Isabella Decide Morrer escrita por PATYPATT


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Amiguchas, consegui revisar o último capitulo hoje e resolvi postar logo.Não tem sentido fazer voces esperarem até terça-feira se ele já está pronto. Esperem que gostem e comentem!.Nos vemos no final =D



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Na sala de Carlisle Esme falava

- Você que me disse que ataque de pânico não são fatais, mesmo que eles pensem que são.

- Compaixão positiva – Carlisle riu – Todas aquelas teorias de livros começam a parecer ultrapassadas.

- Talvez seja hora de você sair daqui.

- Não seja absurda. Realmente ajudo as pessoas aqui, caso você não tenha notado, ainda- defendeu-se.

- Ajuda as pessoas? Como a Bella?

- Edward está se beneficiando

- Sim, mas, para ele se beneficiar você tortura uma garota moribunda, devolvendo-lhe a vontade de viver quando isso não lhe adianta mais. Tudo isso em nome da pesquisa?

- Não é uma ciência perfeita, embora todos pareçam precisar que eu minta e diga que é.  Quando vai abandonar essas noções enfadonhas do certo e errado, nas quais pra começar, você nunca acreditou? Ou no fundo ainda é uma advogada com fantasias de verdade e justiça? – Carlisle questionou vendo que Esme levantava e caminhava inquieta pela sala continuou – Olha, se a Bella pode ajudar ao Edward dando a ele a ilusão de que a está ajudando através do amor, a vida e a morte dela não terão sido totalmente sem sentido.

- Meu Deus! – exclamou Esme olhando-o chocada – É o único consolo que consegue?- após alguns segundos de silencio ela revelou - Seja como for, eu dei alguns telefonemas e achei um escritório de assistência jurídica gratuita em Manhattan. Nada de empresas bilionárias como clientes. Réus carentes sem eira nem beira. Lá perto há um local onde posso comprar comida e levar para o parque. E talvez, eu ligue para o meu ex-marido para saber como ele está.

- Isso tudo parece bem normal.

- É hora de me afastar de você. Quero dizer, daqui.

- É o que eu venho dizendo... A quantos anos mesmo?? – Carlisle tentando disfarçar sua própria perturbação. Esme riu e aproximou-se dele.

- Este é o endereço do escritório – estendeu o papel com o endereço anotado – Vou ficar na casa da minha irmã até achar um lugar. Quando tiver um telefone eu lhe dou – disse.

- Obrigado – Carlisle disse quando pegou o endereço de suas mãos.

- Podia sentar comigo no parque um dia?  - perguntou Esme com um sorriso triste

- Se minha agenda permitir, talvez

- Não se esconda aqui pra sempre Carlisle – disse Esme antes de sair

Carlisle olhou para o papel apertando em seus dedos e depois o dobrando colocou em seu bolso.

(................)

 Esme encaixotava as suas coisas quando bateram a porta.

- Sim? – respondeu e Bella entrou.

- Oi. Quer ajuda? – Bella ofereceu

- Pode por as roupas que está na cadeira nessa caixa? – Esme sorrindo

- Tá bom. - Bella já dobrando as roupas

- Obrigada.

- Ouvi você ontem à noite... Tocando piano como poucas vezes eu ouvi. – disse Esme e Bella não pode deixar de pensar sobre o quanto mais ela tinha ouvido. Esse pensamento a fez ruborizar.

- Entendi que tocou com tanta alma porque sabe que vai morrer – continuou Esme. – Eu pensei, vou morrer... Onde está a minha alma? – enxugou uma lágrima que caiu – Eu a perdi. Perdi para um marido, um emprego, uma casa que nunca tive coragem de largar. Hoje eu sinto isso de novo.

- Não era eu mesma ontem a noite ou, talvez, na verdade fosse. Nada mais faz sentido algum.

- Algumas pessoas passam a vida inteira em busca de um momento como o que você teve e jamais conseguem ter. Teve mil deles e você.

 Bella sorriu e ficou pensando nas palavras da amiga. Sentiria falta da sabedoria dela.

Esme estava terminando de guardar as suas coisas no taxi quando Edward saiu e a abraçou. Ambos choraram emocionados com a despedida. Bella os observava da janela sorriu por que percebeu, assim como Esme, que naquele gesto ele demonstrava o seu carinho e a profunda ligação com ela.

Depois da despedida, Edward nadava com fortes braçadas na piscina. Sentia necessidade de extravasar a dor que sentia com a partida da sua amiga. Só saiu da piscina quando estava sem forças. No seu quarto, já vestido desenhava a imagem da Bella quando sentiu a presença dela. Ele levantou a cabeça lentamente para olhá-la. Antes que Bella pudesse dizer algo a enfermeira chegou.

