Entrei na casa de Maddie totalmente apresada, com Justin comentando alguma coisa logo atrás de mim. Mas, nem ao menos me dei o trabalho de entender o que ele falava. O puxei pela mão, para adentrarmos melhor naquela festa. A sala da sua casa estava cheia de pessoas dançando, comendo, bebendo e se agarrando por ali.

Fitei Justin rapidamente que estava com um sorriso malicioso no rosto, enquanto fitava algumas garotas com mini saias que dançavam juntas de um jeito que dava pra ver a bunda e um pouco mais delas. Que nojo. Dei um tapa no seu braço e ele me fitou desentendido. Acabei revirando os olhos.

Percebi que algumas pessoas começavam a nos fitar e cochichar algumas coisas. Ah, que ótimo!

– Que legal. Agora todos vão achar que temos algo porque chegamos juntos. – olhei pra Justin fazendo cara de nojo.

Ele riu.

– E não temos? – ele apertou minha cintura, me puxando pra colar seu corpo no meu.

– Obvio que não, seu nojento. – empurrei seu peito, me afastando rapidamente.

Ele deu aquele sorriso sarcástico, que ama usar para me irritar. Quase estapeei sua cara. E estapearia se Maddie não tivesse chegado antes.

– FINALMENTE! – ela gritou, me abraçando em seguida. Quando me soltou olhou pra Justin, e depois pra mim de novo. – Vocês... Vieram juntos? – ela franziu a testa.

– Infelizmente sim. – bufei. – Não tive escolhas Maddie. – cruzei os braços, fitando o idiota a minha frente.

– Ela me ama tanto que não consegue mais ficar um minuto longe de mim. – Justin piscou pra Maddie que suspirou e faltou gritar com aquilo.

Minha amiga é uma traíra.

Uma grande vadia.

– Cale a droga da sua boca, Stromberg. – bati no seu braço.

Ele me olhou rindo. Já disse que odeio esse menino? Ele não presta.

Em seguida, ele deu um abraço na Maddie lhe desejando os parabéns. E achei que ele ia sair dali e ia se agarrar com uma vadia qualquer por aí, mas, ele apenas se colocou ao meu lado novamente. Acho que apenas tentando me provocar. Arrrgh!

Maddie suspirou, nos olhando sorrindo.

– E o meu presente? – ela bateu palminhas e estendeu a mão em seguida.

– Ahn... – murmurei, tentando pensar em algo. Droga, eu tinha esquecido tudo mesmo. – Eu estou aqui! Não sou o melhor presente que você poderia receber? – abri os braços e tentei dar um sorriso amoroso.

Mas, acho que amor não é uma palavra digna do meu vocabulário.

Maddie me olhou com tédio.

– Sério? Esqueceu mesmo meu aniversario, né? – ela fingiu chorar.

Droga.

Eu odiava abraços e conversas melosas, mas, a única coisa que pude fazer, foi abraçá-la. Ela retribuiu o abraço, deixando a cabeça deitada no meu ombro, enquanto fungava fingindo chorar.

– Prometo que vou comprar algo. Eu apenas... Apenas não deu tempo de comprar. – ou de lembrar-se de comprar, completei em pensamento.

Ela se afastou do abraço e me deu um sorriso tímido, típico de Maddie. Minha amiga vadia se aproximou de Justin em seguida, recebendo um selinho demorado do mesmo, o que certamente me deixou... Raivosa. Que tipo de amiga é Maddie? Ela é uma traidora! E ele é um idiota! Ele não pode usá-la de jeito nenhum.

Ouvi Justin dizer a ela que buscaria uma bebida e que já voltaria. Eu rapidamente puxei o braço da minha amiga e a levei a um canto menos barulhento.

Ela parecia não entender nada.

– Ainda fica com ele? Não acredito! – disparei.

– Qual o problema? Ele é bonito, fofo... – eu bati no seu rosto antes que ela terminasse. Por puro impulso.

E porque ficar ouvindo adjetivos sobre aquele garoto me dava mesmo nojo.

– Ele é um cafajeste que esta te usando, Maddie! – cruzei os braços, fazendo minha melhor cara de reprovação.

– Ué, então parece que vocês não são tão diferentes assim. – ela me olhou, com um meio sorriso, sem humor algum.

Eu suspirei, passando a mão pelo cabelo.

– Apenas... Não quero que se machuque. – franzi a testa e suspirei.

– Eu não vou. Sei me cuidar. – ela sorriu, me assegurando. – Agora, com licença... Tenho que atender o pessoal. – ela apontou pra porta onde entrava alguém e em seguida, sumiu da minha vista.

Eu olhei aos lados, me vendo com a maior cara de idiota. Ela havia me deixado falando sozinha, que ótimo.

Eu até podia ser bem popular, mas, eu não tinha muitos amigos. Não amigos de verdade. Apenas Maddie. A maioria às vezes fingia serem meus amigos apenas pra não ser um dos meus motivos de piada ou pra tentar ser popular também. Outros apenas tentavam ficar longe o bastante para que eu não os notasse. A maioria parecia ter medo de mim. Mas, eu nunca liguei para o que as pessoas pensavam, eu sempre tentei... Tentei focar nos meus objetivos e mandar todos se foderem.

