As Sailors Lunares (lunar Senshi) escrita por Janus


Capítulo 13
Capítulo 13




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Há quase seis quilômetros de distância, um caça da força Terra pousou nas ruínas. De dentro deste, saiu sailor Urano. Já tinha sentido alguma coisa maligna quando estava se aproximando, e, agora que estava ali, tinha certeza. Algo estava na Lua. Algo perigoso.

Olhando a distância, viu bolas de fogo e de energia voando a esmo pelo céu. Imediatamente pensou que deviam ser Joynah e os filhos de Ray, se defendendo de alguma coisa. Ela tinha de se apressar. Alqueles três não tinham experiência em combates, e, mesmo sailor Moon não daria conta sozinha do que ela estava sentindo.

Mais atrás dela, um portal se abriu, e, de dentro deste, saiu Sohar. Ele também viu os sinais de combate, e rapidamente começou a correr em direção ao local.

- Eles são muitos! – disse Yokuto preocupado.

- Então capricha na pontaria – disse Joynah, já começando a sentir muita fome.

Ela estava gastando muita energia, e sabia que não poderia manter aquilo por muito tempo. Sailor Moon tinha um ataque poderoso, mas não estava ajudando muito. Eles precisavam de ajuda.

Herochi foi atingido por traz, ficando fora de combate por alguns instantes. Uma das criaturas o encarou e lançou um tipo de névoa escura, que derretia tudo o que tocava. Ele ficou apavorado ao ver aquilo vindo na sua direção.

- Nevasca de Europa!

Uma tempestade de neve atingiu a criatura e a congelou. Quando ela caiu no chão, ficou em pedaços.

- Quem...? – murmurou ele, olhando na direção de onde veio aquilo.

Sailor Moon também estava com seus problemas. Tinha sido agarrada por um monte daquelas criaturas e não conseguia se mover. Estava quase perdendo os sentidos.

- Caleidoscópio de Miranda!

Vários raios de luz a iluminaram. Quando pode ver novamente, as criaturas tinham sido dispersadas. Ela se levantou confusa e olhou na direção de onde tinha vindo aquilo. Sem acreditar, viu cinco sailors. Cinco sailors que nunca tinha visto antes. Mas era fácil avaliar quem seriam. Estavam sozinhos na Lua, exceto pelas criaturas que apareceram do nada os atacando. Suas cinco amigas tinham ficado naquela sala subterrânea. Cinco amigas e cinco sailors. Dois mais dois costuma ser igual a quatro. Isso, e o fato de sua irmã estar ao lado delas lhe deu a certeza.

Elas eram sailors. Por isso tinham dito que sentiam que estavam sendo chamadas. Seus pendentes de transformação deviam estar naquele lugar que Rita tentava abrir. Ela deve ter conseguido.

- Erupção de Calisto – disse uma das sailors que tinha uma saia vermelha.

Uma onda de lava saiu de suas mãos, queimando várias dezenas de criaturas. Quando esta se solidificou, virou pó.

Joynah pulou ao lado das novas combatentes e olhou assustada para elas.

- Oi mana! – disse uma delas, alias a mais jovem.

- Quem... quem é você?

- Não me reconhece? Sou eu, Marina. Sou a sailor Europa.

- E eu sou a Calisto. – disse a outra, ao seu lado.

- A-allete? – arriscou ela.

- Sim. Aquelas são Anne e Rita. E Suzette é a sailor Ariel. Você não nos reconheceu mesmo?

- Não – disse ela impressionada – bom, também nunca reconhecemos Serena como sailor Moon.

- É alguma coisa na transformação – disse Diana pulando no seu ombro, deixando-a assustada - as pessoas não conseguem associar uma sailor transformada com a pessoa normal.

- Hã... e você?

- O que tem?

- É uma sailor também?

- Não, apenas uma gatinha comum que pode virar humana.

- “Comum”?

- JOYNAH! DÁ UMA MÃO AQUI E BATE PAPO DEPOIS! – gritou Yokuto, preso por um monte de criaturas.

- Estou indo – disse ela invocando suas asas.

- Nós também – disseram as novas sailors.

As criaturas passaram a ficar apenas na defesa, e agora estavam sendo facilmente vencidas. Infelizmente, daquele círculo negro que tinha se formado antes, um outro tipo de criatura surgiu. Não era um fantasma escuro, tinha a forma humana, e cabeça de tigre.

- Isso aqui está muito fácil – disse sailor Calisto enquanto fritava as critaturas.

