Jhonny POV

Andava tranquilamente pela rua próxima de minha casa quando percebo que estou sendo observado. Olho ao redor, mas não vejo ninguém, com certeza é paranoia da minha cabeça. Estou assim desde o dia que Britney, Sopphie e Suzan foram mortas, tenho certeza que Suzan também está morta, nunca encontraram nenhum vestígio dela, com certeza ela teve o mesmo destino que as amigas.

Sei lá, parecia que eu estava num daquele serial killer aonde a qualquer momento alguém chegasse e me matasse também.

Mas a sensação de que alguma coisa iria acontecer estava cada vez pior. Comecei a andar mais rapidamente, quando avistei minha casa a uns 100 metros a frente algo me atingiu. No mesmo instante que estava caminhando no outro estava no chão. A uma distância ainda maior de onde moro.

Quando consigo me levantar, olho ao redor e não vejo ninguém, absolutamente nada. Começo a correr com tudo até a minha casa. Antes de abrir a porta escuto um rosnado, me virei bem a tempo de ver Suzan? Sim era Suzan, rosnar para alguma coisa, antes de ir até ela, vejo um homem parando atrás dela e lhe dar uma gravata. A velocidade que o homem usou era fora de série.

–Suzan? – Pergunto meio temeroso, por aquilo que me atacou e o homem atrás dela.

Quando ela olha para mim, paro de andar até eles. Os olhos dela eram vermelhos-sangue, o rosnado que saiu de uma boca fez passar um arrepio pela minha espinha.

– Jhonny. – Uma nova voz fala, do meu lado. – Calma ninguém te fará mal. Sou Alice Cullen. Por favor me escute, vá para dentro agora, e não conte para ninguém o que viu. Ok?

A voz daquela garota era tão firme e ameaçadora que entrei correndo sem titubear.

Tranquei a porta e corri para meu quarto, sorte que meus pais chegavam tarde em casa. Já no meu quarto, corri até a janela e olhei para baixo, não tinha ninguém mais na rua. Deserto.

Pulei na cama. Porra. O que diabos tinha acontecido? Quem tinha me atacado? Quem tinha soltado aquele rosnado bestial? Suzan? E como ela estava viva? O que Alice Cullen eja, claronão me engano. Tantas perguntas. Parecia que minha cabeça ia explodir.

Mas se Alice estava aqui com o namorado dela, com certeza, Bella sabe o que está acontecendo.

Peguei meu celular e disquei seu número. Alguém tinha que me responder o que estava acontecendo. Atendeu no terceiro toque.

–Jhonny?

Suzan POV

Tinha meu plano pronto em minha cabeça, seria extremamente fácil marar Jhonny e Bella. Rá. Se ela soubesse como estava superior a ela nesse momento, sentiria inveja.

Primeiramente iria até Jhonny, teria que fazer uma força descomunal para não matá-lo logo de cara. Queria matar os dois ao mesmo tempo, então teria que poupá-lo até ter Bella a meu lado.

Torturá-los-ia até meu controle ir para o espaço e logo após os mataria. Um plano perfeito.

Eram 06h00min, Jhonny estaria indo para casa essa hora. Então iria até ele.

Saí do depósito nos arredores da cidade o mais rápido que pude, o sangue dos humanos aqui perto estava me matando. Não consegui me segurar ataquei um que caminhava em uma rua deserta. Quando meus dentes perfuraram a fina camada de pele do pescoço estava no céu, gosto nenhum no mundo se comparava a esse. Puro, único. Perfeito. Mas não tão perfeito porque logo o sangue se esvaiu.

Larguei o corpo de qualquer jeito no chão e recomecei minha corrida até Jhonny, logo estava lá. Ele também logo apareceu. O cheiro de seu sangue bateu com tudo em mim. Doce, ainda mais doce que o sangue de minha última presa. Rosnei, não estava mais aguentando esperar. Fui com tudo contra ele. Seu corpo que antes achava forte e invencível voou longe, mais um humano frágil e insignificante.

Estava me agachando para atacá-lo novamente quando ouço passos se aproximando muito rapidamente para ser de seres humanos. Minha leve distração fez Jhonny se levantar e sair correndo para a casa dele, me preparei para ir atrás dele, mas garras de aço me prenderam. Rosnei mais uma vez a meu adversário.

