A vista da janela do helicóptero era de tirar o fôlego aos novatos em um vôo como aquele. O que não era o caso de Sean, que já estava mais do que acostumado a voar pela cidade com o transporte preferido de sua irmã.

O helicóptero sobrevoou até Las Vegas, levando pouco tempo para chegar à cidade dos pecados. As luzes da cidade começavam a se acender conforme a noite chegava. As fontes dos cassinos e hotéis começavam a funcionar e tudo parecia perfeitamente atraente e convidativo.

A missão de Sean era simples, entrar em um quarto de um dos hotéis, sem que ninguém o visse. Para matar o chefe de uma organização mafiosa da Colômbia que estava trazendo muitas drogas e armas para dentro do país e de sua cidade.

Sean preparou as armas, colocando uma na parte de trás de sua calça, presa ao cinto. Ele sentia o cano em suas costas. Ryan o olhou cúmplice, os dois adoravam o perigo daquilo. Adoravam a emoção de arrombar um quarto de um mafioso, com vários guardas o vigiando e matar todos. Adoravam pensar que faziam isso por um bem maior, o que era uma completa verdade vindo de sua organização.

O helicóptero desceu um pouco até o teto do Bellagio, um dos hotéis e cassinos mais famosos da cidade. O lugar já estava todo iluminado, e as pessoas na rua entravam como se fossem ratos atraídos para a comida.

Sean e Ryan saltaram do helicóptero caindo no piso superior e com uma cambalhota postando-se em pé. Ryan deu um sinal ao piloto do helicóptero que tirou a aeronave dali.

Os dois tiraram os macacões que vestiam, revelando um par de ternos. Sean trajava um preto, já Ryan um azul marinho.

Seguiram pelo piso superior até a porta de emergência. Sean deu um chute certeiro na porta de ferro, que se abriu com um estrondo forte. Os dois desceram as escadas apressados, descendo lances de degraus até chegarem ao primeiro andar de quartos.

Em um determinado andar, Sean e Ryan se separaram. Ryan continuou descendo os lances das escadas de incêndio e Sean abriu uma porta de emergência, encontrando-se em um longo e bem iluminado corredor. Para sua sorte o lugar estava vazio e o elevador não ameaçava parar naquele andar tão cedo.

O garoto procurou pelo quarto 716, e o encontrou quase no final do corredor. Sean sacou um bolo de chaves de seu bolso e depois de muito escolher pegou uma e enfiou na fechadura do quarto. Depois de um clique a porta se abriu para o jovem.

Sean teve o cuidado de fechar a porta assim que entrou, trancando-a assim como estava antes. Ele se postou no quarto, paralelo a sala de entrada do luxuoso cômodo do hotel. Sentado na cama, alta e confortável, Sean arrumou sua arma. Colocando o silenciador no cano e colocando o pente com as balas no lugar certo. Ele estava pronto.

O plano era simples, Ryan desceria até uma das salas do zelador, nas salas mais profundas do cassino e entraria no sistema principal do cassino. Uma vez passado pelo antivírus e pelo firewall do computador principal, Ryan bloquearia o dinheiro e a conta do mafioso colombiano, conhecido como Sr. Gautami.

Com isso o homem teria que subir ao seu quarto para ligar ao seu banco e descobrir qual era o problema. Era quando Sean entrava, com a arma carregada e pronta. O garoto só tinha que atirar nos guardar e em Gautami e sair do prédio.

Os dois amigos esperavam que com Gautami morto, seus compradores e informantes sumissem um pouco. O que os daria tempo e brechas o suficiente para rastreá-los e matá-los por suas próprias acusações.

Com os relógios sincronizados, Ryan esperou até as 9 da noite em ponto para começar o golpe. Era quando o cassino tinha o maior numero de apostas.

Assim que o horário chegou Ryan jogou seu vírus no banco central de dados do cassino, parando as contas de Gautami. Ryan saiu pelo salão, ele tinha que presenciar a cena. Não havia nada mais divertido do que ver um mafioso perdendo dinheiro.

Gautami urrou de raiva em sua mesa, rodeado dos maiores jogadores de pôquer que existiam por ali, ele não podia se dar ao luxo de ser envergonhado. Ainda mais quando queria conquistar possíveis novos clientes.

O colombiano se levantou da mesa furioso e seguido de seus guardas seguiu para o elevador. Ryan mal esperou as portas do elevador se fecharem, para correr até a entrada do cassino e entrar em um carro de fuga que o esperava.

Sean ouviu quando a chave foi inserida na fechadura, ele respirou fundo e relaxou os ombros. Se preparando para uma das partes que mais gostava. Gautami foi o primeiro a entrar, ignorando completamente a rotina de segurança e sacando o celular assim que entrou no quarto.

O homem parou, encarando o garoto sentado em sua cama. Sua expressão era curiosa, e desconfiada. Enquanto ele tentava pensar no que deveria fazer.

Sean levantou a arma, mirando no peito do colombiano. Com um único e certeiro tiro, a camiseta branca de Gautami tinha ganho uma mancha enorme de sangue grosso, escuro e vermelho. O corpo do homem caiu pesadamente no chão de carpete verde, seus seguranças apareceram. Olhando tudo com uma surpresa inabalável.

Alguns deles sacaram suas armas apontando-as para o garoto, mas este com o sangue frio atirou em todos antes que tivessem a chance de puxar o gatilho. O jovem saiu do quarto, trancando-o ao sair e descendo pelo elevador tranquilamente. Sua arma estava escondida em suas costas, então ele não tinha o que temer. Ninguém nunca poderia provar que tinha sido ele ao matar os homens, já que nos quartos não haviam câmeras e as que se encontravam no corredor tinham sido apagadas secretamente por Ryan.

Sean saiu pela porta da frente, entrando no banco traseiro do carro de fuga. O motorista pisou fundo no acelerador, tirando-os logo dali e fazendo o trajeto de volta para Los Angeles.