Lílian Evans e Tiago Potter escrita por Isa Finnigan


Capítulo 10
Maldito Ranhoso.




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Sim, Lílian Evans voltou a ser minha namorada e agora aceitava os Marotos. Tudo ficou bem mais fácil quando contei á ela. Os outros não se importaram, apenas que ela não contasse o segredo, coisa que jurou que não iria fazer, mesmo se algum dia ela se separasse novamente de mim. Remo, porém, quase me matou quando soube da história, ficava se desculpando de cinco em cinco minutos.

Finalmente Fevereiro, o mês que eu mais gostava em Hogwarts, o mês dos namorados. 

Estávamos  no meio de uma aula particularmente chata de feitiços, quando algo atinge de leve a minha cabeça. Abaixei-me e peguei o papel e li uma letra pequena e caprichosa:

" Quer ir no próximo fim de semana em Hogsmeade?

                                                              Lílian"                                 Dia dos namorados em Hogsmeade, é claro que iria com ela. Escrevi no pergaminho:                                                                                                             "Claro. Eu te amo.

                           Tiago."

Acordei bem cedo na manhã de sábado. Comecei a me vestir, mas eu tropecei em algo á caminho da porta.

Um embrulho estava no chão, e com ele uma carta:

" Feliz Dia dos Namorados."

Rasguei o embrulho e nele havia um retrato talhado em ouro. Uma Lílian e um Tiago se abraçavam. Coloquei o retrato em minha escrivaninha e desci ás escadas desejando que Lílian gostasse de meu presente. 

Sentei-me no sofá ao lado de um primeiranista. Minutos depois Aluado, Rabicho e Almofadinhas sentaram ao meu lado.

-Mais que foto linda Tiago- disse Almofadinhas imitando voz de garota.

-Calem a boca- disse rindo- Só espero que ela goste do meu presente.

-O quê você deu a ela?- perguntou Aluado.

-Um colar.

-Bom, eu adorei- disse uma voz ás minhas costas.

Lá estava Lílian usando o colar que havia lhe dado. Era um colar de ouro com um pingente de um pomo.

-Então, vamos todo mundo?- perguntei e seguimos para o Saguão. Filch, um zelador  velho e ranzinza que odiava todos os estudantes verificou os nomes  e depois seguimos a estrada para Hogsmeade.

-Presciso de mais Fogos Folibusteiro- disse Almofadinhas- os meus estão quase no fim. As bombas de bosta também estão acabando.

-Então teremos que dar uma visitinha na Zonko's- disse Aluado.

Fomos para a Zonko's e de lá fomos para O Três Vassouras. Eu e Lílian nos sentamos numa mesa á parte, enquanto Almofadinhas e uma garoto na qual eu não sabia o nome se sentaram adiante. Rabicho e Aluado foram para a Dedosdemel.

-Provavelmente, nas próximas semanas vou chegar tarde na sala comunal- disse á ela- Vou pegar firme nos treinos de quadribol, a Taça já é nossa, praticamente, mas precisamos mesmo ganhar da Lufa-Lufa mês que vem. È o meu dever de capitão.

-Tudo bem, senhor capitão. Vou comprar duas cervejas amentegadas.

Cinco minutos depois estava de volta e começamos a falar de nossas famílias.

-Então como se chama sua irmã?- perguntei.

-Petúnia. Ela não gosta de bruxos, por inveja, creio eu, ela queria ser uma. Quando recebi a carta de Hogwarts ela ficou doida para ir também, até mandou uma carta para Dumbledore pedindo adimissão. E você, tem irmãos?

-Ah não, sou filho único. Meus pais me tiveram já um tanto velhos, por isso não tenho irmãos. Mas Sirius é como um irmão para mim.

-Sabe, eu admiro a amizade que vocês tem. Queria ter amigos no mundo trouxa, Petúnia cuida para que isso não aconteça. 

-Quero ter uma conversa com essa tal de Petúnia.

Ela riu. 

-Petúnia só tem inveja, só isso.

E continuamos á conversar até na hora de ir embora.

Acordei no dia seguinte com alguém me empurrando freneticamente.

-Pontas, acorda! Acorda logo!- guinchava Rabicho.

-Rabicho,- disse com uma voz abafada pelo travesseiro- hoje é domingo, posso dormir mais tarde.

-Ah, você tem que ouvir isso, Pontas! Acorda!

Com muito custo me levantei, me arrumei e segui Rabicho até o Salgueiro Lutador. Olhei no relógio, já era meio dia, por isso ninguém estava lá fora.

-Rabicho, você perdeu o pouco juízo que ainda lhe resta?- perguntei irritado.

-Você tem que ouvir o quê estão dizendo!- disse isso e se transformou em rato e apertou o nó da árvore, depois voltou ao normal.

