Ironia Do Destino - Segunda Temporada escrita por AninhaSweet


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Dedico este capítulo a Any jackson que deixou um review e uma recomendação maravilhosa na primeira temporada da fic. Obrigada flor! Espero que continue gostando da estória *-*



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O shopping de São Francisco era um pouco diferente dos que eu costumava conhecer. Era um lugar totalmente aberto com lojas para todos os cantos, o sol era forte em cima das nossas cabeças e não tinha nenhuma tenda caso chuvesse.Havia restaurante no meio das passagens com mesas para sentarmos, comermos e conversarmos e volta e meia tínhamos de nos desviar daquilo.

As lojas eram bastante variadas e eu estava um tanto incerto do que poderia comprar para Juliard que voltaria da faculdade amanhã – porque só finais de semana podemos sair da instituição – , Jannie tentava me ajudar mas eu sempre me sentia inseguro.

– Você não conhece o gosto da sua garota? – ela me perguntou – Nada você tem certeza se ela vai gostar.

– Eu sei... – eu me encolhi – Mas é uma longa história.

– Quer me contar? Talvez assim eu possa te ajudar.

Não teria outra escolha, sentei em um banquinho da passarela do shopping com Jannie e comecei a contar a ela sobre Juliard. Sua expressão mudava a cada minuto, claro que eu não disse a ela que Sophia era a Juliard, ela poderia até mesmo contar para Juliard e fazer todo o meu plano ir por água a baixo, mas disse que Sophia tinha perdido a memória e agora eu mal sabia sobre seu gosto, sobre o que ela gostaria ou não de ganhar.

– Nossa, isso é muito triste. – ela abaixou o olhar – Mas opte pela roupa que ela gosta de usar, aposto que ela vai amar ganhar mais uma parecida.

Foi uma boa idéia, então pesquisei nas lojas bastante casacos pretos e encontrei um lindo. Um preto grande de camurça e de certa forma que se pusesse no sol ele brilhava.

– Este é perfeito! – Disse ela.

Compramos o casaco e saímos da loja tomando um sorvete e rindo, confesso que estava feliz por ter achado alguma coisa que Juliard poderia gostar. 

– Bom, Justin – disse Jannie – Eu vou visitar minha mãe que está no hospital.

– Ela está bem? – Perguntei assustado.

– Ótima poxa, ela está no hospital passando as férias – Ela foi irônica e eu ri com sua ironia.

– Melhoras pra ela – Eu dei um sorriso um tanto agradecido por ela ter me ajudado. Jannie sorriu pra mim da mesma forma e foi me beijar no rosto o que deu um retardamento em mim que me enrolei todo e acabou saindo um selinho: 

– Oh – eu fiz careta – Desculpa mesmo.

Jannie apenas sorriu, pegou em minha nuca e me beijou. Eu estava com a sacola do casaco preto em uma mão e com o sorvete ainda em outra, eu não tinha nem como segurar nela pra retribuir o beijo e nem afastar ela se fosse o caso, eu me senti a própria donzela sendo agarrada e sem poder me defender.

O beijo de Jannie era bom, macio, e delicado. Não foi um beijo demorado, ela se afastou, me roubou mais um selinho e saiu andando com um sorriso no rosto. Eu estava paralisado ainda, ela virou deu um sorriso maior e acelerou seus passos até em alguns minutos estar correndo.

[...]

O resto do dia passou normalmente. Quando Jannie chegou a pousada ela agiu naturalmente como se nada houvesse ocorrido e eu achei até melhor assim. Talvez fosse o que ela disse sobre não querer nada sério com meninos, mas eu a tratei do mesmo modo.

Torci que chegasse sexta-feira logo, mas o tempo demorou pra passar. Juliard só seria liberada da instituição as cinco e meia da tarde, e ainda faltava muito. Peguei a sacola do casaco preto que comprei a ela e fiquei andando pelas ruas de São Francisco para o tempo passar.

Passei por uma bela lojinha de jóias e vi uma na vitrine que me chamou muito a atenção, era uma correntinha de ouro com um pingente pequeno de um cristal.

Entrei na loja para saber quanto custava, e mesmo que fosse caro eu o comprei. A moça colocou em uma caixinha pequena e me deu, eu paguei a ela e fui em direção a casa de Juliard quando faltava alguns minutos para as seis e meia.

Quando cheguei, Juliard estava confeitando um bolo de chocolate no balcão da loja de confeitaria ao lado da sua casa. Ela vestia uma bermuda jeans, uma blusa de meia manga escrita na frente "The Beatles", sua sombra continuava preta e forte assim como toda a maquiagem dos seus olhos, e seu cabelo curto estava preso em um fofo rabinho de cavalo.

Ela me olhou e abriu um sorriso lindo, ela tirou as luvas e caminhou até a mim:

– Bieber – ela parou em minha frente – Acho que te devo... – Eu a interrompi.

– Comprei pra você – Eu sorri e lhe estiquei a bolsa preta, ela abriu um sorriso sem graça e andou até o balcão abrindo a bolsa, ela pegou o casaco e deu um sorriso lindo: 

– É Lindo Justin, oh meu Deus... deve ter sido muito caro – Ela me olhou, seus olhos brilhavam ainda mais que o seu sorriso, o que me fez me sentir ótimo.

– Eu vi... e puxa, era a sua cara.

– Eu amei, de verdade – Ela veio até a mim e me abraçou, passei meus braços ao redor dela e fechei meus olhos, acho que exagerei um pouquinho no abraço porque peguei Juliard me afastando devagarinho e eu ri. Olhei o bolo de chocolate no balcão coberto por uma calda endurecida e cheio de confetes.

– Deve estar uma delícia.

– Foi meu primeiro bolo – Ela disse pondo as luvas de novo com um sorriso bobo, vi o seu rosto meio sujo de chocolate e me vi novamente me derretendo por ela.

– Está uma delícia, tenho certeza agora.

– Puxa saaaco – Ela riu e sujou o dedo com uma calda quente em uma ponte de chocolate e sujou a ponta do meu nariz, eu dei um sorriso e me debrucei sobre o balcão.

– Que tal a gente sair? 

– Nós? – ela me fitou - Eu... eu nunca saí com um menino, Justin.

– Como não?! – eu a olhava esfarelar alguns docinhos em cima do bolo, ela tinha uma habilidade incrível mesmo dizendo ser seu primeiro bolo. – Uma menina tão linda... – Eu ri e ela mostrou a língua.

– Se for pra ficar dando essas cantadas, eu recuso seu pedido.

– E se for pra sermos somente amigos? – Eu propus e ela se inclinou no balcão de forma que ficamos frente a frente, rosto perto um do outro, respirações quase juntas o que quase fez com que eu perdesso o controle, mas permaneci imóvel. Juliard olhou dentro dos meus olhos e disse: 

– Também quero que não pense na... Sophia. Eu não sou ela – ela disse mais uma vez – Por mais que eu pareça com ela, quero que esteja claro que eu sou Juliard.

– Está claríssimo – Eu sorri maior e ela se afastou sorrindo também e tirando as luvas.

– Então vamos, você já tem um lugar pra me levar? Porque eu já tenho um em mente.

– Não. Então podemos ir nesse aí, porque eu não conheço nada em São Francisco.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Espero que sim! Eu particularmente gostei, apesar da Jannie ter se aproveitado um pouquinho do Jus no começo! haha' Nada boba ela né. Então deixem reviews, meus amores ♥ E minhas leitoras sumidas apareçam, please (: