Korean Moon escrita por Lady Sarah
Notas iniciais do capítulo
Conclusão da história João Pedro x Catarina ~
Os pais de Catarina, mal o conheceram, ficaram alarmados. Entre os dois havia um total cumplicidade, pareciam feitos um para o outro... Algo que, eles sabiam, poderia levar a filha mais nova a dar o nó muito brevemente.
Contudo, tal nunca chegou a acontecer. Um dia, combinaram encontrar-se no Jardim das Flores e Catarina decidiu chegar mais cedo. Quando o seu relógio ultrapassou uma hora a mais que o combinado, Catarina decidiu ir ter a casa dele.
Como era ali perto, podia ir rapidamente a pé e voltar. Para além disso, tinha as chaves de casa dele na sua mão, ele dera-lhe para que ela pudesse sempre ir ter com ele… Devia ter adormecido pois nem sequer atendia o telemóvel.
Catarina abriu a porta e viu-o ali ao fundo do hall de entrada, de joelhos. A casa estava muito escura, mas ela nem reparou nisso. Viu uma carta no chão, apanhou-a e quando leu a letra dele assustou-se e virou-se para ele. Quando o fez, soltou um grito. Ele não estava de joelhos. Não. Ele estava preso a um dos candeeiros… Ele tinha-se enforcado. Enforcado.
Catarina caiu ao chão e não se conseguiu mover. Passaram-se mais do que duas horas e só saiu daquele estado de transe porque uma das vizinhas tinha ido ver o que acontecera… ela ligou para o 112 e disse a Catarina para ir descansar.
Ah, descansar. Como se fosse fácil. Não tinham visto a pessoa que amavam morrer mesmo ali à sua frente… Catarina correu o mais que pôde e deu por si numa rua desconhecida. Não importava. Sentou-se numa escadaria que havia ao pé do banco Santtander-Totta e abriu a carta.
“Cat, perdoa-me.
Combinei um encontro contigo e não compareci. Fui despedido, a minha família odeia-me, os meus amigos desprezam-me. Não queria suportar a ideia de que te pudesse perder também. Preferi morrer a ver o desgosto e a desilusão nos teus olhos.
Podes odiar-me que eu entendo. Podes amaldiçoar-me para toda a eternidade, e, comparado ao que vou fazer agora, isso ainda nem é nada. Eu mereço muito mais do que isto, não me devia ter envolvido contigo. Não merecias sofrer por minha causa e eu realmente preciso de me castigar.
Quero que saibas que o que fiz foi por amor. Foste, és e sempre serás a pessoa que mais amo na minha vida. Eu hoje estava a planear comprar um anel, ir ter contigo e pedir-te em casamento… mas aconteceu o inevitável, não foi? A nossa união não estava predestinada. Tu mereces alguém melhor. De certeza que o irás encontrar, por isso, procura-o!
Amo-te. Mesmo muito. O meu coração sempre foi teu….
Estarei a ver-te no céu. Força!
João Pedro”
Catarina acabou de ler. Leu sem expressão, quem olhasse pareceria que estaria tudo normal. Mas o coração dela estava a partir-se gradualmente em bocados.
Só passados meses é que conseguiu chorar e, alguns anos depois, já conseguia até viver normalmente. Apesar de nunca o ter esquecido, prometeu que não voltaria a amar nunca mais e tornou-se muito mais dura para com os homens em geral.
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