Um Toque escrita por Matheus


Capítulo 5
Um verdadeiro polímata


Notas iniciais do capítulo

Ai... mais um e nem demorei... ^^



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Domenick e Asheley estavam num Lamborghini LP700-4 Aventador 2012. O primeiro carro fabricado em série que é 100% em fibra de carbono, com um motor V12 de 700cv todo em alumínio o Lamborguini faz de 0 a 100km/h em apenas 2,9 segundos e ultrapassa facilmente os 350km/h. Mas para pilotar essa máquina é preciso passar antes por uma escola de pilotagem criada pela própria Lamborguini na Itália. Um curso que durou apenas um aperto de mão para Domenick. Eles iam direto para Hamilton. Domenick dirigia.

– Vejo que gosta de carros. – Disse Asheley, um pouco assustada com a velocidade que o carro seguia. As janelas estavam abertas e o barulho do vento entrando no carro os forçavam a falar mais alto.

– Na verdade, não muito. Eu gosto de correr, de sentir isso! Você sente?

– Claro! Como não sentiria? – Disse, conferindo os cintos de segurança. Vamos morrer!, pensou.

– Na verdade, eu não costumo fazer isso. Só estou aproveitando a oportunidade.

– Qual oportunidade? Você tem dinheiro para comprar o carro que quiser.

– Não é isso. É a oportunidade de assustar quem está comigo no carro!

Domenick desviava dos carros à frente como em um jogo de vídeo-game. O carro cortava o ar como um caça no céu e Asheley podia ver o caça se chocando com uma montanha a qualquer momento.

– Se é assustar que você quer, está conseguindo. Não acha melhor diminuir a velocidade? – Eles estavam variando em pouco mais que 250km/h.

– Não se preocupe! O carro tem seguro completo.

Não é com o maldito carro que me preocupo. – Pensou Asheley.

. . .

Em poucas horas eles chegaram a Hamilton e Domenick dirigiu sem dar pistas para onde estava indo.

– É a primeira vez que venho em Hamilton. É bom morar aqui?

– Quem disse que eu moro aqui? – Disse Domenick sorrindo. Ele parou o carro. – Chegamos.

– Você está de brincadeira comigo? Isso é sério? – Disse Asheley diante de um jato particular no Aeroporto John C. Munro Hamilton International.

– Sabe pilotar um desses? –Perguntou.

– Claro que não e espero que você tenha um bom piloto.

Domenick não respondeu e sorriu ao ver a cara que ela faria.

– Não?! Não me diga que...

– Você está olhando para o piloto.

– Oh Deus, de hoje eu não passo. – Sussurrou com a voz quase inaudível.

Eles subiram na aeronave. Domenick como piloto e Asheley, obrigada, ficou como co-pilota.

– Só não me diga que iremos para uma estação espacial pegar um foguete. Onde diabos você mora?

– Calma, vamos para New York City, é lá que eu trabalho. Garanto que estará em Ottawa antes do anoitecer.

– Viva?

– Farei o possível. – Disse, ligando os motores.

O avião subiu. Por uma “pequena taxa” a empresa que alugou o carro italiano fora buscar o carro onde ele havia combinado. Após uma hora de vôo no piloto automático, Domenick e Asheley colocaram parte do papo em dia. Uma parte, pois após dezesseis anos sem se falarem, há muito que conversar. Levariam dias.

Domenick pousou o jato no aeroporto 39th Street Ferry, em Manhattan.

Uma limusine os aguardava no aeroporto.

– Em fim, você não irá dirigir ou pilotar mais nenhum veículo. Fico aliviada.

– Não foi tão ruim assim.

Asheley não queria admitir, mas ele havia dirigido impecavelmente e pilotado também sem cometer nenhum erro. Ele era brilhante. O que mais ele sabe fazer? Perguntava para si mesma.

. . .

– Chegamos, senhor. – Disse o motorista  parando o carro.

As janelas eram de vidro fumê. Asheley não vira nada até descer do carro

– Você não disse que iria me mostrar o seu trabalho?

– Exatamente. Bem vinda a minha casa e é aqui que eu trabalho.

Asheley havia acordado mais cedo neste mesmo dia em Ottawa no Canadá, horas depois estava em Hamilton e em seguida pegara um jato particular para os Estados Unidos, pousando no distrito de Manhattan em Nova York e agora estava no Greenwich Village, um dos bairros de Manhattan onde vivem as celebridades e os milionários, diante de uma casa onde trabalha o homem que mais contribuiu para a ciência na última década.

