Mr Monk Vai Ao Brasil escrita por judy harrison


Capítulo 2
O coração de Monk




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Era hora de dormir quando Monk chamou por Leland em seu quarto.

_ Monk, achei que já estivesse dormindo. Você não quis terminar o nosso jogo de cartas.

_ Estava entediante. Eu perdi todas as rodadas.

_Você ganhou todas as rodadas, ora essa! Mas eles estavam se divertindo. Esse pessoal sabe como se divertir em qualquer ocasião.

_ Trudy não estava se divertindo tanto assim, por isso foi dormir. Ela riu em média trinta por cento do total de vezes que vocês riram.

_ Você... contou as vezes em que rimos? E... as vezes em que Judy não riu? E você ganhou as sete rodadas? – Leland estava abismado – Quando vai parar de me surpreender?

_ A questão não é essa, Leland.

_ E qual é a questão, Monk?

_ Eu também quero saber. Por isso chamei você aqui. Quero que me explique como foi que Bob morreu.

_ Eu já contei a você. Ele foi vítima de envenenamento, ficou em coma por dois meses e morreu, o culpado foi preso e morreu na cadeia. Fim. O que mais você quer saber?

_ Os detalhes. Quero ir até o local onde ele foi envenenado.

_ Monk, quer saber? Eu estou de férias. Não vou bancar o capitão Stottlemeyer aqui no Brasil só por que meu parceiro é um obcecado em remexer em crimes já solucionados.

_ Você não percebeu que Trudy está triste? A culpa foi minha por ter dito a ela que nós não poderemos mais ser felizes.

_ Você não disse isso a ela!

_  Eu quero consertar o erro que cometi.

_ Remexendo o passado dela?

_ Não. Descobrindo o que realmente aconteceu com Bob.

_ Monk, não tem mais o que ser visto. O caso foi há dois anos, e o assassino era um dos convidados da festa onde eles estavam. O rapaz teria ficado enciumado por ver que as mulheres da festa estavam interessadas nele e em seus irmãos. Era uma festa de gente simples. Mas ele não queria mata-lo. Ele colocou um alucinógeno no milk shake de Bob, não sabia que ele tomava remédios fortes para o coração. A droga teve uma reação alérgica e Bob caiu em coma. O rapaz confessou, foi preso por homicídio culposo, e foi morto por internos, por que era metido a valentão. – Monk ficou por alguns segundos em silêncio, analisando – O que acha?

_ Homicídio culposo?

_ Sim. Ele só queria dar um susto neles, fazer com que fossem embora. O rapaz era maluco, mas não tinha passagem pela polícia, era calouro de faculdade.

_ Alguém podia ter contratado o garoto, alguém que sabia que ele...

Leland ficou bravo.

_ Monk, escute bem, eu vou dizer isso a você de amigo para amigo. Você precisa de férias, eu preciso de férias. E outra coisa: Nós estamos no Brasil, droga! Ninguém vai escutar você. Então, pense no quanto você gosta desse lugar e aproveite. Se não esquecer esse assunto eu vou desistir, e nós iremos embora de volta para a velha Califórnia. Tudo bem?

Ele suspirou.

_ Está me tratando como se eu fosse um adolescente, Leland.

_ Um adolescente que é teimoso, rebelde e egoísta? Não brinca! Posso voltar ao meu jogo fracassado de cartas agora?

Monk disse em voz baixa:

_ Roger tem uma carta extra embaixo da toalha da mesa! Não deve ser boa, já que ele não ganhou o jogo.

Leland sorriu.

Quando ele saiu, Monk decidiu dormir. Sentia o aroma que mais gostava em sua roupa de cama, o aroma de nada.

De volta à sala, Leland viu que os rapazes já estavam em outro lugar, e John gritava por ele. Antes de ir para a sala de vídeo, ele olhou embaixo da toalha da mesa, e lá estava a carta extra.

_ Você é demais, Monk! – disse baixo e foi para a outra sala.

_ Hei Leland, sente-se aí. Vamos assistir ao ultimo lançamento do filme que Bruce Willis atuou.

_ Muito bem, ele é um ótimo ator.

_ Roger ainda está procurando o D.V.D.

_ Não estaria embaixo da toalha da mesa, na sala de jogos? – disse Leland.

Roger o encarou e os três riram.

_ Ok, Leland! John, Judy e eu apostamos em quem descobriria primeiro que eu tinha aquela carta, que aliás não é verdadeira. Eu disse que vocês não descobririam, John apostou em você...

_ E Judy em Monk! Interessante!

_ Eu ganhei? – perguntou John a ele.

_ Qual era o prêmio?

