"Lunny estava num quarto escuro. Era parecido com o que ela usava na casa dos Harvelle, só que não era confortável. As janelas foram precariamente fechadas com tabuas (por causa disso, só havia alguns feixes de luz no quarto).

Ela não sabia o que Adam pretendia e fazia dias (ou semanas, meses) que ela não saia daquele quarto. Desde que Adam a seqüestrou, ele a manteve lá.

“Eu preciso avisar as minhas filhas que estou bem. Elas podem arriscar suas vidas", pensava Lunny aflita.

O quarto parecia um porão, todo fechado. Só que ela sabia que era no segundo andar, depois de ser sido arrastada até lá.

Ela estava desesperada, precisava saber como as filhas estavam mais primeiramente tinha que dar noticias dela.

Deitou-se na cama e pensou na sua casa, nas suas filhas, na sua coruja...

- É isso! - Ela levantou da cama num estalo e começou a procurar pelo quarto um papel e uma pena.

Na escrivaninha tinha um pedaço de papel amassado e no armário uma pena, já preta de tão suja que estava.

Com toda a força de seu pensamento, ela pediu para sua coruja vir até ela.

Por anos, enquanto seus filhos estavam em Hogwarts, ela ficava sozinha. Sua única companheira era a sua coruja. Nesse tempo, ela treinou para seguir seus comandos por pensamentos. Lunny tinha esperança que aquilo funcionasse.

Por horas ela esperou com medo que Adam descobrisse seu plano.

Passado um dia, ela perdeu toda a sua esperança.

Quando ela tinha cochilado, se surpreendeu com um estrondo. Sua coruja adentrou levemente o quarto.

- Como... Ela gaguejou perplexa. O pássaro piou alto, Lunny botou a mão no seu bico.

- Quieto! - Ela amarou o papel rapidamente na perna da coruja. - Vá! Eu não sei com você fez isso, mas foi útil! - Ela sorriu. - De qualquer jeito, tenho que consertar isso. Não poderia explicar isso a Adam. Se bem que seria ótimo fugir, mas... - Ela se perdeu em pensamentos, e quando viu, a ave tinha ido embora.

Ela observou a ave indo em direção do horizonte."

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Foi o dia mais estranho do mundo.Todos queriam voltar para Hogwarts,exceto eu,Ally e mais duas pessoas.

Gina fez Ally ir para Hogwarts,como sempre.Mas eu tomei minha decisão sozinha.E se Marianne estivesse atrás de mim,como Adam estava atrás de Ally e as irmãs?Bobagem,estou querendo formar uma história que não é minha.

- Vai para Hogwarts ou não? – Disse Anna atrás de mim.

- Estou pensando,se Marianne quer nos pegar... – Fui interrompida.

- Ela não quer,mas você quer que ela venha.Tire essa vingança da cabeça,está querendo ser quem não é:Allynne.

- Não é verdade,só quero... paz.

- Quando vai para de mentir,Ann?Quando vai se dar conta que sua realidade é outra?

- Assim que eu vingar minha família.                     

- Tire isso da cabeça,é inútil,nunca vai acontecer ta bom?

- Você é tão pessimista Anna.Você não era assim.

- Mas agora sou. – Ela saiu andando,Anna estava pior que eu.Estava louca de desejo,mas não queria admitir.

Talvez eu não fosse a mais afetada da história,e isso me perturbava,não podia ajudar minha própria irmã gêmea,Porque tinha que ser tão difícil?Porque nada era fácil?Talvez eu devesse aprender a ser feliz do jeito que estava:viva.
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As horas tornaram-se minutos.Acordei muito tarde.Anna gritava pelo quarto algo como Hogwarts aguarda.HOGWARTS!Eu havia esquecido completamente de Hogwarts.Levantei-me rapidamente,meus olhos verdes estavam inchados,meu cabelo vermelho todo bagunçado.Arrumei o cabelo,troquei de roupa,com a varinha,arrumei meu malão e desci as escadas da casa dos Williams.Entramos no carro de Alinne(imagine mil pessoas em um carro,só magia mesmo né?!)

Não sei como não viram tanta gente passando pela parede,trouxas mesmo né.Achei uma cabine vazia quando entrei no trem,Anna sentou comigo,ficamos sozinhas lá.Todos se divertiam em suas cabines,mas o clima entre mim e Anna era pesado.Opiniões diferentes,sentimentos diferentes.Mas por dentro,o mesmo desejo de paz.Desejo de viver.

- É ruiva,Hogwarts nos espera. – Disse Anna quebrando o gelo.

- É mesmo,nem acredito que já é quase o sétimo ano para mim.O quarto ano passou tão rápido,e agora o quinto.Não sei se vou agüentar ficar sem vocês em Hogwarts. – Anna riu,ela sabia que eu não ficaria sozinha,havia o time de quadribol,eu era a batedora deles desde o segundo ano.

Ficamos conversando sobre tudo.Sentimentos,desejos,...

Ela queria entender-me e eu tinha a mesma vontade,era bom saber  que alguém se importava comigo.

Mas um pensamento veio-me a cabeça:Onde estava Ronald?Ele não estava em casa quando fugi da mansão dos Williams,e não havia nem sinal das coisas dele.Mais um mistéio,que caralho!