Cant You See Me ? escrita por IvanaCyrus


Capítulo 4
Get out .


Notas iniciais do capítulo

OI ! POR FAVOR DEIXEM REVIEWS ! ESPERO QUE GOSTEM ! BJS !



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Quando saí do táxi, continuava ofegante, depois da corrida que dera até ao centro da cidade, depois daquilo que se passara com o Ryan.

Peguei no meu telemóvel e com as mãos trémulas enviei uma SMS a Kat :

" Voltei para casa. Ocorreu um pequeno incidente com o Ryan, não te preocupes, falamos amanhã. Estou bem, diverte-te."

É óbvio que, para mim aquilo não era nem por sombras apenas um " pequeno incidente ". Para mim, parecia o fim do mundo. Ele tinha-me visto a observá-lo e tinha ficado perturbado.

Bem... dito assim, não parecia nada de grave, mas era.

Olhei para as horas no telemóvel. Eram 10 horas da noite.

Quando finalmente entrei em casa, descalcei os meus sapatos de salto e atirei-os para um canto.

Que alívio. Aqui não havia ninguém a observar-me ou barulho e pessoas por todo o lado. Era só eu e a minha casa...

Ou não...

- Aaaaaaah !! - soltei um grito agúdo, tapando a linha dos meus olhos com as mãos.

Por entre os dedos, consegui ver a minha mãe a levantar-se rapidamente do sofá, puxando a sua t-shirt para baixo, enquanto que o meu pai permanecia sentado, como se nada fosse.

- Oh meu Deus, por favor digam-me que não estavam a... Oh pronto, huuuueeg, esqueçam.

Virei-me ainda com o braço levantado em frente aos meus olhos.

- Emma? Já voltaste ? O que aconteceu ? - perguntou a minha mãe, seguindo-me pelas escadas.

Entrei no meu quarto e finalmente, olhei para ela.

- Nada. - disse, tentando parecer convincente.

Ela franziu o sobrolho.

- Então porque é que já voltaste ?

- Porque estava a apanhar uma seca tremenda, então, decidi voltar para casa. - respondi, começando a vestir o meu pijama.

- Ahahahah. O quê ... ? Estás a tentar convencer-me de que uma Sunset Party foi uma " seca " ?

Acenei com a cabeça.

- Não me vais contar o que aconteceu pois não ?

Bufei.

- Pronto okay, okay. Mas fica já a saber que eu e o teu pai adorariamos ter ido a essa festa, mas o teu pai queria... sabes... " ver um filme ".

- Pois sim... a vossa definição de " ver um filme " difere muito da minha... - retorqui.

Ela riu-se.

- Oh vá lá ! Que idade é que vocês têm !? - reclamei.

- Oh oh oh, estás a chamar-me de velha ?

- Não. Apenas agradecia não ver os vossos " filmes ", okay ? E agora vou dormir, até amanhã.

- Já ? Mas, ainda é tão cedo !

- Está bem, mas amanhã é o primeiro dia de aulas. - disse, ainda sem me aperceber do que acabara de dizer.

Amanhã era o primeiro dia de aulas.

Ou seja, toda aquela corrida para fugir de Ryan equivalia agora, a zero. Apenas porque, amanhã, teria de o enfrentar de novo, na minha turma.

Quando a minha mãe saíu e fechou a porta do meu quarto, agarrei na minha mochila improvisada, uma mala de ombro, comprada pela minha mãe. Peguei em alguns cadernos, canetas e lápis, e enfiei-os lá dentro. De certeza que não nos iriam obrigar a sofrer à tortura de carregar com os livros, logo no primeiro dia de aulas, certo ?

Suspirei e deitei-me sob os cobertores, aconchegando-me, sem conseguir deixar de pensar nas saudades que eu iria ter da minha querida cama.

Fiquei a olhar para as paredes do meu quarto de um tom meio bege, meio rosa. Nunca tinha percebido bem a sua verdadeira cor... enfim...

Inspirei profundamente e finalmente desliguei a luz do meu candeeiro da mesinha-de-cabeceira.

Por longas horas tentei adormecer mas não conseguia.

Não, não era por causa de Ryan. Com isso, eu lidaria bem amanhã. Ou talvez não assim tão bem.

Mas, desta vez, era ela que não me saia da cabeça.

" Peça um desejo. É grátis. É o último desejo desta bola de cristal. Mas peça com cuidado, porque realiza-se mesmo !"

A sua voz rouca ecoava na minha cabeça, com grande estrondo. Esta frase sobrepunha-se a muitas outras, repetindo-se sucessivamente.

" - Aproveite. Peça com cuidado."

A sua imagem permanecia-me na mente. Os seus olhos negros e profundos, pareciam observar-me de algum ponto.

As suas mantas negras. A sua inocência e a sua maldade simultânea. Havia algo de estranho nela...

Estiquei o meu braço para alcançar o meu telemóvel, para ver as horas.

Eram 4 da manhã.

Tinha recebido uma nova mensagem.

Semicerrei os olhos, pois a luz daquele pequeno ecrá, magoava-me.

" Emma, andei a tua procura durante imenso tempo ! Porque te foste embora ? Fiquei preocupada ! A festa foi o máximo, porque não ficaste ? Espero que estejas bem, falamos amanhã, na escola. Dorme bem. Adoro-te ♥. "

Voltei a pousar o telemóvel. Eu tinha de dormir.

Os meus olhos estavam pesados, vencidos pelo cansaço mas eu não conseguia dormir. Aquela mulher não me saía da cabeça.

As suas mãos enrugadas a segurarem a bola de vidro. A bola de cristal.

O que é que eu lhe tinha dito afinal ? Tinha pedido algum desejo ?

Porque é que eu estava a pensar nela agora ?

- Saia da minha cabeça ! - gritei-lhe, na minha imaginação.

Deicidi levantar-me e ir até à cozinha beber um copo de leite quente.

Desci as escadas cautelosamente, sempre com a sensação de estar a ser observada.

Olhei para todo o lado. Nada. Obviamente.

- Ah, pára com isso Emma. - murmurei para mim mesma.

- O que é que se passa ?

- AH ! - gritei. - Oh meu Deus, que susto !

Quase saltei quando a minha mãe aparecera na cozinha.

- Aii, filha, o que foi ?

- Hum, nada. Assustaste-me só isso.

- Ah, é que ouvi barulho e vim ver o que era.

- Okay.

- Não consegues dormir ? - perguntou enquanto me tirava as madeixas de cabelo da minha cara, colocando-as cuidadosamente por detrás das minhas orelhas.

Abanei a cabeça.

- Porquê ?

- É que... - comecei por dizer.

" Conheci uma bruxa, feiticeira, uma velha ? E pedi um desejo, mas não me lembro qual e agora não consigo parar de pensar nela. "

É claro que ela não iria perceber, por isso, menti.

- É que... nem acredito que amanhã começam as aulas.

Ela esboçou um sorriso.

- Vai tudo correr bem. Mas agora, vá, tens de ir dormir.

Ela subiu as escadas comigo e ambas fomos para o nosso quarto.

Mas a velha, ainda não me saíra da cabeça.

O seu nariz, os seus olhos, a sua cara aumentavam de uma forma excessiva ficando a 1000 dimensões, surgindo-me na cabeça a imagem da bruxa da Branca de Neve.

Porra ! Porque é que eu não parava de pensar nela ?


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Notas finais do capítulo

GOSTARAM ? DEIXEM REVIEWS, POR FAVOR ! SENÃO, NÃO CONTINUO A FIC ! ♥