Harry Potter E O Toque Da Morte escrita por RTafuri


Capítulo 22
O CURSO DE FORMAÇÃO


Notas iniciais do capítulo

Depois da ideia de remover os alunos de Hogwarts, eu precisava estabelecer como o novo cenário iria funcionar. Originalmente este capítulo era a segunda metade do anterior.



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Harry, Rony e Hermione saíram em direção ao refeitório ao ouvir a sineta para o almoço. Passando pelo Saguão Central, eles viram Draco Malfoy, Sean Montague, Zandley Brieck e Malcolm Baddock fora do trem junto com Hagrid. Os três primeiros estavam sendo levados à Hogwarts e Baddock para a estação de King’s Cross.

— Tomara que eles não tentem nada contra Hagrid, senão eu prometo que vou colocar todas as azarações que eu conheço dentro de uma caixa e acabo com a raça desses três.

— Não só você, Harry — era Fred Weasley, que ia também em direção ao refeitório — E aí, vocês três aluninhos. Tiveram aula de quê?

— Poções, Transfigurações e Feitiços — respondeu Harry. — e temos Herbologia, Trato das Criaturas Mágicas, Defesa Contra as Artes das Trevas e o Curso de Formação.

— Algo que vale a pena assistir — disse Jorge, alcançando os outros quatro.

— O quê? O curso de formação?

— Não, Roniquinho. A minha b…

— Tudo bem. É legal o curso? — Perguntou Hermione.

— Demais — responderam Fred e Jorge juntos.

— Quem ensina? — Perguntou Harry na altura em que eles alcançaram o refeitório.

— Surpresa. Não vamos contar — disse Fred.

— Veja na hora da sua aula — completou Jorge.

— Mas se vocês contarem vai ficar muito mais fácil. Juntem-se.

E, obedecendo a Rony, duas mesas se juntaram.

Os cinco almoçaram arroz à grega com couve de Bruxelas, tentando convencer Fred e Jorge a dizerem quem seria o professor do curso de formação.

— Não vamos dizer.

— Vocês só vão descobrir quando virem.

— Pronto. Vocês têm aula agora. Vão logo — disse Fred quando a sineta tocou.

Harry, Rony e Hermione se levantaram, mas tentaram mais uma vez.

— NÃO!

*        *        *

A aula de Herbologia era na porta de número dois. Ao entrar nela, Harry viu três portas. “Herbologia — Sprout”, “Trato das Criaturas Mágicas — Rúbeo Hagrid” e “História da Magia — Binns”. A porta da professora Sprout já estava aberta.

— Proparúveras — disse a professora quando todos entraram no que parecia uma das estufas de Hogwarts.

Harry olhou para as proparúveras. Era um tronco de madeira verde, com bolhas azuis brilhantes que brotavam dos mais estranhos lugares.

— O líquido das proparúveras é incrivelmente precioso. É um antídoto melhor que o próprio bezoar. Mas é muito difícil extrair este líquido. O que eu quero que vocês façam é extrair este líquido.

— Como?

— Eu vou explicar, Sr. Thomas. Primeiro, vistam as suas luvas de couro de dragão. Depois, peguem estes cortadores sobre a minha mesa. Os coloque na posição de base, pois o brilho que vocês vêm nas bolhas, é um dos mais corrosivos ácidos. E que acaba com a luva.

— Colocando o cortador na posição de base, o enfie nas bolhas, com um pote embaixo. Cada bolha tem aproximadamente três litros de líquido. Qualquer dúvida é só falar comigo.

Era fácil extrair o líquido das proparúveras, embora dava um pouco de medo. O líquido cheirava fortemente a jasmins e era num violento tom de verde.

— Não bebam o líquido. Não vai lhes fazer nada bem. Embora tenha gosto de morangos, quando devidamente preparado — disse a professora quando eles enchiam o terceiro pote de quatro litros.

Quando a sineta tocou, eles saíram para encontrar Hagrid já à espera deles.

— Cheiro bom — disse ele para Harry.

— Líquido de proparúveras.

— Hum. Bastante interessante.

— Hagrid. Já voltou?

— Sim, Rony. Já. Deixei eles onde deveria deixar e voltei para cá. Fomos no Nôitibus Andante. Dumbledore deu ordens ao Stan Shumpike e ele nos levou e nos trouxe logo. A propósito, aquela expulsão passou dos limites. Quando fui expulso, o professor Dippet não destruiu a alma da varinha.

