Procurando Remo escrita por Blue Jay Way, Bas


Capítulo 4
A turma da Sala


Notas iniciais do capítulo

o que no filme original, seria "A turma do Aquário".



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As garotas levaram Remo no bolso (sem realmente saber que aquilo era uma coisa viva e pensante) até Mary, na biblioteca. A menina teve a mesma reação que as outras duas e ainda teve a pachorra de conjurar uma roupinha que ela julgou “muito mais bonitinha e adequada”. Era um macacão de palhaço laranja e branco, Remo não viu a menor graça nele. Então, ele foi enfiando no bolso de Marlene outra vez, e a última coisa que pôde ouvir foi...

     - Vamos mostrar pra Deb, ela adora essas coisas.

E elas duas foram andando até outra sala.

Entraram em uma sala com paredes cobertas por espelhos, ocupada por mais sete pessoas. Um gorducho da Corvinal de cabelos castanhos arrepiados; um magricela da Lufa-lufa que insistia em deixar tudo em perfeita ordem; uma garota maluca da Corvinal que conversava com o próprio reflexo; outro cara da Lufa-lufa, loiro com cara de bobo, que insistia em estourar todas as bolhas de sabão que soltava com a própria varinha; um sonserino de família francesa que se ocupava em limpar sua varinha com um lenço; uma outra corvinal que lia um livro sobre tecnologias trouxas e, por último, um grifinório com uma cicatriz enorme de um lado do rosto, expressão séria, devia ser o líder.

     - Olá, pessoal – Alice cumprimentou todos.

- Achamos uma coisa legal... – Marlene disse tirando Remo do bolso e mostrando para todos, Deb, a garota que falava com o próprio reflexo, foi até lá e pegou o garoto na mão.

     - Ohh! – fizeram todos.

     - Om, coitadinho, ele tá morrendo de medo. – disse Deb com voz de bebê. – fofinho, se você precisar de alguma coisa, é só falar com a Tia Deb. Sou eu! E se ela não estiver aqui, você pede pra minha irmã, a Flo.

Ela se virou para o próprio reflexo e o cumprimentou.

     - Oi, Flo! Tudo bem, como vai?... Não escuta o que ela diz não, ela é doida. – Deb explicou pra Remo depois.

     - De onde você vem, miúdo? – perguntou o grandão da Corvinal.

     - Da Grifinória – respondeu Remo sem muita certeza do que estava falando.

     - Grifinória? Ah! Ele deve estar sujo de...poeira grifinória! – disse o magricela da Lufa-lufa. – Rápido, Jacques! A higienização!

     - Oui. – disse Jacques parando imediatamente a sua limpeza na varinha, e indo até Remo puxando outro lenço do bolso. Antes que Remo pudesse protestar, Jacques começou a esfrega-lo no lenço como se fosse um brinquedo empoeirado.

     - Redondezas vermelhas! – anunciou o corvinal.

     - Uh, e como é lá? – perguntou o lufo das bolhas.

     - ...redondo e vermelho. – Remo respondeu meio confuso.

     - Eu sabia!

     - Eu encontrei isso lutando para sobreviver no Salão Comunal e salvei a vida dele...não podia deixar lá, né? – explicou Marlene.

     - Não é isso, sou eu, e eu não sou um chaveiro. – implicou Remo com Marlene, mas ela e Alice o ignoraram e foram embora.

     - Hã-hã, legal, moleque – elogiou o gordão, que atendia por “Bolota”.

Então todos ouviram um barulho do lado de fora da sala, a Corvinal que lia o livro trouxa foi espiar pela fresta da porta.

     - Oh! Ele vai usar chantagem emocional... – ela disse desapertando a curiosidade de todos os outros, exceto o grifinório com cara de líder. Os outros cinco se espremeram para espiar também.

     - Chantagem emocional! Já começou? – Bolota perguntou curioso.

     - Já, ele usou a do “tanto trabalho pra nada”, um clássico.

     - Acho que tá mais pra bronca mesmo... – o lufo magricela argumentou.

     - Não, garotas do primeiro ano não choram com bronca... – Bolota disse – é chantagem.

      - E o que ela fez? – perguntou o garoto das bolhas.

      - Espirrou no quadro.

      - O nariz humano é uma coisa nojenta...

Remo foi ver o que eles tanto comentavam. Filch estava ralhando com uma garota no corredor, parecia que o grupo estava identificando o tipo de bronca que ela recebia.

Um garoto desengonçado da Lufa-lufa chegou correndo e se enfiou na sala.

      - E aí, gente, o que eu perdi?

      - Chantagem emocional, um clássico. – Estela respondeu.

      - Ela chorou?

      - Chorou, você tinha que ver...

      - Não, esses detentos são meus, pode sair daí! – Filch resmungou puxando o lufo recém chegado pela gola da camisa.

      - Esses alunos intrometidos só não são piores que aqueles quatro...eu ainda pego esses com a autorização escrita de usar as correntes outra vez...ah, eu lembro da última vez que pude estalar o chicote no lombo de um sacana feito esses aí... – Filch saiu resmungando sozinho.

     - Eu tava no primeiro ano quando ele pegou um engraçadinho feito aqueles quatro... coitado, ficou na enfermaria todo enfaixado por umas boas três semanas... – se lembrou Bolota.

      - Mas...eu sou um dos quatro! – Remo exclamou.

       - Tudo bem, guri, a gente dá um jeito.

O show terminou e todos se dispersaram. A corvinal, que atendia por Estela, se aproximou do líder grifinório.

     - Ele é da grifinória, Gil, como você.

    - Então, o que sugere?

    - Uma saudação de verdade.


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Notas finais do capítulo

Comentem por favor! A próxima atualização vai demorar, mas essa fic eu termino (eu fiz uma aposta comigo mesma).



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