Imprevistos Do Amor escrita por DebsHellen


Capítulo 6
Capítulo 5.


Notas iniciais do capítulo

E eu prometi que traria capítulo novo hoje! E olha eu aqui! o/
Dedicando obviamente a todas as fofoletes que tem aguentado meu sumiço e não tem desejado minha morte. *-* rsrsrs
Boa leitura!



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CAPÍTULO  5.

“A PERFEIÇÃO É FEITA DE PEQUENOS DETALHES – NÃO É APENAS UM DETALHE.” – Michelangelo

PDV Edward Cullen

Após passar mais ou menos uma hora sentindo um prazer imenso ao estar dentro do corpo de Anabelle, aconcheguei-me ao corpo dela para descansar.

Eu queria ter vindo até aqui e conversar com ela. Queria saber mais sobre ela, sobre seus gostos... mas ao vê-la, ao imaginar que outros talvez sentissem o mesmo que eu sinto por ela, eu fiquei com um ciúme que jamais senti antes. Eu tive que tomar seu corpo pra mim, sugar tudo o que ela poderia me oferecer para depois agir racionalmente.

Saciado esse desejo possessivo, eu pude pensar com clareza e iniciar uma conversa civilizada.

- Desculpe por nem ter te dado boa noite de forma decente. – disse irritado comigo mesmo por tal falta de educação.

- Tudo bem. – ela riu levemente, sua cabeça encostada em meu peito.

- Como foi o seu dia hoje?

- Normal. Fiz algumas compras durante o dia e fui atrás de algumas coisas pessoais também.

- Que bom que seu dia foi normal. O meu foi péssimo.

- Por quê? – seu rosto virou em minha direção e seus olhos chocolates me encararam fixamente.

- Passei o dia trabalhando, mas sem conseguir me concentrar plenamente. Ficava um tempo concentrado e depois me perdia em meus pensamentos. – dei de ombros – E achei que ir pra casa seria bom, mas acho que foi pior.

- Desde quando ir para casa é pior do que trabalhar? – ela riu graciosamente, seu riso me deixava flutuando, simplesmente adorava o som de sua risada.

- É pior porque no trabalho tinha o que fazer e não tinha muito tempo para pensar. – fui sincero, não havia por que mentir – E em casa podia pensar e isso foi pior ainda.

Sua mão pequena começou a desenhar círculos em meu peito e ao redor do meu umbigo, suas carícias eram suaves e extremamente agradáveis.

- No que tanto pensou durante o dia e depois em casa? Está com problemas no seu trabalho?

- Não tenho problemas na empresa, nada disso prenderia minha atenção dessa forma.

- O que foi então? O que te fez ficar tão pensativo?

- Você.

- Eu? – sua testa franziu – Por que eu?

- Desde que estive aqui na sexta não paro de pensar em você. Tudo o que vejo, faço ou penso me lembra você. Vim aqui hoje porque iria surtar se não te visse.

-  Meu Deus, que exagero! – seus olhos se arregalaram.

- Por favor, não quero que se assuste. Mas é assim que me sinto. – abracei-a carinhosamente – Não me imagino longe de você. Como isso é possível? Só te vi uma vez antes de hoje e, mesmo assim, parece que te conheço a vida inteira.

- Isso é porque você estava cansado, querendo diversão e eu te ajudei a esquecer suas preocupações naquela sexta. – ela disse baixo – É normal que pense que me conhece depois do que fizemos juntos.

- Não é só isso. – eu suspirei – Eu sinto uma conexão, algo que não sei explicar. Parece que o tempo que passo com você é certo, é o que deveria ser. – dei de ombros e ri levemente – Você deve estar achando que sou louco.

- Não, não estou.

Seus olhos eram tão expressivos. Dois chocolates que me encaravam e pareciam dizer tudo o que seus lábios não pronunciavam. Como eu podia pensar nela de forma tão intensa assim? Como podia pensar que minha vida não teve objetivo algum até conhecê-la?

- Vai mesmo ficar a noite toda? – perguntou um pouco insegura.

- Sim, quero ficar a noite toda aqui com você.

- Então, por que não aproveita todo o dinheiro que vai pagar? – ela franziu a testa.

- O que quer dizer com isso?

