Whos That Boy? escrita por Kaah_1


Capítulo 11
10.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente.
Eu sei que o capitulo passado estava mesmo uma catástofre. Que estava horrivel!
Entao eu resolvi tentar fazer um capitulo melhorzinho. Eu até achei bonitinho esse awn. Fugiu um pouco da rotina, do monótono, seilá.. ficou grandinho tb até.. >< k
Bom, ignorem os erros e..BOA LEITURA.
espero q gostem!



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Sol na minha cara. Mini roupa de líder de torcida. Aquecimentos depravadamente ridículos. E pra completar a voz irritante e nojenta da Clarisse.

Que ótimo jeito de começar meu dia.

– Vamos lá garotas! Nada de moleza! – a patricinha da Clarisse gritou, andando e arrumando a postura das garotas da primeira fila, ou sei lá o que.

Eu bufei e fitei Maddie, que estava com um sorriso no rosto fazendo tudo que era mandado.

Acho que a minha amiga realmente gostava desse negocio de lideres de torcida. Já eu, realmente não suportava. Eu não agüento ter pessoas mandando em mim. Isso chega a ser... Estressante. Não agüento receber ordens nem nada do tipo. O que é um problema, realmente.

Vi que os garotos do time haviam começado a entrar na quadra.

Algumas vadias já começavam a dar pulinhos e cochichar uma com as outras sobre os garotos. Argh.

Alguém me tire desse covil de patricinhas vadias!

– Ai, o Justin não é lindo? – Maddie comentou suspirando ao meu lado.

– Maddie, por favor, pare com isso. Você é besta ou o que? – lhe dei um empurrãozinho.

A ouvi murmurar desculpas.

Dei de ombros e fitei a quadra.

Vi Justin, que estava conversando com outros garotos dali. Ele tinha o cabelo bagunçado pelo vento, um sorriso no rosto e parecia entusiasmado. Vestindo aquele uniforme ele ficava tão... Ah, droga! Há quanto tempo estou olhando?

Vi que ele direcionou seu olhar pra mim. Acho que ele percebeu que eu o fitava, pois riu e me mandou um beijo. Apenas lhe mostrei meu dedo do meio e tentei desviar o olhar.

– Preste atenção Lestrange! – a voz irritante de Clarisse gritou a mim.

A fitei. Ela me deu um daqueles sorrisos sarcásticos que eu retribuí logo.

Ela avisou qual coreografia começaríamos a ensaiar e logo se posicionou a frente, fazendo os passos para que todas seguissem.

Ela gritou milhões de vezes e xingou metade das garotas.

Eu tentava seguir a merda daqueles passos, mas, bom, eram rápidos... E eu não sou lá tão boa com danças. Sou boa em outras coisas, mas... Nisso?

Ser líder de torcida é tão... Argh!

Acabei tropeçando e caindo no chão de bunda. Ouvi algumas risadas, que ótimo.

– Puta que pariu. – resmunguei, me levantando.

– A coreografia é elevada demais pro seu nível, querida? Está difícil de acompanhar? – Clarisse ficou em minha frente, com uma expressão fingida de dó.

– Eu estou bem, lindinha. Obrigada. – sorri sínica.

– Então porque está fazendo tudo errado? Meu bem, isso exige atenção, cuidado e... –

– Eu já entendi, porra. – falei um pouco alto.

– Ah, é? Tente não cair. Você não parece nem um pouco concentrada. – ela cruzou os braços.

– E acha que as outras garotas por aqui estão? – apontei para as outras meninas ao redor.

– Chelsea, acho que você vai ter que sair da torcida. Se não consegue acompanhar o time, saia. – vi ela arquear as sobrancelhas.

Estou sendo desafiada? Como é?

– O que? – dei uma risada curta.

– Exato. E aposto que todas nós concordamos que você é um total fracasso. – ela riu e olhou ao redor. Vi algumas garotas assentirem, nervosas. – Fica aí se fazendo de boa, mas, é uma bosta. – ela praticamente cuspiu na minha cara com aquela voz nojenta que se acha superior.

– Olha quem fala, a patricinha vadia da escola. Você não tem o direito de falar no que eu sou boa ou não. – coloquei as mãos na cintura.

Se eu seria desafiada, era bom que começasse a retrucar também.

