Pov, Sam

Aquele sol já começava a dar o ar de sua graça, repassando por entre aquela enorme janela de vidro até atingir meu corpo que estava debruçado sobre a cama. Era sexta- feira acho que por esse motivo meu corpo relutava para permanecer ali confortavelmente mais do que nos outros dias. Bocejei intensamente até conseguir abrir vagarosamente meus olhos.

Conseguindo agora observar mais uma vez aquele enorme quarto, quarto que tinha moveis perfeitamente alinhados com cores neutras e calma, apreciava demais tudo que estava ali, porque eu tinha comprado, da minha maneira, com meu dinheiro, Então gostava de ficar ali quando eu acordava, olhando cada coisa e me parabenizando. Mas isso ficaria para depois...

Com relutância tive que me levantar. Minha rotina iria começar.

Caminhei até o som que havia em uma enorme prateleira próximo um extenso espelho que cobria quase que uma parede toda daquele quarto, e o liguei. Sintonizei em qualquer radio e me deparei com uma musica que amava "No One - Alicia Keys'', acordar com musica de manhã era como um ritual, me animava, me deixava com mais vontade de fazer as coisas...

Retirei aquele pijama e fui direto para o banheiro fazer meu asseio enquanto cantarolava...Sempre achei uma dificuldade extrema acordar cedo...Só que eu não sabia o que estava por vim... me levantar foi difícil, porem o pior viria, Sophie era um dos maiores problemas pela manhã. Confesso que paguei alguns pecados com ela. Minha mãe sempre fala que eu era do mesmo jeito se não fosse pior.

Vesti um roupão e fui até o quarto dela que continuava dormindo como um anjo. Parei na porta do quarto apenas a observando e lá estava meu bebe, cada vez maior, cada vez mais linda, cada vez mais perfeita. Era engraçado e peculiar cada traço do rosto dela, geralmente vejo crianças parecidas com o pai ou com a mãe, trazendo poucos traços de ambos. Mas era diferente com Sophie, Ela tinha tinha o formato dos meus olhos, tinha a cor dos olhos do pai, e nariz também me lembrava demais o dele, no entanto com certeza o tamanho seria igualmente o meu, ela tinha o formato do meu rosto com as covinhas do pai, e boca era a mesclagem mais perfeita. Eu amava aquilo, amava tudo...Respirei fundo e sorri involuntariamente.

Caminhei até sua cama e sentei e fiquei a observando só por alguns minutos a mais.

–Sophie, querida acorde. Falei o mais doce possível enquanto minha mão delicadamente mexia seu ombro.

– Mãe não quero acordar. Ela falou sonolenta.

– Mais é preciso, hoje é sexta feira tem escola e você não pode se atrasar. Eu falei mais ela parecia nem se importar...Ela continuou ali dormindo.

– Sophie. Mais uma vez não obtive resultado. - Sophie. Falei com um tom mais severo.

– Mãe é sábado não preciso ir a aula. Ela ainda permaneceu com aqueles olhos lindos cor de chocolate fechados.

-Não hoje é sexta, e vai se levantar. Respirei fundo e me levantei.

-Não. Ela falou virando para o outro lado.

Como sempre eu teria que acordá-la do meu modo.

Retirei os lençóis de cima dela e a peguei nos braços com força total. Todos os dias era assim que eu acordava, mas recompensava quando ela abria um sorriso.

– Mãe isso é particularmente desnecessário. Arregalei os olhos, sempre ela me deixava confusa com a forma de falar, entretanto no meio de adultos era de se esperar.

– Não adianta contestar mocinha. Sorri e lhe dei um beijo em sua bochecha.

– Me deixa escolher a roupa hoje ? Ela colocou as suas duas mãozinha no meu rosto e sorriu.

– Claro, claro que pode meu amor. A coloquei no chão. Ela fervorosamente sorriu batendo palmas. - Agora vamos tomar um belo banho. Ela fez uma cara de nojo arrancando um sorriso meu

A levei para seu banheiro e primeiramente escovei seus dentes e depois lhe dei um banho. Ela correu até seu pequeno Closet e ficou escolhendo algumas roupas, não demorou tanto até ela me trazer uma roupa um tanto diferente, acho que nunca tinha visto tanta listra na minha vida ela usava, tudo ali tinha listra, sua blusa, sua calça, Sophie sempre foi um assunto serio em questão de se vestir, sempre querendo as coisas do jeito dela e no de mais ninguém. Mas hoje era sexta feira, não estava para discutir.

Ela desceu aquelas escadas rapidamente ao sentir o cheiro que vinha da cozinha, me deixado ali sozinha. Lúcia com certeza já preparava nosso café da manhã.

