Meu Melhor Amigo, Minha Alma Gêmea! escrita por JunKya


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora gente... mas hoje to inspirada e provavelmente vou postar muitas fics, e essa eu não poderia deixar de fora, né?!
Well... sem mais delongas, segue o quarto capitulo! XD~



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Uma semana e meia tinha se passado desde que Baro saiu correndo comigo nas costas. Fazia uma semana e meia que eu não o vi mais. Desde aquele telefonema estranho que ele recebera.

Confesso que estive afundada demais nos livro essa ultima semana, por causa das provas, mas não custava nada ele aparecer para dar um oi! Ou me ajudar, como sempre fazia. Estava sendo tão torturoso estudar sem ele ao meu lado fazendo graça e me ajudando quando tinha duvidas.

-Waaa... Finalmente livre! – Disse jogando os braços para cima, enquanto me espreguiçava ao passar pelos portões do colégio.

-Isso aqui é uma prisão ou um colégio? – ouvi uma voz soar por cima do meu ombro. Virei-me rapidamente encontrando um sorridente Baro, escorado do lado de fora do muro do colégio, com as mãos no bolso.

-Quase uma prisão! – Brinquei. – Yaaaa... Por que você sumiu essa ultima semana? – Cruzei os braços enquanto o observava se aproximando.

-Desculpa, tive que... – ele hesitou por um momento, parecia que estava pensando em alguma desculpa plausível. – estive ocupado... – mas por fim resolveu não dar explicações. Colocou as mãos no bolso e começou a andar em direção ao metro. – Vamos!

-Yaa... Volta aqui! – disse indo atrás dele. – Como assim ocupado? Você nunca tinha me abandonada na semana de provas, sempre aparecia pra me ajudar a estudar! – Ele me olhou pasmo.

-Quantas vezes vou ter que te dizer que não te conhecia desde o dia que você se grudou no meu pescoço no meio da calçada? – ele parecia exausto.

-Hey, você parece cansado, tem dormido direito? – estranhei. Ele me ignorou e continuou andando. – Yaa, vem aqui! – disse segurando seu pulso e o puxando numa direção diferente.

-Onde estamos indo? – Ele hesitou nos primeiros segundos, imagino que pelo susto, mas então começou a correr atrás de mim.

Era como se fosse um ritual. Todos os anos, depois das provas trimestrais eu e Baro íamos para uma praça, próxima ao colégio, para celebrar o fim das provas e do ano letivo. Era realmente agradável, passávamos o dia inteiro lá. Tomando sorvete, brincando, jogando conversa e risadas fora... Julia aderiu o ritual na 7º serie, quando entrou no colégio e nos tornamos grandes amigas, mas Baro estava sempre presente, desde que tive minhas primeiras provas trimestrais ate hoje.

-Sempre linda! – Disse parando de correr, e admirando uma praça, com muitas arvores e flores se estender diante dos meus olhos. Pude ouvir alguns passarinhos cantando entre os galhos das arvores, e algumas crianças rindo enquanto corriam umas das outras. Lembrou-me a ultima vez que brinquei de pega-pega com Julia e Baro.

Julia estava surtando de tanta raiva que tinha de Baro, ela nunca aceitava quando ele a pegava... Sem contar que ela nunca o seguia. Sempre achei que Julia tivesse medo de Baro, mas depois de alguns anos, comecei a pensar que Julia na verdade era apaixonada por ele. Eu bem que tentei fazê-los ficarem juntos, mas Baro era tão teimoso quando Julia, o que não deu muito certo.

-Uau! Realmente é linda! – Baro disse com os olhos brilhando, parando ao meu lado. Sua reação era como se visse aquele lugar pela primeira vez. – Há quanto tempo você vem aqui? – eu ri com sua piada besta.

-Que pergunta hein... – dei uma risada e comecei a andar parque adentro. – Vem, vamos comprar sorvete!

Por um breve momento, me senti dentro de um filme. Ate procurei em volta, disfarçadamente, para ver se não achava as câmeras e roteiristas. Baro sorria para mim como se fosse uma criança... Uma criança no natal rodeada de presentes, ou na páscoa rodeada de chocolate, seu sorriso era inexplicável.

Preocupava-me ver seu rosto com uma imagem tão pesada, ele parecia que não dormia há dias! Mas se negava a me falar isso, dizia que estava bem, e ainda ficava sorrindo, enquanto comia o sorvete, me fazendo segurar a respiração para não suspirar na sua frente.

