Korean Moon escrita por Lady Sarah


Capítulo 14
Capítulo 14




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- Guia particular? – disse Moon, abanando as mãos freneticamente. – Não, nem pensar. Não. E nesse estado para onde é que irias? E como? Não, não pode ser. Estás a brincar, certo? Pois olha que…

- Tssshhh – Changmin olhou-a pelo canto do olho. – Podes ser simpática, mas falas pelos cotovelos… Vamos embora, malta. O Jae está em convalescença, mas nós não.

Micky riu-se. – Exacto. Vamos.

Saíram todos da sala, deixando  Jae a tentar arranjar forma de interromper Moon, que recomeçara a falar.

- Tens é de ir a uma agência, talvez lá te arranjem um avião mais confortável e um hotel… bem, de hotéis eu posso tratar… mas, mesmo assim, não acho bom…

Jae suspirou. – Au! Acho que me dói a cabeça!

- Dói? – Moon sentou-se ao pé da cama e colocou-lhe uma mão em cima da ligadura. – Muito?

Jae sorriu. – Não, não. Já passou. Anyway, eu queria mesmo ir a Portugal. Por favor, Moon. Quero que venhas comigo. Pode ser? Moon? Hã?

Moon tinha ficado parada a olhar para ele. Olhou para o seu cabelo, olhos, boca, peito, pernas… e continuava sem perceber o motivo daquele ser divino querer que ela, uma miúda um tanto maluca, fosse com ele para um país diferente.

- MOON! ALERTA VERMELHO!

- Hã? O quê? Jae? Estás bem?

- Sim, sim, estou…

- Oh pá, não me faças mais isso. – disse ela, suspirando. Jae arregalou os olhos e respondeu-lhe.

- Outra vez. – pediu. Ao ver que ela não percebera, repetiu. – Chama-me oppa outra vez.

- Hmmm… - Como poderia ela dizer que o «oppa» que ela dissera não era suposto ser um tratamento coreano de raparigas para rapazes mais velhos ou namorados, mas sim uma forma de expressão tipicamente portuguesa? Moon não sabia, então decidiu fazer-lhe a vontade. – Oppa!

- Nice. – Jae fechou os olhos e sorriu. – Bem, vou dormir um bocadinho. Podes ficar, se quiseres.

Os olhos de Jae fecharam-se, sem antes deixar de olhar uma última vez para Moon.

A vida dava muitas voltas, realmente. Poucos dias atrás nem sequer o suportava e agora estava no mesmo local que ele, a vê-lo dormir. Não que isso significasse alguma coisa, convenceu-se. Ela era apenas uma excelente amiga e preocupara-se quando o vira a ser agredido... qualquer pessoa teria feito o mesmo.

Só ainda não percebera a história da ida a Portugal. Ainda nem fizera um mês que lá estivera e teria de lá voltar? E teria de avisar os pais. Com esse pensamento, Moon bufou. Só lhe faltava mais essa, a mãe a estragar-lhe os planos. Mas ela não planeava apresentá-lo… Se tudo corresse como estava a planear mentalmente, teria vindo apenas a Portugal para tratar de uns assuntos legais e voltaria o mais cedo possível. Uma rápida visita aos pais e aos seus tios emprestados – os pais da Su – e já se podia dedicar à sua viagem guia.

Moon ficou a ver JaeJoong dormir, até ela mesma acabar por adormecer no pequeno sofá ao lado.

Passou mais uns dias e Jae pôde finalmente sair do hospital usando, como apoio, umas muletas. Ele não conseguia andar ainda muito bem com elas e ia-se desequilibrando.

- Pareces um bêbado, man! – riu-se Yunho. – Mas mesmo assim és a minha esposa preferida.

Jae riu-se secamente. – Tens muita graça. Vê lá se não queres que te parta a cara e começar a usar uma máscara?!

- Ah, podes partir. – retaliou Yunho. – Resta saber é com que mão… Com a terceira, já que as duas restantes seguram na muleta!?

- Ahahah, que engraçadinho. – disse Jae. – Bem, tenho de me despachar e ir mudar de roupa porque daqui a nada vou sair com a Moon.

Junsu riu-se. – Então isto é sério. Cool.

- Mas o que vais fazer com ela? Já estiveste com ela ontem! – disse Yunho, tirando as chaves de casa do bolso para abrir o portão.

Jae olhou para Yunho, pensativo, mas não lhe respondeu. Por sua vez, Junsu deu um leve empurrão a Jae enquanto se ria. - Deixa-o lá! Ele está com ciúmes, não quer que os momentos YunJae desapareçam!

Yunho abriu o portão e ajudou Jae a passar. – Que parvo, Su! Claro que não é isso, só estou a estranhar.

- Não é isso o tanas! Eu também senti isso quando o Yoochun casou com a Su.

Jae e Yunho viraram-se para Junsu, boquiabertos. – O quê?? – exclamaram.

Eles já estavam quase no alpendre da casa mas pararam quase de imediato. - É verdade e o Chun sabe disso! Sentia ciúmes porque pensava que nada podia voltar a ser o mesmo. Mas isso não aconteceu! Pelo contrário, até fui o seu padrinho de casamento!

