Forgetting escrita por Helle, Flôr de Lis no Peito


Capítulo 15
Weasley's


Notas iniciais do capítulo

Gente, como eu disse antes, os caps tão dependendo de minhas crises criativas e graças a meu novo aliado (Redbull) aqui está um cap fresquinho, meu presente de natal pra vocês! haha =P Eu coloquei esse título porque de certa forma eu foquei involuntariamente nos Weasley, mas aí está! Espero que gostem, nunca sei o que esperar dessas crises... Ah, esse cap é dedicado às lindas da Natynhaa e da K_Witch que deixaram recomendações lindas!



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–Oh... – A castanha demorou um pouco para digerir a informação.

“Dia do meu nome... Meu aniversário.”

–Obrigada Sr. Petrus! Muito obrigada!

–A senhora Hermione está com fome? –Questionou o elfo pulando para o lado na cama.

–Não, não, e você Sr. Petrus? Está com fome? –Rebateu a castanha cordialmente.

–Oh não. Petrus não está com fome... Não. –Respondeu o elfo arregalando os olhos.

–E então? –Questionou Hermione saltando da cama. –O que fazemos agora?

O elfo ia responder quando Hermione deu um estalo com os dedos. Ela já tinha a resposta.

“Higiene Matinal, depois café da manhã com Draco, depois ler.”

A castanha disse ao elfo que já voltava e se trancou no banheiro.




–Bom dia, Draquinho. –Disse a caçula dos Weasley imitando a voz de Pansy. Ela sempre achou o apelido patético e sabia que Draco pensava no mínimo o mesmo. Ele iria se irritar. Perfeito.

Draco lançou um olhar gélido para Gina, mas soltou um “bom dia”.

–E então Malfoy? Onde ela está?

A ruiva não pode perceber que a carranca ostentada pelo loiro se dissolveu diante da simples menção a Hermione.

“A coisa é muito séria” Pensou divertida.

–Deve estar acordando agora, aposto que Petrus não resistiu e foi no quarto. –Disse Draco reprimindo um sorriso. Ele achava engraçado o nível de adoração do elfo para com a moça.

–Aqui estão os presentes. O vermelho é do Harry, o azul é do Ron, o laranja é da mamãe e do papai, o roxo é do Jorge e o rosa é meu. –Tagarelou Gina enquanto cutucava uns livros alheios que estavam em cima da lareira com uma mão e entregava uma bolsinha verde a Draco com outra.

–Como eles estão lidando? Sua família, quero dizer... Eles eram bem próximos de Hermione e tudo o mais... Você entendeu.

A Weasley virou-se surpresa para observar o rapaz. Ele estava mesmo perguntando como sua família estava lidando com a situação? Desde quando ele se importava com os Weasley?

–Não me olhe com essa cara, não sou um monstro Weasley. –Completou Draco emburrado.

Engolindo as piadas, e o sarcasmo, Gina respondeu:

–Eles estão bem tranquilos. Eu disse que Hermione, apesar de todo esse... –A garota lutou pra achar um vocábulo adequado... -transtorno, estava bem. Você está fazendo ela feliz, pelo menos. Acho que merece um voto de confiança.

–Isso inclui seu irmão neurótico? –Questionou Draco com uma pontada de ciúmes perceptível.

–Bem... Rony está tendo pequenos problemas pra aceitar a situação.

–Não seja eufêmica, ele está enlouquecendo.

–Ele não consegue esquecer Hogwarts. Você era o maior babaca Malfoy, o que queria? Nem todos conseguem enxergar, ou acreditar que você mudou. É como os trouxas dizem... Teu passado te condena.

O loiro fechou a cara. A ruiva tinha razão.

–Mas não se preocupe Draquinho. –Disse Gina usando o detestável apelido. -Eu acredito em você. Até Harry acredita. Rony só está assim porque não superou a Mione ainda... Acredita que ele estava chorando ontem?

Draco iria responder, mas mal abriu a boca pra falar e Gina disparou:

–Por falar em chorar, George mandou dizer que se você fizer Hermione derramar uma lágrima ele te transforma numa bola felpuda e roxa. Eu não entendi direito... qual o problema de vocês homens com roxo...?

“Lá vamos nós..” –Pensou Draco ouvindo a falação da Weasley fêmea.



–Estou pronta Sr. Petrus. Vamos descer?

O elfo balançou negativamente a cabeça.

–Onde está Draco? Porque não vamos descer?

–Sr. Malfoy está lá embaixo. Mas ele pediu para que eu não deixasse a Senhora descer ainda.

Hermione franziu o cenho.

–Por quê?

O elfo deu de ombros.

–A senhora está com fome agora?

A castanha ponderou por uns segundos antes de responder:

–Sim. Traga o café da manhã.




–Ron?

–Aqui. –Respondeu o garoto.

Estava sentado perto da janela do antigo sótão do vampiro, “jogando” xadrez bruxo sozinho. Era seu dia de folga no ministério. Observou o amigo entrar no cômodo em silêncio, pois não sabia o que falar.

–Cara, você está péssimo. –Disse Harry com uma risada.

O ruivo riu também. Ele não havia pregado os olhos a noite inteira, estava ciente das olheiras que ostentava. Não lembrava de ter penteado os cabelos, a barba devia estar por fazer... Ele não se importava. Ronald Weasley se pegou sem saber o que dizer para seu melhor amigo. Ele sabia que Harry esperava respostas, explicações, até mesmo um surto. Conhecia a imagem que passava naquele momento. Decidiu-se por ser sincero.

