Forgetting escrita por Helle, Flôr de Lis no Peito


Capítulo 9
Borboletas


Notas iniciais do capítulo

Nyah na U.T.I. T____T Tá ai o nono cap, espero que gostem!



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Na residência dos Potter, em Godric Hallows, Harry se sentava num sofá meio abobalhado.

“Hermione. Malfoy a chamou de Hermione... Ele parece estar gostando da companhia dela. Nunca vi um Malfoy sorrindo daquele jeito...”

- Ora essa! É uma doninha de...

- Neve! – Eu sei fazer neve. Isso é neve! – Falou Hermione batendo palmas.

- Porque uma doninha? – Draco perguntou.

- Gosto desse animal. Não sei por quê... – Falou a moça um pouco pensativa.

“Se ela se lembrasse do 4º ano...”  Pensou o loiro divertido.

- Você gosta de neve? – O jovem quis saber

- Na realidade não. É gelado demais, mas é adorável. Concluiu Hermione inclinando a cabeça para o lado.

Um gesto infantil que Draco achava muito engraçado e belo, quando vindo da garota.

- Do que você está rindo? – Quis saber Hermione.

- Eu não... Não estou rindo. – Disse o jovem ficando sério.

- Ah você estava sim! – Gargalhou a castanha.

- Você estava assim, - Disse ela fazendo uma imitação meio falha de um sorriso de lado, típico do rapaz. – E depois ficou assim. – Concluiu fazendo uma carranca e cruzando os braços.

- Hey, eu não sou assim. – Protestou Draco.

- É sim. Draco é um garoto muito enfezado. – Falou a castanha gargalhando.

- Ah sou, é? – Falou o jovem sorrindo maliciosamente...

Hermione conhecia aquele sorriso...

- Ah, não! – Exclamou ela dando um passo para trás enquanto Draco dava um para a frente e dizia num tom ameaçador:

- Ah sim...

- Eu não acredito! De novo se divertindo juntos?! Qual é o problema do Malfoy? – Gritou Rony batendo na mesa do jantar com o punho fechado.

- Foi você que pediu. Não acho legal ficar espionando a casa do Malfoy desse jeito... Se ele te pegar por lá...

- Cala a boca Gina...

- Não calo não, Ronald! Se você não percebeu, Hermione foi possivelmente violentada, está traumatizada e a única pessoa que ela admite ver é um cara que graças a Deus mudou e ficou bom. Não me venha com suas ladainhas, ela está bem, está com saúde e está se divertindo. Você deveria agradecer ao Malfoy por ser tão legal com ela, isso sim! Em outras épocas Hermione estaria com problemas, mas agora que ela está bem e feliz você me vem com essa baboseira ciumenta? Faça-me o favor. – Ralhou a ruiva tomando a capa de invisibilidade de Harry das mãos do garoto. – Vocês nunca tiveram nada. Lide com isso.

O ruivo ficou sem resposta. Abriu a boca três vezes para falar algo, mas tudo que saiu de sua garganta foi um som estrangulado.

- Vou devolver isso a Harry. – Falou Gina aparatando.

- Isso... Isso não é justo. – Ofegou Hermione.

- O que? – Perguntou Draco convocando um copo com água para a garota.

- Você é muito mais alto que eu,  por isso corre mais rápido que eu. Assim eu não tenho chances de fugir de seus ataques de cócegas.

Draco soltou uma gargalhada. Pela primeira vez em muito tempo ele fazia aquilo com vontade. Hermione bebeu a água e fez o copo desaparecer com um aceno de varinha. Ela ficou observando Draco gargalhar. “Ele fica tão mais bonito assim.” “Ah não, ele parou...”

- Vamos entrar, está ficando tarde. – Falou o loiro oferecendo um braço para a moça.

-Vamos. –Ecoou a castanha aceitando a gentileza do bruxo.

- Você não me explicou porque mora numa vizinhança trouxa. – Soltou Hermione durante o jantar.

Draco quase se entalou com a comida, mas se controlou e tomou um longo gole de água antes de falar.

- É uma longa história.

- E também não me explicou porque não nos falávamos em Hogwarts, a escola.

O jovem suspirou pensativo. “Maldita memória, maldita curiosidade!”

- Termine seu jantar. Estarei na sala esperando. – Falou o rapaz se retirando da mesa.

- Você não comeu toda sua comida. – Observou Hermione.

- Perdi a fome. – Falou Draco saindo da vista da castanha.

Hermione entrou cabisbaixa na sala. Ela se sentia culpada por fazer Draco perder a fome. “Eu não devia ter perguntado nada.”