- Bem – Jae apoiou-se em Yunho, pousou uma das muletas no chão e rodeou o braço pelos ombros de Yunho. – quanto a isso não te preocupes, meu amor, vais ser sempre o meu YunYun!

- YunYun o tanas! – Yunho afastou-se, meio feliz, meio chateado, e continuou a andar. A sua expressão alterou-se rapidamente quando viu que Jae não tinha a muleta e desequilibrara-se. O que valeu foi a atenção de Junsu que o conseguira puxar antes do pequeno desastre. Yunho deu um suspiro de alívio. – Desculpa.

- Na boa. Se é assim que tratas o teu amor, - Jae deu um sorriso malicioso. – não sei se ainda te quero.

Yunho olhou para trás, para os olhos de Jae. Pouco depois, desligou-se da sua expressão pensativa e respondeu, um pouco agressivo. – Mas tu continuas? Despacha-te mas’é a entrar.

Jae foi até à porta da sua vivenda, entrou e Junsu e Yunho entraram atrás de si e fecharam a porta. Estava tudo escuro e Jae tinha medo de cair ao tentar achar o interruptor.

- Acendam a luz!

Yunho falou por trás de si. – Acende tu!

- Com o quê? – disse Jae, irritado. – Com a minha terceira mão?

Jae ainda ouviu um riso abafado, mas não teve tempo de o associar a ninguém já que Yunho fora logo acender as luzes.

- SURPRESA! – gritaram todos, mal a luz se acendeu. Ele viu os membros todos da sua banda, mais uma data de amigos, familiares e até antigos agentes seus que lá estavam reunidos, com presentes, cartazes e bolos na mão.

Bolos… pensou ele. E eu que estou cheio de fome! Será que consigo agarrar num antes do Min?

Todos o abraçaram e deram os seus presentes a Junsu que, depois de muito pegar-ir-voltar, lá conseguira colocar o último presente no quarto de Jae.

- Este fica comigo. – disse Jae, olhando para o presente de Moon enquanto esta corava.

- Se não gostares, podes trocar. – disse Moon. Jae aproximou-se do ouvido de Moon e sussurrou:

- Porquê? Além disso, este é só um pequeno presente, porque a melhor prenda é a pessoa que o pagou.

Moon corou ainda mais. – Etto… Quem pagou foi a Su! Eu só vim entregar porque ela foi dar de comer à Susana.

Jae corou um pouco, mas pouco depois desmanchou-se a rir, incontrolavelmente. Quase que ia levantando uma das mãos, mas braços ansiosos seguraram-no a tempo. Moon também se riu e depois tirou o último presente da mala. – Este é o meu!

- Ok! – Jae olhou para a sua esquerda, e apontou para a prenda aos pés desta. – Junsu, leva este!

- O quê? – Junsu olhou para aquela caixa gigante e pesada. – Estás a gozar, certo? Não sou nenhum burro de carga!

- Pois não, - disse ele, não deixando de olhar para Moon. – foste promovido a cavalo. Vá lá, faz isso pelo teu hyung.

Junsu não teve outro remédio senão obedecer e lá foi ele arrastando a caixa, com a ajuda de duas das irmãs adoptivas de Jae.

Jae foi com Moon até as mesas da comida. Contudo, ele só via lá bolos secos, amendoins e salgados. – Changmin!!! Onde estão os meus bolos?

- Hyung… - Changmin fez uma cara inocente. – Eu estou a crescer… Além disso, pensei que não tinhas fome. Mas toma, guardei-te tarte de morango, ali. Não sou simpático?

- Tu só guardaste porque não gostaste! – disse Moon, chateada. Tinha sido a tarte que passara toda a manhã a fazer e que ninguém parecera gostar. – E pensar que tive aquele trabalho todo… Ingratos!

Changmin riu-se e Jae estendeu as mãos, muito sério. – Onde está a tarde? Dá-me uma fatia.

- De certeza? Olha que ficas mal… - Changmin deitou um olhar de relance a Moon e emendou. - … habituado!

- Eu quero! – Jae recebeu uma fatia e, sentando-se, começou a comer. A tarte em si não estava má, os morangos pareciam estar um pouco azedos e a tarte estava pouco doce, mas até se comia. Com muito esforço, mas comia-se. E saber que fora preparado para si com tanto carinho, tornava a tarte muito mais saborosa.

Moon olhava enquanto Jae comia sem nenhuma reacção depreciativa.

- Não precisas de comer, a sério.

- Fizeste isso para mim. Mal seria se não comesse. Isto das mulheres… dizem que não é preciso comer, mas se não comemos ficam todas ofendidas! E se não dissermos que está bom, aí esfolam-nos.

- Até parece…. – Moon deixou cair um pouco a voz. – E está?

Jae sorriu. – É uma tarte portuguesa ou espanhola? É que se for portuguesa, não sei bem se não vou lá para morrer de fome…

Jae calou-se quando Moon lhe atingiu com um dos seus punhos no braço. Recomeçaram a discutir.


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