Olívia: A História escrita por Anonymous, Just Mithaly
Notas iniciais do capítulo
Dúvidas sobre os assassinados? Confiram aqui mesmo.
Em uma quente manhã, dentro de um dos ônibus que vinha para Estranhópolis, estava uma mulher. Essa mulher, que aparentava ter a idade um pouco menor que a de Villona, era loira e alta, com os olhos verdes. Era ossuda e adorava utilizar vestimentas de coloração verde.
– Sinto muita saudade da minha família, fiz muito mal em fugir de casa e deixar minha irmãzinha.
O ônibus chegou à cidade e Vitória saiu do veículo, se dirigindo à cabana onde os pais moravam. A cabana estava inteiramente destruída.
– Meu Deus! O que aconteceu aqui? – Vitória se aproximava do local, certificando-se de que era realmente onde os pais moravam.
Naquele momento, o homem que entregava jornais por aquela região da cidade aproximou-se da mulher.
– Posso ajudar a senhora em algo?
– Senhorita, por favor. Pode sim, o senhor devia conhecê-los. Era aqui que moravam Carlota e Roberto?
– Era sim. Infelizmente, a cabaninha pegou fogo e os velhinhos morreram dormindo.
Vitória debulhava-se em lágrimas, ajoelhando-se na terra da cabana.
– Perdão, meus pais. Por favor, me perdoem.
– Eles... Eram... Seus pais?
– Sim, sou Vitória Grandson, a filha desaparecida.
O homem arregalou os olhos e lembrou-se de algo.
– Então você era irmã de... Melissa Grandson?
– Sim, sou a irmã da Melissa. Ela morreu aqui também, não é mesmo?
– Não, a jovem mora sozinha há certo tempo, vou lhe passar o endereço da casa dela.
Vitória conseguiu esboçar um pequeno sorriso para o homem e assentiu a cabeça, agradecendo-o.
– Muito obrigado, senhor. Muito obrigado.
O homem entregou o endereço da casa de Melissa para Vitória, que o abraçou. Ele se apresentou. Seu nome era Jonas. Ele entregou também o telefone para a mulher e se despediram.
– Preciso encontrar a Melissa! – afirmava Vitória, chamando atenção de um táxi, que a levou para o desejado lugar.
Chegando à casa de Melissa, Vitória adentrou o local. A porta estava aberta. A casa estava abandonada.
– Parece abandonada. Não tem ninguém aqui. Ela deve ter saído.
Curiosamente, caminhou pelo abandonado local, revirando todos os cômodos. No quarto de Melissa, notou que a parede tinha um buraco, que estava meio tampado pela cômoda onde Melissa guardava suas roupas.
– O que será que tem ali? – Vitória dirigia-se à cômoda, retirando-a dali.
A mulher, ao retirar o móvel, notou que o buraco era maior e encontrou um pequeno caderninho ali, recolhendo-o.
– Acho que a Melissa não vai se importar de eu dar uma olhadinha no diário dela. – afirmou a loira, recolocando o móvel em seu devido lugar.
Folheou as páginas atentamente a tudo sobre a vida da irmã e desesperou-se com a última página escrita pela jovem, que dizia:
“Querido diário,
Hoje pode ser a última vez que escrevo aqui. Estou com muito medo. Descobri o segredo da Olívia, a minha melhor amiga. Ela é uma assassina: matou o ex-noivo, o antigo cunhado e um criminoso. Agora, ela guarda um punhal e um revólver no interior de uma gaveta na parte esquerda do seu guarda-roupa. E agora tenho absoluta certeza de que serei a próxima vítima. Tenho esperança de que esse diário chegue às mãos de alguém um dia. Agora vou tentar salvar a minha vida, irei para a casa dos meus pais.
Melissa Grandson”
– Meu Deus, essa Olívia matou a Melissa! Preciso descobrir o endereço da mulher. Mas, peraí. No diário dizia que a Melissa ia para a casa dos nossos pais. O que pode ter acontecido? – Vitória chorava desesperadamente, arrependida de tudo que havia feito com a família.
∞
Vitória, com uma peruca preta, caminhava pelas ruas de Estranhópolis à procura do endereço de Olívia Muenda. A noite era fria e a loira utilizava um casaco verde, uma calça jeans e um all star preto.
– Você sabe? Por favor, me ajude!
O dono da mercearia entregou o endereço da milionária Muenda para a irmã de Melissa, que agradeceu e foi correndo de táxi para a mansão.