– Ah é? – ela riu, uma gargalhada falsa. – O que você tem além de coisas fúteis, como roupas de marca e popularidade? Exato. Não tem nada. E quantos amigos você tem, Lestrange? Uma? – ela ria de novo e apontou para Maddie.

– Onde quer chegar? Isso não tem nada a ver com o assunto da torcida. A vida é minha. E foda-se o que você acha dela. – falei. Mas, minha voz não saiu tão confiante como saía na maioria das vezes. Saiu mais fraca.

Medo, será? Não... Eu não tinha isso.

– Cale a boca. Você sabe bem, não é? – ela apontou o dedo pro meu rosto. – O que ganha maltratando todas essas pessoas? Tem inveja delas terem tudo o que você não tem? Amor, carinho, um futuro... – ela deu de ombros, me lançando mais sorrisos sarcásticos.

– Você também maltrata os outros. Não é melhor que eu. – arqueei uma das sobrancelhas.

– Aí que você erra. Eu tenho amigos, tenho pais que me amam e um grande futuro pela frente. Eu tenho pessoas que me apóiam. E você? – ela disse de um jeito sarcástico e riu.

Olhei ao redor, vendo algumas outras garotas assentirem e sorrirem, concordando com o que ela falara.

Fitei Maddie e lhe lancei um olhar pedindo ajuda e ela apenas sussurrou um ‘desculpa, mas, não sei como fazer isso’.

O que estava acontecendo?

Se isso for um pesadelo, por favor, eu quero acordar logo.

Eu não podia estar sendo humilhada desse modo. Eu humilhava os outros, e nunca era ao contrario. Ver ate minha melhor amiga, concordando com o que uma vadia fala sobre mim, isto é... O fim do mundo. Acho que vou desmoronar.

– A malvadinha perdeu a fala de repente, não? – ela gargalhou mais uma vez, se divertindo com aquilo. – Você é uma garota perturbada. Descontar sua tristeza nos outros não vai te levar a nada. Você vai ficar cada vez mais sozinha. Ah, mas, isso é bom, certo? Alguém como você tem que passar a eternidade sozinha mesmo, sua vadia estúpida. – senti suas mãos baterem nos meus ombros e ela me empurrar.

Caí no chão de bunda mais uma vez.

Respirei fundo e levantei-me.

– Quer uma inimiga? Ótimo. – me posicionei a sua frente, tentando parecer forte. – Mas, te digo uma coisa... Tome cuidado. Não se deve atormentar uma perturbada como eu. Tudo sempre tem volta... Não pense que vai sair ganhando nessa. – falei um pouco baixo e estapeei seu rosto.

Ela deu um gritinho e colocou a mão rapidamente onde eu havia batido.

Dei um sorrisinho sínico e saí dali rapidamente. Eu não ficaria naquele local nem mais um minuto sequer.

Eu corri até o vestiário, que estava vazio e sem ninguém. Isto é ótimo.

Me sentei em um dos bancos que tinha por ali e enterrei meu rosto nas mãos. Eu odiava me sentir assim, ainda mais quando os outros estão jogando na minha cara tudo que eu sei que é real.

A verdade, é que eu me finjo de forte, mas, eu sou fraca. Eu sempre tentei ser superior, conseguir um pouco de atenção nem que fosse do pior modo possível. Eu só queria ser notada em algumas vezes. Sempre passei a imagem de ser forte. Mas só por isso as pessoas achavam que eu nunca chorei, que eu nunca sofri, que eu nunca amei. E esse foi o maior erro delas, achar que por ser forte eu não tinha um coração.

Neste momento, eu percebi que chorava. Meu rosto estava úmido e eu ouvia meus soluços ecoarem pela sala silenciosa e vazia.

Era horrível sentir que meus pais não estavam nem aí pra mim e que eu queria ser popular, mas na verdade era uma anti-social sem amigos que não se dava bem com pessoas. Talvez Clarisse tivesse mesmo razão. O que eu ganhava com tudo? Com todos que maltrato? Eu não tinha mesmo ninguém aqui pra me apoiar e dizer que tudo ficaria bem. Alguém pra me fazer companhia e tentar me confortar.

Eu odiava me sentir sozinha no mundo... Mas, às vezes preferia ficar assim. Sem ninguém. Só eu e lagrimas.

Se alguém conviver comigo no dia-a-dia, pode achar que é impossível um dia me ver chorar. Eu passo aquela imagem de que nada me abala. Sempre. Mas, algumas coisas abalam sim. Te fazem perder o chão, querer chorar e apenas isso.