- Os clientes jamais desperdiçam dinheiro; se pagam para ter uma hora, querem usar essa hora totalmente. Mas você... você parece não se importar com isso, parece não querer ocupar todo o tempo que pagou apenas transando. Por que não aproveita o dinheiro que vai pagar como todos os outros fazem?

- Porque eu vim aqui pra te ver, não só pra transar. O desejo que você desperta em mim falou mais alto e, por isso, tive que transar com você logo, mas também queria te ver e conversar apenas.

- Isso é estranho.

- Eu imagino que deve achar estranho. Acredite, eu também acho estranho. – beijei sua testa – Descanse um pouco, deve estar muito cansada. Depois conversamos.

- Vai me deixar dormir? – ela arregalou os olhos.

- Sim, quero que descanse. Vou ficar aqui velando seu sono.

Ela não disse nada, mas fez o que eu disse.

Enquanto ela se aconchegava em meu peito e dormia, eu analisei mais uma vez todos os fatos, os pequenos detalhes de tudo.

Eu mal conhecia Anabelle, mas eu sentia que algo acontecia dentro de mim, algo que me faria querer ela sempre ao meu lado. E apesar disso, eu também tinha consciência da guerra que isso seria.

Primeiro motivo, eu era noivo de Tanya. Não que eu a ame, mas também não a odeio. Teria que achar uma forma de lhe dizer que estava tudo terminado, o que não seria fácil.

O problema ou motivo de criar uma guerra nem era tanto por Tanya. Mas minha família representava o grande problema.

Emmett e Rosalie eu acredito que não seriam contra minhas decisões desde que eu estivesse feliz. No fim, os dois odeiam Tanya mesmo, só a suportam porque ela está comigo e minha mãe adora ela.

Jasper é outro que não se importaria, mas tenho certeza que preferiria se manter neutro por causa da Alice.

Ah, Alice era um grande problema! Eu vi o quanto ela sofreu por causa daquele namorado desprezível dela que a traiu com uma prostituta. Não culpo tanto a garota porque esse é o ‘ganha pão’ dela, mas o desgraçado do cara é extremamente culpado. E Alice ficou tão mal depois de tudo que acho que ela surtaria se soubesse que estou deixando Tanya para ficar com uma prostituta.

No fim das contas, a baixinha da Alice até entenderia depois de um tempo. Ela tem bom coração. O motivo que me deixava nervoso e medroso eram meus pais.

Eles são ótimas pessoas e gostam de ajudar os demais. Porém, quando se trata de profissão e vícios, são extremamente exigentes. A posição da pessoa, sua carreia, sua reputação é de extrema importância para eles.

Não é em vão que adoram Tanya. Ela é inteligente, bonita e de uma família de ótima posição social. Se soubessem que quero deixá-la! Se soubessem que estou me interessando por uma prostituta!

Por que tudo precisa ser tão difícil pra mim? É pedir demais pra ser feliz? Por que Emmett e Alice tiveram a chance e sorte de encontrar as pessoas certas para eles e eu não posso fazer isso sem a intromissão dos outros?

...

Quase uma hora depois que Anabelle dormiu, ela começou a se mexer em meus braços. Eu acariciei seu braço nu e cheirei seus cabelos. Ela ficou toda manhosa e se apertou mais de encontro a mim.

- Boa noite. – eu disse.

- Boa noite. – sorriu ainda de olhos fechados.

- Conseguiu descansar?

- Sim, foi ótimo poder dormir um pouquinho. Obrigada por isso.

- De nada.

- Você também descansou?

- Descansei, mas não dormi. – sorri para ela assim que seus olhos se abriram e encontraram os meus – Eu disse que ficaria velando seu sono.

- Nossa! Há muitos anos ninguém cuidava de mim enquanto eu dormia. Acho que a última pessoa a fazer isso foi minha mãe.

- Sinto muito por isso. – disse sinceramente.

- Tudo bem. – ela sorriu – Sinto saudades, mas já não dói tanto lembrar deles. – ela suspirou e bocejou – Estou com fome. Você comeu alguma coisa?

- Não.

- Vou pedir alguma coisa no bar. Janta comigo? – seus olhos eram suplicantes de forma inocente e doce.

- Claro. Faço o que quiser até que amanheça.

