Green Eyes escrita por ArwenNemesis


Capítulo 4
Capítulo IV - The End


Notas iniciais do capítulo

Eu não consegui achar um titulo melhor, sorry =/ mas tirando isso, eu acho q ta bom... '-'



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No dia seguinte, voltando do trabalho encontrei Rachel chorando nas escadas de novo.

- Rachel! Dessa vez você vai contar o que aconteceu. Vem comigo.

- Tudo bem.

Entramos em casa, ela sentou no sofá.

- É que... tem esse garoto, o Brian, ele é do time de futebol da escola. Ele sabe que eu sou a fim dele e fica passando com outras garotas na minha frente.

- Que idiota!

- É. Mas a gente não escolhe de quem gosta.

- Isso é verdade. Vem cá – puxei ela pra perto e abracei. Ela tava tão perto, que eu não resisti e acabei beijando-a. Achei que ela fosse se assustar, mas ao invés disso, retribuiu.

Quando nos afastamos, ela disse:

- Eu... eu nunca tinha beijado uma mulher antes.

- Pra tudo tem sua primeira vez, né? - tonei a tomar seus lábios. Cereja. Seu batom tinha gosto de cereja.

Depois desse beijo, nossa relação professora-aluna mudou bastante. Nós ficávamos nos beijando no sofá. Mas acho que eu avancei rápido demais. Enquanto beijava aqueles lábios macios de cereja, fui escorregando minha mão pela cintura dela e subi a mão por dentro da camisa fina de seda. Comecei a beijar seu pescoço e a puxá-la pro meu colo. Fui abrindo os botões de suas camisa devagar e beijando-a até chegar aos seios. Então ela parou. Me empurrou e saiu correndo.

- Certo – falei sozinha. A porta da sala aberta e ela atravessava a rua correndo.

Mais um dia de trabalho. Uns caras começaram a assaltar umas lojas, joalherias, concessionárias e bancos.

- Nossa. Os caras já devem estar ricos – Michael, o sem noção, falou.

- Cara, cala a boca. Você não leva nada a sério.

- Não sou eu que não levo nada a sério, Swan, você que não brinca nunca.

- Não dá pra brincar em serviço, Smith. Nosso trabalho é muito perigoso. Você não entende isso?

- Entendo. É por isso que eu não faço ele ficar chato. É por isso que eu brinco.

Ah, deixa pra lá. Esse moleque nunca vai entender mesmo.

Já fazia duas semanas que esses caras estavam na ativa e nós não conseguíamos pegar. Isso tava me tirando do sério. Voltei pra casa muito cansada. Vi Rachel me esperando na minha porta, com um sobretudo branco. “Que diabos?” pensei. Já era muito tarde.

- O que você tá fazendo aqui a essa hora, Rach?

- Te esperando.

- Por que?

- A gente pode entrar?

- Certo.

Entramos em casa, ela mandou eu me sentar no sofá e foi o que eu fiz. Ela parou na minha frente e começou a abrir o sobretudo devagar. Para minha surpresa, ela não usava nada em baixo dele.

- Anh... Rachel... você tem certeza do que quer fazer?

- Sim.

Observei aquele corpo tão... adolescente a minha frente. Os seios pequenos. A cintura fina... o triangulo ruivo no meio de suas coxas. Engoli em seco. Fazia muito tempo que eu não tinha uma mulher em meus braços. Deitei-a no sofá e comecei a beijá-la. Sua boca, suas orelhas, seu pescoço, seus seios. Eu os sugava e mordiscava, Rachel gemia baixinho. Fui beijando seu ventre e descendo, descendo.

- Ah, Ca.... Caroli... ne eu... eu te amo...

Depois de ter feito Rachel, minha menininha, virar uma mulher, eu não sei bem o que passou pela minha cabeça, mas com certeza não tinha nada a ver com Helena. Mas já era de manhã e logo sua mãe iria perceber que ela dormiu fora de casa. Ainda assim, eu não queria acordá-la. Eu não queria que ela saísse de perto de mim nunca mais. Ela dormia com a cabeça encostada no meu peito. A respiração leve. Dei um beijo em sua testa.

- Rachel, querida. Já é de manhã. Você precisa voltar pra casa.

- Hum? Ah, é. Minha mãe vai acordar logo.

- Uhum.

Dei umas roupas minhas pra ela por embaixo do sobretudo e a levei até a porta de sua casa.

- Tenha um bom dia, minha querida.

- Um bom dia pra você também, Carol. E um bom trabalho – sorriu e me beijou. Depois entrou.

Voltei pra minha casa, tomei um banho e fui trabalhar. De volta àqueles caras. Quando cheguei, o departamento estava uma bagunça.

- O que aconteceu, Smith?

- Os nossos queridos assaltantes estão roubando um banco e fizeram reféns. Vamos logo.

Seguimos na viatura até o local. Por um segundo, toda aquela cena me lembrou o dia da morte de Helena. Em algum momento me distraí nos pensamentos, variando entre Rachel e Helena, Helena e Rachel. Ouvi um barulho alto. De repente meu coração começou a bater descompassado. O lugar começou a girar. Percebi que estava caindo. “Eu levei um tiro?” me perguntei. Cheguei ao chão. Senti uma dor aguda próxima ao peito e coloquei a mão. “Sangue? Oh, meu Deus! Eu levei um tiro.” Tinha uma bagunça ao meu redor, mas já estava enxergando tudo embaçado. Vi Smith, ele me segurou e ficou falando um monte de coisas. Não escutava, mas eu sei que ele estava dizendo: “Caroline! Caroline! Fica comigo, ok? Não fecha os olhos!” eu sei porque eu disse isso pra Helena. Olhei para cima. Helena. Ela estava lá. Com os cabelos cacheados caindo sobre os ombros. Um sorriso no rosto, usava um vestido branco bem comprido. Estendeu-me a mão. Eu estiquei a minha tentando alcançá-la.

- He... Hele... na.

Depois disso, ficou tudo escuro.

Observava Rachel colocar uma rosa no meu túmulo. Ela fazia isso todos os dias. Uma lágrima caiu dos seus olhos, mas, já faz muito tempo que eu parti e ela tem Eve agora. Eve é uma moça loira, com cabelo estilo moicano. Um monte de piercings. Bem estranha, mas elas se amam.

- Obrigada, Caroline. Você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. E a primeira mulher que eu amei.

- De nada, Rachel – falo de longe. Sinto uma mão na minha. É Helena.

- Podemos ir agora, meu amor?

- Sim.

Parto agora. De verdade. Pra sempre. Não vou mais cuidar de Rachel de perto. Com certeza Eve fará isso melhor.


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Notas finais do capítulo

Por favor não me castiguem pelo final... mas... gostaram? '-'



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