–Quietinha Suzan, ou irei te arrebentar aqui mesmo. – Ele falou sussurrando de forma firme e ameaçadora.

– Suzan. – Jhonny murmurou.

Olhei diretamente para ele, ele me encarava de olhos arregalados, não consegui me segurar e rosnei novamente para ele.

– Jhonny. – Falou uma voz de garota, era Alice Cullen. Mas o que ela estava fazendo aqui, e espera? Ela não tinha cheiro de humano, droga, era uma vampira também. Só então percebi que o tal cara que me segurava também era um. - Calma ninguém te fará mal. Sou Alice Cullen. Por favor, me escute, vá para dentro agora, e não conte para ninguém o que viu. Ok?

Ele nem respondeu e saiu correndo para dentro da casa. O homem que me segurava, começou a me arrastar o mais rápido possível dali. Alice vinha logo atrás. Só então percebi que o homem que me levava era Jasper Hale.

–Aaaah, me larga seus idiotas.

O tapa que levei na cara foi tão forte meu corpo foi ao chão.

– Cala a boca sua vadia, se não quer ser desmembrada aqui, mantenha essa sua boca nojenta fechada. – Falou Alice me olhando com fúria.

Nunca pensei que ela fosse assim. Mas era uma vampira, e bem, eu achava que vampiros fossem ameaçadores, então estava certo.

Jasper me agarrou novamente e recomeçou a me puxar.

Fechei os olhos e me deixei ser arrastada. Sabia o que iriam fazer comigo. Só esperava que fosse rápido.

De repente paramos. Quando abri os olhos, 5 pessoas estavam a minha frente. Rosalie Hale, Emmett Cullen, Edward Cullen e outro homem loiro que não conheci e uma mulher com cabelos cor de mel, que também não a conheci, mas sabia que eram vampiros. Todos.

– Vamos. Matem-me logo, não é para isso que me trouxeram até aqui? Acabem logo com isso.

Edward me encarava com fúria. Por ele me matava agora mesmo.

– Suzan, calma garota. Não queremos lhe matar, mas iremos fazer isso se não explicar porque quer matar Bella.

– Ah, então é isso! Só querem me matar por causa daquela idiota? E eu achando que vocês tinham inveja de mim. Faça o meu favor, irão gastar a energia de vocês me matando por causa dela?

Quando terminei de falar isso, Edward avançou com tudo até mim. Ele agarrou meu pescoço com uma mão e com a outra arrancou meu braço direito. Gritei de dor.

–Fale novamente de Bella que mato você agora.

– Edward, filho, espera. Não a mate ainda. – Falou a mulher, então ela olhou para mim. – Por que quer machucar Bella?

– Será que você é burra? Será que não é óbvio? Bella sempre teve tudo que eu quis. Começando com Jhonny, eu sempre o quis para mim, então ela chega e tira ele de mim. Quando estava quase o tendo para mim, chega Edward e ela dá um pé na bunda dele. Eu até tentei ficar com ele mesmo assim, mas ele se dizia arrependido de ter ficado comigo enquanto estava comigo e que a amava e blá blá blá. Affe. Então quando me tornei invencível meu maior objetivo é matar os dois. Mas juntos. Eles tem que ver minha glória.

Depois de falar tudo isso, a escuridão me tomou.

Bella POV

Sério, que raiva, qual é a graça em ser humana tendo que ficar fora de tudo? Depois que Alice teve a visão de Suzan atacando Jhonny e logo após vindo até mim. Tinha 2 seguranças 24 horas no meu pé. Jacob e Nessie.

Já Edward quase não o viu mais depois que prometeu me transformar, mas claro, logo após nós termos nossa primeira vez, ou um reencontro, sei lá como isso se chama.

– Não precisa fazer essa cara Bella. Você não vai sair daqui. – Falou Jacob divertido.

– Affe, cala a boca Jake. Vou dormir. Não suporto mais isso mesmo.

Subi até o quarto de Edward. Sim, eu estava na casa dos Cullen até que Suzan fosse morta definitivamente, não sei o porquê que não podia ficar em casa, mas tudo bem. Ao menos era o quarto de Edward, mas sem Edward. Bufei e me atirei na cama enorme que ele tinha colocado só para mim.

