Imprevistos Do Amor escrita por DebsHellen


Capítulo 11
Capítulo 10 (Parte 1).


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente. o/
Tô atrasada nas postagens das duas fics, então optei por escrever antes para a que está a mais tempo sem atualização. tcham, tcham, tcham, tcham... 'imprevistos do amor' venceu. rsrsrs
Espero que gostem.
Esse capítulo é 3 vezes maior do que ele está aqui. Mas tive que dividir por falta de tempo p/ escrever.
Bjs, bora ler!



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Capítulo 10 (Parte 1).

“FAÇA O QUE ACHAR CONVENIENTE PRA VOCÊ MESMO. TODOS OPINAM SOBRE SUA VIDA, MAS SÓ VOCÊ ENCARARÁ AS CONSEQUÊNCIAS DE SUAS DECISÕES.” – KTwilight

PDV Edward Cullen

Alguns dias se passaram e eu não estive mais com Anabelle. Ainda assim, meu corpo inteiro recordava cada detalhe relacionado a ela.

James começou a brincar comigo sobre isso e me deixou um pouco preocupado também.

- Como você encara tão bem o fato de que dormimos com a mesma mulher? – perguntei no meio da conversa.

- Simplesmente encaro o assunto como ele realmente é. – James deu de ombros.

- E como ele é? – arqueei as sobrancelhas e debrucei-me sobre minha mesa esperando sua resposta.

- Anabelle é um doce, e muito boa, se é que posso acrescentar esse comentário. – ele sorriu malicioso – Mas ela é o que é. Ela é uma prostituta. Muito educada, bonita, adorável, risonha, inteligente... mas ainda assim, é uma prostituta. Então, não posso ficar bravo por você transar com ela já que ela faz isso com todos porque esse é o trabalho dela. – James riu – Se ela fosse minha namorada, nesse caso, eu arrancaria sua cabeça, Edward. Pode ter certeza disso.

- Entendi. – disse sinceramente, mas um pouco irritado – Mas não saia gritando aos quatro cantos que ela é uma prostituta, isso é uma falta de educação.

- Só falei isso porque você pediu. – ele ergueu as mãos – Além disso, ela é uma prostituta diferente de qualquer outra que eu já tenha conhecido.

- Por que diz isso?

- Não sei direito, cara. – James franziu a testa – As outras com quem já transei, mesmo as da casa de Carmen, aceitam qualquer coisa que o cliente peça e aceitam ser tocadas e beijadas em qualquer lugar. Embora isso possa parecer libertino, não estou falando de lugares no corpo, isso todas aceitam. Mas me refiro a beijos no rosto, especificamente nos lábios.

- Não estou entendendo, James. – eu realmente estava perdido.

- Anabelle não beija na boca. Ela faz o que você pedir, mas jamais beija os clientes nos lábios.

- E sempre foi assim? Nem uma única vez ela abriu mão dessa ‘regra’?

- Nunca. Até tentei porque fiquei enfeitiçado pelos lábios dela e queria saber que gosto eles têm, mas ela não deixou.

- Só falta você dizer que também pediu pra transar sem preservativo. – eu comentei cinicamente.

- Nunca pedi, mas nem precisaria tentar; ela deixou claro desde a primeira vez que jamais faria sem proteção.

- Ela está certa. Você pode ser um cara limpo, mas nem todos os outros são.

- É. De qualquer forma, ela está indo embora já. – ele deu de ombros e meu coração acelerou sem permissão – Carmen terá que cobrir a falta que Anabelle fará na casa, precisa de uma mulher nova por lá.

- Não pensei que ela já estava saindo. Pensei que demoraria mais.

- Não. Anabelle já se programou para isso há muito tempo, agora é definitivo. Ela sai de lá em menos de uma semana.

- Tão rápido. – sussurrei.

James apenas assentiu e voltou sua atenção aos papéis que revisava. Eu fiquei meio perdido em meus pensamentos, sem saber o que fazer. É claro que eu sabia que ela sairia de lá, mas não estava preparado para perdê-la tão rápido assim.

Era ótimo saber que ela deixaria de vender seu corpo, mas isso provavelmente a manteria longe de mim. Como eu a acharia? Que razões acharia para mantê-la perto de mim? Eu nem sabia dos sentimentos dela por mim!

Claro que o fato de termos transado sem preservativo e ela ter permitido que eu a beijasse nos lábios poderia significar alguma coisa... Mas também poderia ter sido apenas resultado de um desejo intenso e insano que surgiu entre nós. Eu não sei dizer ao certo o que a moveu a agir daquela forma.

- Vou para minha sala. – James se colocou de pé.

- Ok. Obrigado pela ajuda aqui.

- Quando precisar é só chamar. – ele piscou o olho – Ah, antes que eu esqueça: Anabelle está trabalhando pela última semana lá. Então sugiro que se ainda quiser vê-la é melhor correr e agendar um horário.

- Por quê? Você já fez isso?