— Eu não acho que Dumbledore fora longe demais. Uma Maldição Imperdoável na terceira série. Ele era realmente mau.

— Coitado do Longbottom — cochichou Hagrid para Harry, Rony e Hermione quando Neville entrou na sala.— O que eles fizeram com ele. Eu vi. Foi horrível.

— Hagrid, eles não fizeram nada contra você. Fizeram?

— Nah, Malfoy tentou me azarar, mas não conseguiu. Harry, não teve graça.

— Eu sei Hagrid, o que vai ter graça é a cara de Malfoy.

— Não vou perguntar nada.

— É melhor não.

— Harry. O que você vai fazer? — Perguntou Hermione.

— O que eu havia prometido. Mas antes eu preciso encontrar o Fred e o Jorge. Mas mesmo assim, vai ter que esperar um mês.

— Um mês para o quê?

— Você vai ver. Hagrid o que vamos ver hoje?

— Continuamos com dragões. São vários.

Desde o dia em que Rony transformara Draco Malfoy numa lesma, Hagrid tem trazido várias espécies de dragões para as aulas.

Hoje, Hagrid trouxera uma que Harry conhece muito bem.

Entrando na sala, eles encontraram sobre a mesa, um ovo cor de cimento. Demorou um pouco para que Harry o reconhecesse.

— Quem sabe me dizer de que espécie de dragão é este ovo?

Para surpresa de ninguém a mão de Hermione se levantou no ar, mas Harry também levantou o braço.

— Sim, Harry? — Hermione ficara desapontada e abaixara o braço.

— É um ovo de Rabo-Córneo Húngaro.

— Muito bem Harry, muito bem! Hermione, o que pode nos dizer sobre este dragão? — a garota pareceu ficar mais feliz.

— O Rabo-Córneo Húngaro é um dos mais perigosos dragões que existem. Com a aparência de lagarto, olhos amarelados, escamas pretas e chifres cor de bronze, o Rabo-Córneo tem o maior alcance de labaredas de sua espécie, quinze metros. Seus ovos têm cor de cimento e uma casca muito dura. Ao nascer, os filhotes quebram a casca com a calda, onde seus chifres já estão bem desenvolvidos. O prato favorito do Rabo-Córneo Húngaro são os humanos, mas ele também se alimenta de cabras e carneiros.

— E pegar seus ovos é quase impossível — cochichou Harry no ouvido de Rony. O garoto riu, mas Hagrid não prestou atenção.

— Exatamente. Hoje, não quero muita coisa de vocês, este aqui está quase nascendo. Só quero que vocês observem e façam um esquema.

Foi uma aula particularmente chata, levando em conta que uma hora se passou sem que nada acontecesse. Quando a sineta tocou, os garotos foram para a porta número um onde teriam aula de Davi.

— Sentem-se, sentem-se — Davi estava bastante apressado para iniciar a aula. — O que eu tenho hoje é algo muito importante, muito perigoso e, hoje em dia, muito comum. A Maldição do Desacordado.

— Para isso, eu vou precisar de gente viva — Hermione se encolheu na cadeira. Hermione sofrera a Maldição do Desacordado há menos de seis meses, no Departamento de Mistérios. — Não se preocupe, senhorita Granger, não vou fazer isso com alunos. Muito menos com você — Davi se virou para um canto da sala, onde doze bonecos de plástico estavam uns sobre os outros — Vivadart! — Os bonecos ganharam vida e começaram a se levantar. Dois a dois eles se dirigiram a cada aluno.

— Quero que vocês apontem as varinhas para eles, façam uma linha horizontal com a varinha e digam com clareza o feitiço Mordrematrum!

— Mas, professor, essa maldição não seria ilegal?

— Seria, Potter. Ela é ilegal. Mas é bom que vocês aprendam. Mas se preferirem, posso deixar isso de lado, mas se vocês ouvirem Mordrematrum em algum lugar e forem atingidos, sinto muito — respondeu Davi com frieza.

Harry achou estranho. O professor Davi sempre o tratou bem, não entendia o porquê de uma resposta assim.

— Acho que você prefere ver a maldição — Davi continuava frio.