Olhei aos lados, vendo várias vadias que eu podia conhecer como lideres de torcida. E por sorte, parece que Maddie não convidara a Clarisse, ou ela apenas estivesse em um dos quartos ou cantos escondidos da casa com alguém.

Peguei uma garrafa de vodka que estava por cima de uma mesa cheia de coisinhas e abri a mesma, já virando um gole. Um bom gole que fez minha garganta arder.

Eu só precisava me distrair.

Esquecer dos meus pais dizendo o quanto eu não prestava e fazer algo hoje sem calcular ou pensar no porque daquilo. Eu apenas queria ficar bêbada e não me importar com o dia de amanha. Sei lá, queria apenas... Me divertir.

– Ei, cadê sua amiguinha? – Justin apareceu ao meu lado, olhando aos lados.

– Você não vai brincar com ela. – disse sem fitá-lo, enquanto virava a garrafa em mais um gole.

– Quem é que ta brincando com alguém por aqui? – ele ficou na minha frente, me obrigando a fitá-lo.

– Você. – dei um meio sorriso irônico. – Me deixe. – o empurrei, enquanto caminhava até a cozinha acompanhada da minha vodka.

Virei à garrafa, a vendo pela metade.

Senti segurarem minha cintura e meu corpo bater no de alguém, me envolvendo por trás com dois braços.

– Chega de jogos, Chelsea. – a voz rouca de Justin sussurrou perto do meu ouvido o que me fez ficar arrepiada.

Revirei os olhos, rindo irônica. E em seguida virei à garrafa tomando o resto em um gole só. Meu corpo se estremeceu e minha garganta ardeu em chamas.

Me virei para bater a garrafa na sua cabeça, mas, ele me segurou pelo pulso no mesmo instante e a garrafa apenas caiu no chão, rolando pra longe. Fiz bico, um pouco manhosa enquanto Justin andava me segurando pelos pulsos.

Minhas costas bateram em algo atrás de mim. Pra ser especifica, bateu no balcão. O que me deixou prensada entre ele e Justin.

Senti Justin começar a trilhar alguns beijinhos e mordidas pelo meu pescoço. Ugh!

– Você é mesmo um completo... – ele não me deixou completar, prensou seus lábios nos meus rapidamente.

Eu não ia retribuir aquele beijo forçado.

Esmurrei seu peito e ele deu um pulo pra trás.

– Você é tão... – estapeei seu rosto, fazendo ele virar o mesmo e colocar a mão rapidamente no lugar onde agora estava vermelho pelo tapa, fazendo uma careta de dor.

– Sou qualquer coisa. Mas, não sou uma idiota, Stromberg. – arqueei as sobrancelhas, enquanto o fitava em uma expressão raivosa e um sorriso sarcástico ao mesmo tempo. – Eu sei exatamente qual o seu jogo. Eu sei exatamente o que você faz... Com todas elas. E eu não vou ser mais uma na sua listinha imbecil. Eu sei seus segredos Justin, os mais obscuros. – cruzei os braços.

Sua expressão era um misto de duvida e divertimento.

Ele podia estar o mais confuso possível, mas, jamais iria admitir algo assim.

– Chelsea... Chelsea... Você não sabe de nada, querida. – ele sorriu, de um jeito meio sombrio.

– Eu sei de tudo que se passa naquela maldita escola. – bati os pés, como uma criança pirracenta.

– Ah, sabe! – riu ironicamente no meu ouvido. – E o que passa fora dela, ahn? Você não faz idéia das coisas que são faladas quando você não esta presente. – seu sorriso se alargou ao ver minha expressão, que eu mal sabia como deveria estar agora.

– Eu tenho meus contatos. Eu sei. Eu sempre sei. E eu não ligo pro que dizem. – praticamente curvei-me, ficando com meu rosto mais perto do seu.

– Você se faz de durona, mas, é tão sensível quanto aqueles em que você pisa. – ele riu, passando o dedo polegar pela minha bochecha. – Talvez até mais. – murmurou, e eu pude perceber que ele fitava meus lábios.

– Porque não vai deixar mais uma garota grávida, hein? Sei que você é bom nisso. – sorri, meio sarcástica e pude ver que ele me fitou surpreso.

– Como você... Não... Ta dizendo que... Cale a boca, Lestrange. – ele me segurou pelos ombros.

– Como eu disse, eu sei de tudo, Stromberg. – deixei minhas mãos passarem de seu cabelo e irem descendo até parar no cós de sua calça. – Eu sei o principal motivo pelo qual você se mudou pra cá. Tentando fugir das responsabilidades, certo? – dei uma gargalhada irônica.

Sua expressão ficou totalmente raivosa.

Ele apertou meus braços e me prensou ainda mais no balcão, fazendo minhas costas doerem. Mas, eu não conseguia parar de rir. Eu ri muito alto e acho que aquilo o deixou ainda mais bravo.

– Acho que achei seu pequeno ponto fraco. – mordi os lábios, tentando cessar as risadas.