- Bem que eu tentei. Os horários que eu posso, ela não pode. – James riu – Ela está com a agenda cheia e só há uma vaga disponível, a qual aparentemente é uma espécie de reserva para algum cliente apesar de ele nem ter ligado para reservar. – James revirou os olhos – Homem sortudo esse! Enfim, vou indo. Nos vemos depois.

- Até logo.

Assim que James saiu, peguei o telefone e conferi meus compromissos para o resto do dia. Havia algumas reuniões e papéis para analisar e eu não poderia sair daqui e ir até Anabelle. Resolvi ligar e ver se eu conseguiria vê-la antes que ela fosse embora.

Liguei para a casa de Carmen e Leah atendeu.

- Casa da madame Carmen, bom dia. – ela disse com a voz animada de sempre.

- Leah, bom dia. Edward Cullen.

- Olá, senhor Cullen. Posso ajudá-lo em alguma coisa?

- Creio que sim.

- Pode falar então.

- Anabelle trabalha apenas mais esta semana, certo?

- Sim, está correto.

- Queria ver se você consegue reservar um horário dela para mim? Sei que está meio em cima da hora, mas não tinha me apercebido que ela só trabalharia mais essa semana.

- Não tem problema, senhor Cullen. A senhorita Anabelle já havia pré-agendado um horário para o senhor. – meu coração virou uma cambalhota em meu peito ao ouvir Leah – Só preciso saber se pode ser esse horário, se não irá ficar ruim para o senhor.

- Que horário ela reservou?

- Ela trabalhará até sábado, que será sua última noite aqui. Reservou justamente o sábado para o senhor.

- Quantas horas? – perguntei nervoso.

- A noite inteira, senhor. – Leah riu levemente e eu a acompanhei – Ela disse algo sobre o senhor ser exigente e gostar de ter tempo. Posso confirmar o horário?

- Claro. A que horas preciso estar aí?

- Está reservado a partir das oito horas da noite porque antes ela estará apenas despedindo-se dos clientes no salão do bar. Mas o senhor terá até a manhã de domingo às oito horas, se assim desejar.

- Ótimo, confirme esse horário então. Estarei aí no sábado. Obrigado, Leah.

- De nada, senhor Cullen. É sempre um prazer atendê-lo. Nos vemos no sábado.

- Sim, até lá.

Meu coração poderia estourar de tanta felicidade. Anabelle reservou um horário para mim! Ela já estava esperando que eu fosse! Isso deveria significar alguma coisa, não é mesmo?! Eu descobriria isso no sábado.

---

Eu ainda tinha algum tempo até encontrar Anabelle no sábado, então tinha muitas coisas para resolver. Antes de tudo, precisava dar um fim no meu relacionamento com Tanya. Eu não poderia continuar com ela enquanto desejava loucamente Anabelle. Eu nem sabia, na verdade, se Anabelle iria querer alguma coisa mais séria comigo e só eu sabia que se ela quisesse isso acabaria causando um alvoroço na minha família, mas eu queria, eu precisava tentar.

Decidido sobre o que fazer, liguei para Tanya na quinta-feira ao meio dia. Ela atendeu ao telefone depois de tocar umas cinco vezes.

- Chuchu! – exclamou alegre e eu revirei os olhos em sinal de nojo.

- Oi, Tanya. – disse sério – Está muito ocupada agora?

- Não, chuchu. Pode falar, pra você eu sempre tenho tempo.

- Ok. Eu queria saber o que você vai fazer hoje à noite?

- Nada. Iria apenas ficar em casa com minha mãe. Por quê? Quer se divertir um pouquinho? – disse toda manhosa.

- Na verdade, eu queria jantar com você. Preciso tratar de um assunto sério que não pode ser por telefone.

- Tudo bem. – disse alegre – Se é coisa séria já estou ansiosa. Afinal, já estamos noivos. Nada mais natural do que termos conversas sérias.

- É, é isso. – enrolei – Posso te pegar às oito horas?

- Claro. Vou estar pronta.

- Até logo.

Desliguei antes que a coisa ficasse pior. Alguma coisa me dizia que na mente louca de Tanya nossa conversa era relacionada a um possível casamento. Deus me livre disso! Eu não queria nem estar noivo de Tanya, quem dirá casar com ela! Era bom eu ter me decidido pelo que eu queria porque assim acabaria de vez com essa palhaçada.

Fiz a reserva no restaurante que escolhi, algo mais calmo porque a conversa seria tensa e eu não precisava de agitação pra me atrapalhar. Terminei tudo o que tinha para fazer no escritório e fui pra casa. Eu precisava estar preparado psicologicamente para esse jantar e um bom banho ajudaria a me manter calmo.

---

Oito horas em ponto eu estava estacionando o carro em frente à casa de Tanya e ela esperava na escada, pulando toda contente. Mal sabia ela o que a aguardava...

Embora eu não gostasse dela e fosse terminar o que tínhamos, meu cavalheirismo entrou em ação e eu desci para abrir a porta para ela.

- Obrigada, amor. – disse manhosa e roubou um beijo antes de entrar no carro. Fiquei um pouco chocado, mas deixei passar.