Logo depois, ela gritou de dor quando foi atingida por trás. Ela ainda era muito inexperiente para se preocupar com sua retaguarda. Ao seu lado, sailor Titã – que ainda não tinha descoberto como era seu ataque – ficou apavorada pois não sabia o que fazer.

As criaturas lançaram aquela névoa ácida de novo, e Titã, movida pelo desespero, tentou fazer algo.

- Anel de defesa de Titã.

Um cilindro envolveu a ela e a sua amiga, isolando-as da névoa. Titã tinha descoberto o seu primeiro poder. Um poder de defesa.

Alguma coisa tinha mudado. As criaturas agora pareciam que atacavam do forma coordenada. Um grupo chamou a atenção de Ariel e Europa, mas, quando Europa foi tentar atacar, percebeu que estavam cercadas.

- Ai! E agora? – disse Ariel assustada.

- Descubra rápido qual é o seu poder!

- Terra...

- O que? – perguntaram ambas se voltando na direção da voz.

- ... trema!

Primeiro elas ficaram alegres ao ver que sailor Urano estava lá, depois entraram em pânico quando viram que elas estavam no meio do caminho do ataque dela. Elas se abraçaram e começaram a gritar. Foi quando sentiram que alguém tinha tocado em seus ombros. Quando viram quem era, ficaram mais surpresas. Era Sohar.

- Pai...? – murmurou Europa.

Ele não disse nada, apenas segurou seus ombros com força e, então, elas sentiram a mais absurda vertigem de suas vidas. Viam apenas borrões de luz. Era como estar em dez montanhas russas ao mesmo tempo. Logo, tudo parou, e ele as soltou.

As duas agarraram suas barrigas e deitaram no chão, reclamando do enjôo que estavam sofrendo. Estavam ao lado de sailor Urano.

- Quem são estas sailors? – perguntou Urano olhando incrédula para elas.

- Vou te dar três dicas: Primeira: Eu sempre disse que as crianças tinham sementes estelares; Segunda: Elas têm energia de sailor, por isso que posso senti-las; Terceira: Aqui na Lua está o cofre que guarda os outros pendentes de transformação.

Urano olhou para ele com uma cara de quem não acreditava no que estava ouvindo.

- Todas elas?

- Bom, parece que Diana e Joynah ficaram de fora...

- E qual delas é a minha filha?

- A de cabelos brancos, ora... - disse ele cruzando os braços.

Ela olhou ao redor e a encontrou. Estava envolta por um cilindro translúcido, sendo rodeado por uma névoa escura exalada pelas criaturas.

- Netuno vai adorar isso... – disse ela em tom de chacota – nossa própria filha é mais uma sailor atrapalhada.

- Nem tanto – disse Sohar olhando na mesma direção – ela é a sailor Titã, a mais forte das sailor lunares, com exceção de sailor Moon. Na verdade, pode até se desenvolver e possuir poder similar.

- Isso, se ela sobreviver – disse ela correndo em direção a filha.

- ai pai... – chamou Europa – como você fez isso...?

- Não é só sua irmã que nasceu com poderes, Marina. Relaxe e descanse um pouco, logo, logo, essa sensação passa.

Ele olhou para o outro lado e, saindo numa velocidade incrível – ela só percebeu seu borrão se movimentando - foi ajudar as outras. Europa não entendeu como ele a tinha reconhecido, se nem Joynah tinha conseguido.

- Essa coisa ai está enfraquecendo – disse Calisto assustada – melhor fazer outro.

- Anel de defesa de Titã! – disse ela, mas nada aconteceu.

- Ue?

- O que foi?

- Não está funcionando. Acho que só posso fazer um de cada vez.

- Estamos perdidas.

O cilindro desapareceu. E a névoa começou a alcança-las. As duas ficaram de costas, uma para a outra, em desespero para fugir daquilo, mas não havia para onde fugir. Sailor Calisto fechou os olhos, e, no puro pânico, começou a puxar os cabelos.

- Isso não é hora de entrar em pânico! – disse Titã.

- Tem idéia melhor?

De repente, um violento tornado surgiu ao redor delas, sugando a névoa e a lançando para cima, para além da atmosfera. Quase que as duas foram sugadas junto. Olharam ao redor para saber de onde tinha vindo aquilo e viram Europa e Ariel, um pouco afastadas. Ariel estava sorridente e com as mãos para cima. Devia ter sido ela.

- Isso foi incrível! – disse Titã sorrindo.

- Pois é. . opa... AIII!

Sailor Calisto perdeu o equilíbrio e caiu no chão.

