Eternamente escrita por Valentina Cullen


Capítulo 5
Suspeitas




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 Bella POV

Acho que nunca uma aula se passou tão rápida como a de Biologia hoje. Na realidade nem prestei atenção na aula em si, prestei atenção a meu novo companheiro de classe. Edward Cullen. Esse nome, tinha certeza que já ouvira em algum lugar. Isso parecia até piegas, mas quando ficava repetindo ele, parecia que estavam cantando a mais linda melodia.

Sorri com isso. Edward olhou para mim, com curiosidade no olhar.

- O que foi? - Perguntou ele.

- Nada não, minha cabeça pensa cada coisa. - Falei sorrindo para ele.

Ele ficou olhando para mim, seu olhar me hipnotizava, ele era lindo, melhor, tudo nele era lindo. O sinal do fim da aula quebrou nosso olhar. Desviei o olhar rápido, me senti envergonhada. Parecia que estava traindo de certa forma meu namorado olhando para ele. Por falar em namorado. Nesse período de aula, nem me lembrei que ele existia. Estava ficando louca.

Arrumei minhas coisas e comecei a me retirar da sala. Quando olhei para o lado, Edward estava vindo em minha direção, sem tirar seus olhos de mim.

- Não se importaria se lhe acompanhasse até lá fora não é? - Perguntou. Eu como a boba que sou, apenas fiquei olhando para ele.

- C-claro- Falei.

Mas que diabos estava acontecendo comigo. Nunca fiquei sem fala perto de alguém. Isso era ridículo. O que pensariam de mim, que era uma idiota? Aff, nem em sonho. Olhei para frente e comecei a andar, esnobando a companhia de Edward.

- Falei algo que a irritou? - Perguntou.

- Não. Só estou com saudade do meu namorado. - Falei ríspida, mas me arrependi no mesmo instante. Olhei para Edward, ele não me olhava mais, olhava para frente, com uma expressão de dor no olhar de cortar o coração.

- Edward... - Ele se virou para me olhar, não sei o que me deu, mas quando percebi, estava me aproximando dele e lhe abraçando.

Quando toquei nele, uma descarga elétrica passou por meu corpo. Nunca senti isso na vida, apenas com ele, esse aluno novo, que despertou coisas em mim que nunca imaginaria que fossem existir. Ele me abraçou forte, enterrei meu rosto em seu peito, aspirando seu cheiro maravilhoso, não parecia perfume, mas mesmo assim era o melhor cheiro que já senti na vida. Era tão doce, se ele não estivesse me segurando, com certeza iria cair no chão.

Alguém pigarreou. Quebrando o momento mais perfeito que já tinha passado. Olhei para ver quem era. Meggy. Merda. Jhonny. Só agora a razão voltou para mim. O que as pessoas iriam pensar? Eu, abraçada com o aluno mais lindo da escola, no meio do corredor, para todos verem, pouco me importando. Estava ficando maluca mesmo.

- Er... oi Bella e... oi. - Falou Meggy se aproximando de nós olhando com frustração no olhar e curiosidade. Quando vi para o que ela estava olhando mesmo corei, eu e Edward estávamos de mãos dadas. Separei elas imediatamente.

- Oi Meggy, hum esse é o Edward. -Fali, tentando amenizar a situação. Quem passava nos olhava.

- Olá Meggy. - Falou ele, com a voz rouca, extremamente sexy.

Meggy cambaleou um pouco para trás. Era a primeira vez que ele falava com ela.

Ela deu um leve aceno de cabeça e me puxou de lá. Olhei para trás, Edward me encarava.

- Tchau. - Gritei.

Quando estávamos no estacionamento, Meggy se virou para mim, me olhando com curiosidade.

- Então, desembucha mulher. - Falou Meggy em seu estado normal de novo. - O que era aquilo de você agarra com aquele Deus Grego hein? E pior na frente de todos, para qualquer um ver. Inclusive Jhonny, seu NAMORADO. Se toca garota, se quiser pegar aquela delícia, ao menos que seja em algum lugar discreto, ou antes termine com o Jhonny, menina, ele não merece isso, já pensou que poderia ter sido ele que te viu lá e não eu. - Tapei sua boca no mesmo instante. Quando ela começava assim, não parava mais.

- Hey, calma garota. - Falei, esperei até ela se acalmar e destapei sua boca.

- Ok, então fala mulher. - Ela quase chorava de curiosidade.

- Aquilo não foi nada de mais, ok. Nem sei porque a gente se abraçou, mais sei lá, parecia que ele precisava disso, não sei.

-Uau, nossa, isso tá mais me percando que você tá esquecendo do Jhonny, porque convenhamos. O Jhonny é lindo mas esse cara novo, supera ele em todos os sentidos.