Entrei no carro também e fiquei em silêncio; se abrisse a boca agora, acabaria contando o motivo desse jantar e eu tinha medo que ela pulasse para fora do carro se negando a terminar nosso noivado. E ela pareceu notar que eu não queria conversa porque também se manteve em silêncio.

Chegamos ao restaurante e nos encaminhamos para a mesa que o garçom indicou. Fizemos nosso pedido e ficamos olhando ao redor, os dois sem ter o que dizer. Eu queria acabar de vez com essa situação, mas queria pelo menos jantar antes de colocar um fim definitivo em tudo.

- Como está a empresa? – ela puxou assunto.

- Está bem, estamos com muitos clientes agora. O negócio está ótimo.

- Que bom.

- E seus pais já decidiram se irão embora? Eles tinham comentado algo sobre morar na Europa.

- Eles ainda querem isso, mas não confirmaram nada. – ela me olhou discretamente – Estão esperando mais um tempo.

- Ah.

- E James? Faz tempo que não vejo aquele paquerador classe A. – ela riu e tive que acompanhá-la.

- James é terrível, mas suas paqueras sempre dão certo. Ele sabe o que faz. – comentei defendendo meu amigo, ele era um bom cara.

No fim das contas, ficamos rodeando por assuntos sem sentido até que o jantar veio e os preocupamos em encher a boca de comida em vez de conversar. Só após o jantar eu entrei no assunto que tanto me interessava.

- Tanya, eu marquei esse jantar porque tenho algo para te dizer. Sei que talvez você vá ficar chateada, mas não posso prolongar isso por mais tempo.

- E por que eu ficaria chateada? – ela sorriu e seus olhos brilharam; não foi um brilho de amor ou carinho, foi mais de expectativa, ganância e posse... mas deixei isso de lado e continuei a falar.

- Bom, depois você decide se ficou chateada ou não. – disse diretamente – Eu estou com você há bastante tempo e até gostei de você em algum momento, mas não te amo. Acho que isso não é novidade pra você e nem pra ninguém. Acabamos ficando noivos e você sabe que isso só aconteceu porque meus pais me pressionaram. – eu suspirei – Só que eu não quero isso pra mim e nem pra você. Estou cansado de fazer o que os outros acham ser melhor ou o que os outros querem que eu faça. Quero tomar minhas próprias decisões... E a primeira delas é colocar um fim nesse relacionamento estranho que a gente tem.

- O que você está dizendo? – ela elevou a voz – Está me dando um fora?

- Tanya, quero que entenda... – ela não me deixou falar.

- Entender o quê? Que me segurou por anos, transou comigo quando deu vontade e agora está me dispensando porque cansou disso? – ela se levantou – Que tipo de mulher acha que eu sou? Eu estava com minha vida programada! Eu deixei de aceitar muitos convites de trabalho no exterior por sua causa! Eu tenho sonhos, planos pro meu futuro e você e seu maldito nome estavam neles! E agora você chega e me dá um fora?

- Tanya, eu sinto muito se você tinha planos pra nós, mas não vejo sentido continuarmos juntos se você é a única que faz planos. Eu não quero isso pra mim.

- Ok. – ela respirou fundo e olhou em volta, depois ergueu o queixo e me encarou com seu habitual ar superior – Se é o fim do nosso noivado o que você quer, Cullen, é isso o que terá. Mas escreva o que eu digo: “Um dia você vai pagar caro por isso, você fica me devendo essa.”

Ela nem me deu tempo de falar mais nada e saiu porta afora. Pensei que ela fosse fazer um alvoroço maior, mas até que não foi tão terrível assim. Restava agora esperar pelo furacão que seria quando ela contasse aos pais e minha mãe também descobrisse.

Mas isso já não me importava, a coisa estava feita e era do jeito que eu queria, então não pensei mais nisso. Pedi a conta para o garçom e acertei o valor do que gastamos. Depois peguei minha carteira e a chave do meu carro e segui até o estacionamento. Não sei se estava um clima agradável ali fora ou se o fato de ter me decidido sobre o que queria fez com que o clima parecesse mais agradável... Mas eu não me sentia assim tão livre há um bom tempo.

Fui direto para meu apartamento. Não queria ir a nenhum outro lugar. Ou melhor, eu queria ir a um único lugar... Mas era uma das últimas noites dela lá, então eu não teria chance. Argh! Só de pensar que outros a estão vendo, admirando e tocando... eu fico com ciúmes! Mas ela não é minha, não posso exigir exclusividade... Não por enquanto...


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Eu gostei muito das decisões que Edward tomou! As falas da Tanya meio que deram uma ideia do que ela pode vir a fazer, mas bem vaga. O jeito vai ser esperar pra ver.
Viram a frase inicial? Inventei! rsrs Achei que define bem o capítulo e é uma grande verdade ela: todo mundo mete o bico e diz o que acha que vc deve fazer; mas na hora que vc se rala, todo mundo some e vc tem que encarar tudo sozinho. =/
Espero que tenham gostado. Farei o possível pra trazer um capítulo novo e grande na fic 'too little, too late' na próxima segunda-feira.
Bjs, vejo vcs nos reviews. Bye o/