Um Toque escrita por Matheus


Capítulo 17
Promoção


Notas iniciais do capítulo

Fico feliz que vocês ainda estejam lendo! ^-^
Modestamente eu mereço o troféu de escritor mais enrolado! .o/
Bem, eu estou sem internet, sem tempo, e ainda cursando o ano letivo de 2011. Vou repetir: Sem internet! +~+ Não sei mais o que fazer...
De qualquer forma, continuem acompanhando, pois a história só acaba quando for marcada como terminada! E vamo que vamo!



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Luke estava fora, mas o jogo não era mais o mesmo; algumas peças subiam de hierarquia. Domenick se reposicionou no tabuleiro. Estava tudo errado. O jogo estava apenas começando.

A promoção é a jogada em que um peão alcança o outro lado do tabuleiro e consegue a graça de se tornar qualquer outra peça. Domenick alcançara o outro lado do tabuleiro e agora era a Rainha. A peça que foi feita para matar... Para matar o Rei.

Domenick não havia entendido antes, mas agora tudo fazia sentido. Ele esteve jogando todo esse tempo no lado errado. Protegendo o Rei adversário.

Jerom não é o Rei... Agora entendo.

– Hei, Hugo! – Gritou Domenick sem se por a vista – Obrigado.

Hugo sentiu seus ferimentos arderem e respondeu com sua voz medonha:

– Você sabe o que fazer. Eu tenho quatro balas, não vá errar agora.

Domenick estava um pouco aliviado. Tinha feito a escolha certa e agora era só focar em seu próximo movimento.

Apenas quatro balas... Eu dou um jeito. – Pensou.

Desta vez os olhos de Domenick batizavam um tom vermelho. Suas retinas pareciam gotas de sangue mergulhando em água. Novamente, as 2.827 mentes se uniam mostrando tudo que há sobre combate – corpo-a-corpo ou à mão armada – Todas as experiências de militares, soldados, agentes, e cientistas foram entregues a Domenick. Todas as experiências de vida que essas pessoas passaram, eram mostradas para ele de bom grado. 2.827 pessoas se fundiam em uma só.

Vamos lá! – Gritava uma voz em sua mente sem ter certeza se era a sua.

– Ei! – Chamou Domenick.

– Diga, Dom.

– Que vença o melhor!

– Você é o melhor. Se eu vencer, eu te mato.

Domenick deixou escapar um sorriso. Isso era a guerra: uma confraternização de pessoas dispostas a se matarem.

Chega de papo.

Domenick olhou para o garoto de camisa com estampa do Linkin Park, caído em sangue, depois contou quantas balas ainda lhe restava. Seis. Era o bastante.

Depois de destravar a arma, Domenick tirou a camisa, branca, suja de sangue na manga esquerda por causa da bala que o atingira minutos antes.

Segurando a camisa nas mãos, Domenick tentou escutar algum som vindo de Hugo. Nada. Luke seria útil numa hora dessas. De qualquer forma, ele teve que arriscar e por algum motivo ele sabia que seu truque daria certo.

Domenick bateu os pés duas vezes, imitando passos, e jogou a camisa para frente. Em menos de um segundo houve um disparo que deixou um buraco na camisa.

– Muito bem Dom. – Disse Hugo cuspindo saliva misturada com sangue. Seu corpo estava se curando e seus reflexos se tornavam mais precisos – Mas eu não irei cair nessa novamente.

– Deixa comigo, não pretendo tirar minhas calças.

Domenick começava a se preparar para a próxima etapa. Um bom enxadrista pensa vários movimentos à frente.

Seus reflexos foram rápidos demais. Ele está vindo; está próximo. Quatro ou cinco passos...

A próxima jogada de Domenick requeria um pouco mais de cautela.

Hugo havia saído de trás da bancada e caminhava em pequenos passos silenciosos ao encontro com Domenick. Sempre fitando a esquina em procura de qualquer movimento.

Eu sei onde você está.

Calculava quatro passos e um giro para alcançar Domenick e provavelmente tudo se resolveria naquele encontro de paredes.

Hugo se afastou um pouco para não ser surpreendido com um golpe quando girasse o corpo e em seguida fez o movimento.

Mas que diabos?!

Não havia ninguém.

Ele continuou andando por entre os carros e tentava sentir a presença de Domenick, mas a dor ainda impedia seu nariz de executar todas as proezas dadas por Deus.

Domenick podia estar atrás de qualquer um dos carros, ou dentro de um deles, ou até mesmo embaixo. Poderia também estar dentro do banheiro. Ou Deus sabe lá onde.

– Estou aqui. – A voz soava como o sussurro do próprio anjo da Morte vindo para ceifá-lo.

Hugo já ia se virar quando Domenick atirou em seu cotovelo direito. A arma caiu. Antes que conseguisse se virar, ele atirou nos joelhos, depois acertou a coluna vertebral. Em menos de um segundo Hugo já estava caído, imóvel.

– P-Parabén-s. – Disse Hugo com pigarros entre as palavras. – Você sabe o que-e fazer...

Domenick olhou nos olhos dele. Eram frios; negros; assassinos.

– Eu lamento pelo que houve. – Consolou Domenick – Tudo acaba aqui.

Sendo um semi-imortal, Hugo recebia com um sorriso o que estava por vir. Ele se sentia cansado, mas estava pronto para descansar. E, após muito tempo, estava feliz; mesmo no chão; morrendo; sujo em seu próprio sangue.

Esforçando-se, ele balançou a cabeça como se estivesse pronto para passar um grande peso para Domenick. Seu rosto dizia de forma transparente “Eu já posso descansar em paz.”

Diante do corpo imóvel de Hugo, Domenick tinha 100% de garantia de que acertaria o tiro que viria a seguir.

Os últimos sussurros de Hugo foram os mesmos que Luke ouviu enquanto perdia os sentidos:

– Assim tem que ser.

E o tiro ecoou pelo vasto espaço sem vida.


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Notas finais do capítulo

Mande reviews!
E continuem lendo! xD