" Não sejas ingrata para ti mesma".
Ela dissera-mo milhões de vezes e eu ainda não aprendera a dar-lhe ouvidos.
Eu era a Emma. 17 anos.
 Afinal... cada vez que me olhava ao espelho via sempre a mesma rapariga, de cabelos loiros brilhantes e imensamente compridos e de olhos verdes escuros, estranhos. Profundos. O que havia para se gostar em mim ?
Com tantas raparigas lindíssimas pelo mundo fora, quem, alguma vez iria sequer colocar os seus olhos em mim por um único segundo que fosse ?
" Dramas da adolescência " - repetia constantemente o meu pai, quando ouvia a minha mãe lamentar-se das minhas inseguranças.
A verdade era que, apenas eu é que não via.
Todos os meus amigos comentavam o meu facebook, elogiando-me.
" És linda Emma! " ; " Ow quem me dera ser como tu " ; " És perfeita"...
Uma lista interminável de amigos no facebook e na realidade.
Os rapazes elogiavam-me e já tinha ouvido mais piropos na minha vida do que o aceitável.
Mas eu não via isso.
E, de repente, tudo mudou...