"There's a song that's inside of my soul.It's the one that I've tried to write over and over again.I´m wake in the infinite cold.But you sing to me over and over and over again"

“Quão doce era meu menino”, nunca se esquecera dessas palavras. Pattie aos prantos, pedindo a Deus que a devolvesse o motivo de seu coração pulsar, de suas forças para respirar, de sua esperança á cada dia que levantará e via um mundo cruel. Onde está garoto? Desperdiçando todo o amor que esbanjara, caído em calçadas, entupindo-se de drogas, embebedando-se e a cada segunda aproximando-se mais da morte. O que deveria fazer para isso mudar? Como vigiaria o garoto que se entregará de corpo e alma á morte? Tantas perguntas, tanta duvida, tanta falta de resposta.

Antes que pudesse observar mais sua bolsa, escutei um estrondo forte lá de baixo. Joguei sua bolsa em baixo da cama, pegando seu Doritos, e pouco me importando para que ele dissesse, apenas aguardando sua entrada triunfante. Lá nos vamos, á mais uma briga com o "Gay drogado". A porta abriu-se rapidamente, fazendo com que fechasse os olhos, tentando conter-me.

__:- Já lhe avisei á não abrir a porta assim, estourara meus tímpanos. Reclamei, enfiando um Doritos na boca. Lá estava ele, com uma camisa polo, calça azul escuro tingida, tênis supra roxo... Ah seu tão inseparável tênis. Os cabelos arrepiados, aparentando estar molhados. Os olhos como chamas de fogo, o punho fechado, e a expressão séria, mostrava que não estava de brincadeira, e quem disse que eu estava?

__:- Hey esse é meu Doritos e devolva minha bolsa, por favor. Indagou educadamente. O que havia acontecido com ele? Balancei a cabeça negativamente, lambendo os dedos.

__:- Não quero briga Myllie devolva agora e tudo ficará bem. Sua voz aumentará, o tom autoritário causava-me arrepios. Não irá desistir agora não é Myllie?

___:- O que te fez pensar que arrobando meu quarto, estourando a porta de entrada e sendo educado faria com que devolvesse sua bolsa? Não seja ingênuo Bieber, estou aqui para cumprir ordens e não é um drogadinho idiota que mudará minhas decisões. Bufou, sentando-se ao meu lado, pegando o pacote de Doritos. O que as drogas não faz com uma pessoa?

___:- Ok, não tem medo de mim? Perguntou erguendo as sobrancelhas.

___:- O que você acha? Insulto-te e teria medo de você? Já me acostumei com isso Bieber, não tenho o que temer. Deitei na cama, espatifando-me.

___:- Deveria ter, afinal sou um drogado descontrolado, não é isso que todos dizem?

___:- Claro, mas quem disse que sou todos? Indaguei, rindo sem humor.

___:- Diga o que houve para tentar se matar á dois dias? Decepções amorosas novamente? Brinquei com os dedos, esperando uma resposta, sem a mínima curiosidade.

___:- Quem disse que tentei me matar? Riu irônico. Prosseguindo.

___:- Ao contrario de você e suas caretices, tento me divertir. Observou o teto, estralando o pescoço, ainda com o ar de “Poderoso”.

___:- Ótimo, prefiro ficar com as minhas caretices, do que gastar meu dinheiro com prostitutas sujas, drogas fúteis e bebidas baratas. Olhou-me sério.

___:- Ora, o dinheiro é meu, gasto com que quero.

___:- Claro, tem idiota pra tudo não? Gargalhei, vendo-o ficar revoltado.

___:- Faz exatamente dois anos que não conversamos, e agora que venho falar com você, trata-me com indiferença? Vamos Myllie, costumava ser sua "paixão", sei de seus segredos. Fez aspas, falando a ultima parte próximo ao meu ouvido, causando-me arrepios.

___:- Não estou tratando-o com indiferença, apenas acho que as coisas mudaram não é? Ou você acha que sou a mesma idiota de dois anos atrás? Distancie-me dele.

___:- Talvez. Não fuja My, dará a ideia que não resisti a mim. Virou-se por cima de mim. “Que diabos este imbecil está fazendo?” Mordeu meu pescoço de leve, fazendo com que sentisse calafrios. Mantive os olhos fechados, não queria que em momento algum houvesse um "Clima" desfavoráveis a minha ideia de resistir suas seduçãos.

__:- Sentiu isso? Perguntou ao pé do meu ouvido. “Oh meu Deus tem um fanático por sexo, em cima de mim”. Empurrei-o, indo em direção a porta, peguei um casaco, e antes que saísse o alertei.

