Lílian Evans e Tiago Potter escrita por Isa Finnigan


Capítulo 5
O que deu em mim?




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Deitei em minha cama quentinha e comecei a pensar. O que deu em mim? Eu estou louca. Como pude beijar Tiago Potter? O quê as pessoas pensariam de mim? Acho que estou apai... Não! Não pode ser. Ou pode? Como diz minha mãe: nada é impossível. Ah não! Eu não posso estar apaixonada por ele. Simplismente não posso. Mas por quê? Disse uma vozinha em minha cabeça.

Porque... porque ele é exatamente o oposto de mim. Rico, popular, exibido, ele é bom em tudo o que faz.

Mas ele está mudando. Por você Lílian. Não é justo o quê você faz com ele. E se fosse ao contrário? E se você fosse apaixonada por ele, mas este mesmo não te desse nem bola? Como você se sentiria? Como você se sente?

Um monstro. Mas e se ele ... Desisto não tenho mais desculpas para simplesmente não namorar o Tiago. Alice tinha razão: eu gosto de brigar com ele, porque eu gosto de falar com ele. Argh, por quê tem que ser tudo tão difícil? Acalme-se Lílian! Namore com ele e se fizer algo de errado dê-lhe um belo chute na bunda! È isso. Eu namoraria Tiago Potter.

Quando acordei no domingo pensei que alguém tivesse feito em mim uma lavagem cerebral. Tudo se tornou mais fácil quando eu assumi que me apaixonei por Tiago. Me agasalhei bem e desci para tomar café. Porém quando cheguei á sala comunal da Grifinória, percebi que acordei cedo demais. Eu não voltaria para o dormitório. Então descidi começar uma carta para os meus pais. Peguei uma pena e um pergaminho qualquer e comecei a escrever:

''Querida mamãe,

Este ano em Hogwarts está melhor do que pensei. Eu estou namorando o garoto que em um dia era a pessoa que eu mais odiava no mundo. Petúnia é um anjo perto dele. Acho que estou apaixonada por ele mamãe, isto é ruim?

Bom, mudando de assunto, como vai?

                                                                            Atenciosamente,

                                                                                              Lílian.''

Li e reli a carta várias vezes e depois percebi que estava desesperada demais, mas não liguei. Fui andando bem devagar até o corujal. Uma coruja-das-torres desceu até mim e esticou a perna. Amarrei a carta nela e a observei levantar voo. A porta do corujal se abriu e entrou uma Alice ofegante:

- Sabia que você estava aqui! Vi a pena e o pergaminho na mesa!

-Calma Alice. Por quê veio correndo?

-Ah, você tem que ver isso!- e começou a me puxar Hogwarts abaixo até chegarmos no dormitório feminino.

-Alice o que foi?- ofeguei.

Ela apontou para os pés da minha cama. Lá eu vi um pequeno buque de lírios, mas algo se mexia no meio. Peguei o buque e no meio tinha várias salamandras bem pequenininhas dançando alegres, uma delas tinha um cartão mínimo na boca. Peguei o cartão e li:

''A paixão cega, o verdadeiro amor nos torna lúcidos.

                                                                             Tiago.''

Tiago era a pessoa mais romântica que eu já conheci. Eu sabia o que fazer. Sempre quis fazer este feitiço. Peguei minha varinha no bolso e conjurei um bolinho muito bem enfeitado. Depois fui até meu malão e peguei um pedacinho de pergaminho e uma pena e escrevi:

''Obrigada por existir. Você torna a minha vida mais alegre.

                                                                        Lílian.''

-O que você ta fazendo?- só quando Alice perguntou que me dei conta que não estava sozinha.

-È uma magia muito difícil Alice- expliquei-, quando a pessoa tocar no pássaro, ele explodirá, e de suas penas uma carta e um bolinho aparecerá.

-Mas que pássaro?- perguntou- E gostei da rima.

Toquei o bolinho e a carta com a ponta da varinha e murmurei o encantamento. Onde estava um bolinho e a carta se tranformou num canário amarelo. 

-Para Tiago Potter- disse a ele, e o canário saiu voando pela porta, até o dormitório dos garotos. A uma hora dessas Tiago deve estar se trocando, pensei.

Alice me olhava de boca aberta.

-Vamos logo Alice- disse e puxei ela para o Salão Principal.

Havia poucas pessoas tomando café, devia ser por causa do frio, os estudantes queriam dormir mais. Alice tagarelava na minha orelha, mas se quer saber eu não ouvia nada, estava pensando em Tiago. E na carta que ainda estava em minha mão. Não estava com a mínima vontade de comer. Sinti alguém do meu lado. Era Tiago. Virei-me e me deu um beijo rápido.