-Vamos sentar aqui? – apontei para uma arvore há uns cinco passos de distancia. Ele só concordou com a cabeça e seguiu ate ali.

Sentei-me escorada na árvore e ele sentou ao meu lado, colocando o resto da casquinha do sorvete que tinha em mãos na boca, e por fim colocando os braços para trás se apoiando sobre as duas mãos, como se estivesse tomando banho de sol, só que na sombra. 

-Hey, deita aqui! – tentei incentivá-lo há descansar um pouco. Mesmo que ele afirmasse que estava bem, quem recusaria um cafuné, deitado sob uma arvore no meio do parque, num dia lindo como esses?

Ele que não foi! Sem hesitar muito, sorriu e se atirou sobre meu colo, se acomodando ali. Sorri vitoriosa, terminando minha casquinha e por fim colocando a mão delicadamente sobre seus cabelos loiros, fazendo cafuné. Seus olhos hesitantes, mas por fim se fecharam, e após um longo suspiro, pude sentir seu corpo relaxando. Ele havia dormido.

Coloquei meus fones de ouvido, e fiquei escutando minhas musicas, enquanto meus dedos se entrelaçavam entre seus cabelos... Nem vi o tempo passar.

Passaram-se horas e eu não teria notado se não fosse pela minha perna começar a ficar dormente, por estar na mesma posição por muito tempo. Mas evitei me mexer para que não o acordasse. O sol estava quase se pondo, deixando o céu numa cor incrível, em um tom degrade desde as cores azuis, como o dia tinha sido, ate o laranja amarelado que se formava ao seu redor.

-Hey... Baro? – tirei minha mão, com seus fios de cabelo enrolados em meus dedos, de sua cabeça e segurei seu ombro, balançando-o fracamente, numa tentativa de acordá-lo. – Baro? Acorde! – o chamei mais uma vez. Ele pareceu ter ouvido.

-Han? Oi? – ele estava realmente muito sonolento. Seus olhos mal se abriam, e eu segurei o riso. Seu rosto era tão fofo quanto o de um bebe sorrindo, mesmo que ele estivesse parecendo que acabou de sair de uma maquina de lavar roupas...

-Acorda preguiçoso! – Eu brinquei, tocando com a ponta do dedo entre suas sobrancelhas, o fazendo olhar meu dedo e em seguida focar sua visão em meu rosto.

Eu supus que eu deveria estar muito feia, pelo fato de que ele deu um pulo, caindo sentado ao meu lado e me olhando assustado.

-Eu dormi? – ele me olhou pasmo. Deixando-me sem graça, apenas concordei com a cabeça e então olhei para o chão, passando as mãos sobre meus cabelos, arrumando-os se é que estavam mesmo bagunçados.

-Eu te trouxe aqui, depois da aula, como fazemos desde que tive minhas primeiras provas trimestrais. Mas dessa vez você estava muito cansado, podia ver em seus olhos isso, então te fiz deitar em meu colo, e por fim você dormiu. – disse ainda cabisbaixa, brincando com os cadarços do meu tênis, tentando evitar ao máximo olhá-lo.

-Vo-Você me fez... Por que não... Há quanto tempo... Mas... – sua cabeça parecia estar entrando em curto circuito.

-Hey, vai terminar alguma dessas frases? – O olhei, por fim, com uma certa cara de desprezo, e me levantei. – Vamos! Já esta quase anoitecendo... – disse arrumando a saia do meu uniforme assim que me levantei.

Baro, por um impulso, segurou minha mochila, e me olhou. Ele não precisou dizer nada, pude entender o que ele quis dizer. Então rapidamente desviei o olhar e larguei a mochila, para que ele a levasse. Coloquei as mãos no bolso do meu uniforme e segui andando pelo mesmo caminho que fizemos ao entrar na praça.

-Desculpa... – Estávamos a algumas quadras de casa quando ele resolveu quebrar o silencio incomodo e infinito que nos rondava desde seu surto ao acordar. O olhei rapidamente sem entender muito bem. -... Desculpa minha atitude ao acordar. – Concordei com a cabeça ainda sem falar nada.

Então ele de repente parou de andar. Dei uns passos a mais, mas assim que notei parei e me virei pra trás, o observando. Ele estava estático, cabisbaixo, por um momento fiquei preocupada, não sabia o que fazer. Será que era por minha causa? O que estava acontecendo com ele quando ele estava longe? Baro era meu melhor amigo, mas nessas ultimas semanas, ele não era o mesmo que eu o conhecia. O que aconteceu com aquele meu amigo?

