Nostalgia escrita por MaiaAntunes


Capítulo 2
Estranha e confusa.


Notas iniciais do capítulo

Este capitulo é só o inicio, onde tudo começa e blablabla, espero que gostem da trama e comentem no final. Beijos s2



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- Se não fosse pelo seu amiguinho, eu não teria nenhum problema, mas não, meu pai insiste em deixar tudo na mão dele. – Disse Hugo com um ar de frustração. Sentados na minha cama, estávamos conversando desde que acordei; Hugo não sai da minha casa e eu não tenho nem tempo de tirar o pijama antes que ele chegue lá.

- Pois é mais não precisa se preocupar, você já tem tudo. – Odeio essa mania de posse do Hugo.

- Não tenho tudo querida, sempre podemos melhorar, sem contar que por causa dele meu pai não confia em mim, isso me deixa furioso. – Hugo disse bufando, deitando em meu colo. Acariciei seus cabelos loiros e brilhantes e sorri

- Eu sei, mas realmente não é necessário todo esse estresse. Um dia você e Cezar terão aquela bendita mansão pra vocês, que alias, você sabe que eu não concordo, só acontecem coisas ruins nessas festas que vocês promovem.

- Bebe, aquela mansão é uma mina de ouro, todos querem ir as festas que promovemos lá, pensa só: Eu e você, casados numa linda ilha paradisíaca somente com a renda da mansão, seria perfeito, teríamos tudo do bom e do melhor, mas não quero te preocupar com isso amor, deixa que eu mesmo vou resolver isso, vamos mudar de assunto? .

- Ótimo. – Terminamos de conversar e ele finalmente me deixou em paz, ele era uma boa pessoa, muito legal como amigo, mas eu realmente odiava conversar sobre negócios com ele, Hugo era tão possessivo e egoísta, somente pensava nessa tal de “Mansão”, e só queria se casar comigo pois sabia que meu pai daria todo o estabelecimento para o genro querido.

Depois que Hugo, meu noivo, foi embora, tomei um belo banho e me arrumei para a escola. Sim, eu era apenas uma estudante do colegial, que com quinze anos já tinha que tomar esse tipo de decisão, mas isso não me importava, já que daqui a pouco eu veria Cezar, meu melhor e mis perfeito amigo em toda essa vida, era inexplicável nossa ligação, era como se toda a força magnética do universo juntasse nossas almas em uma só.

Quando eu já estava pronta, ouvi a campainha tocar. Claro que era Alan, meu lindo amigo que estava sempre grudado comigo, não havia felicidade se não dita junto com “Alan”, ele era um fofo, que todos os dias tocava minha campainha freneticamente avisando que eu estava atrasada.

Abri a porta e fomos juntos até a praça em frente minha casa, sentamos no banco de sempre e esperamos nossa linda carona chegar.

Ficamos esperando uns vinte minutos, e nada.

- Cadê o Cez? Ele nunca se atrasa. – Cezar nos levava para a escola, ele tinha treino todos os dias no time de futebol local e nós sempre íamos juntos, hoje não foi bem assim.

- Eu não sei, será que aconteceu alguma coisa? – Eu realmente amo o Alan, ele é fofo e inteligente, ok ok, ele é um nerd de computadores e ele sempre me ajuda à estudar para todas as matérias. A única coisa que me irrita nele é seu pessimismo, ele sempre acha que as coisas vão dar errado.

- Ele provavelmente deve ter tido algum contratempo e já está vindo. – Sorri com a esperança de que ele não demorasse, mas depois de dez minutos esperando, minhas esperanças já estavam se esgotando.

- Acho que vou ligar para ele. – Disse e peguei meu celular, se ele não pudesse vir, teríamos que correr para não chegar mais atrasados para a segunda aula. Depois de cinco toques caiu na caixa postal, tentei mais cinco vezes e nada. Decidi ligar na casa dele, Tia Barbara atendeu, ela estava um pouco ansiosa.

- Alo?

- Tia Barbara? É a Penélope, Cezar está ai?