_ Bem, Judy não queria nada, mas nós apostamos que o vencedor seria servido com café na cama na próxima manhã, e o perdedor teria que convencer o acertador a servir esse café. Ou então será usado como bandeja até o quarto sem derrubar nada.

_ Vocês são loucos. E eu nunca veria essa carta, John. Monk foi quem me disse.

_ Que pena. Assim não tem graça.

Eles estavam rindo e se divertindo, mas Leland teve uma ideia.

 _ Rapazes, escutem. Monk gosta de ser o vencedor nessas ocasiões, e eu tenho certeza que ele vai gostar de saber que Judy apostou nele. Então, o que vocês acham de...

Tudo explicado.

No outro dia, cedo, Judy foi suavemente acordada com uma música clássica que tocava de um aparelho de mp3 na bandeja de seu café da manhã.

_ O... O que é isso? – ela ainda estava sonolenta, mas via Monk em seu quarto com aquela bandeja. Porém, era o sorriso dele que a impressionava.

_ Bom dia, Trudy!

Na bandeja havia um pequenino botão de rosa vermelha entre um copo de chocolate quente e quatro torradas com requeijão, e em cima uma fatia miúda de queijo para enfeitar. Tudo estava sobre um guardanapo que Monk trouxe de sua casa. E para impressiona-la mais, seu “bom dia” foi em português.

_ Meu Deus! Que lindo, Monk!

Ele colocou a bandeja sobre a mesinha de café e a ajeitou no colo de Judy.

_ Eu preparei para você!

_ Vivaldi? – disse sorrindo.

_ “As quatro estações” é sua melhor obra em minha opinião. Sirva-se.

Ele ficou parado em sua frente como se fosse seu garçom, com um pano branco envolto no braço direito.

_ É que eu fico um pouco sem graça com você me olhando!

Ele estava olhando fixamente para Judy sem perceber.

_ Oh, tudo bem, eu vou sair, e quando você terminar, me chame. – deixou o pano ao lado do travesseiro e saiu.

Judy demonstrou satisfação enquanto ele estava em sua frente, mas quando ele saiu, suas lágrimas rolaram. Somente Bob a tratou daquele jeito. Ela não quis participar da brincadeira de seus cunhados por que sabia que Monk descobriria a tal carta e ele faria o que de fato acabou fazendo.

_ Bob, como eu sinto sua falta! – ela disse olhando para o retrato dele na parede.

Na cozinha com os amigos, Monk sentia-se satisfeito, tinha certeza de que ela gostou de tudo.

_ Obrigado por ter colocado a música naquela caixinha, Roger.

_ Ok, Monk. A verdadeira atração foi o arranjo que você fez na bandeja. Muito bom.

_ Ela parecia feliz com a surpresa. – disse com um ar de orgulho.

Leland queria que Monk ficasse distraído. Mas fez um elogio.

_ Então, você ainda sabe impressionar uma mulher, não é?

_ Ora, Leland, era só uma bandeja de café da manhã.

_ Mas você gastou meia hora só para acertar o tamanho de todas as torradas!

_ Ficaram bem certinhas. Ela vai me agradecer depois.

Judy terminou seu “break fast” ,então, chamou por Monk conforme ele pediu.

_ Eu só chamei por que você me pediu. Estava ótimo, obrigada! Mas não precisa levar a bandeja, eu já estou me levantando.

_ Não, Trudy, deixe que eu leve. Você pode se arrumar.

Ele achou que ela estivesse apenas com roupas de baixo, motivo que o levou a pegar a bandeja rapidamente e correr.

Sua atitude infantil fez com que Judy risse. Ela estava de pijama.

Monk sentou-se na sala e parecia aéreo. Leland o observou da cozinha onde estavam Roger e John.

_ Leland, quer mais um pouco de chá? – disse Roger – Você parece preocupado.

_ Não estou, exatamente. Monk está. Logo...

John sorriu, impressionado.

_ Leland, Monk é seu amigo, eu sei. Mas o que aconteceria se ele não tivesse amigos, ou se pelo menos estivesse sozinho em algum lugar?

_ Bem, depende do que você quer saber a respeito dele.

_ Ele me parece um tipo de...

_ Altista... – completou Roger.

Mas Leland não aprovou o comentário.

_ Monk não é altista! – disse chateado – Ele só é um homem triste.

Arrependido, Roger se desculpou.

_ Me perdoe Leland, eu não soube me expressar. Você nos disse pelos e-mails que ele tinha várias fobias. Mas é diferente quando a gente o vê pessoalmente. Aqueles abajures na sala... Ele os toca o tempo todo. È uma cena incomum.

_ Sem contar os copos da cristaleira. – John completou – Monk os alinhou por tamanho e modelo. E aqui na cozinha, abrimos as gavetas e a dispensa... Isso é impressionante, você tem que admitir.