O loiro estava sentado rigidamente na poltrona preta que ficava de frente para a lareira principal. Ele observou atentamente a garota entrar em seu campo de vista. Ela parecia estar triste com algo, mais ainda assim ficava adorável em um dos seus muitos vestidos. Dessa vez usava um cor-de-rosa que a deixava extremamente infantil, mas tudo estava okay para Draco quando se tratava de Hermione. Sabendo ele deste fato ou não.

A castanha parou em frente a Draco com as mãos para trás e olhando para os próprios pés, como uma criança que sabe que vai levar uma bronca.

- Sente-se, e por favor, não haja como se eu fosse te castigar ou algo do tipo... Eu só vou responder suas perguntas, ok?

Hermione assentiu aliviada. Ela obedeceu e sentou-se com as pernas cruzadas em cima do sofá, colocando uma almofada no colo.

- Bem... Por onde devo começar? – Perguntou Draco se esparramando na poltrona.

- Hogwarts, a escola. – Propôs a bruxa.

- Certo. – Falou o loiro cruzando a perna direita sobre a esquerda.

- Como eu te falei antes, Hogwarts é dividida em quatro casas. Sabe quais são?

- Sonserina, Corvinal, Lufa-Lufa e Grifinória. – Respondeu Hermione.

- Correto. Cada casa tem certas características que são usadas como critérios na seleção dos alunos. A opnião do aluno também é levada em conta. – Falou Draco atento a qualquer reação da garota. - Nós fomos selecionados para casas diferentes. Eu fui para a Sonserina e você para a Grifinória.

Hermione abriu a boca num “o” perfeito. Ela havia lido Hogwarts, uma história, durante a manhã inteira e sabia muito bem as características de cada casa. Sabia também que as casas citadas por Draco eram “rivais”.

- Você já deve saber que nossas casas nunca se deram bem. – Falou o rapaz analisando a jovem.

- Mas... eu pensei que os alunos, mesmo sendo de casas diferentes, conversavam entre si. E fossem amigos. – Falou a moça colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.

- É verdade. Isso acontece mas... Nós nos odiávamos Hermione.

- QUÊ?! – Perguntou Hermione horrorizada. A castanha não podia sequer imaginar uma vida onde odiasse Draco.

O rapaz sorriu de lado com a reação da bruxa. Ele estava feliz por ela não ter lembrado nada. De repente ele se repreendeu por ficar feliz por algo assim.

- Digamos que eu fosse um babaca na minha época de Hogwarts. Sem contar que você tinha dois amigos inseparáveis.

- Eu, o que?

- Harry Potter e Ronald Weasley. Eu os odiava e vocês três me odiavam.

- Essa não era eu! Eu nunca odiei você! – Exclamou a garota revoltada. – Você não era babaca! Eu não odiava você! Eu jamais odiaria você! – Ela protestou batendo na almofada.

Draco sorriu com vontade. Nada do que ele temia aconteceu. Muito pelo contrário. Nem em seus sonhos mais remotos ele imaginaria que Hermione negaria seu próprio passado por causa dele.

- Hermione... – Chamou ele, mas a garota estava revoltada demais para ouvi-lo. Ele levantou-se e sentou-se ao lado da garota passando um braço ao redor dos ombros dela.

- Você não me odiava de verdade, não é? – Perguntou a ex-grifinória se acalmando.

- Não. Eu tinha raiva por reparar na garota inteligente que você era, mas eu não te odiava. Acho que eu só sentia inveja, por não ser um dos seus amigos... Você sempre foi incrível. – Draco se pegou dizendo.

Hermione ficou muito feliz em ouvir aquilo. Algo dentro dela se agitou. Como borboletas batendo asas em seu estômago.

- Eu aposto que não te odiava. Eu nunca, nunca te odiaria. – Declarou a garota segurando a barriga numa tentativa de acalmar as borboletas.

- Ah, eu não tenho tanta certeza. Sabia que você já me deu um soco na cara? – Falou o loiro rindo ao se lembrar de seu 3º ano.

- Soco? – Perguntou Hermione.

- É... Soco. Na cara. – Explicou Draco dando um soco de mentirinha na próprio rosto.

- Oh! – A castanha deixou escapar. – Me desculpe! Eu não.. Eu... Oh não... – Choramingou a garota.

- Tudo bem. Faz muito tempo. E eu mereci. – Comentou Draco apertando o ombro da sabe-tudo-que-não-sabia-mais-tanto-assim.

Hermione não respondeu. Ela estava muito envergonhada por saber de tudo aquilo. “Como eu fui má. Pobre anjo...”

- E então, quer saber por que moro aqui ou não? - Disse Draco um tanto quanto nervoso. Algo se agitava dentro de si. "Borboletas? Mas que droga é essa?"


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Notas finais do capítulo

Alguma crítica, comentário construtivo, destrutivo, azaração, imperdoável... ? Review =D