- Oi Pêzinha, então... ia te perguntar a mesma coisa, não vejo ele desde que ele saiu de manhã, ele iria à um entrevista de emprego e ainda não voltou. Sinto muito.

- Tudo bem então Ba, quando voltar da escola eu ligo pra ele. Obrigada. – Disse e desliguei o celular, a voz da Tia Barbara, minha “dinda” querida estava muito estranha, parecia que ela sentia o mesmo que eu, algo diferente no coração, algo muito estranho, não conseguia definir, só sabia que não era bom.

Isso estava muito estranho, se Cezar não fosse poder aparecer hoje ele teria me avisado, como meu melhor amigo, como meu segundo irmão, ele tem esse dever. Eu e Alan não esperamos mais, fomos para a escola e por sorte pudemos entrar na sala de aula. No intervalo, claro que eu estava preocupada demais para comer, Luna também ficou preocupada quando expliquei o que tinha acontecido, mas diferente de Alan, nós pensávamos positivo, logo eu estaria em casa e ele estaria lá me esperando com um buquê de rosas na mão para se desculpar por ter faltado hoje sem me avisar. Você deve me achar louca, como uma menina comprometida pensa assim de alguém, pois é, eu sou apaixonada pelo Cezar, desde que eu tinha cinco anos eu era apaixonada por ele, mas infelizmente meu sonho de ficar junto com ele está cada vez menor (Ninguém além de Alan e Luna sabe dessa minha “paixonite”). O dia passou muito lento hoje, eu não via a hora de ver ele, ontem eu faltei à escola e só vi ele de manhã. Quando deu a hora de ir embora, eu quase saltitei no caminho para o carro, meu pai foi nos buscar, ou melhor, sempre ia. Entramos no carro, meu pai não disse uma palavra, também não olhou para nós, esperou que entrássemos e começou a dirigir, ele sempre deixa Alan na casa dele para depois irmos embora, mas ele sempre dizia alguma coisa, perguntava se estávamos bem, como tinha sido a aula, qualquer coisa, hoje ele não disse nada. Chegamos a casa de Alan e ele saiu do carro depois de me cumprimentar.

- Tchau Alan.

- Tchau Pê, não se esquece de me contar se ele apareceu.

- Não esquecerei. – Sorri e pisquei para ele.

Meu pai novamente não disse nada, que estranho! Chegamos em casa, fui para o meu quarto, troquei de roupa e fui para a cozinha comer alguma coisa, quando fui para a sala, minha mãe estava pendurada no telefone, tenho certeza que é com a Tia Barbara, mãe do cara mais incrível do mundo, o cara que sempre me fez ficar horas e horas sonhando em como seria bom ter uma vida ao seu lado, como seria bom envelhecer com uma casa cheia de netos e um banco no quintal florido para vermos juntos o pôr-do-sol. Minha mãe estava com uma cara de preocupação que eu não estava acostumada a ver, ela é sempre tão animada, ainda mais quando fala com a Ba, que é muito mais legal do que a minha sogra bobona.

- Pai, o que está acontecendo? – Perguntei para meu pai quando ele entrou na sala.

- Filha, nós precisamos te contar uma coisa... – Ele disse com um olhar pesaroso e segurou minha mão, me conduzindo ao sofá.

- Pode dizer. – Sorri e esperei minha mãe se despedir da Ba. Ela colocou o telefone ao seu lado e olhou para mim.

- Penélope, hoje o Cezar não apareceu para levar vocês não foi? – Ela disse e também segurou minha mão. Eu não estava entendendo, toda aquela encenação, eles poderiam ser mais diretos.

- Sim, ele se atrasou e não pode nos levar, por quê?

- Por que ele sumiu querida, ele está o dia todo fora, Barbara está desesperada e ela já colocou a policia atrás dele. – Foi horrível ouvir isso, Cezar nunca, jamais fugiria sem mim, e ele nunca me deixaria de lado, eu o conheço suficiente para saber que ele não sumiu, só não procuraram direito, ele provavelmente teve alguma coisa de ultima hora para fazer, com certeza. – Você não está sabendo de nada, não é querida?

