Olívia: A História escrita por Anonymous, Just Mithaly


Capítulo 15
A Desgraça


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura a todos e obrigado ^_^.



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Descendo rapidamente as escadas, caminhou até o jardim. Após abrir a porta de entrada da casa, deparou-se com Alceu no local. Possuía um revólver apontado para o pescoço do irmão gêmeo. O revólver possuía silenciador. Aiyana, desesperada, estava com o bebê no colo, que estava com o pai antes da invasão.

– O bebê e a empregada inútil não me interessam. Só quero levar o meu irmão. Para um grande e definitivo acerto de contas. – Os olhos de Alceu flamejavam de ódio quando este falava do irmão.

Olívia ficava sem ter o que fazer. Não imaginava ter que encarar uma horrível situação como aquela.

– Você quer dinheiro, Alceu? Se receber uma alta quantia em dinheiro você deixa a cidade e jamais volta?

– Tenho que pensar no seu caso...

– Sendo assim, eu vou no lugar dele.

– Não, Olívia! Eu mesmo vou! – gritava Amadeu, tentando proteger toda a família do irmão maquiavélico.

– Calado! – Alceu pressionava mais forte a arma no pescoço de Amadeu, causando terror em todos os presentes. – Pelo visto o casal se ama mesmo. Um querendo proteger o outro. Que lindo. Eu fico com a Olívia. – Alceu empurrava o irmão gêmeo no chão, apontando a arma para a mulher. – Venha comigo, ou será pior.

Com uma arma apontada para a sua cabeça, Olívia havia sido obrigada a dirigir até um abandonado e desconhecido lugar em Estranhópolis. Uma antiga cabana de madeira. Os dois adentraram o local, que tinha uma aparência horrível por dentro e por fora. Por dentro, havia muitas teias de aranha e há muito tempo não havia sido limpo.

Dentro desta cabana, outro homem estava à espera de Alceu.

– Demorou, hein? E o que a madame faz aqui? O trato não era com o seu irmão?

– Mudança de plano. Iremos conseguir uma boa grana com tudo isso. – Alceu sorria maliciosamente enquanto acariciava debochadamente o cabelo de Olívia, que o olhou com ódio e medo.

– O trato não era esse. Mas tudo bem. Já estou aqui, não é mesmo? Obedecerei tudo que você pedir.

Amadeu preparava-se para deixar o dinheiro no endereço deixado por Alceu via celular anônimo. Carregava uma grande mala, com a quantia desejada: Dez milhões de dólares, o que não valia muita coisa para Olívia, já que esta era multimilionária.

Chegou ao cativeiro no horário combinado e adentrou a cabana de madeira, segurando a pesada mala.

– Só quero ver o que o Alceu vai aprontar. Sinto que não é coisa boa. – pensava Amadeu, caminhando até o cômodo combinado. O medo percorria por suas veias.

Quando Amadeu chegou ao cômodo, Alceu já posicionava o revólver no pescoço de Olívia, que tremia.

– Eu cheguei! O dinheiro está aqui. Agora libertem ela! – suplicava Amadeu, posicionando lentamente a mala no chão, erguendo os braços.

– Isso mesmo! Mãozinha levantada! Ernesto, pegue a mala. – ordenava o gêmeo maquiavélico de Amadeu, fuzilando o irmão com seus olhos.

– Certo. – obedecia o homem, que também estava com outro revólver nas mãos. Andou calmamente até a mala, apanhando-a, retornando ao local onde estava: o lado direito de Olívia.

– Pronto. Aqui está sua mulherzinha! – Alceu, segurando Olívia pelos cabelos, a jogava para cima de Amadeu, que a segurou firmemente.

– Podemos ir agora? – perguntava Olívia, aflita. Não parava de fitar a arma e não conseguia olhar para os olhos de Alceu.

– Achavam realmente que eu ia me contentar com o dinheiro?

– Isso não estava nos nossos planos, chefe. – afirmava o cúmplice, surpreso. – O objetivo era só o dinheiro.

– Não interessa, Ernesto. Agora vou terminar o serviço. Primeiro a madame. – Alceu apontava a arma para Olívia e estava prestes a puxar o gatilho, quando Amadeu se jogou na frente da amada.

– A Olívia não!

O tiro disparou no coração, fazendo com que Amadeu caísse no chão, morto.

– NÃO! POR QUE FEZ ISSO, ALCEU? O SEU IRMÃO NUNCA TE FEZ MAL!

– Não tem medo de morrer não, madame? Pois é, agora é a sua vez.

– Vai em frente, me mata. Já perdi o meu marido.

Olívia levanta-se e fecha os olhos, aguardando o tiro. Repentinamente, um ruído de tiro ecoava pela sala e Olívia abria os olhos. Fitando seu peito, não havia dores e nem sangue. Ao olhar para frente, surpreendeu-se ao ver o corpo de Alceu caindo ao lado do irmão gêmeo.

– Desculpe-me, madame. Eu só queria fugir do país, não queria nenhum mal a ninguém.

Olívia correu na direção de Ernesto, abraçando-o. Chorava desesperadamente.

– Obrigada, Ernesto. Vamos levar o Amadeu ao hospital, de repente ainda há alguma chance de... Sobreviver. Não posso acreditar que isso tenha ocorrido. Ele não merecia isso. Quem tinha que morrer era eu.

– Não diga isso. Agora vamos levá-lo.

Abandonando o corpo de Alceu no chão, Olívia e Ernesto carregavam o corpo de Amadeu, posicionando-o no carro. Ernesto adentra a casa novamente e retorna com uma mala de dinheiro. Entrega a Olívia, que movimenta a cabeça em sinal negativo.

– É sua. Pode ficar com ela.

Chegando rapidamente ao hospital, foram atendidos imediatamente.

– Não houve jeito, moça. Seu marido partiu dessa para a melhor. – afirmava a enfermeira, desapontada.

Olívia cai no chão, ajoelhada.

– Por favor, Senhor, cuida bem do Amadeu. Ele era um anjo de pessoa, merece a paz eterna.

O enterro de Amadeu Tanásia foi repleto de emoção e comoção de todos, inclusive da própria Olívia. Era o legítimo amor da vida da milionária. Jamais havia amado ninguém como daquele jeito.

Olívia passara parte do dia trancafiada no quarto de Guilherme, com o bebezinho no colo. Havia se tornado depressiva, semelhante ao que ocorrera com Lerato.

– É, Gui. Você agora é a única razão para eu viver.



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Notas finais do capítulo

Ansiosos pro próximo? Expectativas? Reviews não matam e não machucam. LEITORES FANTASMAS SE REVELEM U_U