Eu queria ser mais forte, ser mais confiante... Eu queria.

– Ah, não. O que a malvadinha faz aqui sozinha? – ouvi uma voz irritamente conhecida.

Limpei as lagrimas que caíam, até achar que meu rosto não estava mais tão úmido, e só depois levantei o rosto para fitá-lo.

Justin estava a minha frente, com um meio sorriso.

– O que você quer? Também veio dizer que sou um fracasso e que ninguém me ama nesse mundo? – franzi a testa.

Ele riu.

– Não sabia que você se importava com o que os outros diziam sobre ti. – ele deu de ombros, ainda rindo.

– Mas, eu me importo, ok? Eu... Eu... – eu tentei segurar o choro, mas, não deu.

Eu estava tão vulnerável, que acabei chorando. Fiquei parecendo uma cachoeira, de tantas lagrimas que comecei a derramar.

E eu soluçava tanto, que era impossível acreditar que aquela era eu.

Aliás, eu não chorava sempre. Mas, eu estava guardando tanta coisa há tanto tempo... Que acho que eu ficaria mais meia hora apenas chorando aqui. Iria desidratar desse jeito.

– Ei, ei! – Justin murmurou e se sentou ao meu lado.

Eu tentei me afastar, mas, ele apenas envolveu seus braços ao redor do meu corpo e me abraçou de um jeito bem confortável.

– Porque esta fazendo isso? – levantei o rosto e o fitei, com a voz falha.

– Isso o que? Te abraçando? – ele deu um meio sorriso. – Eu não sei. Só parece a coisa certa a fazer no momento. – ele ergueu os ombros.

Fitei seus olhos caramelados e deixei escapar um pequeno sorriso. É, parece difícil admitir, mas, acho que eu precisava disso. De um abraço. De algo carinhoso.

Parei de chorar aos poucos. Meu rosto ainda estava úmido... Mas, me afastei de Justin. Por mais que eu estivesse achando aquele abraço confortante.

Passei as pontas dos dedos pelas minhas pálpebras.

– Ok, pode fazer suas piadinhas. – disse enquanto tentava me acalmar.

Meu rosto ainda estava úmido.

– Você chorando é algo que não se vê sempre. – Justin riu fraco. – Achei que fosse forte, não ligasse pra nada e todo o resto. – ele fez careta.

Revirei os olhos.

– Não sou forte o tempo inteiro e não gosto de admitir isso, então não espalha. Eu sou fraca às vezes. Muitas vezes. – suspirei, e voltei a fitar o chão.

Deixei mais algumas lagrimas cair.

Que bosta! Parem de cair lagrimas imbecis!

– Prometo que não vou espalhar isso. – ouvi Justin dar uma risada gostosa.

– Que gentil. – bufei. – Agora me deixe sozinha. – lhe dei um empurrãozinho.

– Não. Eu ouvi metade das coisas que Clarisse te disse... Você parecia bem ouvindo tudo aquilo. – ele disse.

O fitei, e ele me olhava com um meio sorriso nos lábios.

– Exato. Eu parecia, mas, não estava. Só não deixo transparecer como me sinto de verdade... Mas, agora você vê... Eu me sinto... Assim. – apontei pro meu rosto. – Na hora, deu vontade de chorar. – suspirei.

– E o que você fez? – ele até parecia prestar bem atenção.

– Eu levantei a cabeça e sorri. – pisquei a ele.

O garoto me encarou por um momento. Eu abaixei a cabeça, deixando meu cabelo cair pelo meu rosto.

Justin deu uma risadinha, o que me fez fitá-lo.

– Você ta parecendo um panda. – ele ainda ria, enquanto levava uma das mãos até meu rosto e passava o dedo polegar em baixo dos meus olhos.

– Estou? Ah, meu rimel. Droga! – bufei e fiz bico. Bati na sua mão, e ele afastou logo, com um sorriso. – Qual a pegadinha, Stromberg? – arqueei uma das sobrancelhas.

– Pegadinha? – se fez de desentendido.

A verdade é que, ele não era legal comigo. Porque estaria sendo agora?

O seu normal seria, que se me visse chorar, apenas riria da minha cara e diria que Clarisse esta mais do que certa em tudo que diz. Aliás, todos concordaram com ela e ninguém veio ver se eu estava bem. Então, porque ele?