- Não mãe, eu não falo com ele faz tempo e na terça-feira ele estava normal, ele não foi para a entrevista? – Ele iria para uma entrevista de emprego hoje, será que não deu certo lá? Será que ele foi afogar as magoas sem mim? Meu coração sentia uma dor agonizante, essa sensação ruim cismava em me deixar preocupada, mas eu não tinha motivos para me preocupar, ele voltaria esta noite, e tacaria pedrinhas na minha janela como sempre.

- Filha, fique calma, logo eles o encontrarão, Barbara acha que ele fugiu, você não sabe de nada, não é querida?

- Eu não sei de nada, não confia em mim? Por que ele fugiria? Se ele tivesse fugido, eu teria ido junto. – Falei um pouco mais alto, todo esse papo estava me estressando.

- Claro que confio Pê, por isso estou dizendo para não se preocupar, ele logo aparecerá.

Não dava pra acreditar no que estava acontecendo, não queria mais ouvir minha mãe, nada que ela dissesse o faria voltar logo. Levantei e fui para o meu quarto, olhei para todos os lados, mas não conseguia me encontrar, eu estava perdida.

Liguei para Cezar mais umas dez vezes e nada, o celular devia estar descarregado, por que ele sempre atende as ligações, independente de quem seja. Então liguei para Alan, minha única alternativa agora.

- Alan?

- Oi Pê, então... boas novas?

- Não Alan, preciso que você venha aqui, agora.

- Mais eu vou jantar mais tarde, minha mãe não vai deixar.

- Diga a ela que você vai jantar aqui, preciso de você urgente.

- Tudo bem, estou indo.

Pode até parecer que eu sou muito mandona e tudo mais, mas sempre que ele precisa, lá vai a Penélope correndo para a casa dele para ouvir sobre o jogo que ele não conseguiu zerar. Então se eu iria ter que esperar, eu não esperaria sozinha, eu estava precisando de um ombro amigo. Dez minutos depois, Alan chega à minha casa, ele estava exausto, deve ter vindo correndo. A primeira coisa que fiz foi lhe dar um abraço, afundei meu rosto em seu peito e me segurei para não chorar. Ele afagava minhas costas sem entender o que estava acontecendo. Nós entramos e fomos para a cozinha, enquanto ele pegava um copo d’água eu comecei a explicar.

- Alan, ele sumiu, ninguém viu ele hoje. O que será que aconteceu? – Perguntei e me encostei na mesa da cozinha, ele bebeu um gole d’água e respirou fundo.

- Não faço a menor idéia. Mas quer uma dica? – Ele disse e se aproximou de mim.

- Diz ai. – Tentei sorrir e esperei.

- Não esquente a cabeça, se ele estivesse com problemas ele teria te avisado, ele deve ter ficado irritado e saiu para descontrair e não te chamou por que você estava na escola.

- Bem que eu queria acreditar em você, mas alguma coisa me diz que ele não está nada bem, sei lá... Acho que posso sentir o que ele está sentindo, desde hoje a tarde estou me sentindo mal.

- Como você mesma diz, vamos pensar positivo. – Disse ele e sorriu pra mim, eu tentei sorrir, mas a única coisa que eu consegui foi dar um sorrisinho de nada bem forçado.

Depois de um tempo conversando, Alan conseguiu me deixar bem melhor, por mais que a dor em meu peito continuasse, eu estava mais tranqüila e preparada para recebê-lo quando voltasse, talvez fosse mesmo o que ele disse, não devia ser nada de mais, alias, Cezar confia em mim, e teria me contado se estivesse com problemas. Enfim, amanhã de manhã vai ficar tudo bem. 


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Notas finais do capítulo

É como eu disse, nunca gosto de como escrevo, principalmente esse começo, que foi escrito há dois anos, parece um pouco infantil, mas prometo melhorar nos próximos capítulos. Mas enfim, gostaram? Tomara que sim *--*, me contem tudo, e se tiver algum erro de digitação, me avisem por favor. Beijos s2



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