Harry concordou com a cabeça e virou para um de seus bonecos.

Mordrematrum! — conforme Harry fazia a linha horizontal, uma luz roxa saía da ponta da varinha dele e ia em frente, até atingir o peito do boneco. Um fio de sangue escorria do peito do boneco e ia piorando. Harry achava aquilo um absurdo, já estava indo longe demais — Finite Incantatem! — Mas não resolvera — Finite Incantatem! — Nada.

Mordrevitrum! — Davi apontara a varinha para o boneco de Harry que sangrava cada vez mais e o sangramento estancou, mas o boneco caiu no chão desmaiado. — Se não for removido, a pessoa morre. Vários Comensais da Morte propositadamente esqueciam de dizer Mordrevitrum.

— Ele não estava estranho? — Perguntou Harry quando eles finalmente saíram da sala de Davi.

— Não notei — disse Rony sacudindo os ombros.

— Eu notei — disse Hermione. — Mas não deve ser nada, Harry. Ele pode estar só irritado com alguma coisa. Algum problema pessoal.

— Ei, Harry — disse Rony —, vamos logo, quero ver quem é o professor do curso de formação.

Harry e Rony quase correram para sair da porta número um e ir em direção à número três. Ao entrar nela, se depararam com o maior corredor que já haviam visto até ali. Cada porta era uma área específica para os alunos que prestaram N.O.M.s no ano passado e no anterior.

Andando um pouco pelo corredor, eles viram uma porta de nogueira com a palavra “Aurores” escrita. Mas não havia nome de professor.

— Tchau então — disse Hermione.

— Aonde você vai? — perguntou Harry.

— Não quero ser uma auror, se lembra?

— Ah, tchau então — e Harry se virou para a porta.

Entrando na sala, eles se depararam com uma sala parecida com a da AD, mas com mais artigos de Defesa Contra as Artes das Trevas do que Harry possuía. Isso o lembrou de algo.

— A propósito — disse ele para Rony. — O que aconteceu com a AD?

— Mínima idéia — disse Rony sacudindo os ombros. — É melhor sentarmos.

Eles procuraram dois pufes para sentar.

— Só falta o professor — disse Rony.

— Os professores. — disse Harry ao ver que, além da porta de entrada, haviam duas portas na sala.

— É.

Toc, toc, toc.

— Não.

— Não pode ser.

— Não pode ser o que, Potter? — perguntou uma voz que Harry conhecia e, ao olhar para trás, suas suspeitas se confirmaram.

— Acho, Alastor — disse outra voz, vindo da direção oposta a de Alastor Moody que fez Harry virar o pescoço tão rápido que o ouviu estalar. — Que Potter e Weasley querem dizer que estão impressionados de ter os professores que têm.

Harry ainda não conseguia acreditar. Em frente a ele, estavam Alastor Moody e Remo Lupin.

— Mas — Harry acabara de lembrar de algo muito importante. — Como eu vou saber se você é o Moody de verdade. Sabe, tivemos um impostor por dez meses e ele disfarçou muito bem.

— Me pergunte algo — Harry viu que Moody estava sorrindo —, algo que só eu saberia.

— Não, prefiro outra coisa. Ali. Naquele Espelho de Inimigos.

Moody andou até o espelho e Harry foi junto. Definitivamente, nenhuma sombra dos inimigos de Moody tinha a forma de Alvo Dumbledore ou de ninguém que pertencesse à Ordem da Fênix.

— Por que isso? — perguntou Moody, com um grande tom de curiosidade na voz.

— Afinal, meu trabalho vai ser reconhecer bruxos das trevas — respondeu Harry.

— Bom — disse Lupin —, vejo que serão só vocês até junho.

— O quê? Só a gente? — Perguntou Harry.

— É. Só vocês — confirmou Lupin. — ninguém em Hogwarts e mais ninguém aqui. Então vocês têm os dois professores aqui à hora que quiserem.

— A hora que quisermos? — Perguntou Harry — Acho que você quer dizer, a hora em que a Ordem da Fênix deixá-los livres.

— É melhor assim. Mas nas aulas de vocês, os dois estarão aqui. A não ser, é claro, na lua cheia.

— Bom, creio que a professora Minerva já deve ter falado com vocês sobre o que é ser um auror — disse Moody. — Então não precisamos perder tempo falando.