– Você é uma vadia. – ele franziu a testa e juntou as sobrancelhas com raiva.

O que aconteceu depois foi meio inexplicável. Acho que ambos estávamos bêbados.

Porque, bom, depois da pequena discussão, Justin tomou meus lábios e eu apenas... Droga... Eu retribuí a merda do beijo.

Era um beijo bem... Ahn... Urgente, com gosto de uísque e menta. Justin tinha os lábios macios e sua língua brincava com a minha de um jeito... Bom, ele sabia bem o que fazia. Chupou meu lábio inferior e deixou sua mão descer por minha cintura, enquanto a outra puxava uma de minhas pernas.

Coloquei as pernas ao redor da sua cintura, enquanto ele me puxava e me colocava sentada por cima do balcão.

Coloquei uma de minhas mãos por dentro da sua camisa, arranhando suas costas, enquanto ele apertava os meus seios com uma das mãos. E que mãos!

Porra Chelsea!

Arfei quando ele soltou seus lábios dos meus e passou a beijar meu pescoço e meu colo, descendo para beijar meus seios. Puxou minha blusa, que infelizmente era tomara que caía e foi parar na cintura, me deixando com os seios totalmente amostras. Sorte que eu usava um sutiã, que também era tomara que caía, mas, dava pra quebrar o galho.

Ele chupava meus seios e os mordiscava de um jeito que me fazia gemer! Não podíamos ficar fazendo essas coisas, nos odiamos! Ainda mais na cozinha e quando metade da escola poderia estar nos assistindo.

Adentrou a mão em minha saia – é infelizmente eu usava saias –, fazia carinhos em minhas coxas e em seguida subiu massageando meu clitóris. Aquilo me soltou um gemido.

Chelsea... Está na hora de acabar com isso! Vamos lá garota... Saía dessa!

Respirei fundo. Justin era bom! Infelizmente era bom! E droga... Eu tinha que afastá-lo, mas, com ele beijando-me e me deixando totalmente excitada desse jeito, como eu faria isso?

– Se eu quisesse ver um filme pornográfico teria ficado em casa. – ouvi uma voz conhecida, Justin não se desgrudou de mim, mas, meus olhos puderam focar Clarisse parada na soleira da porta nos olhando com nojo.

Puxei Justin pelo cabelo e empurrei seu peito, o fazendo parar.

– C-Caralho... – eu acabei rindo quando o ouvi gaguejar e Clarisse riu também.

Ri um pouco mais quando vi o grande volume em suas calças.

Justin olhou pra trás, a vendo ali e depois voltou a me fitar. Ele mordeu os lábios enquanto fitava meus seios e eu tive que revirar os olhos.

Só assim percebi que Justin estava sem blusas também e deixava a mostra o seu abdômen definido... E que saúde esse menino tinha! Meu Deus!

Balancei a cabeça, despistando os pensamentos e tratei de ajeitar minha blusa, a arrumando. Pulei de cima do balcão e ajeitei minha saia também que estava mais pra lá do que pra cá.

– Vocês são... Nojentos. – Clarisse resmungou logo atrás e saiu dali batendo os pés, irritadinha. Eu ri da cena.

– E a minha... A camiseta? – Justin parecia meio atordoado.

Eu olhei ao redor da cozinha e ri alto quando vi sua camiseta dentro da pia.

– Acho melhor nem vesti-la. – apontei.

– Porra. – ele murmurou e foi até a mesma, a tirando da pia e vendo-a um pouco molhada.

Eu ri daquilo.

E percebera agora que não ficara tão sem graça quando Clarisse nos viu... Assim. Bom, aquela garota que se foda, ela era uma patricinha idiota e se ela gostasse do Justin como eu achava, era bom que sofresse mesmo.

– É melhor que ninguém saiba. – fitei Justin com um olhar meio ameaçador.

– Contanto que você não diga nada sobre... Bom... Você sabe... – ele deu de ombros, com um sorriso tímido.

Nunca o tinha visto com um sorriso tímido.

– Vou pensar nisso. – pisquei, sem nem ao menos saber exatamente sobre o que ele falara.

Em seguida, saí daquela cozinha o deixando sozinho ali e fui até a sala, que estava ainda mais cheia do que quando eu havia chegado.

Eu peguei um copo de alguma bebida e fui até o amontoado de pessoas que dançavam no meio das luzes coloridas e o DJ. Maddie sabia dar boas festas quando queria.

Minutos depois senti duas mãos em minha cintura, e até achei que pudesse ser o tarado do Justin, mas, bom, quando me virei, não era. E dei graças a Deus por isso.

– Chelsea, certo? Sou Chris. – ele sorriu, de um jeito meio inocente, meio safado. Não dava pra saber.

– Novo por aqui? – arqueei as sobrancelhas.

– Quase isso. – mordeu os lábios.

Bom, eu precisava ficar com alguém que não fosse o idiota do Justin, certo?

Então, eu não lembro o resto da minha noite, mas, sei que me diverti bastante com aquele tal de Chris.

Pelo menos, é o que eu acho.