– Sim. Não tem o porquê de estar sendo... Legal. Você é chato e somos rivais, lembra? – fiz uma careta.

– Ah, rivais, claro... – ele riu fracamente. – Eu não gosto de inimigos. – deu de ombros.

– Então porque me irrita tanto? – ri.

– É legal te ver irritadinha. – ele falou um pouco baixo, rindo e se aproximou do meu rosto, mordendo minha bochecha.

O afastei e passei a mão no rosto.

– Babaca nojento. – lhe dei língua.

– Quer beijo é? – se aproximou um pouco.

– Como?

Fiz uma cara de duvida e ele riu alto antes de responder.

– Quem mostra língua quer beijo, malvadinha. – disse baixo mais uma vez e se aproximou, me dando um selinho rápido.

Bati no seu ombro e ri um pouco alto.

Logo fomos cessando as risadas e Justin me encarou com um sorriso sacana nos lábios.

As vezes eu tinha até medo de saber o que ele pensava.

– Ah, é bom ver você sorrindo. Fica tão linda nessa roupinha de líder de torcida que toda aquela choradeira tava estragando. – ele disse, ainda com o sorriso sacana, e puxou meu rosto com uma das mãos.

– Linda? Ual, ta aprendendo a usar palavras melhores. Andou lendo revistas ou o que? Ta me impressionando com esse bom vocabulário. – eu ri, o provocando e mordi seu lábio.

Ele riu e ia selar nossos lábios, mas, eu me afastei.

O vi revirar os olhos, e não consegui segurar um riso.

– Ok, malvadinha gostosa. Eu não tenho um vocabulário ruim, ok? – ele piscou e me puxou pela cintura.

– Você é um imbecil. – lhe dei língua.

Ele sorriu de canto e selou nossos lábios.

Sua língua se enroscava com a minha e sua mão apalpava minha bunda, enquanto a outra entrava por baixo da minha mini blusa e buscava um dos meus seios para apertar. Ah, que lindo. Eu acabei rindo e mordisquei seu lábio inferior. Passei minha mão pelo seu abdômen definido e o arranhei, enquanto a outra bagunçava ainda mais seu cabelo.

– Se quer saber... Você não tem nada de fracasso. Você consegue o que quer e sabe sempre o que faz. É problemática... Mas, uma problemática incrível e maravilhosa. Que não deve chorar nunca mais. – Justin sussurrou perto do meu ouvido.

Eu sorri ouvindo aquilo.

De algum modo, eu gostei de ouvir aquilo.

– Que lindo. Tentando ser gentil. – acabei rindo.

– Me dê um desconto. Não consigo ser igual aqueles caras de comedia romântica. – Justin riu pelo nariz.

Quase disse que ele era melhor. Pois era verdadeiro e não uma ilusão, mas, deixei quieto.

Já estou me sentindo como adolescentes amantes de rosa, músicas lentas e vestidos longos e coloridos. Daquelas menininhas felizes que dão até nojo.

Eu ri do meu pensamento e arfei quando senti Justin morder meu ombro e começar beijar meu pescoço e ir até os meus seios, ainda cobertos.

– Do que você tem medo Chelsea? – ele disse em um sussurro, sem parar com os beijos.

– Não tenho medo de nada. – dei de ombros. Justin riu, parando os beijos por alguns segundos e me encarando com duvida talvez. – Na verdade, sim, eu tenho alguns medos. Mas, é aqueles bobos, sabe? Não vale a pena. Algumas coisas a gente guarda, pra evitar alguns desastres. – sorri de canto e ele apenas passou a mão no meu rosto e depositou um beijo em meu ombro, em seguida mordendo o mesmo.

– Você não pode guardar tudo pra sempre. Sabe disso. – ele murmurou, perto do meu ouvido.

Senti ele morder o lóbulo de minha orelha.

Dei uma risadinha.

Eu não gostava de Justin e nem via ele como um amante, amigo, colega ou algo assim... Ele era apenas alguém. Um cara. Um cara que apareceu na minha vida. Talvez minha pequena distração.

[...]

– Você consegue. – ouvi Justin sussurrar ao pé de meu ouvido, enquanto andávamos pelo corredor da escola que já estava quase cheio.

Eu nunca me senti insegura e estava me sentindo desse modo agora.

