Ironia Do Destino - Segunda Temporada escrita por AninhaSweet


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Leiam as notas finais (:



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– Daí eu peguei um taco de baisebol – ela continuou – Eu não ia deixar que o Justin apanhasse tanto, ele estava indefeso com Jew segurando ele, então...

– Resumindo – eu levantei – A culpa foi totalmente minha, porque depois dela ter pego o taco de baisebol, ela pulou nas costas de Pattison distraindo ele e me jogou o taco, eu peguei e bati em Jew, depois em Pattison e Thomas permaneceu no chão, a culpa foi minha – Eu assumi todo o erro mesmo sabendo que Juliard também tinha participado.

– Você está querendo que eu acredite mesmo nisso?

– A senhora quer acreditar no que seus ouvidos querem ouvir, não é? Quer que eu diga que Juliard tem culpa porque Thomas disse que ela estava presente, e ela estava, mas ela não teve culpa, e essa é a verdade.

– Você está querendo assumir a culpa no lugar de Juliard... – ela suspirou e deitou seu corpo sobre a cadeira – Muito cavalheiro você.

– Sem elogios – eu cortei o barato dela – E seu papel de diretora seria perguntar pra mim o porque os três vieram me bater, foi culpa deles não minha. Eu estava na minha lá quando os três chegaram.

– E porque eles queriam bater em você, Justin? – Ela suspirou tediosa.

– Também não vai adiantar nada eu dizer – eu revirei os olhos – Porque Thomas é Thomas, o líder do time de baisebol e nada acontece com ele, não é? – Eu desafiei a diretora e ela me fuzilou com o olhar.

– 3 dias de suspensão, Justin. – Ela ordenou. O que me restava agora era arrumar minhas coisas e sair do colégio por três dias.

A suspensão seria um pouco a mais de tempo se eu contasse com o final de semana, que dava mais dois dias pra eu ficar longe do colégio.

[...]

Rachel entrou no meu quarto e se sentou em minha cama:

– Fiquei sabendo que você bateu no Thomas – ela me observava fazer uma mochila de roupas. – Todos lá fora estão te respeitando ainda mais agora.

Eu não respondi, apenas fechei minha mochila e olhei Rachel:

– Falou com a Juliard? – Ela perguntou.

– Preciso de um favor seu, quero que vá ao quarto dela e descubra o lugar onde ela mora.

– Eu não falo com a Juliard – ela pareceu espantada – Como quer que eu descubra onde ela mora?

– Dá seu jeito Rachel, por favor... eu preciso disso mais que tudo. A colega de quarto dela é a Flávia, líder de torcida.

– Isso me ajuda um pouco – ela coçou a cabeça e eu sorri.

– Obrigado.

Rachel apenas sorriu e me abraçou, ficamos um tempo abraçados e ela saiu pra fazer o que eu tinha pedido a ela.

Acho que Rachel não tinha conseguido nada, o dia se passou e eu enrolei o máximo que eu pude mas a diretora me mandou sair do colégio. Estava já no final do dia quando eu estava saindo e Rachel apareceu correndo, ela chegou em mim com a respiração ofegante e me estendeu um papel:

– Depois a gente acerta os três dólares por isso também, falou? – Ela sorriu de lado e eu apenas pisquei.

– Valeu gatinha – beijei a testa dela e sai do colégio com um sorriso estampado no rosto. A verdade é que eu estava pouco ligando com a suspensão que eu tinha levado, aquilo tinha até me ajudado um pouco. Agora eu poderia saber o que tinha acontecido com Sophia, e isso me deixava um tanto melhor.

Andei pra estrada principal e parei um táxi. Imediatamente pedi que ele me levasse naquela rua. Enquanto não chegava, fiquei olhando as ruas de São Francisco, era um lindo lugar... Prédios, casas, jardins, shopping's, lojas... tudo em um diferente estilo, um lugar bonito e em certo termo: Tranqüilo.

