Procurando Remo escrita por Blue Jay Way, Bas


Capítulo 3
Sirius bate a cabeça e Sonserinos


Notas iniciais do capítulo

Que no filme original "Procurando Nemo" seria da cena "Conhecendo a Dory" até "Tubarões".



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Os três saíram pelo corredor chamando pelo amigo encolhido e guardado no bolso. O corredor estava cheio de gente voltando para seus respectivos salões comunais. Sirius trombou com um grandalhão da Lufa-Lufa, rodopiou e bateu a cabeça numa coluna de pedra.

            - Tá na contramão, idiota – ele disse.

            - Desculpe, tenho que achar o meu amigo, o Feno... – Sirius respondeu meio confuso. O grandalhão foi embora bufando e Tiago chegou.

            - Sirius, você viu as duas? A Alice e a Marlene? Vamos logo, seu banana...

            - As garotas? É! Eu vi as garotas! Elas foram...elas foram por ali! – Sirius exclamou apontando para o fim do corredor.

            - Então está esperando o quê? – e Tiago puxou Pedro e começaram a seguir Sirius.

Sirius foi saltitando até o final do corredor, que esvaziou com o passar dos minutos,  ziguezagueando e cantarolando. Então se virou desconfiado.

            - Querem parar de me seguir?! – ele disse para os outros dois.

            - Quê? – Tiago estranhou.

            - É, você mesmo...quer brigar, é? Quer? Cai dentro...ai, que medinho dele... – Sirius se posicionou pronto para uma briga.

            - Sirius, qual é a sua, a gente estava procurando as garotas. – disse Tiago confuso.

            - As garotas? É! Eu via as garotas...elas foram...por ali! – Sirius disse outra vez, apontando para outro corredor.

            - Sirius, você tá ficando maluco? Você já disse para onde elas estão indo. Você bateu a cabeça? – Tiago se estressou.

            - Ai não... – Sirius fez.

            - O quê? – Pedro perguntou.

            - Bati...agora eu lembro...bem ali. – e Sirius apontou para a coluna onde havia batido a cabeça.

            - Não acredito... – resmungou Tiago. – Tá, mas agora não importa, a gente dá um jeito nesse seu cabeção depois...vamos atrás delas. – e ele se virou para seguir seu caminho.

Mas trombou em alguém.

            - Oi...Meu nome é Lúcio. – cumprimentou Lúcio Malfoy com uma voz grave e arrastada.

            - Nós sabemos. – os três responderam.

            - Tudo bem...eu já entendi...porque confiar num sonserino? – ele disse se afastando, dando a impressão de que tinha desistido de falar com os três. Mas ele se virou de novo, assustando os garotos com um sorriso malvado.

            - O que um trio de grifinórios está fazendo aqui há essa hora? – ele perguntou.

            - Nada! A gente não tá fazendo nada! Na verdade, a gente nem tá aqui... – Pedro respondeu tentando escapar da conversa de Lúcio. Ele riu.

            - Legal! Mas será que vocês não querem ir para uma reunião...

            - Tipo uma festa? – perguntou Sirius animado.

            - É! Tipo uma festa. - respondeu Lúcio.

            - É, realmente muito legal, bacana, um convitaço, mas a gente tem que ir. – Tiago disse quase educadamente.

            - Não, eu não aceito isso como resposta, vocês vão ser os meus acompanhantes...

E Lúcio abraçou os três pelos ombros e foi guiando-os até as masmorras, onde entraram numa salinha escura, cheia de frascos redondos e coloridos em várias estantes.

            - Olha, parecem balões...que festão, hein? – disse Pedro olhando para os frascos.

            - É, só não é muito legal quando eles estouram... – Lúcio respondeu rindo.

Ele largou os três em algumas carteiras da sala, então os garotos notaram que havia mais três sonserinos lá. Um deles era grandão, com um rosto largo, outro era fininho e magrelo, com cara de mau (mas que bela definição). O maior abraçava um primeiranista assustado da grifinória pelo ombro.