- Ah desculpe. – disse

- Não. Tudo bem.- Bella disse afastando da porta para a enfermeira entrar no quarto.

- Hora do tratamento dele. Podem se ver depois na sala de recreação – disse a enfermeira indo buscar o Edward. – O que está fazendo Ed? – Perguntou quando viu o caderno de desenho em suas mãos. Edward fechou o caderno e o colocou em cima da cama.

- Venha. É hora do tratamento – disse ela lhe estendendo a mão.

Bella observou Edward levantar relutante e passar por ela sem encará-la. Entrou no quarto dele e passou a mão sobre a capa de couro do caderno de desenho dele. Abriu na folha que ele desenhava e a figura do seu rosto com a cabeça ligeiramente jogada para trás, lábios entreabertos e olhos brilhantes. Ela sabia perfeitamente em que momento ele a retratara e sorriu.

Enquanto isso no corredor a caminho da sala de medicação Edward lutava para conseguir respirar normalmente. Um sentimento lhe oprimia o peito.

“Preciso sair de Villette.” Pensou parando de caminhar e, percebeu que tinha falado em voz alta quando viu a fisionomia surpresa da enfermeira.

- Você está falando?- ela perguntou pasma

- Quero ir embora. – Edward repetiu

Ela recuou devagar até o interfone.

- Peço ajuda no corredor de tratamento. Por favor, enviem alguém. – solicitou – Ala nordeste. Venham já – Peço ajuda no corredor de tratamento.

Bella que ainda estava no dormitório do Edward ouviu o apelo da enfermeira que levara Edward e levantou correndo para ir ao encontro dele. O coração disparado no peito.

- Está tudo bem Ed. Está tudo bem – tentava manter Edward calmo

- E ai Ed? Tudo Bem?- um dos enfermeiros se aproximando

- Eu preciso falar com o Dr. Cullen – falou Edward deixando os enfermeiros atônitos com a novidade.

- Nossa! Você tá falando pra valer mesmo, hein? – disse um deles se aproximando dele

- Eu quero sair – repetiu o Ed

- Calma. Tome um desses para acalmar um pouco – disse o enfermeiro estendendo um copo com água e um comprimido para Edward que o derrubou com uma tapa.

- Calma Ed. Só queremos te ajudar. – pediam enquanto tentavam segurá-lo. Edward empurrava-os fora de controle.

- O que está acontecendo? – perguntou a Dra Carmen se aproximando.

- Quero ir embora daqui – Edward repetia.

- Edward! Você está falando isso é maravilhoso!

Bella chegou e viu aquele monte de enfermeiros tentando conter o Edward e ficou revoltada

- O que estão fazendo com ele? – gritou empurrando um dos enfermeiros

- Bella! – gritou Edward fazendo com que ela estancasse com a surpresa

- Calma, Ed. – outro enfermeiro repetia

- Bella! - Edward se soltou e caminhou ao encontro dela segurando-a pelos ombros

- Você falou – sussurrou Bella olhando para ele

- Eu...Eu acho que você é muito importante para mim, Bella.- Edward disse no ouvido de Bella com voz rouca.

- Vamos Ed. Precisa voltar para o quarto – disse a Dra Carmen.

- Você acha que o Carlisle vai estar de acordo? – um dos enfermeiros perguntava

- Faremos o tratamento conforme o planejado. Vamos. – insistiu a médica.

- Esperem! Eu vou com você Edward. Eu vou com ele! - disse Bella e a médica vendo que ele se acalmava permitiu que ela fosse com eles até a entrada da sala de medicação, onde foi barrada.

Bella ficou observando através do vidro na porta todo o procedimento dando força para Edward enquanto era medicado.

Depois que ele adormeceu, ficou ao seu lado o tempo todo velando o seu sono. Uma ternura e um amor imenso lhe aquecia ao olhar o rosto perfeito dele.

 Aproximou-se de Edward encostando os lábios no rosto dele, mas, recuou quando ele respirou mais forte, abrindo os olhos e recobrando a consciência.

- Oi. – ela cumprimentou sorrindo – Você acordou. – Edward não respondeu e o sorriso foi morrendo no rosto de Bella. – Você não se lembra, não é? – perguntou com a voz embargada e os olhos cheios de lágrimas.

- Bella. – Ele chamou e lhe deu um lindo sorriso torto. Bella enxugou uma lagrima que caia e sorriu feliz.

(........)

Eles levavam uma bolsa com seus documentos e algumas roupas. Passaram pelos enfermeiros sem serem vistos, saindo do prédio, de mãos dadas correram rindo felizes em direção do bosque e de lá para a auto-estrada onde conseguiram carona com um caminhoneiro.

Passearam pela cidade de mãos dadas,  felizes como um casal de namorados, pararam para comer tacos. Edward ria com a Bella comendo de boca cheia.