- O que foi?

- Eu.. estou tonta!

Um barulho chamou a atenção de ambas, e viram sailor Urano expulsando as criaturas que estavam perto delas.

- Vocês duas ai – disse ela com um olhar de poucos amigos – saiam daqui e deixem o assunto para os profissionais.

- É com a gente? – perguntou sailor Calisto.

- AGORA! – gritou ela.

As duas saíram correndo de lá e foram para junto de Europa e Ariel.

Faltavam poucas criaturas, mas estas poucas estavam atacando sailor Moon, Joynah e os rapazes, que já estavam fracos demais para continuarem a se defender. Joynah estava com muita fome, e sentia que iria desmaiar logo. Os rapazes também estava cansados, e sailor Moon não conseguia dar conta daquelas criaturas pois elas novamente a tinham agarrado, impedindo-a de se mexer.

- Alguém me ajuda aqui! Não consigo me mover.

Mas os outros tinham seus problemas. As bolas de fogo já estavam bem fracas, de forma que não intimidavam mais as criaturas, e mesmo Joynah mal conseguia lançar uma bola de energia. Foi quando Diana em sua forma felina apareceu e começou a arranhar as criaturas no rosto, dando um pouco de folga para sailor Moon.

- Caleidoscópio de Miranda!

Novamente raios de luz dispersaram as criaturas, e uma sailor com saia rosa apareceu diante deles.

- Rita? – perguntou sailor Moon – é você?

- Sailor Miranda ao seu dispor – disse ela sorrindo – acharam que iriam ser heróis sozinh... epa! SOCORRO!

As criaturas a tinham agarrado naquele momento de distração. Herochi teve medo de usar seu poder e machucar Miranda. Foi quando bolas de fogo – na verdade, parecia ser outra coisa – começaram a acertar e a destruir as criaturas.

- PAI! – disse Joynah surpresa ao perceber que era ele quem estava lançando elas.

Ele continuava a lança-las, com precisão e larga experiência, não errando um só tiro. Quando livrou as crianças, juntou as duas mãos e uma gigantesca bola de fogo – parecia uma pequena estrela – surgiu. Ele a lançou no último grupo de criaturas que sobrou, causando uma cratera respeitável em meio aos destroços do Milênio de Prata.

Ele olhou ao redor para avaliar a situação. Parecia que tinham vencido.

- Acho que foram os últimos – disse Urano parando ao seu lado – tinha um tipo de portal negro lá atrás, mas agora está fechado.

- Padrinho? O senhor tem poderes de fogo também?

- Na verdade, não é fogo, mas sim plasma incandescente. Agora, que tal todos vocês se sentarem um pouco e... FALAREM QUE DIABOS ANDOU ACONTECENDO AQUI?

Os cinco engoliram em seco. Aquele dia estava longe de acabar.

- Que barulho foi esse? – perguntou sailor Miranda olhando ao redor.

- Meu estômago – disse Joynah – estou com fome!

- Mas... você comeu um monte de salgadinhos antes de virmos, como pode estar...

- De onde acha que vem os meus poderes? – ralhou ela – preciso comer para mante-los. Todo vez que uso, minha fome aumenta.

- Tem rações de emergência na minha nave – disse Urano – voe até lá e coma tudo o que quiser.

- Obrigada – disse ela invocando suas asas – espere um pouco... como sabe que posso voar?

- VAI LOGO!

Joynah voou rapidinho para a nave, intimidada com a bronca dela. As outras sailors começaram a se aproximar, incluindo a pequena princesa, que tinha ficado um pouco afastada.

- Bem – disse Urano para Sohar – agora, o que vamos fazer com essas sailors novatas?

- Antes ou depois de bota-las no colo e darmos um bom corretivo?

Urano apenas sorriu. Até que era uma boa idéia...

- Então, todas elas estão bem?

“- Sim querida, todas as crianças estão em ótima saúde, pelo menos, enquanto não chegarem a Terra.”

- O que você quer dizer com isso? – perguntou Ray – e por que você não liga a câmara de seu visor?

“- Quando chegarmos a Terra, vocês vão entender.”

- Nós optamos em usar o portal mesmo – disse Amy - assim que ele se abrir normalmente, lançaremos uma corda e içaremos as crianças.

“- Não vai ser preciso, Joynah vai carrega-las uma a uma.“

- Mas... querido, Joynah não pode fazer isso na frente dos outros.

“- Agora pode.“

- Ela se revelou? – Lita ficou de pé – porque?

