mudado de assunto. Matemática era matemática, não importava se era sobre economia ou cálculos de trigonometria. E ela detestava matemática.


- Já acabou, querida? – disse seu marido quando a viu entrando.
- Sim. Tenho outro assunto para tratar com vocês...
Ela explicou o que sua filha tinha lhe dito, de que as crianças ficaram interessadas em visitar as ruínas do Milênio de Prata na Lua.
- Pode ser perigoso – disse Artemis sentado em cima da mesa.
- Eu sei – concordou ela – mas, se pessoas experientes e responsáveis estiverem com elas, não acho que seja mais perigoso do que atravessar uma rua.
- É verdade – disse Luna – e, também seria uma boa educação para eles. Conhecerem um pouco de suas raizes. Apesar de ainda não saberem que fazem parte dela. Além disso, recuperaríamos uma parte de nosso passado.
- Pode ocorrer outro problema – disse Edymion pensativo – Anne é muito esperta. Não é difícil ela encontrar algo na Lua que revele o segredo das sailors. E, se um arqueólogo for junto, será quase certo que ele descobrirá algo.
- Quanto a isso, não se preocupe. Estou pensando em mandar Orion com eles. Afinal, ele já sabe quem são as sailors. Está até namorando com uma.
- Eu não chamaria isso de namoro – disse Artemis – Setsuna não está assim tão empolgada em sair com ele.
- Ela é muito encabulada – disse a rainha sorrindo – e deve estar envergonhada de admitir isso para a gente. Mas Sohar me disse que eles podem mesmo ficar firmes.
- Majestade – disse Luna – vamos voltar ao assunto em questão?
- Luna, você continua sendo uma chata! Tudo bem. Se mandarmos Orion acompanha-los, ele poderá esconder os segredos das sailors, caso haja lá algo que possa revela-los para eles.
- Por falar nisso, quem é que iria?
- Bem, parece que todas as meninas e mais os filhos da Ray.
- E a Ray vai deixar?
- Eu falo com ela, não se preocupe. Vou pedir para que ela vá como sailor Marte apenas por precaução.
- Há ainda mais um problema. O portal não fica aberto por muito tempo. Eles terão apenas doze horas antes que se feche e volte a se abrir no dia seguinte. Não seria bom eles dormirem por lá. – disse Artemis.
- E, este portal ficará dois meses sem poder ser usado. Vai se abrir na semana que vem, por dois dias. Acho que está muito próximo para organizarmos isso com segurança.
- Vou pedir para a Mina ver se pode preparar tudo até lá. Se não perceberam, eu também quero ir. Se não der, fica para a próxima, oras.
- Você quer ir junto? – perguntou Luna assustada.
- Qual o problema?
- Majestade, sua presença é importante aqui na Terra. Se ir até lá, ficará desprotegida. Espere, pelo menos, Urano e Netuno voltarem.
- Elas vão voltar antes do portal se abrir?
- Não – respondeu o rei.
- Então, eu levo todas as sailors como proteção. Ou os seus maridos. Que tal fazermos isso um acampamento em famílias?
- Todos eles tem outras ocupações – disse Luna – não acho que vão poder arrumar tempo assim, tão em cima da hora.
- Vamos falar com eles e ver isso. Fácil!
Ela se levantou e foi para o seu quarto, pegar o seu comunicador de sailor. Ela continuava teimosa como sempre.


- Pai...
- Sim filha? – perguntou Sohar ocupado em verificar o robô de limpeza. Ele tinha deixado de limpar embaixo das mesas de novo. Realmente, devia estar na hora de pedir uma ajuda ao Afonso.
- Err.. bem... queria perguntar uma coisa.
- Contanto que não pergunte se eu gostaria de ser avô, pode perguntar qualquer coisa sem medo.
- PAI!
- Ora Joynah. Você nunca ficou reticente em me perguntar nada. Se está enrolando, é porque acha que vou ficar bravo. E isso, me deixaria bravo.