O que são essas coisas estranhas que sinto dentro de mim, toda vez que estou perto dele? Isso é novidade, antes não era assim. Sinto meu coração bater mais forte, minha respiração às vezes falha, minhas pernas às vezes ficam bambas. São sempre coisas que me faze perder a noção do que esta acontecendo.

E olhá-lo assim, cabisbaixo, fazia meu coração se apertar, como se estivessem tentando cortá-lo ao meio com uma corda. Quanto mais ele bate, mais forte é a dor. O que é isso?

-Eu aceitei suas desculpas, o que aconteceu?

Ele por fim negou com a cabeça, levantou o rosto, fazendo nossos olhos se encontrarem, pude sentir minhas bochechas arderem, devo ter ficada corada, ainda mais após olhar em seus olhos, sentir o carinho que seu sorriso de canto transmitia. Correspondi o sorriso, e fui ate ele, segurando sua mão puxando-o com força.

-Vamos que eu estou atrasada. Minha mãe deve estar preocupada!

Ele só sorriu, e me seguiu ate em casa... Como sempre, com um sorriso bobo no rosto.

*Baro’s POV*

O que esta acontecendo comigo? Alguém pode me explicar? Estou sento praticamente arrastado por uma garota...

Ah sim... Pensamentos... Serio... Que garota é essa? Um dia eu estou comprando uns fones novos, e de repente uma garota se gruda no meu pescoço, sabendo meu nome. E estranhamente ela não sai mais da minha cabeça, como um sonho. Então vou atrás dela e cada segundo que se passa, ela vai se tornando... Especial.

Ela é...

Aaahhh... Ela me faz eu me perder nos meus próprios pensamentos. Toda vez que olho para essa garota saltitante, com um sorriso tão brilhante quanto uma estrela, com olhos tão belos quanto diamantes, e com um temperamento tão louco quanto de SanDeul-hyung...

HEY... PARA TUDO... Não, não... Tudo não... Continua andando... Direita, esquerda, direita, esquerda... Isso... Continua caminhando pra ela não desconfiar... Mas para todos meus pensamentos...

O que essa garota fez comigo... Por acaso eu estou... Será mesmo? Mas não é possível! Não a conheço há nem 01 mês! Eu não tenho tempo para me apaixonar, nosso debut vai ser em uma semana, como eu poderia ter passado o dia dormindo? Como pude me dar o direito de relaxar num momento como esse? Como eu pude me dar o direito de... Me apaixonar.

-Tchau! – Ela disse soltando por fim meu pulso, indo em direção a porta.

Onde ela tocava antes senti uma brisa gelada, me fazendo arrepiar, com a idéia de senti-la ir pra longe. Não sei o que me deu, por um impulso segurei seu braço e a puxei para perto de mim. Abraçando-a.

Ela ficou estática, com os braços caídos ao lado, pude sentir seu coração bater aceleradamente, no mesmo ritmo forte que meu coração batia. Meus braços em volta do seu corpo, tocando suas costas, segurando-a firme, me fizeram fechar os olhos, respirando fundo seu perfume.

Após processar a idéia do que eu estava fazendo, aproximei minha boca perto do seu ouvido.

*Baro’s POV end*

Eu estava estática, o calor do seu corpo colado ao mesmo estava me gerando calafrio, eu estava arrepiada dos pés a cabeça. Meu coração acelerado batia em mesma sintonia que o dele. Seu toque me petrificava.

Pude sentir uma leve brisa sair dele enquanto seu nariz se aproximava do meu pescoço. Seu rosto se mexeu, aproximando sua boca da minha orelha. E eu ainda ali, parada, somente piscando, tentando me lembrar de como se respira, me concentrando para que minhas pernas não falhassem, torcendo para que dessa vez meu coração não explodisse de tão forte e rápido que pulsava...

Então algumas palavras saíram de sua boca, que se encontrava ao pé do meu ouvido, me fazendo ter alguns arrepios de primeiros milissegundos...

-Você é única pra mim...


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Notas finais do capítulo

Eae, gostaram????
Quando eu passei essa fic pra minha dongsaeng-ssi, ela quase teve um filho... eu recém comecei a escrever o 5º capitulo, nem preciso dizer o quão surtada que ela esta, né?! XP~
Well, aguardem pelo próximo, e deixem muitas reviews! XP~
Vejo vocês em breve... *espero*!!! HAHAHAHA
Bye bye... Ppyong~



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