“- Ficou sem escolha. Eu vou desligar agora. Quero guardar energia para averiguar algumas coisas.”

- Meu querido e amado marido... – disse Lita em uma voz nada amigável – ligue esta câmara ou vamos ter uma senhora conversa depois.

“- Você quem pediu...”

A imagem surgiu diante delas. E todas ficaram de boca aberta. Viram Sailor Moon, Sereninha, Joynah, Yokuto e Hirochi sentados em algumas pedras conversando com sailor Urano, e, junto com eles estavam mais cinco sailors totalmente desconhecidas. Diana também estava lá, em sua forma felina, o que assustou tanto Luna quanto Artemis.

- Mas... o que...? - tentou perguntar a rainha, que se pôs de pé ao ver aquilo.

“- Eu sempre disse que elas seriam sailors um dia... Só não esperava que fosse hoje.”

- Eu... – disse Amy sem palavras – quem... qual é a minha filha?

“- A de cabelos verdes, lógico.”

- Sohar... – disse Edymion também de boca aberta – eu estou vendo sinais de batalha?

“- Está sim. Tinha algumas criaturas estranhas atacando as crianças. No momento, está tudo bem. Tudo o que podemos fazer agora é esperar ou o portal se abrir, ou a nave de Michiru chegar. Depois disso, vocês podem fazer todas as perguntas que quiserem. No momento, estou mais preocupado em ter certeza de que não há mais nenhum perigo aqui.”

- Como está Joynah?

“- Ela está bem. Recuperou a energia gasta devorando os suprimentos de Haruka. Sabe... até que elas se viraram bem.”

- Vamos ver isso depois – disse Mina determinada – estamos desligando por enquanto.

Ela pressionou o botão na mesa e a imagem e a ligação foram cortadas.

- Porque fez isso? – perguntou Ray furiosa.

- Sohar já tem muitos problemas por lá. Nós temos que pensar em que criaturas eram estas, e o que estavam fazendo na Lua.

- Mina tem razão – disse Luna – não pode ser coincidência estas criaturas aparecerem logo quando o portal se abre para a Terra. Pode ser o princípio de uma invasão.

- É verdade – disse Amy – mas porque agora? Porque justo quando as crianças estavam lá?

- Talvez já esteja ocorrendo faz tempo – disse Setsuna que estava de pé, no canto da sala – e só percebemos hoje, justamente pelas crianças terem ido até lá.

- Por que então ninguém sentiu nada? Só hoje Sume nos alertou de alguma coisa.

- Porque ainda não eram ameaça – respondeu ela muito séria – Seu marido deve ter sentido isso porque as crianças iriam descobrir, e estas criaturas, sejam quem for, terão de mudar de estratégia. Não sabemos quantas já podem ter vindo para a Terra.

- Vou alertar a segurança do reino – disse Mina – vamos investigar qualquer incidente estranho que tenha sido registrado.

- É um começo – disse Setsuna – mas acho que não ajudará muito. No momento, nossa maior preocupação é descobrir como as criaturas chegam até a Lua, e impedir que continuem vindo. Acho que é melhor chamar as Asteroid Senshi de volta.

- Eu já fiz isso – disse a rainha – elas devem estar aqui amanhã a noite.

- Então, vamos esperar o portal se reabrir e iremos até a Lua, investigar a situação. Não creio que mesmo Sohar e Urano juntos tenham dissimulado elas. Devem ter detido apenas uma de suas levas.

- Pelo que pude ver da imagem, foi uma luta feroz – disse Ray.

- Acho que foi mais das crianças errando o alvo – disse Setsuna – elas não tem nenhuma experiência.

- O que me leva a perguntar: O que vamos fazer com elas?

- Bem Lita... podemos confiscar seus pendentes para que não se envolvam nisto ou...

- Isso não seria justo – disse Setsuna – elas foram escolhidas para serem sailors. Não podemos tomar essa decisão no lugar delas.

- ... ou, treina-las para serem guerreiras – completou o rei – mas a decisão final será delas.

- Elas são muito jovens. Com certeza vão querer ser sailors – disse Amy de olhos fechados. Não vão antever os perigos disto.

- Elas não precisam atuar desde já – disse Ray sorrindo – podem ficar vários anos treinando, até estarem prontas.

- E quando saberemos que estarão prontas? – perguntou Setsuna a encarando.

- Pensamos nisto depois. Sohar nos disse que este dia chegaria. Mas acho que ninguém esperava que isto seria quando ainda estão tão jovens. Mais jovens que a gente, temos que reconhecer.


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