Ele largou o pequeno robô no chão e olhou para ela com um sorriso.
- Tudo bem filha. Pode falar.
- Eu só queria saber assim... se quando você estava namorando a mamãe... vocês namoraram, não?
- Espero que sim, ou todos os poemas que fiz para ela foram desperdiçados...
Joynah riu um pouco.
- Bem, queria saber se... quando estavam namorando. Se... houvesse algum problema com os pais dela... se vocês acabariam namorando escondido.
Burra, burra, burra, burra! – recriminou-se mentalmente Joynah. Não era assim que ela queria perguntar.
Sohar olhou para ela com um meio sorriso, meio uma expressão desconfiada.
- Quem é o seu pretendente?
- Não é isso não pai... é só curiosidade. É que fiquei sabendo hoje que os filhos da Ray tem um monte de restrições para namorar...
- Com qualquer um deles você pode namorar escondida a vontade, querida. Só lhe aconselho a pensar bem se vale a pena o risco disto. Mais cedo ou mais tarde, ou a Ray, ou sua mãe vai perceber.
- Não é isso não! – ela desesperou-se – eu não quero namorar com nenhum deles.
- Puxa... ele voltou sua atenção para o robô de limpeza novamente – então o Herochi vai ficar muito desapontado.
- C-como!
- Joynah... – disse ele de costas, sem olhar para ela – aceite uma coisa: Tudo o que você está aprendendo a fazer agora, eu já aprendi. Pode ser difícil de acreditar, mas todos os pais e mães já foram adolescentes um dia. Todos tiveram a fase de relacionamento mais sério e as suas respectivas dificuldades. E, além disso, fui eu quem sugeriu a ele para lhe presentear com um ramalhete de crisântemos para quando tivesse coragem de falar que estava gostando de você. Acho que isso faz umas duas ou três semanas.
- Hã... err... FOI VOCÊ?
- Qual é a surpresa?
- É que... quer dizer... ele... ele não falou... ou melhor... eu...
- Respire fundo!
Joynah respirou. Respirou tão fundo que seu nariz fez um silvo quando o ar foi sugado.
- Ótimo. Ele não deve ter te falado isso simplesmente porque esqueceu, ou então você não perguntou. Não que isto importe. Agora, seja sincera comigo. Está pensando em namorar com ele?
- Eu... bem... talvez.
- Bom, tome a sua decisão – disse ele sorrindo – não posso lhe dizer o que fazer nesse sentido. Só posso aconselha-la a avaliar se vale mesmo a pena encarar os riscos de ir em frente em uma situação assim.
- E quais seriam os riscos?
- Uma senhora bronca de sua mãe por não confiar nela. Além de que talvez ela perca muito da confiança que tem em você. Quanto a Ray, prefiro nem pensar.
- É um risco alto.
- Sim, mas, se o prêmio estiver a altura...
- E como eu sei se ele está?
- Isso é com você. Mas prometo que não irei contar nada a sua mãe, nem a Ray, caso decida ir em frente. Só peço para que me diga qual a sua decisão.
Ela abaixou os olhos um pouco. Depois olhou para ele com um grande sorriso. O mesmo sorriso simpático de sua mãe.
- Eu aviso sim, pai. Sabe... você é incrível!
- Sua mãe também acha isso.
- Há! Tem outra coisa que eu queria perguntar...
- E o que seria?
- É que a Anne falou com Serena sobre se poderia ir ao Milênio de Prata na Lua, e, bom, todas as outras querem ir também.
- E...?
- Bom, você deixaria eu a as minhas irmãs irmos para lá? Claro! Não vamos sozinhas.
- E quem iria com vocês?
- Serena está vendo isso.
- Primeiro, vamos ver se a rainha permitirá isso. Depois, veremos como isso será feito. Mas acho que não vai ser fácil convencer sua mãe não...
