Um Toque escrita por Matheus


Capítulo 3
Eu não existo


Notas iniciais do capítulo

E aí vem o romance e o drama, com mistério e suspense nessa ficção científica '*-*'
LEIAM MINHA OUTRA FANFIC *-*



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Albert Einstein. Um gênio. Um homem de caráter, honra e índole. Um grande homem. No momento em que Domenick tocou o cérebro de Einstein, tudo que ele sabia sobre ele começou a emanar em sua mente. E das melhores frases, veio: “Temos o destino que merecemos. O nosso destino está de acordo com os nossos méritos.”

Eu mereço. – Pensou.

Domenick sorria como uma criança recebendo um presente de natal.

Esse é o meu destino.

Ele segurava a parte do cérebro com apenas três dedos.

– Parece que você será sempre um enigma. Eu te admiro mesmo assim. – Disse.

Como um cientista, antes do teste prático Domenick criou três teorias odo que poderia acontecer. A primeira: Irei ter um momento de iluminação, depois ir direto criar. Fazer a mais bela arte científica; a segunda: Meu dom funciona apenas em corpos mortos com células ainda vivas; e a terceira: é necessário que todas as partes do corpo estejam juntas.

Não é mais possível, depois de tanto tempo, unir todas as partes do corpo de Einstein, isso apenas em pessoas congeladas após a morte, então... Adeus Egito. Seu segundo destino seria o Egito, as múmias, depois até o Vaticano, os Papas. Mas tudo foi água a baixo.

Domenick reativou a máquina de resfriamento, desligou as máquinas e foi direto para a sala da segurança; deletou as filmagens das câmeras a partir do momento que entrou. A Universidade não tinha seguranças, era tudo mecanizado: câmeras vigiam, alarmes avisam a polícia, todas as portas trancadas com chaves eletrônicas impedem “qualquer um” de entrar. Quando terminou, foi embora e reativou o alarme. Sou o homem invisível. – Pensou, convencido. Muitas das pessoas que ele tocou, nem mesmo tiveram a chance de ver seu rosto. Outras, entretanto, ele teve que atacar e pagar uma boa fiança. Algumas, ele “se fez” – não que não seja, de certa forma – de repórter.

Domenick saiu às pressas e se distanciou da universidade pela rua mais escura e vazia. Não posso sair do país hoje. “Irão” ficar de olho em mim. – Pensou, se distanciando da universidade – O que essa cidade tem a me oferecer? Não consigo pensar em nada. É o Canadá, uma cópia mal feita dos EUA.

Ele foi para um hotel de luxo. Resolveu passar a noite em Hamilton e partir na manhã do dia seguinte. Ele tinha trabalho a fazer.

Domenick, como um gênio matemático, começou a fazer estatísticas, cálculos e se admirou com o que a matemática pôde revelar... A verdade, pura e limpa e quase infalível. Um dos cálculo teve um resultado amedrontador e intimidador: a cada dia sem trabalhar, 3.600, em média, morrem na necessidade de um novo avanço em suas pesquisas.

. . .

Se outra pessoa tivesse o meu dom, usaria para o próprio bem... Eu sou um sacrifício. Eu não existo. – Pensou deitado na cama de casal do hotel... Sozinho. – Eu não existo. – E adormeceu.

Todas as pessoas sonham. Esses, para a sua colossal sorte, eram sonhos da sua própria mente e para seu “azar” uma pessoa de sua idade precisa dormir cerca de 8h por dia no ideal e ele passava semanas dormindo apenas três. Desejava ser um Koala, que dorme em média de 22 horas por dia, mas ele tem responsabilidades: salvar pessoas que em maioria não ligam para a vida. Poucos sabem, mas quando dormimos o corpo libera hormônios importantes, as células se reparam e o cérebro “recarrega”. Para Domenick era mais que uma necessidade dormir, mas ele não podia, em vez disso fazia meditação em um quarto de completo breu e aprova de sons. Isso fazia suas 3h servirem por seis. Mais não era a mesma coisa. E nesse dia, para sua felicidade, ele sonhava como se tudo fosse real, com se ele pudesse em algum lugar, ser feliz.

. . .

Em seu sonho, Domenick fazia piquenique num terreno aberto e perfeitamente gramado iluminados por uma estrela brilhante, num dia ensolarado e perfeito. Mas ele não estava sozinho, ele estava com uma garota, uma linda e importante garota em sua vida. A garota.

 – Hei, Nick! Quer um pedaço de minha maçã? – Perguntou ela.

