Evil In Love escrita por LittleSet


Capítulo 30
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

Aqui esta o cap 30, espero que gostem, porque eu sinceramente não gostei muito dele, kkkk



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A garota engoliu em seco, ela estava nervosa, assim como da primeira vez que tinha estado naquele edifício chique. O moreno ao lado dela, não ligava a mínima pra onde eles estavam. Ele mexia em seu celular, se encarregando das ultimas coisas para uma festa que daria naquela noite.

- O que seu pai quer comigo? – a loira perguntou, olhando para o chão.

- Você percebe que isso é como um deja vu, certo? Você já me fez essa pergunta antes e pra ser sincero a resposta é praticamente a mesma. – o moreno respondeu.

A garota se calou, olhando para os ponteiros que marcavam os andares, enquanto esperava ansiosa para que as portas do elevador se abrissem logo. Ela queria passar por aquilo o mais rápido possível, ela ainda tinha uma sensação estranha sobre aquele edifício desde a ultima conversa que teve naquela sala.

As portas finalmente se abriram e Sean saiu à frente, ainda com os olhos em seu celular. Leah o seguiu hesitante.

A loira se sentou nos sofás, esperando que Lucius ficasse a disposição dos dois. Sean se sentou ao seu lado, e mais uma vez aquela cena de nervosismo da garota se repetiu. Ela não podia evitar se lembrar da conversa, da descoberta que havia feito. Ela precisava compartilhar com alguém, mas sabia que não deveria.

Uma das secretarias se aproximou dos dois, mesmo o moreno não parecendo perceber. 

- Sean, seu pai vai recebê-los. – a mulher disse.

O moreno se levantou, e a loira o seguiu sem dizer nada. Ela parecia ainda mais tensa que da ultima vez, e lá no fundo torcia que dessa vez o garoto não fizesse besteira e não fosse mandado para fora da sala.

As portas se fecharam atrás dos dois, e só naquele momento Sean fechou as coisas em seu celular, e colocou o aparelho no bolso. Sentando-se cada qual em uma poltrona de frente para a grande mesa de mogno.

- Sean, fiquei sabendo que sofreu um pequeno acidente recentemente... – Lucius disse indo direto ao ponto.

- Não foi nada demais... – o moreno disse, dando de ombros.

Apesar de que para Leah ele estava no mínimo mentindo e sendo ardilosamente sarcástico.

- Já pegou outro carro? Soube que aquele foi destruído... – o homem continuou.

- Sim, peguei outro essa manhã com Ryan. – Sean disse.

- Ótimo, agora Leah, voltemos a você. – ele disse. – Primeiramente, é bom revê-la tão brevemente.

- Também acho Lucius. – Leah mentiu.

- Bom o assunto que quero tratar com vocês aqui hoje é muito simples. Leah você precisa se vingar, já que essa é uma parte muito importante de nossa organização. Então, no final dessa semana estou mandando você à Nova York, para matar algumas pessoas em sua primeira missão solo. – Lucius disse.

- Solo? Quer dizer que eu vou sozinha? – Leah perguntou.

- Não, é claro que não. Você não esta totalmente pronta para ir sozinha. Só quer dizer que você vai coordenar sua primeira missão. – Lucius disse. – Sean irá lhe acompanhar nessa viagem.

É claro que ele ia. A garota pensou. Vendo o sorriso insolente dele.

Leah não gostou da ideia a principio, mas pensando melhor... Ela poderia usar aquela viagem como um beneficio. Talvez ela pudesse até ganhar certa competição se colocasse as jogadas certas em andamento.

*************

Não havia a opção de dizer sim ou não naquela história, era aceitar e pronto. Conforme os dias foram passando, e o dia da viagem para Nova York ficando cada vez mais próxima. O moreno voltou para os treinamentos pesados que normalmente fazia para missões importantes, como a do dia de sua vingança. Aos olhos de seus amigos, ele estava apenas passeando pelo prédio em suas tardes livres, mas nas madrugadas em que o garoto voltava de seu clube ele ia direto à sede para treinar.

Apenas Ryan sabia de seus pequenos escapes, já que era justamente o ruivo que o encobria nas noites em que Megan passava a madrugada no apartamento dos dois.

Sean só chegava em casa duas horas antes do amanhecer, mas nem por isso ele conseguia dormir. Seu sono era perturbado, não conseguindo relaxar o bastante para cair em uma inconsciência que ele começou a desejar mais do que sua própria felicidade. Ele precisava disso para manter sua saúde, sua sanidade. Ele precisava daquilo para poder pelo menos por algum tempo se desligar dos pensamentos perturbadores que lhe passavam pela mente.

Mal sabia o moreno, que a loira também ficava acordada nas noites anteriores a viagem. Seu treinamento tinha sido intensificado, chegando em um momento que nem a sessão de cura podia parar com as dores em seu corpo.

Foi quando a madrugada do grande dia chegou, que os dois simplesmente não conseguiam se desligar. Ryan ficou acordado por um tempo com Sean depois da festa no The Night, mas logo se rendeu ao sono e foi dormir. Desejando, é claro, boa sorte ao amigo, antes de se recolher.

Em algum momento da noite, a loira não agüentou mais ficar se revirando de um lado ao outro da cama e se levantou, com a mala já arrumada a garota se vestiu saindo de seu apartamento e indo até seu carro.

Ela dirigiu diretamente até a sede, e entrou logo no prédio. Leah tinha que admitir, aquele lugar era ainda pior de noite, ainda mais estando vazio.

A loira subiu até o andar de seu quarto e deixou suas coisas por ali, então pegou um livro em sua bagagem de mão e voltou para a sala. Sentando-se no sofá, a garota acendeu um abajur que estava ali por perto, e voltou a sua leitura, que naquele momento era tudo que podia acalmar-la.

Leah não ouviu passos, mas sentiu uma presença ao seu lado e ao olhar para o corredor que dava aos quartos, viu uma sombra negra encostada na parede. Ela sorriu, e voltou seu olhar para a leitura, não se importando a mínima por ele estar ali.

- O que esta fazendo aqui? – sua voz saiu tão calma e serena, que a garota achou um tanto quanto estranho.

- Não consegui dormir, acho que pela ansiedade para a missão. – a loira disse, mantendo seus olhos abaixados.

O moreno concordou, em meio ao escuro. O garoto se aproximou, e só naquele momento a garota o olhou de cima a baixo, vendo uma caixa preta nas mãos dele. Ele se sentou ao lado dela, lhe oferecendo a caixa.

- O que é isso? – a garota perguntou, segurando o misterioso presente nas mãos.

- Só abra. – ele pediu.

Leah obedeceu, abrindo a tampa e encontrando uma coisa muito incomum para se dar de presente. Ali dentro, envolto em um pano vermelho e macio, havia um revolver negro e lustroso, com um silenciador. Postado um pouco mais abaixo do revolver, uma faca que ela já tinha visto milhões de vezes em treinamentos.

- Achei que precisava disso para Nova York. – o moreno disse, percebendo que a garota ficara pasma.

Sean apertou o joelho de Leah, como forma de dizer a ela que estava tudo bem se não tivesse gostado do presente. Não era algo muito comum em se dar. Eram armas, feitas obviamente para matar alguém. Talvez por isso ele tivesse a sensação que dar a ela fosse certo, porque era algo que ela precisaria até o ultimo dia em que ficasse na organização.

O moreno se levantou, caminhando decidido de volta aos confins obscuros que era atualmente seu quarto. Fechando as portas em suas costas, e olhando para as fotos e recortes de jornais que se encontravam nas paredes. Aquele rosto tão familiar, tão parecido com o seu próprio.

Já na sala, a garota continuava encarando aquele presente, e pensando no vazio que se instalara em seu coração e em sua volta com a saída dele. Mesmo assim ela não se deixou abalar, tentando ao máximo se recompor e voltar a sua leitura.

No entanto, a todo o momento seus olhos esbarravam com as armas em cima da mesinha de centro. Depois de algum tempo, ela desistiu, suspirando alto e arrastando os pés até o quarto. Já estava na hora de amanhecer, mas sinceramente não parecia que o sol se levantaria nunca mais.

Porque naquele alvorecer caia uma chuva forte na cidade, e não havia nada no céu alem de grossas, pesadas e escuras nuvens inundando de ressentimento a garota. De vez em quando, é claro um ou outro relâmpago se manifestava dentre a escuridão. Só que isso não era algo animador para a garota.

Pelo menos naquele dia, tanto Sean quanto Leah concordavam em alguma coisa, o céu tinha dado a eles o clima perfeito para seus sentimentos.

Leah colocou suas coisas dentro da mochila, carregou a arma e a prendeu no cinto em suas costas. Abaixou-se e prendeu a faca em sua bota. A garota pegou suas malas e seguiu pelo corredor para depositar tudo no carro que levaria os dois até o aeroporto.

Ao chegar às escadas, Sean já estava lá. Parado com um guarda chuva, esperando para ajudá-la com suas coisas. A garota aceitou a ajuda e os dois entraram no carro, embarcando alguns minutos depois. Em direção a Nova York, a cidade natal do moreno e da loira, e nenhum dos dois estava animado para reviver as lembranças contidas naqueles prédios e naquele lugar outra vez. 


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Notas finais do capítulo

Só avisando, que vai ter apenas mais um capitulo antes do beijo kkkk
provavelmente eu posto ele ainda nessa noite (madrugada) ou amanhã a noite... mas eu não tenho certeza do horário... Sábado não terá postagem, e domingo eu posto o beijo, e o primeiro capitulo da segunda temporada, que será o passado dos personagens principais... kkk espero que gostem, kk



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