Olívia: A História escrita por Anonymous, Just Mithaly


Capítulo 11
Como os Fatos Ocorreram


Notas iniciais do capítulo

Dúvidas sobre os assassinados? Confiram aqui mesmo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/171869/chapter/11

Em uma quente manhã, dentro de um dos ônibus que vinha para Estranhópolis, estava uma mulher. Essa mulher, que aparentava ter a idade um pouco menor que a de Villona, era loira e alta, com os olhos verdes. Era ossuda e adorava utilizar vestimentas de coloração verde.

– Sinto muita saudade da minha família, fiz muito mal em fugir de casa e deixar minha irmãzinha.

O ônibus chegou à cidade e Vitória saiu do veículo, se dirigindo à cabana onde os pais moravam. A cabana estava inteiramente destruída.

– Meu Deus! O que aconteceu aqui? – Vitória se aproximava do local, certificando-se de que era realmente onde os pais moravam.

Naquele momento, o homem que entregava jornais por aquela região da cidade aproximou-se da mulher.

– Posso ajudar a senhora em algo?

– Senhorita, por favor. Pode sim, o senhor devia conhecê-los. Era aqui que moravam Carlota e Roberto?

– Era sim. Infelizmente, a cabaninha pegou fogo e os velhinhos morreram dormindo.

Vitória debulhava-se em lágrimas, ajoelhando-se na terra da cabana.

– Perdão, meus pais. Por favor, me perdoem.

– Eles... Eram... Seus pais?

– Sim, sou Vitória Grandson, a filha desaparecida.

O homem arregalou os olhos e lembrou-se de algo.

– Então você era irmã de... Melissa Grandson?

– Sim, sou a irmã da Melissa. Ela morreu aqui também, não é mesmo?

– Não, a jovem mora sozinha há certo tempo, vou lhe passar o endereço da casa dela.

Vitória conseguiu esboçar um pequeno sorriso para o homem e assentiu a cabeça, agradecendo-o.

– Muito obrigado, senhor. Muito obrigado.

O homem entregou o endereço da casa de Melissa para Vitória, que o abraçou. Ele se apresentou. Seu nome era Jonas. Ele entregou também o telefone para a mulher e se despediram.

– Preciso encontrar a Melissa! – afirmava Vitória, chamando atenção de um táxi, que a levou para o desejado lugar.

Chegando à casa de Melissa, Vitória adentrou o local. A porta estava aberta. A casa estava abandonada.

– Parece abandonada. Não tem ninguém aqui. Ela deve ter saído.

Curiosamente, caminhou pelo abandonado local, revirando todos os cômodos. No quarto de Melissa, notou que a parede tinha um buraco, que estava meio tampado pela cômoda onde Melissa guardava suas roupas.

– O que será que tem ali? – Vitória dirigia-se à cômoda, retirando-a dali.

A mulher, ao retirar o móvel, notou que o buraco era maior e encontrou um pequeno caderninho ali, recolhendo-o.

– Acho que a Melissa não vai se importar de eu dar uma olhadinha no diário dela. – afirmou a loira, recolocando o móvel em seu devido lugar.

Folheou as páginas atentamente a tudo sobre a vida da irmã e desesperou-se com a última página escrita pela jovem, que dizia:

Querido diário,

Hoje pode ser a última vez que escrevo aqui. Estou com muito medo. Descobri o segredo da Olívia, a minha melhor amiga. Ela é uma assassina: matou o ex-noivo, o antigo cunhado e um criminoso. Agora, ela guarda um punhal e um revólver no interior de uma gaveta na parte esquerda do seu guarda-roupa. E agora tenho absoluta certeza de que serei a próxima vítima. Tenho esperança de que esse diário chegue às mãos de alguém um dia. Agora vou tentar salvar a minha vida, irei para a casa dos meus pais.

Melissa Grandson”

– Meu Deus, essa Olívia matou a Melissa! Preciso descobrir o endereço da mulher. Mas, peraí. No diário dizia que a Melissa ia para a casa dos nossos pais. O que pode ter acontecido? – Vitória chorava desesperadamente, arrependida de tudo que havia feito com a família.

Vitória, com uma peruca preta, caminhava pelas ruas de Estranhópolis à procura do endereço de Olívia Muenda. A noite era fria e a loira utilizava um casaco verde, uma calça jeans e um all star preto.

– Você sabe? Por favor, me ajude!