O que será que estavam fazendo agora? Será que Suzan já tinha morrido? Meus pensamentos foram interrompidos pelo toque do meu celular. Era Jhonny, isso queria dizer alguma coisa. Atendo no terceiro toque.

–Jhonny?

–Bella... er...oi, desculpa te ligar, mas. Será que você poderia me explicar o que a Alice Cullen e o namorado dela estavam fazendo aqui, com a Suzan rosnando como louca e com os olhos vermelhos sendo estrangulado pelo Jasper Cullen?

Caraca. O bagulho estava sério. Pelo menos eu tinha noticias.

–Bem, Jhonny, sabe o que é. Aquela não era a Suzan, porque você sabe né, a Suzan está desaparecida e provavelmente morta. Aquela é uma prima do Jasper sabe, ela é bem parecida com a Suzan e essa menina, ela é viciada em drogas aí ela fica perambulando pela cidade, os olhos dela são assim por isso. – Falei tudo num fôlego só. Era isso que tinha combinado com Nessie se Jhonny me ligaria.

–Bem,então desculpe te incomodar, é que eu realmente fiquei com medo. Desculpe. – Ele parecia ter acreditado na minha versão falsa sobre a história, ou estava tentando acreditar nisso para não pensar em coisas que não existiam.

– Tudo bem, eu também ficaria preocupada se fosse comigo.

– Tá, desculpa de novo. Tchau.

–Tchau. – Murmurei para o aparelho, mas ele já tinha desligado.

Joguei o telefone de qualquer jeito em um canto do quarto e me atirei na cama. Bom, parecia que a visão da Alice estava certa. Suzan tentou mesmo algo contra Jhonny e depois iria tentar algo contra mim. Tremi com isso.

Só esperava toda essa aflição que estava me tomando passasse logo. Que Edward voltasse logo para mim. Apenas isso.

Aos poucos o sono foi me tomando.

Olhava um campo árido e cinzento, sentia o cheiro espesso de incenso queimando. Eu não estava sozinha ali.

A mistura de figuras no centro do campo, todos cobertos com uma capa
escura, devia ter me aterrorizado — eles só podiam ser os Volturi e eu, ao
contrário do decretado em nossa última reunião, ainda humana. Mas eu sabia,
como algumas vezes acontecia nos sonhos, que eu era invisível para eles.
Espalhado ao meu redor estavam montes de fumaça. Reconheci a doçura no ar
e não examinei o esfumaçado muito profundamente. Não tive nenhum desejo
de ver as caras dos vampiros que eles tinham executado, com um pouco de
medo que eu pudesse reconhecer alguém por dentre as chamas.
Os soldados Volturi pararam em um círculo ao redor de alguma coisa ou
alguém e eu pude ouvir suas vozes em suspiro sobrepondo-se à agitação. Eu
me debrucei sobre as capas, levada pelo sonho para ver que coisas ou pessoas
eles estavam examinando com tanta intensidade. Me arrastando
cuidadosamente por entre dois encapuzados altos, eu finalmente vi o objeto do
debate, subindo em um pequeno morro atrás deles. Ele era bonito, adorável, como Carlisle tinha descrito. O garoto era ainda uma
criança, e talvez tivesse até dois anos de idade. Cabelos cacheados em tom
castanho claro, enquadrava sua face de querubim com bochechas redondas e
lábios cheios. E ele estava tremendo, seus olhos fechados como se ele
estivesse receoso para assistir a sua morte se aproximar cada segundo.
Fiquei chocada com essa poderosa necessidade de salvar o adorável,
aterrorizados Volturi que a criança não obstante toda a sua devastadora
ameaça a longo importava para mim. Eu passei entre eles sem me importar se
eles notariam. Soltando-me deles completamente, eu corri em direção ao
menino.
Cambaleando eu parei e pude ter uma visão clara do morro que ele se sentou.
Aquilo não era terra e rocha, mas a uma pilha de corpos humanos, drenados e
inanimados. Muito tarde para não ver seus rostos. Eu conhecia todos eles —
Angela, Ben, Jessica, Mike.... E diretamente abaixo do menino adorável
estavam os corpos do meu pai e minha mãe.
A criança abriu os seus olhos brilhantes, de cor de sangue.