Pov, Sam

Antigamente, teria me descontrolado ao ouvir aquelas palavras frias que o Benson soltou pra mim. Mas tive que me conter, eu era uma exemplo para Sophie, e não gostaria que ela observasse minha discussão com o pai dela. Simplesmente me virei e o ignorei já que o mesmo saiu dali como se ele estivesse certo.

Será que Freddie pelo menos uma vez na vida não caia na real? Que garoto egoísta, eu estava preocupada com minha filha e ele usa de palavras que fizeram meu coração quebrar. O Benson não mudou em nada, continuava o mesmo garoto mimado e egoísta. Que ele fosse embora, não fazia e nunca fiz questão de tê-lo por perto.

Fui trocar as roupas de Sophie antes mesmo que ela pegasse um resfriado, sai um pouco envergonha confesso, aqueles olhares e cochichos já me remetia que eu iria ser o novo assunto dos vizinhos. Sophie no quarto já escolhia sua roupa, nem parecia a garotinha que tinha acabado de quase se afogar.

– Uhhh.... quero essa roupa aqui. Ela jogou inúmeras peças na cama e simplesmente concordei, não estava tão afim de contestar minha cabeça já estava a mil depois daquela situação.

– Mamãe me desculpa. Ela delicadamente tocou meu rosto com sua mão e me olhou. Eu sabia que tinha sido muito rude com ela.

– Tudo bem minha princesa, só me prometa que jamais...Jamais vai chegar de novo perto daquela piscina. Estamos entendidas ? Ela assentiu fervorosamente e sorriu. Aquele sorriso, meu lindo sorriso pensei-.

– Agora vamos descer, tudo bem? Estou de olho na senhora. Eu falei enquanto nos aprontávamos para voltar, enquanto descíamos, já percebia uma casa totalmente vazia . Sophie logo dirigiu-se a uma sala acoplada a sala de estar, pegando alguns brinquedos que haviam ali.

– Cadê todo mundo? Perguntei Jonny enquanto ele vinha em minha direção.

– Depois da boca livre e assunto para eles comentarem o resto da vida , acha que precisavam de mais alguma coisa? ele falou. Sorri instantaneamente.

– Então ? O olhei.

– Comece logo a me dizer o que foi aquilo na piscina. Ele apontou para o lado de fora, seus olhos brilhavam por essa informações.

Comecei a contar tudo que havia acontecido, do nosso namoro, da ida a faculdade, o problema da distancia e a traição de ambos.

– Espera...Espera... Você ainda namorava com ele quando pegou os dois na cama? Ele falou enquanto sentava-se no sofá. Aproveitei enquanto Sophie estava longe brincando para contar tudo.

– Pois é, eu estava na Florida, mas ainda namorávamos, trocávamos email's, telefonemas, e conversas . Eu suspirei.

– Nunca perguntou o porque ? Qual o motivo da traição? Ele falou . E sentei-me ao lado dele.

– Não...Acho que por muito tempo tive medo da resposta - desabafei-. Ou sei lá.

– È só isso ? O olhei enquanto os olhos deles iam de encontro com Sophie.

– Acha que Sophie é filha dele ? O questionei.

– Só acho que esses olhos cor de chocolate dela e muito parecido com os dele. Sem contar o sorriso, o formato do nariz. Ele me respondeu.

– O que eu posso esconder de você ? O olhei sorrindo triste.

– È bem visível isso. Ele deu com os ombros. - Até quanto vai escondê-la dele ?

– Até quando for necessário. Respondi. Jonny respirou fundo.

– Ai. Vou preparar um drink- ele disse. O Olhei rapidamente.

– Vai beber a esta hora ? franzi a testa.

– Pra aliviar a tensão querida. Soltei o sorrindo. Jonny sempre um bom ouvinte, ele sabia que não gostava de tocar nesse assunto por isso não foi tão afundo com isso.

Ele saiu dali enquanto continuava a olhar Sophie, brincando tão despreocupada.

Ela achava que a lua era mais perto do que o Japão, e quem seria eu para contestar minha pequena princesa?....

Passei o restante do meu dia pensativa, mais tudo com cautela. Sophie repassou o dia brincando, não fui la fora nem pra tomar um ar, não queria dar de cara com o casal Benson. Muito menos ser apontadas pelos vizinhos.

Passei horas falando com minha mãe e com Melanie. Contado sobre a novidade do novo emprego, nova casa. O dia estava conseguindo acabar um pouco melhor. A noite já começava dar o Ar de sua graça. Eram mais ou menos 21:00 quando Jonny apareceu com uma garrafa de vodka.

' Já que não da pra beber de manhã. Vamos beber a noite. Eu simplesmente concordei.

Lúcia já tinha ido dormir, Sophie graças a Deus já dormia. Então era minha vez de relaxar.

– Piscina, som e drikns? Falei.

– Maroon 5 - Moves Like Jagger ? Eu sorri e assenti. Acho que merecia aquilo.