Lúcio foi até a frente da sala e tocou um sininho na mesa do professor.

            - Hoje a reunião está oficialmente inaugurada. Nós chegamos ao passo cinco: trazer um amigo. Lestrange, McNair, trouxeram os seus? -  Lúcio falou.

            - Sim! – disse McNair levantando o braço do grifinório do primeiro ano.

            - Lestrange? – Lúcio repetiu.

            - Ah...eu sem querer confundi meu amigo e...petrifiquei lá no quarto andar. – Lestrange se desculpou constrangido.

            - Tudo bem amigão! Pode ficar com um dos meus. – Lúcio disse sorrindo.

            - Valeu, Malfoy! – e Lestrange puxou Tiago mais pra perto. Nenhum dos três estava entendendo o que estava acontecendo.

            - Agora, antes de mais nada, o nosso dilema. – Lúcio disse ajustando a postura e colocando a mão sobre o peito. Os outros dois sonserinos fizeram o mesmo.

           - Eu sou um sonserino legal. E não um ignorante “atacador” de grifinórios. Se eu quiser modificar essa imagem, eu tenho que me modificar. Os grifinórios são amigos, e não brinquedos. – todos eles ditaram.

            - Eu sou o Lúcio.

            - Oi, Lúcio. – todos cumprimentaram monotonamente.

            - E eu não ataco um grifinório há três semanas. – ele disse orgulhoso. Todos aplaudiram.

            - Você é minha inspiração! – um deles gritou.

            - Então, alguém tem algo a falar? – Lúcio perguntou oferecendo seu lugar na frente da sala.

            - Eu! – gritou Sirius indo até o lugar de Lúcio. O sonserino se sentou numa carteira.

            - Meu nome é Sirius...

            - Oi, Sirius.

            - E...eu acho que nunca ataquei um grifinório. – ele disse soltando uma risadinha nervosa.

Todo o público fez silêncio e, um segundo depois, começou a aplaudir com entusiasmo.

            - Puxa, tô aliviado por botar isso pra fora...

            - Próximo! – gritou Lestrange. Todos olharam para Tiago.

            - Quem? Ah, eu não tenho problemas...

            - Não assume. – bufaram os sonserinos empurrando o pobre coitado para frente da sala.

            - Bom,  meu nome é Tiago e...eu gosto da Lílian Evans, mas ela me odeia...

            - Nascida trouxa, só pode ser... – Lúcio cochichou para Lestrange.

            - ...Vou parar na sala do diretor de três em três aulas...

Todos abafaram uma exclamação.

            -...geralmente porque ataquei um sonserino idiota.

Lúcio, que estava aplaudindo agora a pouco, parou imediatamente e encarou Potter com uma expressão assassina.

            - Hoje eu vou jantar um grifinório! – ele urrou com fúria, avançando em Tiago. Lestrange e McNair o seguraram pelo braço.

            - Não, Lúcio! Você é um sonserino legal!

            - É trauma de infância, ele não conheceu o pai!

Lúcio rugiu.

            - CORRE! – berrou Sirius pulando as carteiras para chegar até Tiago, agarrar o amigo pela gola e sair correndo com Pedro.

Estavam quase na saída quando Pedro acabou esbarrando numa estante cheia de frascos coloridos, que balançou e quase derrubou todos os frascos. Saíram da sala e bateram a porta arfando.

 

Os sonserinos ficaram lá, McNair e Lestrange tranqüilizando Lúcio. Até que Lestrange olhou para a estante balançando e ameaçando cair.

            - Malfoy...

            - Que é?

Lúcio e McNair levantaram os olhos para a estante, que caiu derrubando os frascos e misturando seus conteúdos no chão.

BOOM.

 

Tiago, Sirius e Pedro ouviram a explosão e saíram correndo de volta para o Saguão.


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Notas finais do capítulo

Com uma pequena ajuda da minha irmã Paups.
Reviews, plz! Estamos perto do natal, todo autor merece.