— Vocês, como aurores, têm pleno direito de executar as maldições Imperdoáveis desde que estejam duelando — disse Lupin.

— Teoricamente, vocês não podem sair por aí matando, torturando ou controlando pessoas — disse Moody. Harry achou ter entendido a ênfase de Moody ao dizer “teoricamente”.

— Embora, a maioria dos aurores os faça — disse Lupin olhando para Moody.

— É. Grande maioria. Mas não é o que importa. Vocês vão começar vendo a área das Maldições, aprendendo a lançá-las e, principalmente, a se defender.

— Depois, passamos a ver uma parte mais teórica. Poções específicas, transfigurações úteis e, o principal, a auto-transfiguração. Lembrem-se que um dos fatores principais para que um auror seja admitido é que ele saiba se esconder.

— Se tudo der certo, não vamos demorar a acabar o programa. Três aulas por semana só com dois alunos. Isso vai ser rápido — disse Moody.

Harry, Rony, Lupin e Moody ficaram os outros quarenta minutos da aula praticando algumas Maldições Imperdoáveis, embora, antes de começarem, Harry perguntara se eles não estariam com problemas se fizessem isso.

— Nós aqui não — respondeu Lupin. — Qualquer um lá fora sim.

— Ah.

Quando a sineta tocou para o jantar, Eles encontraram Hermione à porta número três.

— E aí. Quem são os professores?

— Você não vai adivinhar.

— Quem?

— Olha pra trás e veja — disse Harry.

— Eu não acredito.

— Pois pode acreditar, Hermione.

Eram Fred e Jorge vindo do corredor reserva.

— Corujal — respondeu Jorge antes que Harry pudesse pensar em perguntar o que eles estavam fazendo naquela parte do trem.

— Olho-Tonto Moody e Remo Lupin. Acho que, quando não estivermos ocupados demais, vamos assistir algumas aulas de vocês. O que acha, Jorge?

— Perfeito, Fred.

— O que vocês estavam fazendo no corujal? — Perguntou Rony.

— O que vocês fizeram com a “Gemialidades Weasley”? — perguntou Harry sabendo que a resposta dos gêmeos com certeza irritaria muito Rony e Harry sabia que o garoto era bem capaz de responder desta vez e Fred, que estava a meio caminho de mandar Rony para um lugar muito sujo, disse:

— A loja física está fechada. Então nós recebemos os pedidos por correio e às vezes damos uma pequena aparatada lá no Beco Diagonal.

— Eu quero um favor de vocês — disse Harry. — Em um mês Malfoy vai sair da detenção e isso vai ser no meio das férias de fim de ano. No dia primeiro de Janeiro. Como um presente, eu quero que ele receba todas as azarações que vocês conseguirem colocar dentro de uma caixa e tudo o que possa deixá-lo com uma cara bem feia. Já tenho como conseguir fotos do Malfoy para que nós possamos ver o resultado. Dá pra fazer isso pra mim?

— Pra você dá — respondeu Fred.

— Mas tenha certeza de que se fosse outra pessoa, nós cobraríamos por feitiço — completou Jorge.

Chegando perto do refeitório, eles encontraram Emily Marian saindo do seu quarto e indo jantar. Ela estava muito melhor do que ontem à noite, quando eles foram atacados por Dementadores.

Para ser sincero consigo mesmo, Harry percebeu que Emily estava muito mais bonita do que ele a vira antes. Será que esta era a primeira vez que ele prestava atenção nela? Será que ele nunca vira antes aqueles cabelos castanhos encaracolados que caíam pela altura do ombro, combinando perfeitamente com sua pele clara e seus olhos castanhos? Será que ele nunca percebera que Emily tinha uns dos corpos mais esculturais que Harry já vira antes, mesmo sob as vestes de Hogwarts?

Harry sentia uma coragem que não sentiria em seu estado normal.

— Emily, eu queria falar com você — disse ele, deixando Rony, Hermione, Fred e Jorge entrarem sem ele no refeitório.

— Fala — Emily sorriu. Ela ficava ainda mais linda sorrindo. — O que foi? Ah, Harry, antes de qualquer coisa, eu queria te agradecer por ter me salvo ontem e eu queria te dizer que eu estou sentindo algo muito forte por você, algo que eu não estou conseguindo controlar mais. Eu também quero saber se você já tem companhia para o Baile.