– Me de um minuto, vou por um biquíni. Subi quase correndo aquelas escadas, colocando meu biquíni meia taça vermelho e depois somente uma bata branca por cima de desci. Jonny já preparava um Gim para mim do que jeito que eu gostava.

– Maneira ai viu, amanhã tenho que acordar cedo por causa da Sophie. Falei.

– Relaxa Chefa. Deixa comigo.

E se Jonny dizia isso eu simplesmente atendia.

Pov, Freddie

Sei que tinha pegado pesado com Sam, minhas palavras foram de tamanha crueldade. Sei que ela estava alterada por causa da filha, e sim eu também fiquei alterado por causa de Sophie. E isso me remetia os pensamentos sobre aquela criança. Eu não era burro, sabia que com os meses de gestação normal de qualquer mulher, o somatório iria dar quase cinco anos.

Mas não creio que Sam mentiria pra mim, não sobre assunto tão serio. Eu sei que a tinha a magoado, mais isso era de importância altamente relevante. Bom troquei de roupa e fui pegar minha mãe depois daquele episódio.

Como sempre ela perguntou porque eu estava tão magro, acusou Carly de não me alimentar e isso gerou uma discussão entre elas. Causando o aumento da minha dor de cabeça. Finalmente havíamos chegado em casa eu ia deitar e relaxar.

Ao chegarmos olhei aquela casa mais uma vez. Sempre estranho pensar na minha vizinha. E pensar que ela era Sam Puckett.

– Oh alugaram esta casa. Minha mãe falou enquanto saia do carro. - Quem alugou?

– Você nem imagina. Carly falou, olhei para ela e estraguei sua surpresa.

– Sam agora é nossa vizinha. Disse enquanto saia do carro.

– A Puckett? Samantha Puckett? Eu assenti . Era surpresa pra qualquer um que conhecia Sam observar o quanto ela havia conseguido.

Depois disso entramos, minha mãe para variar culpou Carly pela casa esta ao ponto de vista dela suja. Mas na verdade nem me importei. Já eram 19:40 quando minha mãe serviu o jantar, e isso não ma animava em nada, comida orgânicas e outras coisas derivadas. Se ela achava que iria me engordar com isso, estava muito enganada. Tive que ligar pro Gibby falando que não poderia ir, estava cansado. Gibby tão compreensivo entendeu.

– Boa comida mãe. Falei enquanto tentava não por tudo pra fora.

– Viu Carly é assim que você tem que alimentá-lo. Carly a olhou sem estimulo nenhum e eu respirei fundo.

Continuamos a comer tranquilamente. Mais meu pensamento sempre iria parar na casa vizinha, na dona da casa. E isso estava acabando comigo.

Já eram 20:40 quando resolvemos ir dormi, era cedo.... mas minha mãe dormia cedo e amanha seria um dia pesado de trabalho, então resolvemos ir dormir. Ajeitei o quarto que minha mãe ia ficar o único que sobrava da casa, que era ao meu lado.

Como eu disse privacidade era zero, qualquer barulho era fatal.

– Então, ainda esta pensativo com que aconteceu mais cedo? Carly falou enquanto tirava seu calçado.

– Não. Respondi, eu saberia que não era bom mentir, mas estava cansado queria só dormir.

Ela foi retirando seus brincos me olhando.

– Tem certeza? Eu assenti tirando meu sapato e o jogando de lado, sentei na cama e retirei minha blusa.

– Absoluta. Tentei falar o mais calmo possível afinal falar nisso ainda me causava nervosismo. Carly retirou sua blusa branca e jogou em uma cadeira que havia ali perto.

– Belas curvas Senhorita Shay. Eu falei e ela rapidamente sorriu.

– Você não está com sono? Ela me perguntou enquanto se aproximava de mim.

– Não mesmo. Eu respondi, agarrando sua cintura a olhando logo após puxei-a para cima de mim. Fazia tempo que isso não acontecia, tinha minha necessidades como homem.

– Freddie sua mãe esta ai no quarto vizinho. Ela falou, sorrindo

– Não tem problema se não fizermos barulho nenhum. Eu disse beijando a mandíbula dela, sentir o corpo dela estremecer em cima do meu. Aos poucos meu corpo foi deitando enquanto o dela ainda permanecia em cima do meu, corri meus dedos pela nuca dela afim de lhe proporcionar prazer. Logo após senti ela morder meu lábio inferior. Isso era maravilhoso.

Aquilo se intensificou com o tempo, minha boca já estava no pescoço dela, fazendo movimentos agressivos com minha língua, ouvia o gemido abafado que ela dava cada vez altos, sentir as unhas delas cravarem no meu braço enquanto trazia meus lábios de volta para os dela. Rapidamente ela afastou-se de mim

'Me espera só um minuto enquanto eu tomo um banho é rápido? Ela falou e eu concordei. Era só mais alguns minutos.

Carly saiu correndo e foi pro banheiro, continue na cama. Retirei minha calça rapidamente e a joguei de lado ficando só de cueca box azul-marinho, confesso que estava inquieto. Até observar um som vindo do jardim vizinho. Minha curiosidade falou mais alto, eu necessitava saber o que se passava ali. Levantei e observei pela janela Sam com o copo de alguma coisa na mão, com aquele Jonny.