_ Tudo bem, vocês têm razão. Eu conheço Monk há mais de 15 anos, e ainda não me acostumei com ele. Mas ele é um homem muito inteligente, e parece que precisa estar o tempo todo exercitando isso. É como uma distração, e é o que ele chama de dom/maldição.

_ Percebemos o quanto você gosta dele. Sua ideia da bandeja o deixou feliz.

Então Roger lembrou-se de Judy.

_ Minha cunhada também esta sempre procurando algo para fazer para nós, esta sempre ocupada com alguma coisa. Ela também é uma mulher triste, e nós temos medo de deixa-la sozinha por muito tempo. Ela é muito sensível e chora com facilidade.

John concordou com ele e Leland sorriu.

_ Estão dizendo que Monk e ela têm o mesmo problema?

_ Sem dúvidas! – disse John – E eu tenho certeza de que ela gostou do tratamento que Monk lhe deu.

Leland pensou um pouco.

_ Eu sei onde vocês querem chegar. Mas quem é que bancará o “cupido”?

Naquele momento, Judy estava chegando. E quando Monk a viu, foi até a cozinha também.

Como meros espectadores os amigos assistiam à cena.

_ Trudy, quer me mostrar o resto daquelas plantações? Eu vi de longe um pomar e algumas frutas brasileiras...

_ Claro que sim, Monk! Eu ia mesmo perguntar se você queria ver. Algumas podem ser consumidas direto do pé.

_ Eu adoraria vê-las de perto!

Os dois foram para fora.

_ Quem precisa de cupido? – Roger disse.

No pomar, Judy mostrava a ele os pés de morango.

_ Nessa época, em outubro, nós colhemos uma grande quantidade.

_ São tão vermelhos e grandes! E os pés são todos do mesmo tamanho!

Ela puxou um morango maduro e ia cheirar, quando Monk segurou sua mão.

_ O que foi?

_ Está vendo aquele mosquito? Pode ter pousado ai. – disse com carinho – Eu vou até a cozinha e vou lava-lo pra você.

_ Obrigada, mas eu não ia mesmo comer, só ia cheirar. Eu estava me referindo a frutas com casca que podemos descascar e comer, como o pêssego.

_ Oh, que susto! – ele suspirou – Tudo bem, então.

_ Passou o susto? – ela ria um pouco, pois ele ainda segurava sua mão.

_ Sim.

_ Então, não vou comer o morango se você soltar minha mão.

_ Oh! Claro, eu sinto muito. – ele a soltou, mas estava aos poucos segurando com firmeza o coração de Judy, sem perceber também.

_  Vou pegar um pouco de morango, goiaba e pêssego, e levar para fazermos uma... uma...

_ Salada de fruta? Ou vitamina?

_ Não sei. O que você prefere?

_ Prefiro que você deixe que eu faça uma salada de frutas para comermos com vitamina!

Judy riu, achando que ele estava brincando. Mas ele não se importou e riu também.

_ Então vamos!

Alguns dias se passaram. Leland era levado para vários lugares com os irmãos, mas Monk sempre preferia ficar em casa. Ele ouvia música enquanto fazia a limpeza nos lugares que gostava de ficar, como a sala e a varanda. Obviamente enlouquecia as empregadas com seus gestos que significavam “aqui não está bom, faça de novo”, mas ele tinha a permissão de Judy, que achava tudo muito divertido. E ele sempre a observava enquanto ela arrumava a mesa ou recolhia a roupa do varal. Durante a noite, antes de dormir, os dois ficavam na cozinha tomando chá enquanto ele contava algumas aventuras e falava de Sharona ou Natalie.

Era a noite da festa de John.

Em seu quarto, Monk estava arrumado e muito elegante, mas se recusava a sair. E Leland tentava convence-lo.

_ Monk, Judy está a sua espera. Disse que a festa não será a mesma sem você. Vamos.

Aparentemente apavorado, ele disse:

_ Leland, a casa está cheia! Como pode me pedir isso? Será que John sabe que a casa foi invadida por estranhos?

_ Acho que sabe! Ele os convidou!

_ Não vou suportar. Alguns deles estão fumando! Acredita nisso? Acho que disso ele não sabe. John e Roger não fumam, eles não bebem e arrotam! Leland, precisamos ir embora!

Ele respirava forte, mas se acalmou quando Leland o lembrou do clarinete.

_ Entendo, Monk. Alguns são mesmo insuportáveis. Mas não podemos ir embora por que somos convidados de honra deles. John vai nos anunciar durante o show. E você prometeu que ia tocar seu clarinete. O que acha de acompanhá-los na musica de Willy Nelson, como aquela vez...