Ele se inclinou e mordeu a maçã ainda nas mãos dela, vendo ela sorrir nos cantos dos olhos.

– E então? O que faremos? – Ela perguntou séria.

– Sobre o quê? – Perguntou ele mesmo sabendo a resposta.

– Você sabe... Sobre a gente. Não podemos continuar isso escondido.

– Eu te amo, farei o que você quiser. Se quiser nós fugimos agora mesmo. – Disse, sabendo que ela não seria capaz, mas que iria gostar de ouvir isso.

– Até que eu queria, mas não posso, tenho os estudos e não aguetaria ficar longe de minha família. Mas seria interessante, desde que demos nosso primeiro beijo você só fez me surpreender, eu não me arrependeria em nenhum momento de viver o resto de minha vida ao seu lado, só eu e você.

– Nem eu. Eu poderia passar o resto de minha vida desse jeito, só eu e você num campo aberto sem pessoas para nos observar ou nos ditar regras. Só eu e você e já seria perfeito.

Ela riu e depois abocanhou a maçã. Ela tinha cabelo castanho claro, um sorriso largo e inconfundível, olhos claros como o cabelo, lindos e cheios de emoções que ela compartilhava apenas com o olhar. Ela era a garota de seus sonhos.

A imagem do sonho começou a borrar e sobrepor sobre a visão do sorriso dela. A cena mudou, estavam frente a casa dela, conversando um de frente para o outro afastados.

– Nick, eu não quero que termine assim.

Ele gostava quando ela o chamava de Nick, ela era a única depois da morte de seus pais cinco meses antes. Os outros o chamavam de Dom, ou simplesmente Domenick. Seus dois apelidos: Dom e Nick.

– Eu mudei. Não sou mais como antes e não posso me dar ao luxo de ficar com você... – Ela o interrompeu.

– Eu não entendo. Por quê?

– Por que eu te amo e não poderei te fazer feliz e fazer o que tenho que fazer ao mesmo tempo. Dói mais em mim do que em você, tenha certeza disso. E já está decidido. Me desculpe ########. – Houve um vácuo no sonho quando disse o nome dela – Mas um dia eu te encontrarei, te direi oi e talvez nos tornamos amigos novamente ou apenas terei que lhe abandonar outra vez e tenha certeza que doeria da mesma forma que dói agora, pois eu te amo e sempre te amarei... Por toda minha vida.

– Você não precisa carregar o mundo nas costas. Eu posso...

Domenick a calou com o dedo. Como na primeira vez. E a beijou. Foi o último beijo; a única pessoa que amou verdadeiramente. O amor de sua vida, agora perdido.

Sua própria voz ecoou no espaço do sonho:

“A vida é como andar de bicicleta. Para manter seu equilíbrio você deve continuar em movimento...”

. . .

Uma frase de Einstein o fez despertar. Já eram quatro da manhã, Domenick levantou e depois de se alimentar e tomar um bom banho, fretou um carro e dirigiu para Ottawa, a capital do Canadá. Fez o percurso pela ON-401 E de 521Km, que seria normalmente feito em seis horas, feito por ele em quatro horas e meia. Chegou em Ottawa às nove da manhã e se preparou para fazer sua caminhada “matinal” com três horas de atraso, mas necessária para viver até os 122 anos, um outro passo é uma dieta vegetariana e prevenir as doenças. Até mesmo um resfriado tira alguns dias de vida do fim de seus dias.

Agora entendo o que diferencia o Canadá dos EUA. É algo que se precisa sentir e não entender. – Pensou enquanto corria pelo Canal Rideau, um ponto turístico importante da cidade, com diversas trilhas e ruas arborizadas com parques em suas proximidades, um patrimônio mundial da UNESCO desde 2007 e corta seis cidades do estado de Ontário. No inverno, é usado para patinação e no verão, um lindo lugar para navegar e alvo de turistas. Agora, em setembro, era o último mês em que se pode navegar, em dezembro as águas congelam completamente e a paisagem se transforma sem perder seu charme, formando a maior pista e patinação do mundo.

O dia estava calmo, um pouco frio, mas totalmente agradável. O vento batia em seu rosto de uma forma que o fazia despertar, se manter online, consciente em sua própria mente. Pessoas corriam a seu lado, outras vinham em direção contrária passeando com cachorros ou com carrinhos de bebê.

É por isto que eu luto. Para um mundo melhor e belo, que tenha todos os dias como os de hoje. – Pensou.

Seus pensamentos foram interrompidos por uma voz e seu dia mudaria de vez.

– Nick, é você? Meu Deus há quanto tempo!


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Notas finais do capítulo

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