Por um momento pensei que ele fosse gay, mas a forma como os dois dançavam. Isso pra mim não era gay. Ele passava a mão pelo corpo dela enquanto ela estava de costa pra ele. Mas que porra era essa? Sexo explicito agora ? O sangue começou a voltar a ferver. Eu queria matar Sam Puckett, ouvindo som aquela hora ? 21:00 era tarde para moradores tão trabalhadores que teriam que acordar cedo. Eu não ia deixar isso por pouco não....

– Pronto amor. Carly saiu do banheiro de roupão falando.

– Você vê? - Apontei para janela enquanto me aproxima dela - Agora a casa do vizinho virou uma boate ... Falei extremamente alterado.

– Freddie o som nem se dá pra escutar direito. Ela revirou os olhos enquanto enxugava os cabelos.

– Não dá ? Isso é um abuso, esta acima do Decibel permitido. Isso não vai ficar assim. Fui pegar minha calça e a vesti rapidamente.

– Freddie não precisa disso. Carly puxou minha mão.

– Claro que precisa não vou conseguir dormir com este som ligado, nem minha mãe, acho incrível como ela ainda não acordou... Me desculpa amor mais tenho que fazer isso. Eu a respondi.

– Ok Freddie. Ela bufou cruzando os braços.

Desci aquelas escadas, rapidamente e sai daquela casa indo de encontro com a casa da Sam. Tive dificuldades para pular a cerca que tinha lá, que dava para para os jardins dos fundos. Eu estava quebrando regras, mas ela também estava. Então não haveria policia nem nada.

Cheguei aquele jardim observando Sam, que agora retirava aquela bata, mostrando seu biquíni vermelho. Eu quase cai ao ver aquele corpo que continuava tão perfeito. Cada coisa proporcional, acho que o fato de ser mãe a deixou mais linda.

Parei me escorando na parede, enquanto continuava observar Sam. Eu não sabia o que aquela mulher me causava, tudo que sentia por ela...Me remetia a coisa insanas, absurdamente feroz. Comparava mentalmente o beijo dela com do Carly, Sam era feroz, era intensa. Carly já era mais delicada, tudo dela era lento demais.

Meus pensamentos foram interrompidos, pela voz de minha mãe que gritava da janela.

– Freddie o que você ta fazendo ai ? Fiz um sinal de que ela ficasse em silencio mais já era tarde.

– Benson... O que você ta fazendo aqui? Sam já se encontrava ao meu lado.

–Eu...Eu....Eu....Fui mais uma vez interrompido.

– Venha pra dentro menino. Antes que pegue um resfriado ai sem camisa. Revirei os olhos e por um segundo observei o sorriso da Sam.

– Senhora Benson. Sam acenou pra mim mãe. Que acabou não a respondendo.

– Então vai me dizer o que veio fazer aqui ou vou precisar chamar a policia e falar que um louco tentou invadir minha casa ? Ela falou cruzando os braços. Eu tentava desviar meu olhar do corpo dela mais estava sendo difícil.

– Na verdade...Eu...vim...pedir desculpa...- Gaguejei.

– Serio? Ela me questionou.

– Claro fui um tremendo grosso com você de manha, só estava estressada por causa da sua filha eu entendo. Ela apenas assentia, com um sorriso oculto malicioso. - Sabe eu não quero mais brigar com você, isso me deixa mal.

– Então pulou a cerca da minha casa, só para me pedir desculpas ? Ela perguntou.

– È...não quero inimizade... você sabe... com os vizinhos. Eu respondi.

– Tudo bem. Agora melhor ir, - Ela aproximou de mim quase sussurrando ao meu ouvido, inclinei o corpo para frente pra poder ouvi-la. - Não é bom deixar as suas Senhoras Benson esperando. Ela se afastou e olhou para janela do meu quarto e acenou pra Carly, que retribuiu o gesto.

– Claro...Claro...Abaixei minha cabeça...-Claro... Então mande um beijo pra Sophie. Eu Falei. Ela assentiu.

– Sam posso te fazer uma pergunta? Ela concordou. Então essa era a oportunidade certa. - O pai de Sophie...é...

Ela mordeu o canto inferior do lábio. - Freddie... vai dormir...Você já esta imaginando coisas. Se você quer saber, Sophie não é sua filha. Ela olhou para o lado.

– Tudo bem. Só que eu pensei... Ela tomou a frente de minhas palavras.

– Pensou errado. Eu assenti e sai dali, sem ao menos dizer boa noite...

Acho que aquele som foi uma das maiores desculpas que tive pra mim mesmo, pedir perdão a Sam era o que eu queria realmente e revolver uma assunto que estava me deixando altamente confuso. Quando voltei ao quarto Carly já estava deitada, fui tomar um banho e depois me deitei também. Coloquei meus braços em volta dela.

– Boa noite amor. Eu falei me aconchegando naquela cama.

– Boa noite Freddie. Ela me respondeu.