— Ah, eu? Eu não.

— Quer ir comigo?

Harry se sentia no lugar errado. Era ele quem devia estar convidando Emily ao baile, não ela a ele. Harry contou isso a Emily.

— Então me chama — Emily continuava a sorrir. Harry conseguia cada vez menos desviar o olhar de Emily.

— Quer ir ao baile comigo?

— Quero.

— Quer ir jantar comigo?

— Quero.

Harry e Emily se dirigiram até o refeitório e tiraram uma cadeira de uma mesa. Harry segurou outra cadeira para que Emily se sentasse.

— Obrigada.

Harry se sentou de frente para Emily. Ele ainda não sabia de onde tirava tanta coragem para estar fazendo aquilo.

Quando o jantar apareceu, Emily colocou uma das mãos sobre a mesa. Harry sentiu vontade de segurá-la. E assim fez. Quando ele ia avançando com sua mão para a de Emily, ela virou a palma da mão para cima e segurou a mão de Harry, acariciando a parte superior da mão dele.

Emily chegava a sua cadeira para cada vez mais perto de Harry. Harry ficava cada vez mais nervoso. Emily também chegava o seu rosto cada vez mais perto do de Harry. Harry também aproximava o seu rosto ao de Emily. Eles estavam cada vez mais próximos. Se Emily chegasse mais perto ela iria beijá-lo. Harry sentia sua respiração cada vez mais forte.

E Emily o beijou. Mas era um beijo muito diferente ao de Cho Chang. Harry não se sentia sem ações enquanto beijava Emily. As únicas coisas que ele conseguia sentir eram a vontade que aquele momento nunca acabasse e também o seu rosto ficar cada vez mais quente, já que as ovações das pessoas que estavam jantando ficavam cada vez mais fortes.

Quando Emily o soltou, Harry quis dar tudo o que tinha para desaparecer. Ele sentia cada centímetro do seu corpo quente. Sentia que estava ficando cada vez mais vermelho.

— Se você não se importar — disse Harry. — Acho muito melhor sairmos daqui.

Emily concordou com ele, o beijou novamente, desta vez mais rápido e os dois se levantaram e saíram do refeitório de mãos dadas, nem chagaram a olhar para o prato de comida que ali ficou.

Todos começaram a fazer ovações novamente. Os responsáveis pela maior parte da barulheira eram sem dúvidas, Rony e Hermione.

Harry e Emily foram para o Saguão Central, que estava vazio. Emily conjurou um sofá a um canto sem iluminação e eles se sentaram.

— Sabe, eu sempre fui muito envergonhado com… com garotas — Harry tinha absoluta certeza de que estava ficando ainda mais ruborizado. Ele viu que Emily sorria quase abertamente. Isso praticamente o encheu de coragem. — Realmente, eu não sei de onde tirei tanta coragem para fazer isso.

— Só pode ter sido de mim! — Emily continuava a sorrir. — Eu preciso te dizer: você beija bem.

— Vo… você acha? — Harry tinha absoluta certeza de que deveria estar roxo de vergonha. Sentia sua pele queimar violentamente. Nunca recebera tal elogio. Nunca aproveitara tanto o fato de estar perto de uma garota que ele gostasse. Nem com Cho ele se sentia assim.

— É claro — respondeu ela. — Vou te perguntar uma coisa que não costumo perguntar, mas fiquei curiosa agora: e de mim? O que você acha?

— Você também beija muito bem.

— É. Já me disseram isso uma vez. Mas sabe de uma coisa? Eu acho que ainda posso arrumar uma maneira de ficar muito melhor.

— Como?

— A prática leva à perfeição.

Emily agarrara Harry pela frente das vestes e lhe dera outro beijo.

*        *        *

Não demorou muito e os jogadores reservas começaram a cruzar o Saguão Central em direção aos seus dormitórios, mas não conseguiam ver nem Emily nem Harry. Eles ficaram ali por mais uma hora depois da última pessoa passar e Harry foi para o quarto.

Encontrou Rony e Hermione, que já estavam deitados. Hermione já dormia profundamente. Rony abriu a boca e Harry tinha certeza de que ele diria algo, por isso tratou logo de cortá-lo.

— Boa-noite.


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