Tocou a campainha. Quem abriu a porta foi o jardineiro.
– Quem é a senhora?
– Senhorita, por favor. Sou Luciana, uma amiga da Olívia e da Villona, estudei com elas. Acabei de retornar de viagem, mas quero fazer surpresa. Por favor, vai? – perguntava Vitória, esboçando um longo sorriso amarelo, tão amarelo que conseguiu convencer o homem.
– Certo, mas não faça nada que possa irritar a patroa, por favor. Eu necessito desse emprego.
– Mas é claro que não, eu estou é com muitas saudades da minha... Amiga.
Vitória entrou pelos fundos, na cozinha, sendo guiada pelo homem.
– Muito obrigado, o senhor é um cavalheiro.
∞
Após a retirada do homem da sala de estar da mansão, Vitória subiu as escadas e caminhou pelo longo corredor.
– Sombria do jeito que ela deve ser, esse provavelmente é o quarto dela.
Após adentrar o cômodo, Vitória seguiu as determinações dadas por Melissa no diário e encontrou o punhal e o revólver.
– Desgraçada, ela matou mesmo aqueles homens e a minha irmã.
Naquele momento, Vitória escutava passos vindos em sua direção. Sem ter noção do que fazia, recolheu o revólver com um pano que jazia próximo a este e apontou a arma para a porta.
Jéssica se aproximava de Vitória, adentrando o quarto, ficando na mira do revólver.
– O que... O que a senhora faz aqui?
– Vim descobrir a verdade sobre a Melissa, a minha irmã. Ela foi morta e o corpo não foi encontrado. Quero saber tudo, esperarei sua patroinha. – ironizava Vitória, fuzilando a empregada de Olívia com os olhos.
– Não precisa, eu mesmo conto. Quem sumiu com o corpo da Melissa fui eu. Soube que a Dona Olívia tinha ido matá-la e precisava manter o meu emprego aqui, então resolvi salvar a pele dela. Pedi a um amigo meu inteiramente de confiança para segui-la o caminho inteiro, e sumir com o corpo da garota, se tivesse sido realmente morta. Enterrou o corpo da Melissa em um terreno baldio. Agora não precisa mais ficar aqui. – dizia friamente Jéssica Ebadi.
– Não sabe muito sobre armas, não é mesmo? Você realmente não tem medo de morrer?
– Sei que não vou morrer porque tem mais gente na casa e com toda a certeza iriam te pegar se você me atirasse. Isso é fato. – afirmava Jéssica, que não sabia absolutamente nada sobre as armas e não sabia que a arma possuía um silenciador.
Cheia de ódio no coração, Vitória não pensou duas vezes e apertou o gatilho duas vezes, mirando no coração de Jéssica, que caiu morta.
– Adeus, infeliz. Que interessante, a arma da sua querida patroa tinha um silenciador e você não reparou isso.
A loira recolheu um papel e uma caneta com um pano, para não marcar as impressões digitais, e escreveu rapidamente, disfarçando a caligrafia, no pequeno pedaço:
“Eu vou, mas eu volto.
Ass: V.G”
∞
Tempos depois, Vitória retornou à mansão escondida. O portão estava aberto, pois o jardineiro havia acabado de sair do local. Escondeu-se em uma das árvores do jardim da mansão, observando toda a cena da discussão entre Olívia e o marido.
– Estão... Discutindo? Que interessante! – ironizava Vitória Grandson, falando consigo mesma.
Vitória, fitando a discussão do casal na varanda acima, surpreendeu-se ao fitar o corpo do homem caindo do alto do local, desmaiado no piso. Observou atentamente Olívia por alguns minutos.
– Perfeito, é a hora de agir.
Vitória corria ofegante até o local onde havia caído o corpo do homem.
– Está vivo ainda... Tenho que aproveitar essa chance. – certificou-se Vitória, pronta para realizar sua vingança contra a assassina de sua irmã.
Sem pensar duas vezes, retirou o casaco e posicionou no rosto do homem. Pressionou fortemente, sufocando o homem, matando-o.
– Agora sim. Está morto. Preciso ir embora daqui antes que me vejam.
Vitória correu em direção ao portão, que, coincidentemente, estava aberto novamente, pois o jardineiro havia retornado à mansão por algum motivo. E a loira novamente escapa da prisão.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Reviews não matam, não mordem e me deixam alegre. ^_^'