–É muito bom saber que é meu amigo Harry, mas isso não muda o que penso.

–E o que você pensa? –Falou Harry cruzando os braços e apoiando-se em uma perna dobrada na parede. Ele observava o amigo com cautela, queria entender melhor a situação para poder ajudar.

–Penso... –Ele suspirou antes de começar. –Penso que Hermione está neste exato momento passando seu aniversário com um babaca. Ela poderia estar aqui conosco, com os pais, até mesmo sozinha lá na Floreios & Borrões, lendo aqueles romances melosos dos quais ela gosta ou Hogwarts, Uma História pela milésima vez... Ela poderia ser ela mesma. Mas, Hermione mudou.

–Foi forçada a mudar. Ela não pediu por isso. Ninguém pediu. –Pontuou Harry.

–Eu sei. –Disse Rony.

Harry sentiu pena do amigo. O ruivo se encontrava num estado de penúria emocional, dava pra enxergar as lágrimas contidas brilhando nos olhos azuis do rapaz. Ele estava, em outras palavras, arrasado.

Ronald observou a expressão do amigo, sabia que ele devia estar com pena naquele momento. Ele não queria piedade, queria Hermione de volta. Seu peito chiava com um sentimento contido de fúria e desespero e tristeza.

– Isso é frustrante. Eu não posso nem dar um abraço de feliz aniversário na minha melhor amiga! Eu... Harry, você sabe que eu ainda a amo. –Desabafou de vez, engolindo o choro. As lágrimas jamais sairiam de novo. Não na frente de ninguém.

–Rony, eu já te disse... Ela não lembra, mas ainda que lembrasse, que diferença faria? Você teve sua chance. Hermione estava solteira quando nada dessa droga tinha acontecido. O que você fez? Você agia como se nunca tivessem namorado, você não demonstrava interesse nenhum. Porque todo esse ciúme agora? É por causa do Malfoy? Ele mudou. Eu já...

–EU SEI! –Vociferou Rony. Em gestos nervosos ele passava a mão no cabelo, no rosto, no pescoço. Estava se contendo pra não esganar a si mesmo.

–Então qual é seu problema?

Harry se sentia mal por dar uma lição de moral no amigo. Aquela situação e tudo o mais... O clima estava pesado.

–Me diga exatamente qual o seu problema Rony, porque não estou acompanhando. O que podemos fazer?

–Harry, eu não posso fazer nada. Você não entende? Não posso fazer nada. Estou de mãos atadas, todos nós estamos. Hermione está com Draco Malfoy enquanto estamos aqui discutindo!

Harry abriu a boca para falar mas foi parado por um gesto do ruivo.

– Eu só a queria de volta, mas não posso fazer nada. –As palavras saíram quase que soletradas devido as grandes pausas que Ron fazia.

–Porque não correu atrás quando podia?-Disse Harry.

Percebendo que havia soado rude o moreno concertou:

– Agora não adianta mais. Não sabemos sequer se Hermione vai reaver a memória, Ron. Só podemos esperar e torcer para que o melhor aconteça.

–Claro, claro. –Murmurou o ruivo colocando um fim naquela discussão.



–O café estava delicioso Sr. Petrus! Muito obrigada por me fazer companhia.

–Petrus adora fazer companhia à senhora Hermione. É o mais próximo de uma amiga que Petrus tem.

–Você não tem outros amigos elfos? –Perguntou Hermione arregalando os olhos.

–Oh não. Petrus não tem amigos elfos. Ninguém quer ser amigo de um elfo dos Malfoy.

A castanha assentiu. A curiosidade tiniu em seus ouvidos.

–Porque Sr. Petrus? O que os Malfoy tem de tão mal assim?

–Ah, é uma longa história senhora.

–Temos todo o tempo do mundo. Não podemos descer, podemos? –Perguntou a moça com esperteza.

A criatura fez um sinal negativo.

–Então, vamos lá. Me conte tudo sobre os Malfoy, principalmente sobre Draco Malfoy. Tudo o que não está nos livros.



–... E foi assim que eu descobri que Astoria Greengrass era uma boa pessoa. –Concluiu Gina.

Draco revirou os olhos, queria expulsar a Weasley fêmea da casa, mas algo o impedia. Estava ouvindo o falatório a respeito de uma tal Astoria Greengrass, que pelo que tinha entendido era do ano de Gina e pertencia a Sonserina. Ele pouco queria saber da existência da tal menina. Queria poder sair da casa e ir nos jardins. Os elfos que chamara ainda não haviam dado sinal, o que era um sinal de que teria de esperar mais.

–Onde está Hermione?

O loiro virou-se em direção a ruiva que estava folheando um livro pequeno que ele nem sabia de onde ela tirara.

–Lá em cima, com Petrus.

Gina sorriu. Draco não prestara atenção em quase nada do que falara, mas uma simples menção a Hermione e lá estava o sorriso idiota que ele sequer desconfiava que estampava.

–O elfo?

O loiro assentiu, mas percebeu que a ruiva sorria deliberadamente. Levando em conta que a frase anterior não continha o mínimo teor humorístico...

–Porque está sorrindo feito uma idiota?

–Estou fazendo o mesmo que você. A diferença é que não preciso do nome “Hermione”. –Falou Gina com uma grande dose sarcástica na voz.

O loiro não respondeu. Nem teve a chance.

–DRACOOO! Eu não acredito! –Berrou Hermione aparecendo na escada. Petrus estava agarrado na perna esquerda da garota com uma expressão derrotada.



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Notas finais do capítulo

E aí?