-Que di...?- comecei a dizer mais ele me empurrou buraco á fora. A Casa dos Gritos estava medonha, cheia de arranhados e coisas quebradas,me agachei perto da porta do quarto mas ouvi que alguém sussurrava:

-Tem certeza que vai dar certo?

-È claro que vai, seu idiota- respondeu o outro.

Virei-me para Rabicho e sussurrei:

-Vá buscar Almofadinhas.- disse e ele saiu. Continuei á escutar a conversa.

-Essa poção é realmente difícil de fazer, Severo, como você consegue?

Maldito Ranhoso. O quê estavam aprontando na Casa dos Gritos? E para quê servia essa tal poção? E quê poção que era?

-Eu sou bom em poções, Lúcio. Mas não conhecia esta que você me indicou. Sim, é bem difícil, mas se você tem certeza que funciona, vou fazê-la.

Ouvi um barulho atrás de mim, Almofadinhas, Rabicho e Aluado já estavam ali, escutando a conversa, como eu.

-Qual o nome dessa poção, Lúcio?

-Poção da Inverção- respondeu Malfoy- Achei no livro de Artes das Trevas de papai.

-Para quê serve?

-Ora, o nome diz tudo, serve para inverter as emoções! Você não gosta daquela sangue ruim Evans?

-Não xingue ela assim!

-Tá, tá, em todo o caso, você não gosta dela?

-Gosto.

-Então, poções do amor não criam amor de verdade, apenas uma paixão. È aí que entra essa poção aí, você vai pingar três gotas no café da tarde que a Evans toma sempre ás três. A partir daí, ela vai começar a sentir um ódio enorme da pessoa que ela ama, o Potter, aí você fica com ela.

Novamente a raiva circulou por meu corpo, eu abri a porta entreaberta e pulei em cima de Ranhoso, para arrancar os braços dele com as minhas próprias mãos. Almofadinhas pulou no Malfoy.

Só parei de socá-lo quando Aluado me tirou de cima dele. Ranhoso e Malfoy estavam semi-inconcientes. Desta vez eu fiquei com o lábio ensangüentado e Almofadinhas com o olho roxo. Se Aluado me soltasse eu voltaria a bater no Ranhoso. Os três me seguraram atè chegarmos no dormitório.

-Me soltem!- falei.

-Se eu te soltar você não vai voltar lá vai, Pontas?- perguntou Aluado.

Eu pensei bastante antes de balançar a cabeça. Aluado me soltou bem devagar. Depois os três se colocaram na frente da porta do dormitório, caso perdesse o controle. Meus punhos ainda estavam fechados. Me sentei irritado na minha cama massageando a têmpora. Ninguém disse nada até eu me acalmar.

Me levantei e caminhei até a porta, mas eles continuavam á bloquear a passagem.

-Onde que você vai?- perguntou Aluado.

-Vou comer alguma coisa- disse á ele, mas eu não estava com a miníma vontade de comer.

-Vamos com você- disse Almofadinhas.

-Querem me colocar uma focinheira primeiro?- perguntei irritado- Eu tô bem.

Segui para o Salão Principal com eles atrás de mim. Sentei-me ao lado de Lílian. Ela me olhou espantada.

-Tiago, o quê aconteceu?- perguntou franzindo a testa.

Eu hesitei e depois disse:

-Eu caí.

Não pareceu convencer ela, mas não insistiu.


Eu e a equipe de quadribol da Grifinória estávamos voltando de um treino de quadribol particularmente cansativo para a sala comunal da Grifinória. Eu deixei os pensamentos vagarem, deixei que os jogadores andassem á minha frente, eu estava muito cansado. Eu trombei com alguém. Os jogadores todos haviam parado se súbito, estavam olhando algo no chão, alguns com as mãos nas bocas segurando o grito e outras com os olhos arregalados. Abri alas até chegar no ponto em que todos olhavam. Havia alguém no chão. Alguém sangrando muito. Lílian. Eu quase tive um ataque do coração ao ver a garota deitada no chão sangrando muito. Ajoelhei ao lado dela e peguei seu pulso. Havia batimentos. Peguei-a com muito cuidado no chão e fui direto para a enfermaria. Agora minhas vestes e mihas mãos estavam cobertas de sangue de Lílian.

-PELAS BARBAS DE MERLIN!-gritou Madame Pomfrey- O QUÊ ACONTECEU COM ESSA JOVEM?

-Estava deitada perto da sala comunal da Grifinória. Ela está sangrando muito.- disse preocupado.

Deitei Lílian numa cama.

-A senhora vai dar um jeito não vai?- perguntei começando a ficar desesperado- Me diz que ela vai ficar bem.

Madame Pomfrey fez o feitiço. Depois de algum tempo Lílian estava tomando soro e também sangue.

Eu iria matar quem havia feito isso com ela.



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