- Como se sente? – perguntou

- Como se pudesse viver para sempre – ela respondeu olhando-o com amor.

Chegando ao apartamento, Bella fechou a porta e ficou observando Edward. Ele se virou para ela com um sorriso nos lábios e se aproximou.

Lentamente tirou o casaco dela deixando-o cair no chão. As mãos subiram pelos braços nus numa caricia leve e ele ajoelhou-se diante de Bella  encostando a cabeça em sua barriga e depositando ali um beijo. Bella acariciava os seus cabelos, emocionada.

Edward tocou e beijou cada pedaço de sua pele  quase com adoração. Entregaram-se ao amor por horas chegando ao clímax juntos diversas vezes até caírem num sono, exaustos.

Bella despertou e ficou abraçada a Edward, os olhos grudados no relógio, Sentia que era roubada em cada segundo, minuto e a hora que corria, da vida feliz que teria com ele.

Depois que ele despertou, saíram para fazer mais coisas juntos. Tinham sede de viver e queriam aproveitar cada minuto juntos, como se fosse o último. Ele lhe mostrou seu caderno com os desenhos, e beijou-lhe as mãos quando ela viu a foto dele com a primeira namorada num gesto que garantia a Bella que estava tudo bem e que ela era quem importava, agora.

Jantaram fora, dançaram, sorriram e no final do dia, Bella pediu para ver o sol nascer na praia.

Estavam sentados num banco da praia após caminhar pela areia. Abraçados esperava exaustos o dia amanhecer.

 Edward beijou os seus cabelos, as mãos entrelaçadas.

- É como se fosse parte de mim, agora. Como se estivesse dentro de mim. – disse-lhe baixinho.

- É bom você cuidar bem de mim – disse-lhe sonolenta

Ele sorriu e a abraçou mais forte.

- Esta frio para você ficar aqui fora – disse

- Não. Eu preciso ver o sol nascer.  – ela pediu – Tudo bem – tranqüilizou-o se aconchegando novamente a ele.

Edward começou a cantar baixinho uma linda canção para Bella que sorriu encostando a cabeça no encosto do banco. Vencida pelo cansaço fechou os olhos e sua cabeça pendeu para o lado.

Edward sentindo o movimento a olhou assustado.

- Bella? – chamou – Bella... Não! - gritou com voz embargada.

Ele se levantou agarrando os próprios cabelos olhou para o céu! O dia amanhecia e ela já não estaria ali para ver. A dor em seu peito era tão intensa que achava que ele fosse explodir em milhões de pedacinhos. Um soluço alto escapou de seus lábios e ele Edward chorou.

Bella despertou e caminhou até Edward abraçando seu corpo. Surpreso e totalmente e  fora de si de felicidade ele a beijou até perderem o fôlego.

- Olhe Edward. Conseguimos – disse Bella feliz por ver o dia amanhecer. - Conseguimos! – exultou.

No Villette, Dr. Carlisle Cullen escrevia uma carta para sua sucessora.

“Dra Carmen saudações,

Este consultório e Villette estão agora sob os seus cuidados. Espero que haja com sabedoria, como eu procurei fazer.

Quero informá-la de algumas coisas e esclarecer algumas questões. Alice como eu já desconfiava, tratava-se de algo que a ciência não aceita ou pode explicar. Suas visões de coisas que acontecerão no futuro foram confundidas pelos mais céticos como demência. Quando seu noivo e futuro marido, Dr. Jasper se responsabilizou por ela, dei de bom grado a alta.

Sobre a Bella... Eu imaginava contar a ela daqui a alguns dias que nossas injeções haviam curado o seu problema cardíaco, mas, em virtude da sua imprevista saída de Villette, não será necessário contar a ela essa mentira específica. A maioria dos que tentam suicídio, repete suas tentativas até conseguir. Eu corri o risco mentindo a ela sobre o seu estado. Eu decidi testar o único remédio que tenho a consciência da vida.

Até ela ficar sabendo por outro médico que goza de perfeita saúde, vai considerar cada dia um milagre, o que em minha opinião é mesmo.

Carlisle Cullen”

Depois de colocar a carta num envelope endereçado a Dra Carmen junto com as chaves do consultório. Carlisle pegou o papel com o endereço e o telefone de Esme e ligou.

- Esme?... Carlisle. Está livre para aquele almoço no parque hoje? - ele sorriu com a resposta feliz da mulher que demorara tanto tempo para entender que amava e saiu ao seu encontro.

Uma nova etapa das suas vidas começava, e ele tinha certeza de que muito mais feliz!

FIM.


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Notas finais do capítulo

Obrigada a todas que leram e comentaram nesta fic. Ela foi feita com muito carinho para vocês!Quem gostou indique a fic!Beijops e OBRIGADA! =D