Olhos Verdes escrita por illusion


Capítulo 2
Capítulo 2 - Memórias hesitantes


Notas iniciais do capítulo

Sofri para fazer esse capítulo, mais pelo menos fiz alguma coisa neh !
Não ta bom, mais vamos la de qualquer jeito Ç.Ç~



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/17024/chapter/2

 

 

– Você também tem um – disse ela.

– Um o que? – perguntei confusa.

– Um cadeado.

Seus olhos fitavam, curiosos, o cadeado que pendia de uma corrente ao redor do meu pescoço. Minha mão se levantou instintivamente para tocá-lo.

Ah, aquele cadeado, aquilo... Foi aí que meus olhos encontraram o colar dela. Em uma correntinha de prata balançava um pequeno cadeado prateado, com duas pequenas chaves.

Mas o meu era de verdade.

– Mas o seu é de verdade – disse ela, sorrindo.

Um sorriso lindo, não apenas em seus lábios, mas também em seus olhos. Um sorriso sincero.

E então ela se virou para a frente e começou a prestando atenção na aula.

As duas horas se arrastaram lentamente, deixando minha mente livre para pensar. O que eu não queria fazer. Definitivamente não queria fazer. Não queria ter que mergulhar nas memórias novamente, relembrar, o motivo, daquele cadeado estar preso à mim... Aquela noite...

Fixei os olhos no professor, tentando desesperadamente prestar atenção à ele. Alguns minutos depois, comecei a desenhar no canto da folha, tentado bloquear os pensamentos. De vez em quando, olhava para o lado, para a menina, ou pela janela, para o céu. Tive a impressão de que ela também me olhava de relance. Talvez apenas impressão...

Finalmente, interrompendo minha agonia monótona, o som estridente do sinal ecoou pela escola, passando por corredores e salas, fazendo com que os alunos se levantassem, evacuando as salas.

Lentamente, me levantei. Passei pelos corredores cheios de gente, nadando contra a maré, indo para a direção contrária à todos. Fui me sentar em um banco de pedra, escondido entre alguns arbustos, longe da parte principal do pátio. Enquanto me sentava, me recostando na pedra fria, fitava o céu de longe.

Não adiantava fugir. Libertei meus pensamentos, desisti de evitar as lembranças, deixei que a memória me inundasse. Como sempre, deixei que minha mente vagasse pela milésima vez pelos acontecimentos, refletindo em busca de uma razão, um sentido perdindo, inexistente.

E lentamente as memórias foram me inundando.

 

Sentada ali, invisível em um canto do colégio, envolvi meu cadeado com as mãos e, com a cabeça baixa, fechei os olhos lentamente...



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom é isso gnt ! Mereço review