E eu que achei que seria mais uma caminhada de rotina. – Pensou com si mesma.

Domenick a chamou para entrar. Quando chegaram diante da porta principal, havia um aparelho eletrônico na parede. Ele colocara o dedo no aparelho e falou algumas palavras aleatórias “O arco de Da Vinci no quadro secreto de íris”. E a porta abriu.

– Isso tudo para entrar?

– A porta tem um leitor de DNA. Uma gota de meu sangue. – Disse, mostrando o polegar com uma bolhinha de sangue. – e a freqüência de minha voz abre a porta. Cada pessoa emite uma freqüência de voz diferente. Como nossas digitais.

– Se toda vez que eu entrasse em casa eu tivesse que furar o dedo eu ficaria sem sangue ou sem dedo. – disse rindo.

– Às vezes eu fico semanas sem sair de casa, apenas trabalhando. Não é nenhum incômodo considerando o que tenho guardado aqui. Seja bem vinda a minha fortaleza.

– Você deve gostar muito do seu trabalho, não é? – Disse, entrando na casa.

– Não é algo que eu tenha muita escolha. Eu trabalho, descubro, ajudo e o que ganho eu invisto para mais pesquisas. É assim que o mundo gira pra mim.

– Investe para mais pesquisas? Assim como o carro e o jato?

Domenick riu.

– Sim, eles também fazem parte de meus estudos, acredite ou não.

– Quantas mulheres você já trouxe aqui? – Disse ela mudando de assunto.

Asheley era a primeira mulher que havia entrado na casa depois que ele a comprou. No início, ele poderia conquistar qualquer mulher, ele sabia o que elas queriam, se elas queriam e como elas queriam. Mas depois de alguns “toques” ele já havia passado por muitas e em sua mente já tinha milhares de senas de sexo que ele não sentia mais a necessidade de dormi com nenhuma mulher. Eu posso ter a mulher que eu quiser. Sexo se tornou uma perda de tempo., pensava ele sobre o assunto.

– Olhe ao redor. O que você ver? – ele deu um tempo para ela assimilar o cenário – Não há muitos móveis. Não há quartos de hóspedes. Sou só eu e meu trabalho. Venha comigo.

Eles subiram para o segundo piso e entraram na primeira – de duas – porta a direita.

– Esse é o meu trabalho. – Disse na sala, acendendo as luzes. – Aqui tem pesquisas que revolucionaram as ciências humanas, a física, as engenharias, a filosofia e a medicina. Aqui está a minha vida e as fórmulas para salvar milhões de outras vidas. – Disse Domenick.

Asheley estava diante de uma gigantesca sala com várias bancadas, potes de vidro com elementos químicos de todas as cores, máquinas grandes de até seis metros de altura e outras na mira de um microscópio, livros, equipamentos de proteção, computadores e outras coisas que ela não fazia idéia do que poderia ser.

– Meu Deus. É imenso!

A sala cobria o segundo e “terceiro” piso completamente. A impressão era que tinha mais de 200m² de cumprimento, talvez mais. E diante deles, havia um corredor feito com mesas, bancadas, máquina e computadores; tendo diante de seus pés... um skate.

– Para que... – Antes de terminar sua pergunta, Domenick já subira no skate e fazia manobras para impressioná-la. Conseguiu.

– Esse são meus pés aqui.

– Você sabe andar de skate?

– Polímata, esqueceu? Eu gosto de muitas coisas diferentes.

– Você disse que aqui tem pesquisas que revolucionaram as ciências... Você não quis dizer, revolucionarão? – Perguntou, esperando uma boa resposta.

– Escute Asheley, tenho que lhe contar uma coisa que devia ter lhe contado há dezesseis anos... – Ele foi interrompido pelo toque de seu celular. – Que estranho, poucas pessoas tem esse número, um momento... Alô?

Domenick ficou cada vez mais pálido enquanto ouvia a pessoa do outro lado da linha falando com ele. Um minuto depois ele desligou o telefone e refletiu por alguns segundos.

– Asheley, você tem que sair daqui. Vá para o aeroporto e desapareça, eu te procuro. Vá! Agora!


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Notas finais do capítulo

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