- É essa a minha próxima pergunta... você iria com a gente? Só assim a mamãe deixaria.
- Eu acho que nem assim. Mas vamos ver. Mais alguma coisa?
- Não. Acho que mais nada.
- Então, a menos que você conheça mais robótica do que eu, deixe-me continuar a pensar se chamo o Afonso ou jogo esta coisa aqui pela janela.
- Tá bom pai.
Joynah foi para o seu quarto, arrumar suas coisas e depois tomar um banho. Tinha que estar no restaurante as sete horas, para quando fosse abrir. Sua mãe já estava lá, inspecionando a cozinha e verificando a qualidade dos alimentos que tinham. Suas irmãs já estariam disputando o secador de cabelos – seus pais já falaram que, já que elas tinham salário e não mesada, elas é que deviam agora cuidar de comprar o que queriam – se Marina estivesse ali, mas era a sua folga, e ela tinha ido ao shopping com sua nova amiga, Diana. Marina tinha arrebentado o seu secador e estava ainda sem dinheiro para comprar outro, quer dizer, sem dinheiro para comprar outro super secador-fazedor de cabelos.
Ela, felizmente não tinha tal problema. Adorava pentear manualmente o seus longos cabelos. Sempre o arrumava do mesmo jeito que os da sua mãe, mas andava pensando ultimamente e ter sua própria identidade. Chegara a pensar até em deixa-los mais curtos, e até a usar odangos, como a Serena. Separou a sua roupa de garçonete e foi assaltada por uma forte fome. Não tinha comido nada a tarde inteira. Deixou a roupa na cama mesmo e foi correndo para a sua geladeira particular. Tinha sempre peixe já pronto dentro desta.


- Na Lua! – disse Ray surpresa - Serena! Já faz muito tempo que você não age como uma cabecinha de vento, mas parece que agora você teve uma recaída.
"- Ora..." – disse ela pelo comunicador – "nós fomos, não fomos? E não pedimos autorização para ninguém"
- Era diferente! Não tínhamos escolha.
"- E agora que podemos escolher pelos nossos filhos vamos escolher ‘não’? Até quando vamos tomar a decisão por eles? Querendo ou não, eles já estão bem grandinhos."
- Bem... eu... ai droga! Como é que você consegue?
"- Não sou a rainha a toa..." – disse ela cantarolando – "veja se o Nicholas pode pajea-los."
- Eu vou ver... Mas não garanto nada. A propósito... meus filhos me disseram que tem uma nova aluna lá na escola, e que esta aluna está morando com vocês?
"- É a Diana! A minha filha me contou... quer dizer, jogou na nossa cara o quanto andamos deixando a coitadinha de lado, e de como ela ficou com quase nenhum amigo de sua idade. E sugeriu deixa-la ir a escola em sua forma humana. Pelo que eu vi hoje, funcionou muito bem."
- E ninguém percebeu que ela é um pouquinho... diferente?
"- Ainda não. Bom, vou ver se a Lita pode ir. A Mina já disse que, se for possível, ela vai. Só que a Luna só fica satisfeita se duas sailors puderem ir."
- Concordo com ela. Você é muito importante para Cristal Tokio. Ir até a Lua desprotegida não me parece uma boa idéia.
"- A sailor Moon vai estar comigo... lembra?"
- Não sei como você não fica preocupada com essa menina lutando. Se bem que faz tempo que ela não é necessária. E onde andam as Asteroid Senshi?
"- Acho que agora, passeando na África. Palla-Palla disse que adorou os ursos panda na última comunicação."
- Os pandas ficam na CHINA!
"- Hum... acho que foi por isso que as outras lhe deram uma pancada na cabeça... Bom, deixa eu falar com a Lita. Tchau."
A rainha cortou a comunicação. Ray guardou o seu comunicador na bolsa e voltou a pegar os contratos daquela banda. Ser a dona de um empresa que gerenciava atrações ocupava muito de seu tempo.

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