- Pois é. - Nem percebi que estava falando em voz alta.

Meggy deu um sorriso maldoso. Se despediu de mim e foi até seu carro. Quando ia entrar no meu, uma mão segura meu braço. Meu coração dispara, mas logo ele volta ao seu normal, não era o toque gelado que eu esperava.

- Oi linda. - Falou Jhonny, me abraçando e dando um beijo na minha boca. Como antes, o afastei rápido.

- Oi. - Falei com desânimo na voz.

-III, tá estranha ainda, tá melhor gata?

- To Jhony, só to um pouco cansada, melhor eu ir para casa.

- Se você quiser, posso passar la hoje e a noite e te fazer um carinho. - Falou e deu um sorriso sexy. Teria logo aceitado a proposta se fosse ontem, quando ainda não conhecia Edward, mas hoje não e talvez nunca mais.

- Não Jhonny, sério, to cansada. Tchau.

Dei um selinho rápido nele e entrei no meu carro. Quando estava saindo do estacionamento, aquela menina com os cabelos iguais aos de Edward me olhava com ansiedade. Ela sorriu para mim, sorri de volta. Ela era tão linda. Meggy estava certa, ela era meio parecida comigo. Sorri, no que Meggy não estava certa?

Cheguei em casa e logo fui a meu quarto, estava com uma dor de cabeça dos infernos. Troquei de roupa e desabei na cama. Peguei no sono logo.

Edward na luz do sol era chocante. eu não conseguia me acostumar com isso, mesmo
tendo passado a tarde inteira olhando pra ele. A pele dele, a despeito de uma leve
ruborescência pela caçada de ontem, estava literalmente brilhando, como se milhões
de pequenos diamantes estivessem cravados em sua superfície. Ele ficou
completamente rígido na grama, sua camisa aberta deixava seu peito esculpido,
incandescente aparecer, seus braços incandescentes estavam nus. Suas pálpebras
brilhantes e pálidas da cor de lavanda estavam fechadas, apesar dele não estar
dormindo. A estátua perfeita, talhada em alguma pedra desconhecida, suave como o
mármore, e brilhante como o cristal.
De vez em quando, seus lábios se moviam tão rápido que pareciam que estavam
tremendo. Mas quando eu perguntei, ele disse que estava cantando pra si mesmo; era
baixo demais pra que eu ouvisse.
Eu aproveitei o sol, também, apesar do ar não estar seco o suficiente para o meu
gosto. Eu teria gostado de me deitar, como ele, e deixar o sol esquentar meu rosto.
Mas eu fiquei enrolada, com o queixo nos meus joelhos, sem querer tirar os olhos dele.
O vento estava calmo; ele assoprou meu rosto e balançou a grama embaixo da sua
forma imóvel.
A clareira, tão espetacular pra mim antes, agora era feia em comparação com ele.
Hesitantemente, sempre com medo,mesmo agora, que ele desaparecesse como uma
miragem, bonito demais pra ser real... hesitantemente, eu levantei um dedo e alisei as
costas da sua mão brilhante, até onde deu pra alcançar. De novo, eu fiquei
maravilhada com a textura perfeita, macia como seda, fria como pedra. Quando eu
olhei pra cima, seus olhos estavam abertos, me observando. Seus olhos estava da cor
de whisky hoje, mais claros, mais amenos depois da caçada de ontem. Seu rápido
sorriso curvou os cantos dos seus lábios perfeitos.
"Eu não te assusto?", ele perguntou de brincadeira, mas eu ouvia a curiosidade por
trás da sua voz suave.
"Não mais que o normal".
Seu sorriso cresceu; seus dentes brilharam ao sol.
Eu cheguei mais perto, abrindo minha mão pra tocar os contornos do seu braço com
as pontas dos meus dedos. Eu vi que meus dedos tremeram, e eu sabia que ele não
deixaria de notar.
"Você se incomoda?", eu perguntei já que ele havia fechado os olhos de novo.
"Não", ele disse sem abrir os olhos. "Você não pode imaginar o que isso me faz sentir",
ele suspirou.
Eu passei minha mão suavemente no seu braço, trilhando os contornos dos músculos
perfeitos, segui a leve linha das veias em baixo do seu cotovelo. Com minha outra
mão, eu virei a mão dele. Se dar conta do que eu queria, ele levantou sua mão em um
daqueles movimentos rápidos e desconcertantes dele. Isso me assustou, meus dedos
congelaram no braço dele por um breve segundo.
"Me desculpe", ele murmurou. Eu olhei pra cima pra ver seus olhos claros se fechando
de novo. "É fácil demais ser eu mesmo quando eu estou com você".
Eu levantei a mão dele, virando ela pra cima e pra baixo enquanto eu observava o
brilho do sol cintilar na sua palma. Eu segurei ela mais próxima do meu rosto, tentando
ver os detalhes escondidos da pele dele.
"Me diga o que você está pensando", ele sussurrou. Eu olhei pra cima pra ver seus
olhos me observando, repentinamente atentos. "Ainda é estranho pra mim, não
saber".
"Sabe, o resto de nós se sente assim o tempo inteiro".
"É uma vida injusta". Será que eu imaginei a pontada de arrependimento na voz dele?
"Mas você ainda não me disse".
"Eu estava desejando saber o que você estava pensando..." eu hesitei.
"E...?"
"Eu estava desejando poder acreditar que você é real. E eu estava desejando não ter
medo".
"Eu não quero que você sinta medo", a voz dele era um leve murmúrio. Eu ouvi o que
ele queria ter dito na verdade, que eu não precisava ter medo, que não havia nada a
temer.
"Bem, não é exatamente desse medo que eu estou falando, apesar de que isso
realmente é algo em que eu devia estar pensando".
Tão rápido que eu perdi o movimento, ele estava meio sentado, apoiado no braço
direito, sua palma esquerda ainda na minha mão.
Seu rosto angelical estava a apenas alguns centímetros do meu. Eu devo ter - posso
ter - me afastado alguns centímetros, assustada com a súbita aproximação, mas eu não
consegui me mexer. Seus olhos dourados me hipnotizaram.