O táxi parou de frente para uma casinha simples ao lado de uma confeitaria, com uma porta de madeira em cima de uns cinco degraus de escada de cimento. A casa não tinha janela na frente o que eu achei bastante estranho, eu olhei o papel e perguntei pro taxista se ele tinha certeza que era alí, e claro... ele tinha.

Saí do táxi e bati na porta algumas vezes, e ninguém atendeu. Insisti mais um pouco e uma senhora gorda com um avental azul e com bob's na cabeça atendeu:

– Posso ajudá-lo? Temos bolo, docinhos e...

– Não quero nenhum doce – Eu sorri torto.

– Então não sei se podemos ajudá-lo.

– Sim, pode. É sobre Juliard.

– Juliard? – ela arregalou os olhos – Aconteceu alguma coisa com a minha menina?!

– Não – eu apressei em dizer – Ou melhor... eu é quem devo perguntar, aconteceu algo com ela?

Os olhos da mulher se arregalaram e ela me convidou pra entrar, a casa era simples mas um tanto confortável. Havia uma lareira acesa que iluminava a sala escura, ela me ofereceu chocolate quente mas eu recusei, eu queria ir direito ao ponto:

– Eu... eu era noivo da Sophia – eu comecei – Sophia... a menina que é a mesma que a Juliard.

– Eu não entendo o que você quer dizer – Ela estremeceu.

– Onde você encontrou a Juliard, senhora?! Eu preciso saber.

– Ela é minha filha – Ela bateu na mesa.

– Não é – eu incisti – Ela é a minha Sophia, a garota que eu amo. Ela tem marcas nas costas e eu sei porque aquelas marcas existem, ela tem uma cicatriz no braço e eu sei porque ela esta alí. Juliard é a minha Sophia, e eu preciso saber senhora, me entenda!

Uma voz masculina cortou nossa conversa, um senhor que vestia trages parecidos com de um italiano entrou na sala e forçou a vista pra me enxergar:

– Quem é este, Nocleuda? – Ele perguntou com um sotaque americano.

– É um rapaz incistente que diz que Juliard não é nossa filha. – Ela se levantou e foi pro lado do senhor.

– Como se atreve a isso, rapaz? – ele bronquiou – Juliard é nossa filha sim, e não há quem prove o contrário.

– Aqui eu não tenho provas – eu me levantei – Mas eu sei quem são os verdadeiros pais dela, a verdadeira origem dela, a história dela... eu sou o noivo dela! Éramos apaixonados um pelo outro, deixei que ela viesse pra cá por causa da faculdade e ela nunca mais me escreveu cartas. Eu vim atrás dela e ela está muito diferente, mas continua sendo minha Sophia.

– Descreva nossa menina antes... – disse o senhor – Quando você a conheceu.

– Ela não usava as maquiagens que Juliard usa, ela gostava de roupas leve, era um tanto mal humorada, morena, dos cabelos até um pouco abaixo do ombro e escuros, mas não tão escuros quanto os de Juliard, castanho claro...

Os olhos da mulher se apertaram, eles trocaram olhares e a mulher se retirou da sala e voltou alguns minutos depois com uma roupa na mão, ela estendeu sobre o sofá e me perguntou:

– Você reconhece?

Eu analisei a roupa e engoli a seco, era a mesma roupa que Sophia usava quando partiu do aeroporto. Meus olhos marejaram e eu me afoguei em lembranças.

O senhor colocou a mão em minhas costas e disse:

– Iremos lhe contar tudo, caro rapaz.


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Notas finais do capítulo

Desculpem por não ter postado ontem, eu faço de tudo pra postar todos os dias. Então quando eu não postar vocês já sabem, é que houve algum imprevisto e acabou não dando tempo mesmo. Agora não é possível que alguém ainda tenha dúvidas que a Juliard é a Sophia né?! Acho que ficou bem claro, ainda mais depois desse capítulo. Aposto que ficaram curiosas também, haha' Mas como eu já disse, adoro deixar vocês na curiosidade.
No próximo capítulo vocês finalmente saberão tudo que aconteceu com a Soh, e matarão de vez a curiosidade por completo! Aguardo os reviews de vocês, minhas fofas. Beijos ♥