- Ok.

Ela se pôs de pé, procurou um hobby num pequeno armário do quarto e o vestiu. Eu sinceramente não me importaria de vê-la andando pelo quarto nua, mas não comentei nada. Ela foi para um outro cômodo que eu não sabia o que era e voltou de lá com um telefone.

- O que é ali? – apontei para o lugar de onde ela veio.

- Meu quarto.

- Ah.

Ela discou um número e aguardou. Em seguida, fez seu pedido.

- Peter, oi, é Anabelle. – ela sorriu – Sim, ainda estou acordada. – olhou para mim e piscou um olho – Eu queria saber se pode trazer alguma coisa para o quarto, estou com fome. – ela aguardou enquanto ele falava – Isso parece ótimo. Manda ele trazer para duas pessoas. Obrigada, fofo. Bye.

Assim que ela desligou, levou o telefone para o quarto dela mais uma vez e voltou para a cama onde eu estava deitado. Subiu na cama gatinhando e ficou por cima de mim.

- O que pretende, Anabelle? – arqueei uma sobrancelha.

- Nada. Só queria me aproveitar um pouco de você antes que tragam a comida pra nós.

Ela não me deu chance de dizer ou perguntar sobre o que ela faria. Simplesmente arrastou seus dedos e unhas por minhas pernas, tocando sutilmente meu membro por cima do lençol e seguindo em direção ao meu peito. Sua mão não exercia peso algum sobre minha pele, mas parecia me queimar de forma intensa.

Seus olhos estavam concentrados nas carícias que ela fazia, analisando as melhores formas e observando o movimento provocado por minha respiração acelerada.

Quando eu ia jogá-la na cama e tomá-la mais uma vez pra mim, a campainha tocou e ela levantou-se rindo para atender. Acabamos jantando juntos na cama mesmo e conversando sobre nossas vidas.

...

Eram exatamente seis horas e cinqüenta minutos. Faltavam apenas dez minutos para ter fim meu horário com ela. Depois do jantar, nós descansamos, conversamos, transamos e dormimos juntos. Nossa relação não tinha nada de parecido com o que a profissão dela insinuava. Não éramos apenas cliente e prostituta. Éramos mais do que isso e em tão pouco tempo...

- Você já vai? – ela comentou assim que saí do banheiro já com minhas roupas vestidas.

- Sim, falei para Carmen que ficaria aqui até as sete horas.

- Ok.

- Tenho que passar em casa e depois preciso ir trabalhar. – aproximei-me dela na cama e beijei sua testa – Mas vou sentir sua falta, com certeza.

- Também vou sentir a sua. – ela disse e corou. Eu fui obrigado a sorrir, foi ótimo ouvir tal confissão vinda dela.

- Eu separei o pagamento antes de ir pro banheiro, deixei ali na mesinha. Quer conferir?

- Não precisa, confio em você.

- Certo. – acariciei seus cabelos, relutando em deixá-la – Anabelle, você é especial, nunca duvide se alguém te disser o contrário.

- Obrigada pelo elogio. Você também é especial. – ela sorriu mais uma vez e tocou meu rosto carinhosamente – Agora vai, você não pode se atrasar.

- Volto outra vez. – sorri e me afastei da cama – Tenha um bom dia e descanse.

- Ok. Bom dia pra você também.

Saí de lá mais feliz do que nunca. Como gostaria de poder ficar lá com ela! Em vez disso, fui para casa e peguei alguns papéis que precisaria hoje. Segui para a empresa e esperaria conseguir agüentar mais um dia de trabalho.

A cada minuto que se passava, lembranças, pequenos detalhes da minha noite com Anabelle voltavam à minha mente... Tudo me dava ainda mais certeza de que ela era a mulher certa pra mim. Eu teria que dar um jeito nisso!


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram/
notaram as coisas que Edward disse sobre 'estar sentindo algo por Anabelle' e sobre 'a família não aceitar isso numa boa'?
esses fatos são importantes p/ a história. Fiquem ligadas!
Eu volto a postar na próxima sexta... Já aviso que tem fic nova no mês de fevereiro. *-* Vou conseguir postar mais uma songifc. o/
Um beijo e bom fim de semana. Vejo vcs nos reviews. Bye...