-Adoro flores- disse a ele.

- E eu adoro bolinhos- respondeu.

Eu ri. Percebi que muitas pessoas nos olhavam de bocas abertas.

-Sabe,- começou ele- pensei que tinha matado o pássaro quando o peguei na mão. Mas depois percebi que você tinha feito uma magia muito bonita, sabe.

Sim. Duas semanas se passaram e a cada dia que se passava eu gostava mais de Tiago Potter. Ele estava mudadando mesmo. Não pegava mais detenções, não mexia mais com as pessoas nos corredores e finalmente deixou Severo em paz. Eu acordei bem cedo na manhã de sábado, dia de quadribol: Grifinória x Sonserina, para desejar boa sorte para Tiago, afinal ele era o apanhador. Desci para a sala comunal e sentei-me perto da lareira.

-Evans?- chamou uma voz ás minhas costas- O quê faz aqui tão cedo

Eu me virei e deu de cara com Remo Lupin.O garoto estava pálido e com cara de cansado. Nunca tinha visto uma pessoa neste estado. Lupin era um Maroto sim, mas ele era diferente. Era mais gentil.

-Estou esperando Tiago, Remo.

-Ah- disse ele- Tiago já foi para o vestiário.

Ok eu iria esperar ele na porta do vestiário. Remo tossiu e fez uma careta de dor.

-Remo, você está bem

-O quê?Ah... estou sim. Vamos para o vestiário

-Claro.- disse. Levantamos e caminhamos até o retrato, mas este girou e demos de cara com Tiago.

-Oi! Esqueci minha capa.

-Boa sorte- disse lhe dando um abraço.

-Obrigado- disse ele.Mas sua expressão mudou totalmente quando viu Remo.- Quantos dias? - perguntou ao garoto.

-Três- respondeu o outro.

Eu não entendi nada do que estavam falando. Resolvi não perguntar, devia ser coisa de garoto. Mas eu franzi a testa para os outros.

-Pegue logo sua capa Pontas- apressou Remo.

-È verdade- disse Tiago e foi para o dormitório. Cinco minutos depois nós três estavamos caminhando para o vestiário da Grifinória. Depois de nos despedir de Tiago, Remo foi para junto de seus amigos e eu fui para  junto de Alice e Franco. O jogo foi bem tenso. Grifinória ganhava de trinta a zero, quando Tiago começou a perseguir o pomo. Ele era realmente muito bom. Malfoy, o outro apanhador, não chegava nem perto dele. Tiago finalmente ergueu a mão com o pomo para a torcida. Todos gritaram. Os jogadores da Grifinória desceram de suas vassouras para comemorarem, porém o batedor da Sonserina, Goyle, um cara nojento e enorme, lançou um balaço direto na barriga de Tiago, depois que Madame Hooch já havia apitado. Tiago fez uma careta de dor, engoliu o que me pareceu a vontade de vomitar e caiu de joelhos no chão. Madame Hooch começou a gritar como louca com Goyle, enquanto os jogadores da Grifinória pegavam Tiago e rumaram direto para a ala hospitalar.

Eu não consegui me segurar, saí atropelando todos que estavam na minha frente até chegar na enfermaria. Tiago estava deitado em uma cama com vários jogadores envolta dele e Madame Pomfrey o examinado. Eu quase chorei quando vi as lágrinhas escorrendo por seu rosto.

-Calma garoto- disse Madame Pomfrey- cinco costelas quebradas. Posso das um jeito nisso em um segundo. Mas você vai sentir muitar dor. Está pronto? Não, espere, vocês aí, todos você podem ir saindo!

Os jogadores saíram resmugando algo como matar o Goyle.

-Madame, será que eu não poderia ficar?- perguntei- Sou a namorada dele.

-Claro,claro- disse ela impaciente, e depois disse se dirigindo ao garoto- Isto vai doer garoto. Está pronto

Tiago fez que sim com a cabeça e depois Madame Pomfrey apontou a varinha para o tórax dele e murmurou: "Vulnera Sanentum". O expressão de dor de Tiago era de cortar os corações mais duros. O garoto não gritou. Deve ser por minha causa, pensei. Depois da careta de dor o rosto dele voltou ao normal.

-Vou lhe dar um remédio e mais tarde poderá ir- disse a enfermeira e saiu.

Eu peguei na mão de Tiago. 



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