O dono da mercearia entregou o endereço da milionária Muenda para a irmã de Melissa, que agradeceu e foi correndo de táxi para a mansão.

Tocou a campainha. Quem abriu a porta foi o jardineiro.

– Quem é a senhora?

– Senhorita, por favor. Sou Luciana, uma amiga da Olívia e da Villona, estudei com elas. Acabei de retornar de viagem, mas quero fazer surpresa. Por favor, vai? – perguntava Vitória, esboçando um longo sorriso amarelo, tão amarelo que conseguiu convencer o homem.

– Certo, mas não faça nada que possa irritar a patroa, por favor. Eu necessito desse emprego.

– Mas é claro que não, eu estou é com muitas saudades da minha... Amiga.

Vitória entrou pelos fundos, na cozinha, sendo guiada pelo homem.

– Muito obrigado, o senhor é um cavalheiro.

Após a retirada do homem da sala de estar da mansão, Vitória subiu as escadas e caminhou pelo longo corredor.

– Sombria do jeito que ela deve ser, esse provavelmente é o quarto dela.

Após adentrar o cômodo, Vitória seguiu as determinações dadas por Melissa no diário e encontrou o punhal e o revólver.

– Desgraçada, ela matou mesmo aqueles homens e a minha irmã.

Naquele momento, Vitória escutava passos vindos em sua direção. Sem ter noção do que fazia, recolheu o revólver com um pano que jazia próximo a este e apontou a arma para a porta.

Jéssica se aproximava de Vitória, adentrando o quarto, ficando na mira do revólver.

– O que... O que a senhora faz aqui?

– Vim descobrir a verdade sobre a Melissa, a minha irmã. Ela foi morta e o corpo não foi encontrado. Quero saber tudo, esperarei sua patroinha. – ironizava Vitória, fuzilando a empregada de Olívia com os olhos.

– Não precisa, eu mesmo conto. Quem sumiu com o corpo da Melissa fui eu. Soube que a Dona Olívia tinha ido matá-la e precisava manter o meu emprego aqui, então resolvi salvar a pele dela. Pedi a um amigo meu inteiramente de confiança para segui-la o caminho inteiro, e sumir com o corpo da garota, se tivesse sido realmente morta. Enterrou o corpo da Melissa em um terreno baldio. Agora não precisa mais ficar aqui. – dizia friamente Jéssica Ebadi.

– Não sabe muito sobre armas, não é mesmo? Você realmente não tem medo de morrer?

– Sei que não vou morrer porque tem mais gente na casa e com toda a certeza iriam te pegar se você me atirasse. Isso é fato. – afirmava Jéssica, que não sabia absolutamente nada sobre as armas e não sabia que a arma possuía um silenciador.

Cheia de ódio no coração, Vitória não pensou duas vezes e apertou o gatilho duas vezes, mirando no coração de Jéssica, que caiu morta.

– Adeus, infeliz. Que interessante, a arma da sua querida patroa tinha um silenciador e você não reparou isso.

A loira recolheu um papel e uma caneta com um pano, para não marcar as impressões digitais, e escreveu rapidamente, disfarçando a caligrafia, no pequeno pedaço:

“Eu vou, mas eu volto.

Ass: V.G”

Tempos depois, Vitória retornou à mansão escondida. O portão estava aberto, pois o jardineiro havia acabado de sair do local. Escondeu-se em uma das árvores do jardim da mansão, observando toda a cena da discussão entre Olívia e o marido.

– Estão... Discutindo? Que interessante! – ironizava Vitória Grandson, falando consigo mesma.

Vitória, fitando a discussão do casal na varanda acima, surpreendeu-se ao fitar o corpo do homem caindo do alto do local, desmaiado no piso. Observou atentamente Olívia por alguns minutos.

– Perfeito, é a hora de agir.

Vitória corria ofegante até o local onde havia caído o corpo do homem.

– Está vivo ainda... Tenho que aproveitar essa chance. – certificou-se Vitória, pronta para realizar sua vingança contra a assassina de sua irmã.

Sem pensar duas vezes, retirou o casaco e posicionou no rosto do homem. Pressionou fortemente, sufocando o homem, matando-o.

– Agora sim. Está morto. Preciso ir embora daqui antes que me vejam.

Vitória correu em direção ao portão, que, coincidentemente, estava aberto novamente, pois o jardineiro havia retornado à mansão por algum motivo. E a loira novamente escapa da prisão.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews não matam, não mordem e me deixam alegre. ^_^'