Olívia: A História escrita por Anonymous, Just Mithaly


Capítulo 9
Pesadelo


Notas iniciais do capítulo

Nesse capítulo será revelado o sexo de V.G. Confira!



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“Olívia Muenda, eu vou. Mas eu volto.

Ass: V.G.”


Olívia, desesperava, amassava o bilhete, fitando o corpo de Jéssica.

- Ela levou um tiro. Será que foi com o meu revólver?

Nervosa, abriu rapidamente a gaveta e retirou as roupas de cima do respectivo local. Lá, apenas jazia o punhal. Não havia nenhum revólver ali.

- Desgraçado. Seja quem for esse V.G., sabe do meu segredo. Tenho que chamar a polícia e os empregados. Socorro! – gritava Olívia na janela do seu quarto, chamando a atenção de todos os funcionários do local.

O jardineiro, cujo nome era Jorge, chegou rapidamente.

- O que aconteceu, patroa? – surpreso, o homem fitava o corpo da empregada de Olívia no chão e a enorme poça de sangue. Olívia estava em choque.

- Ela levou um tiro... Tadinha, nunca fez mal a ninguém, sempre foi uma grande amiga para mim. – lamentava-se Olívia, chorando.

- Acho que sei quem pode ter matado ela! – afirmou o jardineiro, lembrando-se de algo que acontecera antes da chegada de Olívia.

- Quem? Meu Deus, diga logo!

- Hoje mais cedo, uma moça, se apresentou como Luciana. Seus cabelos eram pretos, usava óculos escuros e disse que era uma antiga amiga sua. O modo como ela falava parecia tão convincente que acabei abrindo o portão para ela. Naquela hora a Jéssica tinha ido fazer as compras.

Olívia, surpresa, telefonou para a polícia rapidamente. Eles levaram o corpo da mulher para ser examinado e realmente havia sido um tiro. A arma não fora localizada. A autora do bilhete também não, pois disfarçou muitíssimo bem a caligrafia para que esta não fosse reconhecida facilmente. Recolheram também o depoimento do jardineiro, que não tinha servido para muita coisa. A criminosa planejou tudo muitíssimo bem.

- Mas não há nada mesmo que possa identificar quem é essa maluca? Essa doida varrida?

- Não, dona Olívia. Não mesmo. Sinto muito. Mas ainda faremos de tudo para descobrir através de investigações quem foi a assassina da sua amiga.

No dia seguinte, ocorreu o enterro de Jéssica Ebadi. Neste, poucas pessoas compareceram. Alguns dias depois, Olívia necessitava de uma nova empregada e criou anúncios de vagas. Muitas e muitas mulheres se inscreveram para a única vaga, porém, só uma correspondeu a tudo que Olívia necessitava. Seu nome era Aiyana. Aiyana Dalaran.

- Aiyana, você está contratada! Seja bem-vinda à nossa equipe de funcionários, aqui está a chave do seu quarto. – afirmava Olívia, sorrindo para a nova funcionária, esperando uma amizade desta, equivalente à de Jéssica.

- Obrigado, Dona Olívia! Começo a trabalhar hoje mesmo, certo?

- Certo.

Alguns meses passaram-se e nada foi descoberto sobre a verdadeira identidade da misteriosa V.G. Olívia, perdidamente apaixonada, engatou um romance com o milionário Manuel Crosado. Parecia que aquele homem havia caído do céu para ela. Era perfeitamente perfeito. Cavalheiro, bonito, rico, e o melhor de tudo: se amavam.

Era uma noite fria e nebulosa. Olívia deitava-se no sofá distraída assistindo televisão, quando a campainha de sua casa tocou.

- Aiyana, atende lá, por favor.

- Certo, Dona Olívia!

Alguns minutos depois, Aiyana retornava juntamente com Manuel. O homem estava com um buquê de rosas vermelhas em suas mãos.

- Boa noite, querida. São para você. – dizia este, aproximando-se de Olívia, abraçando-a, entregando o buquê para a namorada.

- Obrigada, Manuel. Eu te amo. Aiyana, arranje um vaso e coloque as flores. Vou ficar ali fora com ele.

- Certo. – afirmava a funcionária, recolhendo delicadamente o buquê das mãos da patroa.

O casal caminhou até a varanda da mansão de Olívia, sentando-se em um dos bancos.

- Sabe, Manuel, tenho visto o quanto você foi bom comigo até hoje. Eu não sei o que dizer. Muito obrigada mesmo, você é um amor.

- Não foi nada. Sinto-me obrigado a fazer isto com uma dama feito você. E quero te... Quero te perguntar uma coisa.

- O-Oquê? – Olívia gaguejava, curiosa para saber o que o namorado iria perguntar de tão importante naquele momento entre os dois.

O homem ajoelhou-se no chão, retirando do bolso uma pequena caixinha, com uma aliança.

- Olívia Muenda, aceita se casar comigo?

Olívia, surpresa e emocionada, passou minutos sem pronunciar palavra alguma, impressionada com a atitude do namorado.

- Mas... Mas é claro que eu aceito!

Os dois se abraçaram e se beijaram.

Olívia gritava, enquanto estava tendo um horrível pesadelo com Melissa Grandson e André diMattar, que a aterrorizavam quase sempre. Após acordar, levantou-se da cama nervosa e suada, aliviando-se ao certificar-se de que era somente um pesadelo e nada real.

- Não é nada, Olívia. Não é nada! Você vai ficar bem e vai voltar a adormecer... – Olívia sentava-se em sua cama, refletindo por tudo que havia cometido até agora com as outras pessoas. Todo o mal que havia causado nelas.

Relembrou sobre o comunicado de Melissa Grandson no dia da morte de Jéssica.

- Será que tem algo a ver? Não, não pode ser. Isso é só imaginação minha. A Melissa blefava naquele dia.

Após alguns minutos de longa reflexão, Olívia adormeceu novamente. Aqueles meses haviam sido excessivamente trabalhosos e tensos para a milionária.

Olívia caminhava alegre pelo jardim, onde jaziam algumas lápides de pessoas enterradas ali. Ajoelhou-se próxima às lápides dos pais, abraçando-as. Logo em seguida, sentou-se no banco próximo a elas, folheando um livro qualquer.  Ao fitar o lado direito ao banco, havia uma mulher de cabelo preto utilizando um casaco verde, calça jeans e um all star preto.

- Quem é você?

- Sem dúvida, sou uma pessoa que você jamais gostaria de ter cruzado o caminho.

- Mas o que eu... – Olívia interrompia a pergunta, ao perceber que a mulher retirava algo do interior de sua bolsa, ansiosa.

A mulher possuía um revólver em suas mãos. Era o mesmo que Olívia havia usado para golpear Melissa. A mulher, cujo nome ainda não fora revelado, apontara o revólver na direção de Olívia. Aproximando-se lentamente da milionária, posicionava o gatilho nos seus dedos e carregava a arma. Calmamente, pressionou o gatilho.

Olívia acordara desesperada novamente. Já era de manhã. Levantou-se rapidamente, nervosa com os pesadelos que havia tendo ultimamente.

- Que loucura! Eu nunca vi aquela mulher antes! Quem ela seria?


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Notas finais do capítulo

Revelado que V.G é uma mulher, quem vocês concluem que é? Não percam os próximos capítulos!