Acordei sobressaltada. Mais que sonho mais louco era esse? Edward, ele, ele... não consegui formular uma palavra para descrever oque ele era no meu sonho, só podia ser brincadeira, não é? Mas não parecia, esse sonho foi tão real, tão... próximo, tão... vivo. Isso não podia mais continuar, tinha que falar com ele. Tinha que saber o que eram esses sonhos estranhos, que mais pareciam que eu já tinha feito tudo que sonhei. Cada toque, cada gesto, cada palavra, tudo foi tão real para mim.

- Filha. - Chamou meu pai Josh. - O jantar está pronto.

Jantar? Tinha dormido a tarde toda? Caraca, isso tá ficando muito estranho. Desci rapidamente. Minha mãe viu que tinha dormido até agora. Merda, tinha me esquecido de lavar o rosto.

- Tudo bem com você querida? - Perguntou com ar preocupado.

- Sim, só estava cansada, mas estou melhor.

O jantar transcorreu normalmente, minha mãe falou como tinha sido seu trabalho, mas minha mente estava longe. Ainda estava pensando como que tinha estes sonhos estranhos. Não aguentava mais isso, amanhã falaria com Edward sobre isso. Tinha que tirar toda essa história a limpo.

Logo fui me deitar, não tinha temas para fazer, o que me agradou. Peguei no sono logo.

Acordei com o maldito despertador. Me levantei com uma dor de cabeça horrível. Ao menos não tive mais aqueles sonhos loucos. Me arrumei, pela primeira vez não olhei a roupa que tinha escolhido. Definitivamente não estava bem.

Saí rapidamente de casa, dirigi rápido demais. Isso era incomum, mas também, queria logo tirar essa história a limpo. Quando cheguei na escola, havia poucos carros, suspirei aliviada, os dois carros deles já estavam aqui, estacionei meu carro no lugar de sempre. Desci e comecei a caminhar para a escola, não tinha a mínima ideia de qual seria sua aula. Estava distraída pensando onde ele estaria, quando trombei em um muro.

- Ai. - Resmunguei no chão, claro que tinha caído.

- Bella, tudo bem? - Perguntou uma voz. Levantei os olhos e vi o cara moreno, a seu lado estava a menina linda a seu lado. Mais atrás estava o resto da família deles. Uma mão pegou meus braços e me ergueu, era o cara com quem tinha trombado. Ele tinha um sorriso debochado no rosto.

- Então Bellinha, seu equilíbrio não mudou nada não é?

- Emmett!! - Falou Edward vindo até mim.

- Você me conhece? - Perguntei assustada, definitivamente iria enlouquecer.

- Ah, magina. - Falou zombeteiro.

Tentei ignorá-lo, me direcionei a Edward, pensei em falar com ele a sós , mas minha intuição disse que seria melhor falar na frente de todos eles.

- Estava mesmo procurando vocês. - Falei. - Da onde que eu conheço vocês?

Todos me olharam assustados.


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Notas finais do capítulo

Oiii galerinha.
Demorei para postar né??
É que esse capítulo ficou mais complicado de escrever, sempre que estava na metade não gostava e começava de novo. Bom espero que gostem.
Reviews??????
Beeeijooooos.