__:- Não faça mais isso, entendeu? Ótimo. Bati a porta descendo as escadas com velocidade, sairia sem rumo. Peguei a chave do carro de Scooter, só espero que ele não me mate. Tirei-o da garagem. Vi Kenny gritar algo, mas estava longe de mais para voltar.

Estamos á alguns dias na casa dos “Biebers” em Atlanta, iremos embora essa tarde, iremos á Los Angeles, amanhã terei mais uma premiação. Posso me suicidar agora? Se não fosse por Scooter, já teria o feito.

Passei o cartão, sorrindo para os seguranças, que por sinal eram conhecidos. Sai do condomínio, rápido, não me importaria por quantas multas Scooter receberia, apenas precisa de um tempo para mim, apenas eu, e meus pensamentos pecaminosos.

Como chegamos a este ponto? Digo Eu e o Bieber, não que éramos amigos ou possuíamos algum contato, mas era melhor quando morria de amores por ele, pelo menos tinha certeza que poderia possuir algum sentimento. Não sei onde se esconderá a Myllie de antes, talvez procurasse por refugio, tão doce, tão meiga, tão calma, tão ingênua, tão boba, as coisas aconteciam aletoriamente, não eram parecidas com hoje, tudo é planejado. Eram tudo tão divertido, na hora das refeições, na piscina, as viagens, os shows, nas praias, tudo fazia sentido. Hoje é como se estivéssemos sendo forçados á isso. Não existem mais as tardes jogando vídeo game, jogando conversa fora, assistindo filmes, comendo pipoca e porcaria e depois escutando o Scooter nós repreender, sempre tudo acabava bem, e até as brigas eram saudáveis. Não era por drogas, bebidas, sexo, acidentes, ou por que "Ele" esquecia as letras das musicas e bebia vodka na frente dos fãns menores, E o que fizemos para isso não acontecer ou até mesmo mudar? Ficamos sentados reclamando da vida, das merdas que cometemos, das merdas que não cometemos... Como desejo que tudo voltasse ao normal, todas as coisas mudassem e tudo fosse diferente.

Outra chance talvez...

Algo refletiu sobre meus olhos fazendo com que desviasse minha atenção da estrada e encostasse-se à sarjeta, logo um impacto veio contra meu rosto. Senti minha cabeça latejar friamente, e o ‘Airbag’ bater forte contra mim, nesse momento pude ver que não resistiria, cai em um sono profundo.

(...)

___:- Hey acorde, vamos. Uma voz doce soou em meus ouvidos e logo senti alguém balançar-me. Abri os olhos lentamente, arregalando-os em seguida ao perceber que já se encontrava noite. Virei-me observando a figura ao meu lado. Uma moça alta, cabelos cacheados negros, pela bronzeada, boca avermelhada, vestida com um macacão azul claro, destacando seus cabelos negros, olhos esverdeados que pareciam mudar de cor a cada batida do brilho da lua neles.

____:- Quem é você? Perguntei, empurrando-me para trás, sentindo uma pontada forte na cabeça rapidamente.

____:- Não interessa, venho para concede-lhe seu pedido, não serás por muito tempo, apenas por um mês. Gargalhei sem humor.

____:- Hm legal, e eu sou o Barnei, não me faça rir. Irá fazer com que eu morra por um mês? Debochei.

____:- Olha Myllie, não interessa a mim suas hipocrisias, você terá uma segunda chance, poderá mudar seu presente, passado e obviamente seu futuro, mas terá que muda-los apenas em um mês, entende? Nada mais do que isso, caso contrario tudo voltara ao normal, e sua vida... Bom ela será um fracasso novamente. Sorriu, apoiando-se no carro.

____:- Ahh sim, e por que acreditaria em uma doida que para-me na estrada? Ergui a sobrancelhas, fixando seus olhos que agora se encontravam vermelhos. Coisa de louco. devo ter bebido muito café e estou tendo alucinações.

___:- Não são alucinações, e acredite se quiser, verás que não minto. Dei um pulo no banco.

___:- C-Como você lê men-tes? Gaguejei assustada, ela estava começando a assustar-me.

___:- Agora acredita? Ou terei que dar uma prova maior? Sorriu irônica, caminhando até o carro da frente. Um carro simples por sinal. Em um passo agiu, pulei do carro, seguindo-a.

___:- Você vai deixar-me aqui? Perguntei, alcançando-a, que logo se virou rindo.

____:- Quando menos esperar, sua prova começara, apenas aproveite e mude. Em um piscar de olhos, seu carro havia sumido dali, arregalei os olhos, sentindo minhas pernas bambas, e uma escuridão acolhedora.

O que ela queria dizer com tudo isso?