'Lúcia o que seria de mim sem ela, já que meu tempo era quase nulo ela me ajudava bastante'.

Logo após isso...Me vesti em pouco tempo, e desci. Sophie já comia seu cereal com leite enquanto Lúcia preparava meu café. E CLARO CARA AMIGO... certas coisas nunca mudam.

– Bom dia Lúcia! A comprimente mesmo sabendo que não entendia nada do que ela falava, Lúcia era Russa e sinceramente não havia dialeto mais difícil.

Sentei a mesa que já estava repleta de coisas. Peguei alguns pedaços de bacon, bolo gordo, bolo, um copo de suco e umas torradas com geleia.

Como eu falei certas coisas nunca mudam.

–Então o que vai levar pra lanchar ? Perguntei pra Sophie que apontou para uma mochila repleta de coisas.

– E só pra você ou pro colégio todo? A perguntei quase sem acreditar no que eu via.

– Estudar me faz sentir fome...E sono... Ela me respondeu. Antigamente eu iria rir desta resposta, porque era o que eu fazia durante a aula. Dormir e comer. Mas como falei ser mãe muda toda sua concepção das coisas.

–Não quero saber de reclamações suas, estamos entendidas ? Tentei falar seriamente.

– Mãe não tenho culpa se os professores não compreende minha filosofia de vida. Ela me respondeu despreocupada.

– E não fale assim, eu nunca entendo. E nada de reclamações. Falei um pouco severa.

– Tudo bem! Ela assentiu sorrindo.

Continuamos a tomar nosso café tranquilamente. Já que o tempo com ela era tão pouco. Aproveitava o máximo que podia.

Pov, Freddie

Acordei muito cedo pra preparar o café da manhã, ontem Carly havia chegado tarde devido ao trabalho exaustivo em uma reportagem sobre uma tal clinica de fertilização ai. Não custava nada preparar, até seria melhor eu fazer já que na questão cozinha Carly..BOM.. Era um fracasso. Então fiz ovos mexidos, algumas torradas e café, precisava de algo digno hoje.

Eu na verdade me saia bem na cozinha, aprendi muita coisa já que minha vida foi regrada a cogumelos, legumes, verduras, frutas. Então aprendi por questão de necessidade... Com tudo logo após os serviço de 'bom cozinheiro' Fui tomar um belo banho e ali mesmo me vesti para o trabalho.

Então assim voltei para cozinha, pensei até em acordar Carly, mas já escultava o som do chuveiro que vinha do nosso quarto... Já não havia necessidade.

Sentei-me a frente daquele balcão de mármore preto e me servi, café e torrada com uma camada de geleia, uma camada de pasta de amendoim e queijo, PECULIAR. MAS MUITO BOM.

Não demorou tanto pra Carly aparecer um pouco descabelada ainda de pijama.

– Bom dia amor ! Ela me cumprimentou com um singelo beijo.

– Bom dia! A respondi.

Ouvimos um enorme barulho la fora que chamou a atenção dela.

–O que há la fora? Ela falou enquanto pegava uma torrada e sentava ao meu lado escorando seu braço acima daquele balcão.

– Alugaram a casa ao lado. Falei quanto saboreava aquele café feito por mim. Que a proposito estava bom.

– Quem vem? Ela pegou uma xícara de café se servindo também.

–Eu não sei, dei uma olhada. Mas parece ser alguém que tem dinheiro, por que só a hipoteca dessa casa é enorme... Eu passaria um ano trabalhando sem gastar nada só para pagar. A respondi.

– Nossa... E pra sua mãe você ligou ? Ela falou enquanto passava um pouco de geleia naquela torrada.

– Sim provavelmente ela vem no domingo. Eu a respondi enquanto ouvi o suspiro dela.

Esqueci de mencionar o fato que estava namorado . Era bem estranho saber disso, mas se ela estava feliz, quem era eu pra contestar ?

–Marc, vem com ela? Ela me perguntou e a respondi negativamente com a cabeça.

Esse mês iria começar um pouco mais louco do que o outro. Afinal quando minha mãe estava aqui em casa, era como se o terror se abatesse 24 horas por dia. Comidas orgânicas, coisas arrumadas e limpas todo o tempo. Um movimento fora do ritmo e ela estava ali, sem contar minha privacidade que ia para menos 10000000.

Se tivesse me casado com Sam as coisas andariam dessa forma? Ok, pare Freddie . Agora...

Pensar a essa hora nela, não era algo bom....Continuamos a tomar o café bem despreocupados e a conversamos sobre a vinda da minha mãe.