_ Sim! - disse lembrando-se de quando Willy tocou para Trudy com ele – Essa é uma boa ideia. Aquele foi um dia memorável para Trudy e eu!

_ Poderá oferecer a música para Judy, dessa vez.

_ Não sei se Trudy gosta. Será melhor oferecer para Trudy.

Muito curioso por causa daquele trocadilho de nomes, ele resolveu perguntar.

_ Monk, quando você diz “Trudy” se refere a sua esposa, certo?

_ Claro, Leland!

_ E qual é mesmo o nome da esposa de Bob?

_ Trudy!

_ Não. É Judy com “J”, certo?

_ Mas é claro! O que há com você, capitão? Vamos, nós temos uma festa para animar! Vou procurar por Trudy.

Monk se olhou no espelho rapidamente e saiu. Leland não queria nunca mais fazer aquela pergunta pra ele.

Lá fora o palco de show estava armado e a equipe contratada estava fazendo os testes finais de som, e muitos convidados já aguardavam em frente o palco.

Então, aproveitando o “canal”, Monk subiu.

_ Deixe comigo, eu ajudo a testar esse microfone. – eles não entenderam, mas não o impediram – Teste, um, dois, três, olhem pra cá, por favor, teste, não fumem, não cuspam e não joguem lixo no chão, um, dois, três.

As pessoas olharam pra ele, não compreenderam o pedido, mas acharam seu modo de falar engraçado e riram.

Monk continuou repetindo a frase, mas recebia mais risadas.

Vendo o que ele tentava fazer, Judy correu e subiu com ele.

_ Trudy! - ele exclamou ao vê-la arrumada para a festa – Você está linda.

Delicadamente ela pegou o microfone dele.

_ Obrigada, Monk! Olha, eles não entendem muito o inglês. Então, deixe que eu aviso, está bem?

_ Claro, vá em frente. – ele ainda admirava sua beleza, seus cabelos castanhos que brilhavam contra a luz.

_ Pessoal, este é nosso amigo Adrian Monk, veio da Califórnia e não fala nossa língua. Ele só avisou que em todos os pontos da casa nós temos um latão de lixo para jogarmos nossos resíduos, ok? E sem exagerar na bebida, aproveitem a festa que nem começou ainda!

O pessoal bateu palma, e ela saiu de lá com Monk. Levou-o para um lugar mais calmo, conforme Leland havia lhe pedido. Foram para a casa da piscina, que estava restrita aos moradores.

_ Aqui está mais calmo, não é? – ela disse sorrindo.

_ Está sim.

_ Leland disse que você tem um pouco de agorafobia, então eu achei que aqui seria um bom lugar para você aproveitar o show e ao mesmo tempo não ficar no meio do pessoal.

Monk gostou muito da ideia. De lá via com clareza o palco

_ Não acredito que eu esqueci que estávamos no Brasil. Achei que eles entenderiam.

_ Tudo bem. Deviam mesmo, já que o inglês é uma língua universal. – ele estava visivelmente chateado – O que foi?

_ Você viu como todos riram de mim? É isso que acontece sempre. Eu me senti discursando na sétima série.

_ Eu não ri de você, Monk! Nem Leland, e nem meus cunhados. – ela disse seria.

_ Obrigado, Trudy! – disse forçando um sorriso – Agradeço por estar aqui ao invés de lá, com seus amigos.

Judy também ficava confusa quando ele a chamava de Trudy, mas não se importava por que sabia que era importante pra ele ser aceito como ele era, e não custava nada ela aceitar, já que aquele era um nome bonito.

_ Não precisa agradecer. Você é uma pessoa maravilhosa, e eu me sinto muito bem ao seu lado. Além disso, aqueles não são meus amigos. – olhava para a multidão que se aglomerava em frente o palco e depois o encarou – Você é!

Monk não sabia se corria de lá ou se ficava. Disse quase que involuntariamente:

_ Eu poderia abraçar você agora para agradecer esse comentário que foi de longe o mais... lindo que alguém já me disse, mas é que eu tenho um problema com abraços...

_ Tudo bem se só eu abraçar você?

Sem querer recusar, ele fechou os olhos e ficou ereto. Judy o abraçou com carinho, pousando seu rosto no peito dele por uns segundos. Depois disse, quando ele abriu os olhos.

_ Eu ouvi um “Tum-tum“ tão forte... Não sei se era o meu ou o seu!

Monk estava apaixonado, e Judy também.

Interrompendo aquele momento de ternura, John chegou.

_Desculpe-me pela intromissão, crianças, mas eu preciso de um clarinetista lá em baixo. Willy Nelson me ligou e disse que tem um aqui em cima.

Monk ainda olhava para Judy, e estendeu a mão para que ela passasse.

_ Vamos lá, então!


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