Dei dois passos e parei, percebendo alguns olhares sobre mim. Era como se todo mundo daquele corredor estivesse me encarando. Será que haviam ficado sabendo da minha discussãozinha com Clarisse? Todas as coisas que havia me dito... Senti Justin apertar minha mão.

Olhei pra baixo, vendo minha mão segurada na tua. Eu revirei os olhos e afastei. Aliás, do jeito que tudo estava, não podia por minha reputação a perder mais ainda.

– Até depois, James. – sorri ironicamente pra ele e pisquei.

Em seguida dei de costas a ele, caminhando ainda mais rápido pro meu armário.

– É Justin! – ouvi ele gritar logo atrás.

Pude ouvir sua risada de longe.

Sorri sozinha e levantei a cabeça, tentando demonstrar que qualquer coisa que acontecesse comigo, não em abalaria. Que eu era mais forte que todos eles e ninguém jamais seria superior a mim.

Suspirei e abri meu armário, pegando alguns livros.

– Ah, meu Deus, Chel! – ouvi a voz de Maddie e me virei, encontrando ela ao meu lado com uma cara chorosa.

– O que é, Maddie Traidora? – bufei.

– Desculpa! A Clarisse acabou contigo! Eu queria fazer algo pra ajudar, de verdade... Mas, ela me expulsaria da torcida se dissesse algo. E você sabe como isso é importante pra mim. – ela disse um pouco rápido, mas, entendi.

Ela choramingou e a vi juntar as mãos e piscar os olhos como se implorasse pra que eu a desculpasse.

– É, to vendo que a sua torcida de merda é mais importante do que nossa amizade. – arqueei as sobrancelhas.

Maddie abriu a boca pra dizer algo, mas, ela não falou nada. Ficou em silencio.

Pois é, parece que eu estava certa. Talvez aquela droga de líder de torcida fosse mesmo mais importante do que nossa amizade de anos.

Talvez eu tivesse perdendo minha melhor amiga também.

Suspirei e deixei Maddie parada lá.

Me dirigi até a sala da próxima aula. Pela primeira vez eu não havia chegado totalmente atrasada.

Tinha gente conversando, pude ver Justin falando com uns garotos no fundo da sala e Clarisse Vadia sentada em cima de uma carteira rindo com duas outras meninas.

Joguei minhas coisas em uma carteira mais no fundo.

– Ora, olha só. A malvadinha chorosa resolveu aparecer. – ouvi a voz de Clarisse e me virei, encontrando ela sorrindo ironicamente pra mim. – Te magoei querida? É duro ouvir algumas verdades, né? Coitadinha. Estou morrendo de pena. – ela disse com ironia.

Eu acabei gargalhando.

– Querida, vai ter que fazer muito mais do que aquilo pra me derrubar. Eu sou indestrutível. E que fique bem claro isso pra todos daqui. Nunca tente passar por cima de mim, eu sempre estou um passo a frente. – pisquei a ela e dei um sorrisinho sarcástico.

Ela ficou com uma cara interrogativa e toda aquela sua posse de convencida que se acha superior deu um tempo para apenas franzir a testa e me observar.

Em seguida, o professor entrou pra dar inicio a aula e todos se sentaram.

Eu não prestei atenção naquela aula tediosa de matemática.

Vi um papelzinho voar e cair em cima da minha carteira. Olhei aos lados e vi Justin, - ah que ótimo -, que fazia alguns gestos para que eu pegasse o papel.

Suspirei e desamassei. Vi que estava escrito algo... Como... “você está livre esta noite? Podemos fazer algumas coisas...”

Eu ri e acabei revirando os olhos.

Me virei pra ele e ri.

– Nada mudou entre a gente. – sussurrei.

Ele fez uma cara de decepcionado e eu só dei de ombros.

Me ajeitei na carteira, olhando pra frente e fazendo alguns rabiscos nos livros.

Voltei a pensar em tudo... Em como eu esqueci dos meus objetivos hoje. E que talvez eu fosse mesmo uma louca que finge não ter sentimentos e que seja talvez, indestrutível.

Ou melhor, inquebrável.

Nada mais vai me fazer chorar nesse mundo. Nada mesmo.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Odiaram? Comentem, me digam o que acharam e me deixem sugestoes, por favor? aushaushaus e o que acham de uma recomendação? hm/ kk elas me inspiram.. é!!!
Obrigado pelos reviews, bebês.
até o proximo capitulo.. NHAC :33